As práticas de higiene ajudaram a manter o Ébola fora da

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COMUNICADO DE IMPRENSA
As práticas de higiene ajudaram a manter o Ébola fora da escola
Conacri/Freetown/Monróvia, 11 de Agosto de 2015 – Na altura em que os estudantes na GuinéConacri, Libéria e Serra Leoa começam a gozar as suas férias de Verão, surge o reconhecimento de que
as medidas postas em prática para protege-los do vírus Ébola terá ajudado a manter as salas de aula
livres de quaisquer infecções.
Nos três países, não foram registados casos de algum estudante ou professor que tenham sido
infectados numa escola desde que foram introduzidos nas escolas protocolos estritos de higiene
quando as aulas recomeçaram no início do ano após uma pausa de meses devido ao vírus. Na Libéria,
duas escolas foram alvo de descontaminação como medida de precaução na sequência da morte de
um estudante em Junho de 2015 e da infecção de outro aluno em Julho de 2015.
Os protocolos referidos, que foram desenvolvidos pela UNICEF e seus parceiros, incluem a medição da
temperatura das crianças e dos funcionários à entrada da escola e a instalação de postos para lavagem
das mãos. Envolveram ainda a distribuição de milhões de barras de sabão bem como de cloro, para
além da formação de dezenas de milhares de professores e administradores nos protocolos e na
prestação de apoio psicossocial.
A definição e aplicação dos protocolos nos três países implicou meses de preparação.
“O enorme esforço colocado em tornar as escolas tão seguras quanto possível contra a transmissão do
Ébola parece ter sido recompensado,” afirmou Geoff Wiffin, Representante da UNICEF na Serra Leoa.
“As crianças aprenderam na escola como proteger-se, a si e aos outros, do Ébola e depois passaram
essas mensagens aos seus pais e às suas comunidades. Esta partilha desempenhou um papel
importante da batalha contra a epidemia.”
Cerca de cinco milhões de crianças perderam meses de escolaridade porque as escolas permaneceram
fechadas de Julho de 2014 até aos primeiros meses de 2015 nos três países mais afectados, cujas
estatísticas no sector da Educação eram já fracas. Antes do Ébola, 58 por cento das crianças
frequentavam a escola primária na Guiné, 34 por cento na Libéria e 74 por cento na Serra Leoa.
A UNICEF está a trabalhar no sentido de assegurar que os protocolos para a prevenção do Ébola
continuem em vigor após as férias, ao mesmo tempo que apoia os esforços para tornar os sistemas
educativos mais resilientes, enfrentando questões como a da baixa taxa de matrícula, a escassez de
professores qualificados e o acesso a água segura. Apenas 33 por cento das escolas primárias têm
acesso a água na Guiné, 45 por cento na Libéria, e cerca de 40 por cento na Serra Leoa. Será também
importante a manutenção de práticas e padrões seguros de higiene a fim de proteger as crianças de
outras doenças.
Devido ao sucesso das medidas, a Guiné-Bissau começou a pôr em prática protocolos semelhantes
como medida de precaução, quando se soube que algumas pessoas que tiveram contacto com uma
pessoa infectada na vizinha Guiné-Conacri terão entrado no país mas não puderam ser localizadas.
“Na nossa batalha rumo à ausência de casos, temos também de pensar no futuro. São necessários
investimentos significativos para assegurar que as escolas passem a dispor de infra-estruturas básicas
de água e saneamento,” afirmou Sheldon Yett, Representante da UNICEF na Libéria.
Nota:
Escolas fechadas
Reabertura das escolas
Professores com
formação sobre
prevenção do Ébola
Escolas equipadas com
pacotes de higiene
para a prevenção do
Ébola
GUINÉ
8 de Agosto
Após as eleições de 11
Outubro (a confirmar)
80.657, incluindo 15.931
formados pela UNICEF.
LIBÉRIA
31 de Julho
7 de Setembro
SERRA LEOA
17 de Julho
31 de Agosto
10.000, incluindo
5.995 formados pela
UNICEF.
18.338, incluindo
8.997 formados pela
UNICEF.
12.455 (100 %), incluindo
7.176 fornecidos pela
UNICEF.
4.619 (105 %), todos
fornecidos pela UNICEF.
(Inclui algumas escolas que
não estavam registadas).
8.995 (99 %), incluindo
3.472 escolas com kits
para lavagem das mãos
trazidos pela UNICEF,
que forneceu sabão e
materiais para lavagem
a todas as escolas.
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