Reserva Operacional de Produção em Sistemas Eléctricos de Energia com Produção Descentralizada Eduardo Miguel Gouveia 1, Manuel A. Matos2, 1 Escola Superior de Tecnologia de Viseu Campus Politécnico de Repeses, 3504-510 Viseu, Portugal [email protected] 2 FEUP & INESC Porto FEUP - Rua Dr. Roberto Frias, s/n 4200-465 Porto, Portugal [email protected] Resumo O sector eléctrico está, em todo o mundo, a sofrer alterações ao nível da operação e regulação. Essas alterações consistem na mudança da estrutura verticalizada e monopolista tradicional no sector para uma situação onde há concorrência na produção e na comercialização, mantendo-se apenas os monopólios naturais associados à gestão técnica do sistema e das redes de transporte e de distribuição. A evolução do sector em Portugal acompanhou esta tendência, até ao ponto actual da criação do Mercado Ibérico de Electricidade. Este novo estado de coisas trouxe, naturalmente, uma maior preocupação com a segurança de abastecimento, anteriormente assegurada no âmbito do planeamento tradicional da expansão do sistema produtor. Por outro lado, a perspectiva de um grande aumento da penetração da produção baseada em energias renováveis bastante voláteis (p.ex. energia eólica) levantou também problemas de reserva operacional a curto prazo. Neste artigo, discutem-se alguns aspectos ligados à determinação de reservas no ambiente descrito, utilizando um método probabilístico para definição da reserva operacional, conhecido por PJM (Pennsylvania - New Jersey – Maryland), combinado com um modelo detalhado da disponibilidade dos parques eólicos em relação a avarias próprias e a falhas da fonte primária. Resumo O sector eléctrico está, em todo o mundo, a sofrer alterações ao nível da operação e regulação. Essas alterações consistem na mudança da estrutura verticalizada e monopolista tradicional no sector para uma situação onde há concorrência na produção e na comercialização, mantendo-se apenas os monopólios naturais associados à gestão técnica do sistema e das redes de transporte e de distribuição. A evolução do sector em Portugal acompanhou esta tendência, até ao ponto actual da criação do Mercado Ibérico de Electricidade. Este novo estado de coisas trouxe, naturalmente, uma maior preocupação com a segurança de abastecimento, anteriormente assegurada no âmbito do planeamento tradicional da expansão do sistema produtor. Por outro lado, a perspectiva de um grande aumento da penetração da produção baseada em energias renováveis bastante voláteis (p.ex. energia eólica) levantou também problemas de reserva operacional a curto prazo. Neste artigo, discutem-se alguns aspectos ligados à determinação de reservas no ambiente descrito, utilizando um método probabilístico para definição da reserva operacional, conhecido por PJM (Pennsylvania - New Jersey – Maryland), combinado com um modelo detalhado da disponibilidade dos parques eólicos em relação a avarias próprias e a falhas da fonte primária.