Jornal Fato Novo Goiânia - Setembro/2007 Tratamento e prevenção S AÚDE Como evitar e combater e Meningite A meningite é uma doença grave do sistema nervoso central, que causa a inflamação das membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal. É causada freqüentemente por vírus ou bactérias, a Neisseria meningitidis (meningococo) é a mais comum atualmente, e tem importância pela possibilidade de causar surtos ou epidemias. Os sintomas mais freqüentes são febres altas, dor de cabeça muito forte e rigidez da nuca (pescoço duro), podendo evoluir gravemente em poucos dias ou até em horas, dependendo do agente causador. Outros sintomas podem aparecer: náuseas, vômitos, fotofobia (desconforto na exposição à luz), confusão mental e abatimento no estado geral. No caso de crianças, a baixa de atividade ou irritabilidade e o choro intenso também devem ser observados. ¾ Esses sintomas são muito mais severos nos casos de meningites causadas por bactérias; as causadas pó vírus, em geral, apresentem os sintomas de forma menos expressiva. Clinicamente, às vezes, é difícil diferenciá-las, o que pode ser feito pelo exame do líquor (líquido retirado da espinha), que vai permitir saber, imediatamente, se a meningite é viral ou bacteriana e a identificação em relação à contagiosidade - explica o infectologista Artur Timerman, do hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo. O paciente começa a ter manchas vermelhas pelo corpo, chamadas petéquias, causadas por uma alteração na coagulação do sangue, que gera sangramentos espontâneos pelos vasos. Essas manchas aparecem pequenas, mas logo podem aumentar de tamanho e formar verdadeiros hematomas. Embora não tão freqüente essa situação é de uma gravidade extrema e leva à morte mais 50% dos atingidos - diz o infectologista, acrescentando que, em geral, a maior parte das meningites é curada e não deixa seqüelas. Porém, dependendo do tipo da doença, entre 10% a 20% dos pacientes podem ter diminuição da educação da audição ou até surdez e, nos casos mais graves e raros, seqüelas neurológicas. A transmissão da meningite é feita pelo contato direto com a criança infectada através das secreções expelidas no ar ou de pequenas gotas de saliva lançadas no ato de falar, tossir ou espirrar. Dor de cabeça Um mal que resiste ao tempo Quem nunca sofreu com dor de cabeça? Um tipo muito comum é a enxaqueca, que pode ser definida como uma sensação desagradável, durando de 3 a 72 horas, associada a náusea e vômitos. Embora não seja um problema grave, pode causar sérios transtornos na vida de uma pessoa que tem crises constantes. De acordo com o médico clínico-geral Alexander Feldman, diretor do Centro de Recuperação da Enxaqueca em São Paulo e autor dos livros ‘Enxaqueca – Finalmente Uma Saída’ e ‘A Dor de Cabeça Morre Pela Boca’, existem casos de crises de enxaqueca sem ou com muito pouca dor. “Geralmente, a dor de cabeça é o sintoma mais dramático da enxaqueca. Sua intensidade, apesar de variável, na maioria dos casos é de moderada a severa”, explicou. Outros sintomas que podem ocorrer são alterações de humor, sede ou fome anormais e perturbações do sono. As crises assumem formas diferentes durante a vida do paciente. Por exemplo, em algumas mulheres nas quais as crises parecem estar associadas aos ciclos menstruais, outros sintomas, como tonturas, substituem as dores de cabeça à medida que elas entram na menopausa. Causas - Nem sempre é possível identificar o fator que Página - 06 desencadeia esse transtorno nos vasos sangüíneos da cabeça. Por exemplo, uma crise extremamente violenta, às vezes, ocorre sem uma causa aparente, depois de um longo período sem nenhuma crise. Nos homens, principalmente, a enxaqueca costuma ocorrer nos fins de semana ou durante um feriado, provavelmente como resultado do relaxamento que se segue após uma semana de trabalho. Um sono prolongado, uma mudança nos hábitos alimentares ou o excesso de bebida também podem ser parcialmente responsáveis pela crise. Outros fatores que causam uma crise são: ansiedade, choque emocional, fadiga, mudanças súbitas de temperatura,iluminaçãoinadequada e inalação de poluentes. ¾ Para quase todas as meningites virais não há tratamento especifico; tratam-se os sintomas com analgésicos, repouso, hidratação, remédio para vômito. Nos casos das meningites bacterianas, pelo contrário, é muito importante estabelecer o diagnóstico precoce, pois o tratamento com antibióticos é extremamente eficaz se administrado nas primeiras horas após os sintomas - ressalta o infectologista Artur Timerman. Das diversas formas da doença, algumas são prevenidas por vacinas oferecidas gratuitamente em postos de saúde, como a BCG tomada ao nascimento e que previne a meningite tuberculosa -, e a tetravalente - que previne algumas meningites bacterianas e é aplicada em bebês de dois a seis meses, em três doses, com reforço aos 15 meses. As vacinas contra a meningite meningocócica estão disponíveis para controle de surtos. Para algumas formas de meningite causadas pelo meningococo e pelo pneumococo há outras vacinas, encontradas somente em clínicas particulares, que podem ser indicadas pelo médico. Outras formas de prevenção incluem: evitar aglomerações, manter os ambientes ventilados e a higiene ambiental e corporal. Cientistas descobrem onde o vírus HIV esconde seu "reservatório" no organismo São Paulo/SP - Cientistas do Instituto Pasteur e do Instituto Nacional da Saúde e de Pesquisas Médicas (Inserm), na França, encontramos o local em que o vírus da AIDS esconde seu "reservatório" no organismo de pacientes que são submetidos a tratamento contínuo contra a doença. De acordo com o estudo, é nos gânglios linfáticos da região intestinal que o HIV se esconde. O coordenador da pesquisa, Jérôme Estaquier, afirmou ao jornal francês 'Le Fígaro', que os experimentos mostraram que esse "reservatório" profundo situa-se nos gânglios mesentéricos, que drenam a região intestinal. Também foi identificada pelos estudiosos que os linfócitos, responsáveis pela defesa do organismo, não de- sempenham bem sua função no local, pois apresentam um "defeito de sobrevida" nessa parte do corpo, o que não deveria acontecer. Os linfócitos teriam de dominar o vírus, aniquilando as células infectadas. Ocorre que eles morrem antes que isso aconteça. Essa falha poderia explicar a deficiência no combate definitivo ao vírus. De posse dessas informações, os especialistas passarão a focar as pesquisas no fortalecimento dos linfócitos, chamados TCD8, possibilitando que eles eliminem o HIV no momento em que a carga viral se esconda nos gânglios linfáticos intestinais. Os resultados dessa pesquisa foram publicados na edição de julho da revista científica 'Cell Death and Differentiation'. Tipos de Enxaqueca 1. Comum As dores de cabaça freqüentes podem afetar apenas um lado da cabeça ou ambos, e duram de 2 e 30 horas; algumas vezes elas vêm acompanhadas de náuseas e vômitos. Também podem ocorrer perturbações da visão ou cegueira parcial, embora estes sintomas estejam normalmente associados à enxaqueca clássica.Aenxaqueca comum se inicia, em geral, na puberdade e afeta um em cada dez adultos. Por outro lado, uma em cada cinqüenta pessoas sofre de enxaqueca clássica. Outros tipos são mais raros. 2. Clássica Uma crise de enxaqueca clássica provoca uma dor latejante em um dos lados da cabeça. Ocorrem outros sintomas, como cegueira temporária ou parcial, vômitos e extrema sensibilidade à luz e a sons. 3. Basilar As mulheres jovens são as mais afetadas por esse tipo de enxaqueca que está associada ao transtorno de uma artéria especifica que irriga a parte posterior do cérebro. Os sintomas que acompanham esse tipo de dor de cabeça são tonturas. Tratamento O tratamento da enxaqueca deve envolver uma ação conjunta de mudanças de hábito alimentar, de sono, equilíbrio hormonal, atividade física adequada e, por último, remédios preventivos e para crise.