Ideias erradas alimentam surto de Ébola na África Ocidental

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COMUNICADO DE IMPRENSA
Ideias erradas alimentam surto de Ébola na África Ocidental
A UNICEF intensifica esforços para prevenir alastramento mais generalizado da doença
GENEBRA/DAKAR/LISBOA, 11 DE JULHO DE 2014 – À medida que o número de mortes na África Ocidental
relacionadas com o Ébola ascende a mais de 500, a UNICEF e os seus parceiros estão a expandir as suas actividades
em toda a região para travar o alastramento da doença, combatendo boatos, medos e informações erradas.
“Os rumores e a negação (da doença) estão a alimentar a propagação do Ébola e a deixar ainda mais vidas em
risco,” afirmou Manuel Fontaine, Director Regional da UNICEF para a África Ocidental e Central. “Algumas pessoas
continuam a não admitir a existência da doença. Outras acham que não precisa de ser tratada.”
Com mais de 850 casos reportados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), na Guiné, Libéria e Serra Leoa, este
surto de Ébola, o primeiro a ocorrer na África Ocidental, está a tornar-se numa ameaça sem precedentes para toda
região em termos de duração e escala. A percepção errada e generalizada, a resistência, a negação e alguma
hostilidade em certas comunidades estão a complicar consideravelmente a resposta humanitária para conter o
surto da doença.
“A resposta não se limita a tratamento médico,” disse Manuel Fontaine. “Para podermos quebrar a cadeia de
transmissão do Ébola, é crucial combater o medo que envolve a doença e ganhar a confiança das comunidades.
Temos de bater a cada porta, ir de mercado em mercado e passar a palavra em cada igreja e em cada mesquita.
Para isso, precisamos urgentemente de mais pessoas, mais fundos, mais parceiros.”
Na semana passada em Acra (Gana), a OMS reuniu governos da África Ocidental, ONG’s, organizações
intergovernamentais regionais e agências das Nações Unidas para chegar a acordo sobre um conjunto de
prioridades comuns, pela primeira vez desde o início da crise.
Na sequência deste encontro, a UNICEF está a intensificar a sua acção em sete países – Guiné, Serra Leoa, Libéria,
Guiné Bissau, Senegal, Mali e Gâmbia – para evitar que o vírus continue a alastrar. Para tal está a utilizar
mensagens de telemóvel e campanhas de comunicação em televisão, rádio, imprensa escrita e também em meios
não tradicionais. Desde o aparecimento do surto, a UNICEF e os seus parceiros chegaram a pelo menos 5.5 milhões
de pessoas na África Ocidental.
Na Libéria, por exemplo, duas músicas pop produzidas pelo grupo local ‘Crusaders for Peace’ e pelos artistas
“HIPCO” Deng, SoulFresh e FA, com o apoio da UNICEF, sobre o que fazer para prevenir o alastramento do Ébola,
estão a passar em rádios nacionais e locais de todo o país.
Juntamente com a sua rede de parceiros, incluindo autoridades governamentais, OMS, Sociedades da Cruz
Vermelha e organizações locais, a UNICEF apoia também actividades porta-a-porta. Têm sido feitos esforços para
sensibilizar mais comunidades nas zonas afectadas, nomeadamente com o envolvimento activo de líderes
tradicionais e religiosos.
Na Guiné e na Libéria, a UNICEF e seus parceiros tornaram-se nos maiores fornecedores de cloro e sabão. Desde
Abril, foram distribuídas mais de 2 milhões de barras de sabão e mais de 600.000 embalagens de cloro em
agregados domésticos, postos de saúde e escolas. As equipas da UNICEF no Gana e na Costa do Marfim estão
também em alerta.
Para intensificar a sua acção, a UNICEF precisa urgentemente de 2.6 milhões de dólares para seis países. É muito
provável que venham a ser necessários mais fundos dado que os planos de resposta nacionais em alguns dos
países estão a ser revistos a fim de fazer face ao acréscimo de casos e também para a prevenção.
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Notas aos editores:
Na Libéria e na Serra Leoa, onde os Ministérios da Saúde e a OMS desempenham um papel fundamental na
vigilância e na identificação de contactos, a UNICEF está também envolvida na mobilização social e na formação de
agentes de saúde que são habitualmente a primeira linha de contacto com casos de Ébola nos distritos afectados.
O Ébola transmite-se através de contacto directo com sangue, fluídos corporais e tecidos animais ou humanos
infectados. A doença, grave muitas vezes fatal pode ser controlada através de medidas de prevenção
recomendadas em centros de saúde e hospitais, em reuniões comunitárias ou em casa. Informação clara e
atempada sobre o vírus e métodos de prevenção é vital. A movimentação das populações através das fronteiras é
um factor que que contribui para o alastramento da doença entre países.
Músicas do grupo ‘Crusaders for Peace’ e dos artistas “HIPCO” Deng, SoulFresh e FA em:
https://soundcloud.com/unicef-liberia/crusaders-for-peace-ebola-song
https://soundcloud.com/unicef-liberia/hott-fm-ebola-song-liberia
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Acerca da UNICEF:
A UNICEF promove os direitos e bem-estar de todas as crianças, em tudo o que fazemos. Juntamente com os nossos
parceiros, trabalhamos em 190 países e territórios para traduzir este nosso compromisso em acções concretas,
centrando especialmente os nossos esforços em chegar às crianças mais vulneráveis e marginalizadas, para o benefício
de todas as crianças, em qualquer parte do mundo. Para saber mais, visite www.unicef.pt
Para mais informação, é favor contactar:
- Vera Lança, UNICEF Portugal, Tel: +351 21 317 75 00, [email protected]
- Carmen Serejo, UNICEF Portugal, Tel: +351 21 317 75 00, [email protected]
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