Leishmaniose visceral canina no litoral norte do estado de Pernambuco: Relato de caso Thiago André S. de Andrade1, Andréa Karla S. da Silva2, Gabriela A. Galvão2, Juliana F. da C. Lima2, Anna Carmen R. Cavalcanti2, José F. M. Júnior2, Sinval P. B. Filho2, Maria Edileuza F. de Brito2 1 Pós Graduação em Ciência Animal Tropical - Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2 52.171-900 Recife, PE, Brasil.. Serviço de Referencia em Leishmanioses - Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães-Fiocruz-PE, 50.740-465 Recife/PE, Brasil. A leishmaniose visceral canina é uma doença parasitária causada, principalmente por Leishmania infantum. A epidemiologia da doença varia de acordo com a região e o entendimento do quadro clínico associado à infecção em cães pode ajudar na elaboração de medidas de controle mais especificas. O objetivo do estudo foi relatar os aspectos clínicos de um cão com LVC no município de Goiana, Pernambuco, nordeste do Brasil. O tutor de um cão da raça pitbull, macho, com aproximadamente oito anos de idade procurou a secretária de vigilância ambiental do referido município, queixando-se que o cão apresentava lesões ativas de pele generalizadas, com perda de peso e secreção ocular. Esse cão passava grande parte do tempo no município de Olinda, mas era conduzido semanalmente ao município de Goiana, ambos situados no litoral norte de Pernambuco. O animal foi atendido no Hospital da UFRPE para avaliação e coleta de amostras para testes laboratoriais. Cinco ml de sangue (com EDTA) foram coletados da veia cefálica e realizados imprints das lesões coradas em Giemsa e examinados em microscopia óptica. O animal apresentava anorexia, secreção ocular bilateral, áreas alopécicas generalizadas, onicogrifose, linfonodos poplíteos infartados e mucosas oculares congestas. As amostras foram positivas nos imprints pela visualização do parasito, na PCR foi amplificado o DNA de amostra de sangue, para o alvo com 145pb, e também confirmado no teste rápido, DPP, preconizado pelo Ministério da Saúde do Brasil. A LVC encontra-se presente em diversos municípios pernambucanos, cuja sintomatologia é bastante variada. A maioria dos animais não é submetida a métodos preventivos contra a infecção e circulam livremente em áreas que se desconhece a epidemiologia da doença, dificultando o diagnóstico. Portanto, não é possível identificar a área geográfica onde ocorre a infecção em cães. Sendo assim, são necessárias medidas de prevenção para o controle da doença. Palavras-chaves: Leishmaniose visceral canina; Epidemiologia, PCR. Apoio: CNPq, Fiocruz.