INTESTINOS ANOMALIAS CONGÊNITAS: Estenose e Atresia + freqüentes no duodeno e íleo Atresisa do reto ou ânus (ânus imperfurado) é fácil// diagnosticável. Nas anomalias de rotação, o intestino delgado ou grosso estão em posição anômal o que predispõe a formação de hérnias internas, vôlvulo ou cordas fibrosas. São causas comuns de obstrução em recém-nascidos - Divertículo de Meckel : derivado da persistência do ducto onfalomesentérico, é uma projeção lateral na parede do íleo que se comunica c/ a luz intestinal, e caracteriza-se por ser verdadeiro, ou seja conter todas as camadas da parede intestinal. É importante por: Conter em 25 a 30% dos casos mucosa gástrica ectópica capaz de originar ulcera péptica ; Poder ser sede de neoplasias (apudomas), inflamações e perfurações; As vezes causar obstrução intestinal; Ser responsável por ½ dos casos de hemorragias intestinais em crianças -Sd. da artéria mesentérica sup. : cruzamento anômalo dessa artéria sobre a 3ª porção do duodeno, que pode obstruir parcial// -Heterotopia de mucosa gástrica: pode ocorrer no duodeno,divertículo meckel e duplicação int -Tecido pancreático ectópico pode se encontrado na submucosa ou muscular do duodeno DOENÇA ISQUÊMICA DO INTESTINO: Alta taxa de mortalidade Ocorre principal// em idosos e geral// naqueles c/ algum transtorno circulatório prévio A isquemia intestinal pode ser provocada por obstrução arterial, venosa ou da microirculação, ou ocorre também s/ obstrução vascular, no caso de transtorno da perfusão tecidual (ICC, choque, desidratação e hipotensão arterial) As lesões intestinais dependem 1° por falta de suprimento sanguíneo (isquemia) e em 2° devido a reperfusão. De acordo c/ a intensidade e duração do distúrbio circulatório, podem surgir necrose isquêmica (infarto) ou lesões crônicas. Na necrose aguda de pequena intensidade, a necrose atinge apenas a mucosa (infarto da mucosa), e na grave ocorre necrose de toda a parede intestinal (infarto transmural). O infarto ocorre principal// no Jejuno e Íleo (irrigados pela art mesent sup ), já o intestino grosso é suprido pela art mesent e vasos da parede abdominal posterior. INFARTO TRANSMURAL: É provocado por obstrução arterial (trombose ou embolia), trombose das veias mesentéricas ou obstrução desses vasos associada a baixa perfusão tecidual Obstrução arterial ocorre em 60% dos infartos intestinais. A trombose se forma em associação c/ aterosclerose. A embolia arterial atinge principal// a art mesentérica sup devido : possui maior calibre e o ponto de emergência na aorta ter trajeto em Y invertido, facilitando a penetração dos êmbolos A origem desses êmbolos são do coração (infarto do miocárdio, fibrilação atrial, endocardite infecciosa, próteses valvares) ou da aorta. Trombose das veias mesentéricas é responsável por 10 a 20% dos infartos intestinais. E + comum na mesent sup. e associa-se a condições que favorecem a formação de trombos, como inflamações dos órgãos tributários da veia porta (apendicite,etc), insuficiencia cardíaca, parto, cirurgias abdominais, neopl malig, uso de anticoncepcionais orais Pode não ser encontrado oclusão vascular, ocorrendo então um estado de baixa perfusão intestinal por falência cardíaca, anóxia ou estado de choque em indivíduos que já tem aterosclerose das art mesent c/ obstrução parcial da luz vascular. Morfologia: o infarto é sempre vermelho (c/ hemorragia associada) Atinge a parte distal do jejuno e o íleo – intest delgado Flexura esplênica do cólon – intest grosso A área infartada torna-se vermelho-escura e edemaciada. Encontra-se necrose isquêmica e hemorragia abundante. Se o a pessoa sobrevive, no dia seguinte aparece infiltrado inflamatório de intensidade variada. Pode ocorrer ulceração, infecção 2ªria e translocação bacteriana p/ corrente sang Pode tb ocorrer perfuração da parede (grave) no 3° ou 4° dias após o início da isquemia As alterações morfológicas aparecem cerca de 15-18 horas após o início da isquemia Ele manifesta-se por : Dor súbita periumbilical c/ taquicardia, hipotensão, náuseas, vômitos, diarréia sanguinolenta e até choque. Em seguida, os movimentos peristálticos diminuem ou desaparecem por destruição da musculatura lisa, fenômenos tóxicos ou íleo adinâmico. Quando há peritonite, a parede abdominal enrijece. OBS: essas manifestações tb são comuns a outros processos patológicos de abdômen agudo. Prognóstico: depende do diag precoce e tto apropriado, mas é de grande tx mortalidade INFARTO DA MUCOSA: A necrose ocorre apenas na mucosa e submucosa, causado por baixa perfusão intestinal. Surge principal// nos estados de choque e na insuficiência cardíaca As manifestações são semelhantes a do infarto transmural, porém o prognóstico é melhor ISQUEMIA CRÔNICA: Relacionada a aterosclerose das art mesent que causam redução parcial do fluxo suficiente PR/ provocar lesões isquêmicas crônicas. A angina abdominal caracteriza-se por dor intermitente, de duração variada, que aparece cerca de 30min após as refeições. Por isso, tem semelhança a angina do peito de esforço. A maior exigência de suprimento sang (trabalho metabólico de digestão/absorção de alimentos e atividade cardíaca) não pode ser atendida porque os vasos já estão c/ a luz estreitada pelo ateroma. Muitos pctes que desenvolvem infarto intestinal tem histórica pregressa de angina abdominal. Essa isquemia, pode causa hipotrofia, necrose e ulceração da mucosa intestinal. E de acordo c/ a intensidade o estreitamento da luz, obstrução intestinal, estase alimentar e má absorção int ANGIODISPLASIA: Caracteriza-se por veias dilatadas e tortuosas na submucosa do intestino, localizadas geral// no ceco e cólon ascendente. Diag: colonoscopia e angiografia seletiva Condição adquirida (por distensão e contração cíclica da parede intestinal) Pouco comum (relacionada a maior tensão da parede do vaso) Uma das principais causas de hemorragia digestiva em idosos INFLAMAÇÕES : Podem ser causadas por agentes diversos, infeciosos ou na. Quando infeccioso pode ser provocado por microorganismos da flora normal ou por agentes vindos de outras partes do organismo/ externas. O intest delgado possui poucos microorg. que são predominantes bactérias Gram +, aeróbias facultativas Em condições normais, as bactérias tem função de desconjugação dos sais biliarees, metabolização de proteínas e gorduras, produção de vitaminas, etc. quando há transtornos pode surgir: má abosrção intestinal, hipovitaminoses K e D, anemia ferropriva, desequilíbrio eletrolítico. Microorg. diferentes podem causas o mesmo padrão de lesões ou diferentes (enterocolite catarral em uns e ulcerações em outros). Enterite = inflamação apenas do intest delgado Enterocolite = enterite + inflamação do cólon Colite = inflamação do intest grosso Gastroenterite= não indica necessária// a coexistência de gastrite, geral// é apenas a enterite acompanhada de náuseas e vômitos. As enterocolites de interesse são as que causam diarréia aguda, sendo + comuns na infância e podendo acometer adultos e crianças (provocadas por bact, vírus e protozoários) As enterocolites são as + importantes nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento devido a desnutrição, tendo alta tx de mortalidade e morbidade ENTEROCOLITES BACTERIANAS As bact agem por 2 meios : produção de toxinas ou invasão da parede A E.Coli enterotoxigênica e o Vibrio cholerae são os exemplos clássicas de agentes causadores de diarréia por liberação de toxinas, não havendo destruição nem ulcerações relevantes. A cólera é uma doença grave transmitida pela água ou alimentos contaminados pelo vibrião, a toxina colérica se liga a moléculas da membr.plasm. dos enterócitos e ativa as ptnas G, que leva a ativação da enzima adenilato ciclase e produção de AMPc, o qual promove a secreção de água e eletrólitos pela célula ao mesmo tempo em que há bloqeuio da absorção de água. E então surge a diarréia aquosa, q se ñ tratada, pode levar a perda de íons, desidratação e óbito Cepas enterotoxigênicas de E. coli produzem toxinas termoestáveis ou lábeis, que também estimulam a secreção de fluidos pelas células intestinais e provocam diarréia: causa principal da chamada Diarréia dos viajantes. Vários outros microrg. Invadem a parede intestinal e causam ulcerações e inflamação do intestino delgado e grosso, e então a diarréia contém além do escesso de líquidos, muco, céls inflamatórias e as vezes sangue. A infecção por Shigella, causa da disenteria bacilar, caracterizada por diarréia c/ sangue, muco e pus, além da dor abdominal, febre e nas formais = graves, toxemia e hipotensão arterial. A transmissão é feita pela água, alimentos e contato pessoal. A bactéria invade a mucosa e provoca inflamação desde o ceco e cólon asc e se estende ao íleo terminal, tendo um exsudato fibrino-purulento e forma pseudomembranas sobre a mucosa, q pode sofrer ulcerações TUBERCULOSE INTESTINAL: Pouco comum, podendo ser primária ou secundária 1ªria: causados pela ingestão de leite ou derivados contendo M.tuberculosis, sendo rara hoje devido aos cuidados higiênicos tomados. Ocorre no íleo e ceco preferencial//, a doença é benigna e as lesões se curam s/ deixar seqüelas importantes 2ªria: se segue a tuberculose pulmonar e decorre da deglutição de secreções contendo o bacilo, e + freqüente em adultos (20 e 40 anos). São lesões múltiplas, cuja inflamação geral// compromete todas as camadas da parede intestinal, muitas vezes ocorrem aderência c/ outras alças do intestino c/ omento ou abdm. A obstrução intestinal é conseqüência importante Os focos de inflamação se confluem e levam a ulcerações da mucosa que se dispõe transversal// ao ˃ eixo intestinal. Quando as lesões se curam, a neoformação conjuntiva pode levar a estenose. Pode encontrar necrose caseosa, cél gigante, inflamação crônica DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA IDIOPÁTICA: É uma afecção inflamatória crônica, recidivante do intestino de causa desconhecida, a qual resulta da ativação anormal e persistente do sistema imunitário da mucosa em resposta a antígenos da flora bacteriana intraluminal normal. A DII engloba 2 entidades c/ caract comuns mas c/ formas de apresentação distintas : Doença de Crohn e Colite ulcerativa. -Doença de Crohn (DC) : afecção segmentar, granulomatosa e fibrosante, de natureza autoimune, que pode acometer qlqr segmento do TGI, da boca ao ânus, mas de preferência a porção terminal do íleo e cólon. -Colite ulcerativa: é uma enfermidade não-granulomatosa e não-segmentar, de evolução progressiva c/ remissões e exacerbações, geral// limitadas ao reto e cólon. Os principais elementos comuns, as duas : Pctes c/ DC geral// tem parentes c/ colite ulcerativa e vice-versa Na DC pode ter comprometi// do cólon, sendo as lesões e MC semelhantes a colite ulcerativa É pouco freqüente mas na colite ulcerativa o intestino delgado pode ser atingido Alguns possíveis fatores etiológicos são comuns as 2 condições Em ambas há o risco aumentado de aparecimento de câncer intestinal Freqüente// existem manifestações extra-intestinais comuns as 2 doenças Etiopatogênese da DII: etiologia desconhecida. Mas estudos indicam que ela é o resultado de uma resposta imune local exacerbada e desmodulada a antígenos da flora bacteriana normal do TGI em indivíduos genética// suscetíveis. Ocorre atividade das cels inflamatórias, cujos produtos causam lesão tecidual Fatores genéticos: 15 a 40% dos casos outros membros de uma mesma família apresentam Doença de Crohn ou colite ullcerativa. Flora intestinal:o papel da flora intestinal normal como agente de estimulação imunitária em indivíduos genética// suscetíveis e, provável// c/ defeitos estruturais do epitélio intestinal( alteração da barreira)em vez do mesmo efeito ser provocado por um agente infeccio externo Anomalias estruturais da mucosa intestinal: aumento da permeabilidade da mucosa ao polietilenoglicol e alterações bioquímicas da glicoptnas do muco. O que favorece a penetração de antígenos e logo, a reação inflamatória. Distúrbios da resposta imunitária: pctes c/ colite ulcerativa apresentam outras doenças c/ componente imunológico (lúpus eritematoso sistêmico, etc) + frequente que na pop geral. Linfócitos T CD4+ estão envolvidos na Dç crohn e na colite ulcerativa. Diagnóstico da DII: dados clínicos, laboratoriais e anatomopatológicos. Em alguns casos não é possível a distinção entre DC e colite ulcerativa Malignidade na DII: esses pctes tem risco aumentado de desenvolver neoplasisas no TGI, c/ destaque p/ Carcinomas do intestino delgado e cólon. Principais fatores de risco: inicio precoce, longa duração (˃ 10 anos) e displasia Cerca de 3% dos pctes c/ DC desenvolvem carcinoma Cerca de 25-30% dos pctes( ˃ 30 anos) colite ulcerativa Na evolução da DII há ˃ probabilidade de se desenvolverem displasias (lesões pré-cancerosas) TUMORES: Os do intestino delgado são raros (1 a 6% de todos os tumores do tubo digestivo) Predominam os benignos (60%) sobre os malignos(40%). Dentre os malignos, destacam-se: linfomas, carcinóides e adenocarcinomas TUMORES BENIGNOS: -Adenoma polipóide(25%): único ou múltiplo, semelhante ao do estomago ou intest grosso, pediculado ou séssil. É o + comum dentre os benignose no íleo e duodeno O adenoma c/ componente viloso, é menos freqüente e pode sofrer malignização -Leiomioma (20%) : + no jejuno, sendo pequeno mas cresce p/ luz ou direção ao peritônio -Lipoma(15%): + comum no íleo distal, quando volumosos pode ulcerar e provocar hemorragia -Hemangiomas: podem adquirir grandes dimensões e provocar hemorragias e obstruções -Fibroma (8%) TUMORES MALIGNOS: São raros devido os seguintes fatores: trânsito intestinal rápido, escassez de bactérias, presença de IgA secretora e resistência da mucosa a ação de carcinógenos. Grande volume de fluido c/ diluição de potenciais irritativos, pH alcalino, baixo conteúdo bacteriano (sabe-se que as bact são importantes agentes capazes de transformar agentes procarcinógenos---------------- carcinógenos). Alta concentração de benzil, peroxidase. Nível aumentado de IgA, riqueza em tecido linfático. O adenocarcinoma é raro e ocorre no duodeno em pctes acima de 50 anos (2ª e 3ª porções do duodeno). O tumor dá metástases p/ os linfonodos regionais, fígado, pâncreas e pulmões. Como é assintomático por longo tempo, o prognóstico é ruim. Clinica//: hemorragia (profusa ou sangue oculto nas fezes) + comum, e sinais de obstrução TUMORES DO INTESTINO GROSSO PÓLIPOS : são divididos em neoplásicos e não-neoplásicos NÃO-NEOPLÁSICOS: São maioria, divididos em : -hiperplásicos: + comuns, pequenos e sésseis, múltiplos.. são constituídos por glândulas e criptas bem formadas c/ aspecto alongado, revestido por epitélio maduro e bem diferenciado. -hamartosos: podem ser hereditários/não hereditários. São avermelhados, pediculados, histológica// exibem glândulas dilatadas, cheias de muco, revestidas por epitélio colunar de aspecto regular. As hereditárias são encontradas em variadas síndromes -inflamat´roios(pseudopólipos): lesões nodulares que se originam 2ªriamente a um processo de ulceração e reparo da mucosa colônica. São freqüentes em pctes c/ doença inflamatória intestinal de longa udração NEOPLÁSICOS (Adenomas): tumores benignos + comuns do intest grosso são considerados lesões pré-cancerosas, por serem contituídas pela proliferação do epitélio c/ displasia. Podem ser únicos/múltiplos, de tamanhos variados. Prevalência aumenta com a idade s/ diferença estática entre homem e mulher. + 70% localizam-se no retosigmoide, e 20% no sigmóide Os adenomas podem sofrer transformação maligna, inflamar, ulcerar, causar hemorragia, necrosar e ser eliminados. Podem ser do tipo: viloso, tubulares, túbulo-vilosos TUMORES MALIGNOS IG: É carcinoma de colorretal (CCR) 95% são os Adenocarcinomas e Carcinomas, sendo os restantes linfoma, leiomiosarcoma,etc *o carcinoma de colo retal inclui os tipos hereditário/não- hereditário Além dos fatores como hereditariedade, adenomas e doenças inflamatórias intestinais, mencionam os ambientes e da dieta. Sendo eles: A ingestão energética excessiva em relação as necessidades Baixo conteúdo em fibras vegetais não abosrvíveis Alto conteúdo em carboidratos refinados Consumo elevado de carnes vermelhas, obesidade, sedentarismo Diminuição de fatores protetores da mucosa (vitaminas) contidos na dieta A redução das fibras reduz o bolo fecal, aumenta o tempo de transito intestinal e altera a flora bacteriana intestinal. E assim, produtos oxidativos da degradação de carboidratos por bactérias podem existir em alta concentração e em pequeno volume de fezes, aumentando o contato c/ a mucosa. a alta ingesta de carne vermelha resulta em altas taxas de colesterol, aumento da síntese de Ac biliares, os quais podem ser convertidos em carcinógenos potentes pelas bactérias intestinais. A carência de vitaminas A, C e E na dieta resulta em aumento de radicais livres de O2. Estudos mostram o aumento da incidência de CCR em pctes c/ + de 40% de excesso de peso As mortes por CCR ocorrem devido as metástases (fig 21.49 – pag 708) SÍNDROME DA MÁ ABSORÇÃO É a incapacidade do organismo de digerir, absorver e/ou transportar para os vasos linfáticos ou veia porta um ou mais nutrientes ingeridos. Conseqüente// junto as fezes são eliminadas quantidades variadas de água, lipídeos, ptnas, hidratos de carbono, vit e minerais, logo pcte tem carência de elementos não absorvidos No estômago: o bolo alimentar é misturado c/ o suco gástrico e inicia-se o processo digestivo, por ação da pepsina. As céls parietais produzem o fator intrínseco, que se complexa c/ a vitamina B12 que é indispensável p/ a absorção desta no íleo. Em seguida, o bolo alimentar transformado em Quimo, é liberado para o duodeno. No intestino delgado, os alimentos, sob a forma de polímeros de carboidratos, ptnas e lipídeos, estimulam a produção do suco pancreático e liberação da bile. Por ação das enzimas pancreáticas (amilase, lípase e proteases) e pela emulsificação das gorduras pela bile, os polímeros são transformados em moléculas menores que sofrerão ação das dissacaridases e peptidases existentes nas microvilosidades dos enterócitos. O produto final da ação enzimática é então abosrvido pelas céls intestinais, que em seguida irão para a corrente sanguínea ou vasos linfáticos As causas de má absorção são agrupadas em: a- Digestão deficiente dos nutrientes: devido a deficiência de enzimas pancreáticas por doenças como pancreatites, pancreatectomia. Ou então, deficiência de sais biliares como no caso da Cirrose hepática, obstrução das vias biliares b- Incapacidade de absorção pelas células intestinais: alteração da orla em escova por deficiência de dissacaridases e enteroquinases. Alterações congênitas c- Distúrbios no transporte das moléculas absorvidas: lesões dos enterócitos por contituintes da dieta por doença celíaca, intolerância ao leite de vaca e farinha de soja. Lesões dos enterócitos de causa desconhecida como espru não-tropical Fisiopatologia: Se expressa por 2 grupos de manifestações: - Diarréia e Esteatorréia (absorção deficiente de conteúdo intestinal ) - Síndromes carenciais, pela falta de absorção de um ou mais componentes da dieta. A diarréia decorre da absorção insuficiente de água, eletrólitos e substancias alimentícias por 3 mecanismos que atuam em conjunto ou isolados : - redução da absorção intestinal de água e eletrólitos por lesões no ID e seu acúmulo excessivo no IG em qtdes sup a sua capacidade de absorção -ação osmótica dos alimentos não-absorvidos, particular// hidratos de carbono -absorção insuficiente de água e eletrólitos por lesões no IG. A esteatorréia deriva da má absorção de gorduras pelo ID, geral// por deficiência lípase pancre Anemia hipocrômica = absorção insuficiente de ferro Anemia macrocítica e megaloblástica = abs insuf de vit B12 e/ou ácido fólico Osteoporose/Desmineralização óssea = a falta de abs de cálcio d vit D Má abosorção de vit K conduz a menor síntese, pelo fígado, de protrombina e de outros fatores da coagulação, o que é responsável por hemorragias Queda da pressão oncótica do plasma e edema = perda excessiva de albumina ou má absorção de aminoácidos pelo intestino reduzem a síntese de albumina pelo fígado Clinicamente: alem das manifestações descritas, os pctes apresentam: Anorexia, Emagrecimentos, hipotrofia muscular e distensão abdominal. Diagnóstico: depende desses achados clínicos e de exames complementares, como testes de absorção intestinal, determinação da gordura fecal e biópsia intestinal. DOENÇA CELÍACA (Espru não-tropical, espru-celíaco) É afecção crônica associada a ingestão de glúten e caracterizada por atrofia das vilosidades intestinais que resulta em diminuição da superfície absortiva e má absorção intestinal. + em mulheres e geral// na infância As vezes permanece assintomática e só se manifesta no jovem/adulto É desencadeada nos indivíduos suscetíveis pela ingestão do glúten Feito o diagnóstico e excluído glúten da dieta, desaparecem as lesões morfológicas e MC Apesar de grave, responde bem ao tratamento Patogênese: provocada pela fração álcool-solúvel do glúten, a qual ainda não compreendida Há participação genética Há dados que indicam que sua ocorrência seja devido a fatores imunitários c/ participação da imunidade celular; anticorpos antigliadina, não parecem determinar lesões nos enterócitos Clinica: geral// há diarréia e esteatorréia devido má absorção de carboidratos, lipídeos e ptnas E então, surge desnutrição, emagrecimento, palidez cutânea, distensão abdominal e hipotrofia da musculatura glútea e dos membros. Diagnostico: atrofia das vilosidades que desaparece c/ a exclusão do glúten da dieta Os pacientes c/ essa doença, em especial adultos e velhoss, tem maior risco de desenvolver neoplasias malignas, sobretudo linfomas ou carcinomas do tubo digestivo Tto- dieta isenta de glúten protege contra o aumento do risco de malignidade ESPRU TROPICAL Ocorre quase exclusiva// em indivíduos que moram em regiões tropicais. Difere da doença celíaca por 2 aspectos: - na DC, sempre há atrofia das vilosidades intestinais e a doença responde bem a retirada do glúten da dieta mas não ao tto c/ ácido fólico - o Espru tropical responde ao ácido fólico, permanece após a retirada do glúten e mostra lesões intestinais variáveis e incaracterísticas As lesões consistem em encurtamento e espessamento das vilosidades, alongamento das criptas e infiltrado de plasmócitos, linfócitos e eosinófilos na lamina própria (importante p/ diferenciar as 2 doenças) Clinica: má absorção de gorduras (esteatorréia), carboidratos e vit B12 Etiologia desconhecida, mas há indícios de que seja causada por cepas de E.Coli, obtendo um tto c/ antibióticos de largo espectro DOENÇA DE WHIPPLE Rara no Brasil, tendo evolução crônica + comum após os 40 anos Causada pela bactéria gram + Tropheryma whipelii Inicial// considerada afecção apenas intestinal, mas hoje se sabe que pode acometer pele, SNC, coração, vasos sanguíneos, articulações, serosas, linfonodos, baço e fígado. MC: artralgia migratória, febre, serosite, hiperpigmentação da pele, intumescimento dos linfonodos, diarréia e esteatorréia Morfologia: grande numero de macrófagos na lamina própria da mucosa do intestino delgado A doença responde muito bem ao tt c/ antibióticos de amplo espectos Alterações neurológicas recorrentes traduzem mal diagnóstico APENDICE ILEO-CECAL APENDICITE AGUDA Predomina em crianças e jovens, c/ maior incidência 20/30 anos + em homens Fatores da gênese: -Proliferação bacteriana -Obstrução do apêndice ( por fecalitos, parasitas, cálculos, corpos estranhos, tumores,...). Apesar da obstrução da luz a mucosa continua a secretar, e assim a pressão aumenta e , quando ultrapassa a pressão venosa, causa compressão das veias, transtorno na drenagem sanguínea e hipóxia (lesão epitelial e favorece a colonização bacteriana) Morfologia: na fase inicial, o apêndice é congesto, edemaciado, rígido e aumentado de volume, mas a serosa é ainda brilhante. Mais tarde, a serosa se torna fosca e c/ pontilhado hemorrágico, enquanto o órgão aumenta de volume e fica coberto por fibrina. A inflamação começa quase sempre no fundo das criptas, e o exsudato geral// de neutrófilos. Se não tratada, pode haver ulceração da mucosa e destruição das demais camadas, os produtos de destruição ficam misturados ao exsudato fibrino-purulento e ocupam a luz do órgão. São encontrados trombose de pequenos vasos e hemorragias Pode haver peritonite quando há ruptura de pequenos abscessos na serosa ou apenas irritação Quadro clínico: início súbito c/ dor ou desconforto abdominal, em princípio na região periumbilical, náuseas, vômitos, defesa abdominal, febre e dor na fosse ilíaca direita Leucocitose moderada c/ desvio a esq. Complicação: a principal é Perfuração do órgão, que ocorre quando há necrose da parede (gangrena), em geral provocada por transtorno circulatório. A parede se torna cianótica, friável, esfacela-se e por fim, se rompe. A perfuração pode causar peritonite genera/localiz APENDICITE CRÔNICA Sua existência é controvertida Termo empregado quando há manifestações clinicas recorrentes de comprometimento do apêndice, mas s/ sinais de inflamação aguda MUCOCELE É a dilatação do apêndice por acúmulo de muco na luz, formando um cisto mucoso Se forma em 2 condições : - obstrução da luz -proliferação celular e produção exagerada de muco, que pode ser devido a hiperplasia de cels mucíparas ou a neoplasias epiteliais (cistoadenoma mucionoso) Cerca d e20% de casos de mucocele por neoplasias, a parede se rompe e libera muco e cels na cav peritoneal, onde proliferam, produzem muco e formam massas gelatinosas aderidas ao peritônio, condição chamada Pseudomixoma peritoneal Tumores: + frequente do apêndice é o carcinóide, que se localiza na extremidade distal, porém tem outros tumores como adenomas ou adenocarcinomas ANUS: HEMORRÓIDAS Aumento, congestão e dilatação de tecidos hemorroidários, provocando diferentes sintomas. São varizes dos plexos venosos do reto e canal anal Podem ser : - Internas: originam-se do plexo hemorroidários sup, acima do esfíncter anal e classificadas em 4 graus: 1° sangramento sem prolapso 2° sangramento e prolapso no esforço evacuatório e retorno espontâneo do prolapso 3° sangramento e 4° - Externas: acima do plexo hemorroidário inf, abaixo do esfíncter anal - Mistas : ambas São freqüentas acima dos 50 anos, pouco comum antes dos 30 As vezes há fatores predisponentes como: constipação intestinal, gravidez, inflamações locais ou hipertensão porta Macroscopica//: é característico os mamilos hemorroidários de volume variado MC: dor e sangramento são as principais Complicação freqüente = Trombose FISSURA ANAL Afecção muito freqüente Consiste em solução de continuidade superficial, linear localizada geral// linha média posterior A etiologia é desconhecida, mas está relacionada a traumatismos provocado por fezes endurecidas , também pode haver contribuição de infecções, estase venosa e diarréia Geral// associa-se a inflamações intestinais, como Doença de Crohn MC: dor intensa que se inicia nas evacuações, persiste por minutos/horas e freqüente// acompanha de sangramento anal. Como a evacuação provoca DOR, os pctes passam a evitar a defecação, o que provoca + endurecimento das fezes e agrava o quadro A fissura pode se curar espontânea// ou por tto conservador, podendo também, evoluir p/ a forma crônica (úlcera anal) . ABSCESSOS E FÍSTULAS ANAIS Representam fases diferentes de um mesmo processo, sendo o abscesso agudo e a fístula crônica. Ambos resultam de infecção das glândulas anais, cujos ductos se localizam na submucosa e muscular do reto distal e canal anal. + freqüente é o abscesso perianal, que é superficial, muito dolorosa, e podem recidivar como fístula após simples incisão ou drenagem. Os abscessos profundos são de tto difícil e podem se cronificar (dar a fístula) Nos abscessos altos, a inflamação pode propagar p/ as estruturas vizinhas e atingir peritônio TUMORES ANAIS E PARANAIS Pouco comuns. + freqüente é o carcinoma de cels escamosas, localizado no canal anal ou margem do anus + em idosos e mulher, e do tipo verrucoso, tendendo a ulcerar e dar metástases p/ linfonods PERITÔNIO ASCITE É o acúmulo de líquido (transudato ou exsudato seroso) na cav peritonel. Tipo Edema. É um sinal clínico, que acompanha muitas doenças,particular// cardíacas, renais, hepáticas Suas causas + comuns: IC (hiperemia passiva crônica), Hipertensão porta, Hipoproteinemia (lesão dos hepatócitos, desnutrição ou síndrome nefrótica), Inflamações do peritônio, tumores no peritônio e de órgãos abdominais. O aspecto e constiuição do liq ascitico variam de acordo c/ a causa (transudato e exsudato) Quando a ascite é volumosa, pode haver elevação do diafragma, compressão das bases pulmonares e dispnéia. Em certos casos, o líquido ascítico atinge a cav pleural através de vasos linfáticos e causa hidrotórax, geral// a direita. Complicações = peritonite bacteriana, em especial em pctes c/ Cirrose hepática HEMOPERITÔNIO É a coleção de sangue na cav peritoneal As causas aprincipais: Gravidez tubária ou ovariana, Endometriose do ovário ou peritônio, Ruptura de aneurismas ou de vísceras, traumatismos, etc Conseqüência + grave é o Choque O sangue no peritônio irrita a serosa e provca inflamação, e devido a esta, formam-se aderências ou bridas entre vísceras e o peritônio que podem resultar em torção, estrangulamento e obstrução intestinal PNEUMOPERITÔNIO É a presença de ar na cav peritoneal. Podendo ser : Espontâneo (por perfuração de órgãos ocos ou pneumatose intestinal), Traumatismos ou por causa desconhecida. Complicação = embolia gasosa, pneumocele,enfisema subcutâneo PERITONITES - Bacteriana: quase sempre 2ªria a inflamação de outros órgãos, como: apendicite, ulcera péptica perfurada, diverticulite, colecistite, salpingite. Muitas vezes ocorre s/ causa aparente: cirróticos (pode ser considerada 1ªria ou espontânea) Os microorganismos + implicados são E.coli, Clostridium, Salmonelas, S.aureus, pseudômonas A peritonite pode ser localizada ou generalizada, no início do processo, o peritônio é congesto e opaco, após 2-4 horas, já é evidente a exsudação de fibrina. Ela é uma emergência médica grave, muitas vezes se acompanha de choque séptico e de íleo paralítico. Se o pcte sobrevive, podem surgir: abscessos, aderências. -Química: é a inflamação aguda, geral// difusa causada pela liberação de bile ou suco gástrico, duodenal ou pancreático na cavidade peritoneal. Muitas vezes associa-se a infecção bacteriana, pelo liquido conter microrganismos -Tuberculosa: pouco freqüente podendo ser localizada ou generalizada Decorre principal// de salpingite tuberculosa ou de tuberculose intestinal (é a localizada) Na forma difusa, formam-se nódulos caseificados em vários locais. Nos casos graves, o peritônio se transforma em uma massa caseosa TUMORES 1°os: Mesoteliomas (raros) + comum em homens e 70 anos Há história de contato c/ asbesto ou asbestose pulmonar Mal prognóstico 2°os: + comuns, derivam de neoplasias do TGI, pâncreas e ovários Amanda Venturini Arantes