PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO Exame Nacional de 2006 (1.ª Fase, versão 1) I 1. B 16. C 11. C 16. B 2. C 17. D 12. D 17. D 3. A 18. D 13. C 18. B 4. B 19. A 14. D 19. A 5. B 10. A 15. A 20. C II 1. A recuperação da economia portuguesa, em 2004, implicou um incremento do PIB em 1%, em termos reais. O valor do PIB, a preços de mercado, corresponde ao da Despesa Interna cujas componentes são: consumo + investimento (FBCF + saldo de variação das existências) + exportações – importações. O consumo privado cresceu 2,3% em termos reais; o investimento em capital fixo aumentou 1,3%; as exportações líquidas de importações (exportações – importações) «apresentaram um contributo negativo». Porém, esse contributo negativo não foi superior ao crescimento do consumo interno e do investimento em capital fixo, isto é, da procura interna, que compensou esse decréscimo, possibilitando o crescimento do PIB. 2. O rendimento disponível dos particulares é constituído por: remunerações do trabalho + rendimentos de empresas e propriedade + transferências internas + transferências externas – impostos diretos – contribuições sociais. O seu aumento, em 2004, deve-se: ao crescimento do «emprego total e dos salários reais», que originam um aumento da parcela dos rendimentos do trabalho; ao aumento da parcela das transferências internas originado pelo «forte crescimento das prestações sociais» que «superam os aumentos dos impostos e das contribuições sociais. Deste modo, verifica-se um aumento do rendimento disponível dos particulares porque o aumento das parcelas relativas às remunerações do trabalho e às transferências internas superaram os aumentos dos impostos e das contribuições sociais que se subtraem. 3. A inovação tecnológica influencia o consumo porque permite não só a produção de novos bens e serviços, como também, a melhoria dos já existentes. Deste modo, os novos bens e serviços satisfazem novas necessidades, criando novos consumos e as melhorias dos que já existem implicam também o seu consumo em substituição dos anteriores. 4. O circuito de distribuição normalmente associado às grandes superfícies é um circuito de distribuição mais curto, porque estas, ao adquirirem diretamente ao produtor os bens que comercializam, reduzem o número de grossistas e retalhistas, permitindo, assim, a venda dos bens a preços mais baixos. III 1. O comércio internacional é necessário porque aumenta a «diversidade de possibilidades de produção entre países» que trocam entre si bens diferentes que provêm da exploração de diferenciados recursos naturais como, por exemplo, reservas de gás natural, petróleo, carvão e terrenos férteis. A especialização dos países em determinados bens permite que esses países exportem os produtos em que se especializaram e importem os bens que não produzem ou que produzem em menores quantidades. 2. As economias de escala consistem na realização de poupanças, dentro de certos limites, em virtude da redução dos custos médios ou unitários quando se aumenta a capacidade produtiva. IV 1. A economia portuguesa tem vindo a divergir, em termos reais, da Zona Euro, entre 2002 e 2004, porque enquanto a Zona Euro cresceu sempre, em termos reais, nesse período (cerca de 1%, em 2002, cerca de 0,5%, em 2003, e cerca de 1,7%, em 2004), o PIB de Portugal, em termos reais, teve sempre um crescimento inferior ao da Zona Euro, em 2002 e 2004, respetivamente cerca de 0,5% e cerca de 1% e, em 2003, chegou mesmo a decrescer (–1%). O diferencial de variação do PIB entre Portugal e a Zona Euro foi sempre aumentando neste período o que significa um afastamento de Portugal da convergência com a Zona Euro. Para esta divergência com a Zona Euro contribuíram vários fatores, entre os quais, a perda de capacidade de atração de investimento direto estrangeiro (IDE) que se deslocalizou não só para a Ásia, como também, para a Irlanda e países do Centro e do Leste europeu. Enquanto a economia portuguesa apresentou um saldo negativo de 1 milhão de dólares, a Irlanda, a Polónia e a República Checa apresentaram saldos positivos de 17 milhões de dólares para o primeiro país e 5 milhões de dólares para os outros dois países. 2. O alargamento da União Europeia traz problemas a Portugal, entre os quais, a redução do seu peso político por ser um país periférico e com um mercado reduzido devido à dimensão do país, diminuindo a sua influência nas decisões da UE e no funcionamento das instituições; a reorientação dos fundos comunitários que também serão canalizados para os novos Estados-membros e uma maior competição nas exportações, devido ao facto dos novos países-membros apresentarem um nível de desenvolvimento e estruturas produtivas semelhantes e produzirem a custos mais baixos.