Documentos ISSN 0102-0110 Novembro, 2006 199 Spodoptera frugiperda J. Smith 1797 (Lepidoptera: Noctuidae) BIOLOGIA, AMOSTRAGEM E MÉTODOS DE CONTROLE ISSN 0102 0110 Novembro, 2006 Recursos Genéticos e Biotecnologia Documentos 199 Spodoptera frugiperda J. Smith 1797 (Lepidoptera: Noctuidae) BIOLOGIA, AMOSTRAGEM E MÉTODOS DE CONTROLE Lílian Botelho Praça Sebastião Pedro da Silva Neto Rose Gomes Monnerat Brasília, DF 2006 Exemplares desta edição podem ser adquiridos na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Serviço de Atendimento ao Cidadão Parque Estação Biológica, Av. W/5 Norte (Final) – Brasília, DF CEP 70770-900 – Caixa Postal 02372 PABX: (61) 448-4600 Fax: (61) 340-3624 http://www.cenargen.embrapa.br e.mail:[email protected] Comitê de Publicações Presidente: Sergio Mauro Folle Secretário-Executivo: Maria da Graça Simões Pires Negrão Membros: Arthur da Silva Mariante Maria de Fátima Batista Maurício Machain Franco Regina Maria Dechechi Carneiro Sueli Correa Marques de Mello Vera Tavares de Campos Carneiro Supervisor editorial: Maria da Graça Simões Pires Negrão Normalização Bibliográfica: Maria Iara Pereira Machado Editoração eletrônica: Maria da Graça Simões Pires Negrão Fabrício Lopes dos Reis Rodrigues 1ª edição 1ª impressão (2006): Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). P 895 Praça, Lílian Botelho Spodoptera frugiperda J. Smith 1797 (Lepidoptera: Noctuidae) Biologia, amostragem e métodos de controle / Lílian Botelho Praça, Sebastião Pedro da Silva Neto, Rose Gomes Monnerat. -- Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2006. 22 p. (Documentos / Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 0102 0110; 199). 1. Spodoptera frugiperda - lagarta do cartucho. 2. Spodoptera frugiperda inseto – Lepidóptera – Noctuidae. 3. Spodoptera frugiperda – controle biológico. I. Silva Neto, Pedro da. II. Monnerat, Rose Gomes. III. Título. IV. Série. 632.96 – CDD 21. AUTORES Lílian Botelho Praça Engenheira Agrônoma, Mestre em Ciências Agrárias, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília – DF. Sebastião Pedro da Silva Neto PhD em Biotecnologia Agrícola Campo Biotecnologia Rose Gomes Monnerat Bióloga, PhD, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. SUMÁRIO Aspectos gerais .............................................................................................................. 6 Descrição e biologia da praga ....................................................................................... 7 Métodos de controle....................................................................................................... 12 Uso de parasitóides e predadores ................................................................................ 14 Bioinseticidas ................................................................................................................. 17 Controle químico ............................................................................................................ 19 Manejo integrado de pragas .......................................................................................... 20 Referências bibliográficas ............................................................................................. 20 Spodoptera frugiperda J. Smith 1797 (Lepidoptera: Noctuidae) BIOLOGIA, AMOSTRAGEM E MÉTODOS DE CONTROLE _____________________________________ Lílian Botelho Praça Sebastião Pedro da Silva Neto Rose Gomes Monnerat Aspectos gerais Spodoptera frugiperda J. Smith 1797 é uma espécie polífaga que ataca diversas culturas economicamente importantes em vários países. É conhecida na fase larval como lagarta do cartucho e é a principal praga da cultura do milho no Brasil. Este inseto ataca e causa danos nas seguintes culturas: milho, sorgo, arroz, trigo, alfafa, feijão, amendoim, tomate, algodão, batata, repolho, espinafre, abóbora e couve (CRUZ et al., 1999; MONTESBRAVO, 2001; CRUZ e MONTEIRO, 2004). Com isso, torna-se necessário o uso racional de medidas existentes, com o objetivo de conseguir um controle eficaz e econômico, com consciência ecológica e social dentro de uma agricultura sustentável. Apenas na cultura do milho, uma das mais importantes em escala nacional, essa praga pode provocar danos na ordem de 34 a 38% (VALICENTE e CRUZ, 1991; CRUZ et al., 1995; MEREGE, 2001). A severidade do ataque desta praga vem aumentando em várias áreas cultivadas, podendo chegar até 60% de redução no rendimento de grãos devido ao desequilíbrio biológico causado pela eliminação dos inimigos naturais e também pelo aumento na exploração da cultura em duas safras (CRUZ et al., 1999; MEREGE, 2001; CRUZ e MONTEIRO, 2004). Durante as etapas de crescimento vegetativo da cultura, as larvas consomem principalmente as folhas e indiretamente afetam o rendimento do cultivo, reduzindo a área fotossintética destas. O ataque às plantas pequenas danifica e destroe o tecido meristemático, ocasionando redução no tamanho da população de plantas e modificando sua arquitetura (MEREGE, 2001). O período crítico de ataque é o préflorescimento e neste período a produção pode ser afetada em até 20%. Esses danos são maximizados nas épocas secas do ano (CRUZ e TURPIN, 1982). A larva deste inseto pode atacar em todos os estágios da cultura (CRUZ et al., 1997), causando grade redução na produção de milho no México, América Central e América do Sul (MEREGE, 2001). Descrição e biologia da praga Spodoptera frugiperda é um inseto da ordem Lepidoptera, família Noctuidae. A mariposa mede cerca de 35 a 40 mm de envergadura e o comprimento do corpo é de aproximadamente 15 mm, de coloração pardo-escura nas asas anteriores e brancoacizentada nas posteriores, podendo apresentar longevidade de aproximadamente 12 dias (Figura 1). As asas anteriores do macho possuem manchas mais claras, diferenciando-o das fêmeas. No milho, este inseto faz a postura em massa na face adaxial das folhas, em grupos de 50 a 300 ovos, podendo alcançar 1500 a 2000 ovos por fêmea (ALVES et al., 1992; CRUZ et al., 1995; GALLO et al., 2002). Figura 1: Adultos de Spodoptera frugiperda O período de incubação dos ovos é de aproximadamente três dias sob temperaturas variando entre 25 e 30°C. Em temperaturas inferiores a 25ºC, esse período pode se prolongar em até oito a dez dias. Inicialmente, o ovo é de coloração verde-clara, passando a uma coloração mais alaranjada após 12 a 15 horas (Figura 2). Próximo à eclosão das larvas, o ovo mostra-se escurecido devido à coloração negra da cabeça da larva, vista por trás da película. O ovo é circular quando visto de cima, apresenta forma oblonga esferoidal, quando visto de perfil. A superfície do ovo é esculturada com pontos quadrangulares, que são retangulares na região central e mais triangular nos pólos. Os ovos são cobertos com uma camada fina e longa de escamas, deixadas pela fêmea por ocasião da postura. Os ovos mostram-se achatados nos pontos de contato com os locais de postura (CRUZ et al., 1999). Figura 2: Ovos de Spodoptera frugiperda Findo o período de incubação dos ovos, as lagartas recém-eclodidas alimentamse da própria casca do ovo. Após esta primeira alimentação, permanecem em repouso por um tempo variável de duas a dez horas. As lagartas recém-eclodidas, quando encontram hospedeiros adequados, começam a alimentar-se, de preferência, das folhas centrais e novas do cartucho (ALVES et al., 1992; CRUZ et al., 1995; CRUZ et al., 1999; SCHMIDT et al., 2001), geralmente começando pelas áreas mais suculentas, deixando apenas a epiderme membranosa, provocando o sintoma conhecido como “folhas raspadas” (CRUZ et al., 1995; CRUZ et al., 1999; MEREGE, 2001). Logo após a eclosão, as larvas são esbranquiçadas, mas após se alimentarem são esverdeadas e medem aproximadamente 1,90 mm de comprimento (Figura 3) (CRUZ et al., 1999). Figura 3: Larvas de segundo ínstar de Spodoptera frugiperda A partir do segundo ínstar, as lagartas podem apresentar canibalismo e devido a isto é comum encontrar-se apenas uma lagarta desenvolvida por cartucho (CRUZ et al., 1997). As lagartas neste estádio apresentam corpo de coloração esbranquiçada, com um sombreamento marrom no dorso e comprimento de 3,5 a 4,0 mm. Quando falta alimento elas migram em grupos, sendo por isso, denominadas de lagartas militares (CRUZ et al., 1999). Larvas maiores, de terceiro e quarto ínstares, começam a fazer buracos nas folhas e podem destruir completamente pequenas plantas ou dirigir-se ao cartucho e causar severos danos às plantas maiores (CRUZ et al., 1997). Após 7 a 8 dias, as larvas deverão encontrar-se no terceiro ínstar, com coloração marrom-clara no dorso, esverdeada na parte ventral com linhas dorsais brancas e completamente visíveis. O comprimento do corpo apresenta em média 6,40 mm (SCHIMIDT et al., 2001). No quarto ínstar, a larva apresenta cabeça marrom-avermelhada. O corpo é marrom escuro no dorso podendo medir 10 mm (CRUZ et al., 1999). Figura 4: Larva de quinto ínstar de Spodoptera frugiperda Os maiores danos são provocados pelas larvas de quinto e sexto ínstares (Figura 4) (CRUZ et al., 1997). No quinto ínstar a larva é semelhante à do quarto, sendo apenas um pouco mais escura, com comprimento de aproximadamente 18 mm (CRUZ et al., 1999). A lagarta pode também se alimentar do colmo, à semelhança do dano causado pela broca da cana-de-açúcar. Muitas vezes, especialmente quando o milho é muito precoce ou em infestações tardias (CRUZ et al., 1997), a larva bem desenvolvida se dirige para a região da espiga destruindo a palha e os grãos, propicinado a entrada de patógenos e umidade, determinando o apodrecimento das mesmas. Algumas vezes é possível verificar simultaneamente, em uma mesma espiga, a presença da lagarta do cartucho, S. frugiperda, e a lagarta da espiga, Helicoverpa zea (Lepidoptera: Noctuidae) (CRUZ et al., 1997). Ao atingir seu máximo desenvolvimento no sexto ínstar, as lagartas têm o corpo cilíndrico, com coloração marrom-acinzentada no dorso, esverdeada na parte ventral e subventral, sendo que esta última parte apresenta mancha de coloração marrom avermelhada. As linhas dorsais e subdorsais são proeminentes (CRUZ et al., 1999). O corpo é mais amplo nas regiões do sétimo, oitavo e nono segmentos abdominais. As lagartas apresentam um “y” invertido na parte frontal da cabeça e medem aproximadamente 35-40 mm de comprimento (CRUZ et al., 1997; CRUZ et al., 1999). Neste fase se dirigem ao solo, onde constroem galerias e se transformam em pupas (Figura 5) (CRUZ et al., 1999; MEREGE, 2001). Figura 5: Pupa de Spodoptera frugiperda Embora o cartucho seja o local onde normalmente se verifica a presença da lagarta, a praga pode ocasionar danos em várias partes da planta, como nos pendões, nas espigas e nas raízes adventícias. O período larval dura de 15 a 25 dias, dependendo da temperatura. Durante o verão, quando a temperatura é mais elevada, o ciclo larval pode ser completado em cerca de 15 dias (CRUZ et al., 1997; CRUZ e MONTEIRO, 2004). As larvas possuem três pares de pernas no tórax e cinco pares de falsas pernas no abdome (CRUZ et al., 1999). A fase de pupa pode durar entre 6 e 55 dias, dependendo da temperatura, e ocorre no solo ou sobre restos culturais, em câmara pupal (GALLO et al., 2002). Nas épocas mais quentes do ano, o período pupal varia de 10 a 12 dias (CRUZ et al., 1997). A pupa é de coloração verde-clara, logo após a sua formação, com integumento transparente, deixando as vísceras visíveis. A pupa é frágil nessa ocasião e muito sensível a danos. Logo depois, ela se torna alaranjada e, mais tarde, marrom- avermelhada e progressivamente mais escura, próximo à emergência do adulto, a pupa fica quase preta (CRUZ et al., 1999) e mede cerca de 13-16 mm de comprimento (CRUZ et al., 1999; GALLO et al., 2002). Quando tocada a pupa movimenta-se vigorosamente com a porção cefálica do corpo. Essas porções cefálicas do quinto, sexto e sétimo segmentos abdominais no dorso são finas e densamente pontilhadas (CRUZ et al., 1999). Em uma temperatura média acima de 25oC, o ciclo total do inseto pode ser completado em menos de 30 dias, possibilitando a essa espécie a produção de várias gerações durante o ano (CRUZ et al., 1999; CRUZ e MONTEIRO, 2004). Outro dado importante com relação à descrição de S. frugiperda é a existência de raças nas populações desta espécie. Pashley (1986), nos Estados Unidos, identificou a existência de duas raças de S. frugiperda que apresentavam diferenças genéticas. Em 2002, no Brasil e em especial no estado do Rio Grande do Sul, estudos iniciais evidenciaram a possibilidade de existência de duas raças: raça “do milho” (Zea mays) e “do arroz” (Oryza sativa), classificadas desta maneira devido a seus hospedeiros preferenciais (BUSATO et al., 2002). Por exemplo, a raça do milho tem como hospedeiros preferenciais milho e algodão, enquanto a raça do arroz tem o arroz, a grama seda (Cynodon dactylon) e outras gramíneas forrageiras como preferenciais (PASHLEY, 1993). Este fato também foi constatado por Busato et al. (2003) que detectaram diferenças fenotípicas e genotípicas entre raças provenientes da cultura do milho e do arroz irrigado. A constatação da existência de raças de S. frugiperda tem fundamental importância na atual concepção da entomologia agrícola, pois pode haver um comportamento diferenciado na seleção da planta hospedeira (PASHLEY, 1988), na resistência a inseticidas (ADAMCZYK et al., 1997) e no consumo de alimento e, conseqüentemente, no nível de dano econômico para cada cultura. Esta espécie possui um grande número de hospedeiros, uma distribuição geográfica vasta e a facilidade de se movimentar rapidamente e a longas distâncias (KNIPLING, 1980), o que pode intensificar o ataque de S. frugiperda as plantas. O manejo de inseticidas no controle de S. frugiperda, dentro de uma mesma cultura ou mesmo durante a rotação de culturas, torna-se preocupante, pois a aplicação de um mesmo princípio ativo ou um mesmo agente de controle, pode causar uma pressão de seleção, levando ao surgimento de populações de insetos resistentes. Vários estudos estão sendo conduzidos inclusive na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia por meio de marcadores moleculares (QUEIROZ et al., 2005) e tem se observado que apesar de existirem diferenças genéticas, fisiológicas ou até mesmo morfológicas (BUSATO et al., 2003 e 2004), esta espécie não deixa de se adaptar com facilidade a condições adversas, devido ao seu hábito polífago. Portanto, o monitoramento e a caracterização das diferentes raças em cada hospedeiro é fundamental, uma vez que a existência de diversidades de raças explorando diferentes hospedeiros em uma mesma região poderá retardar ou acelerar a questão de resistência, caso haja fluxo gênico entre as raças ou meta-populações. A análise de todos estes fatores é de grande importância para se propor uma estratégia de manejo adequada, já que insetos podem apresentar suscetibilidades variadas a princípios ativos de acordo com a população. Danos A capacidade de danos da lagarta do cartucho é influenciada pelo vigor da planta e pelo clima. Na região tropical, os danos causados por esta lagarta podem ser severos, com até 60% de redução no rendimento de grãos (CRUZ, 1992). No milho safrinha, em períodos de seca, a lagarta ocorre desde a germinação até a fase de maturação, causando danos semelhantes aos de outras lagartas (CRUZ et al., 1997). A planta é mais sensível ao ataque, quando a infestação inicia-se entre 40 e 45 dias de idade (CRUZ et al., 1995). As larvas jovens consomem parte das folhas e mantém a epiderme intacta, sugerindo o sintoma de folhas raspadas No milho, as lagartas maiores perfuram as folhas e desenvolvem-se no cartucho, onde podem causar severos danos, se não forem controladas (CRUZ et al., 1999, GALLO et al., 2002). Também podem broquear a base da planta e atacar a espiga, à semelhança de outras lagartas. O dano em espigas é observado com freqüência no norte do Paraná e na região tropical, uma vez que a lagarta penetra na espiga, onde busca proteção. Plantas de milho, infestadas com a lagarta do cartucho, sofrem injúrias com maior facilidade na fase de quatro a seis folhas, porém, sem causar redução proporcional no rendimento de grãos. Os danos maiores ocorrem na fase de oito a dez folhas, podendo reduzir 19% no rendimento. Na fase até seis folhas, os danos da lagarta são inferiores a 9% da produção de grãos (CRUZ e TURPIN, 1982). Métodos de controle Antes de se iniciar as medidas de controle é necessário fazer a identificação do inseto-praga, amostragem da área e o correto monitoramento da cultura do milho. Com isso, a praga deve ser controlada quando 20% das plantas apresentarem o sintoma de “folhas raspadas”, que é o nível de dano econômico da praga (CRUZ et al., 1995; MEREGE, 2001). Nessa fase as lagartas estão com sete a oito milímetros (MEREGE, 2001). A amostragem deve ser feita percorrendo a área na diagonal, iniciando-se quando as plantas tiverem de uma a duas folhas, observando-se um total de 25 plantas/ha e mais seis plantas por cada hectare adicional. É importante observar todas as folhas de cada planta, contando o número de massas de ovos e larvas de diferentes ínstares (MONTESBRAVO, 2001). a) Controle Mecânico Entre os aspectos que contribuem para a redução da população de S. frugiperda, é muito importante o controle das pupas que permanecem no solo, que podem ser combatidas por meio de sistemas rápidos de preparo do solo como a prática de aração e gradagem. Este sistema eleva as pupas à superfície e, assim, elas morrem por efeito da temperatura e das condições adversas ou por esmagamento. Outro fator a ser levado em consideração é a eliminação de plantas daninhas aos redores das plantações por meio do preparo de solo, o que ajuda a diminuir a infestação, pois estas plantas podem servir de hospedeiros alternativos para a lagarta do cartucho do milho (CRUZ et al., 1995; MONTESBRAVO, 2001). b) Controle cultural Deve-se fazer rotação de culturas com outras culturas que não sejam hospedeiras do inseto, como girassol, guandu e outros. Desta maneira, evita-se o estabelecimento da mesma nas áreas destinadas ao cultivo do milho, minimizando os danos e a incidência da S. frugiperda (CRUZ et al., 1995; MONTESBRAVO, 2001). O policultivo é uma alternativa utilizada pelos produtores de agricultura familiar na região da América Central e Caribe, incluindo Cuba, com resultados satisfatórios para o sistema de milho x feijão, além da redução substancial da incidência do inseto (MONTESBRAVO, 2001). c) Controle biológico O controle biológico consiste no emprego de um organismo (predador, parasita ou patógeno) que ataca outro que esteja causando danos econômicos às lavouras. Trata-se de uma estratégia muito utilizada em sistema agroecológico, assim como na agricultura convencional que se vale do manejo integrado de pragas. Algumas técnicas de controle biológico para o controle da lagarta do cartucho do milho serão descritas a seguir. - Uso de parasitóides e predadores As espécies parasíticas e predadoras de S. frugiperda têm uma importante contribuição, no que diz respeito a bioregulação da população deste inseto. Existem várias espécies sendo adotadas como agentes de controle, pois apresentam características parasíticas, hábitos de conduta, efetividade no parasitismo, entre outros aspectos. É importante conhecer detalhes da biologia destas espécies tais como a conduta, hábitos alimentícios e outros fatores para selecionar os alimentos e as condições de reprodução mais apropriadas, de maneira que se produzam variações nas características dos insetos-praga, que possam fortalecer a efetividade do predador e do parasitóide em condições de campo (MONTESBRAVO, 2001). - Telenomus sp. (Hymenoptera: Scelionidae) Telenomus sp. constitui uma “arma” de controle muito valiosa para as populações de S. frugiperda e alguns outros lepidópteros de importância agrícola e econômica dadas às características parasíticas que possuem esta espécie, que tem a capacidade de parasitar os ovos de S. frugiperda e alcançar populações equivalentes ao dobro da do seu hospedeiro, principalmente devido ao seu ciclo de vida que é muito mais curto que o da praga (FIGUEIREDO et al., 1999; CAVE, 2000; MONTESBRAVO, 2001). Em Cuba, as liberações massivas deste inseto devem ser feitas quando 10% das folhas estiverem infestadas com massas de ovos ou quando o cultivo estiver na fase de duas a três folhas. Uma quantidade de 3000 indivíduos por hectare é considerada suficiente para diminuir ou pelo menos manter a população destes insetos que causam danos em índices baixos. Se as infestações forem superiores a 10%, recomenda-se uma liberação em grande escala ou inundativa dos parasitóides que são mais apropriadas neste momento, levando em conta a importância de um efeito rápido e simultâneo de um maior número de indivíduos parasitários. Estas liberações massivas do parasita podem ser feitas em conjunto com algum inseticida (MONTESBRAVO, 2001), desde que vários estudos sejam feitos para estabelecer, qual a dose a ser recomendada no campo para não causar o aparecimento de populações de insetos resistentes. - Euplectrus plathypena (Hymenoptera: Eulophidae) Esta espécie de parasitóide é um elemento de controle importante nos casos em que os sistemas utilizados e manejo das populações durante as primeiras fases do inseto praga não esteja apresentando bons resultados no controle e manejo das populações. E. plathypenae deve ser liberado quando adultos, e quando se observa a presença de larvas de 3o e 4o ínstares ou mesmo um pouco antes para facilitar o estabelecimento da espécie. Uma quantidade de 150 a 250 indivíduos por hectare deve ser liberada, dependendo do nível de infestação existente. As quantidades menores são indicadas como elemento preventivo e as maiores são utilizadas no momento que a praga estiver estabelecida. As liberações devem ser feitas quando as plantas de milho estiverem com uma altura de 20 a 30 cm, ou seja, com 20 a 25 dias de germinadas, que é o momento de maior estabelecimento do parasita (MONTESBRAVO, 2001). - Chelonus insularis (Hymenoptera: Braconidae) Chelonus insularis, da mesma forma que as outras espécies antes mencionadas, constitui um elemento de controle importante contra S. frugiperda. Suas características como parasita de ovo e larva, como seu alto potencial reprodutivo, condicionou os estudos da reprodução massiva e liberação nas áreas de produção (MONTESBRAVO, 2001). Diversos estudos consideram esta espécie uma das que apresenta maior influência de forma natural sobre as populações da lagarta do cartucho do milho. Van Huis (1981) observou uma mortalidade de 35% produzida por estas e outras espécies de entomófagos e entomopatógenos de forma natural. Por outro lado, Ryder e Pulgar (1969) registraram um parasitismo de 12,8% sobre S. frugiperda, podendo em alguns casos alcançar 25%. - Trichogramma spp. (Hymenoptera: Trichogrammatidae) As vespas do gênero Trichogramma parasitam ovos de cerca de 200 espécies de insetos, apesar de ter preferência por ovos de lepidópteros. Hoje em dia, esse parasitóide vem sendo amplamente utilizado na China, França, Estados Unidos, Rússia, Nicarágua e Colômbia, pois além de sua eficiência no controle de diferentes pragas, pode ser multiplicada em laboratório de maneira fácil e econômica, utilizandose para isso hospedeiros alternativos e dietas artificiais. Os insetos mais utilizados como hospedeiros alternativos para a criação de vespinhas são: Cocyra cephalonica, Sitotroga cerealella e Anagasta kuehniella (Lepidoptera: Pyralidae). Para a criação do Trichogramma na Embrapa Milho e Sorgo utiliza-se como hospedeiros alternativos ovos de Anagasta kuehniela, conhecida como a traça-das-farinhas, que é uma pequena mariposa de coloração cinza-escura cujo ciclo de vida dura em torno de 40 dias (CRUZ et al., 1999, CRUZ e MONTEIRO, 2004). A fêmea adulta da vespinha coloca seus ovos no interior dos ovos do hospedeiro. Todo o desenvolvimento do parasitóide se passa dentro do ovo do inseto. O parasitismo pode ser verificado cerca de quatro dias após a postura, pois os ovos parasitados tornam-se enegrecidos. O ciclo de vida do parasitóide é, em média, de dez dias (CRUZ et al., 1999, CRUZ e MONTEIRO, 2004). Para liberação das vespinhas no campo, vários fatores como densidade da praga, espécie ou linhagem de Trichogramma liberada, época e número de liberações, método de distribuição, fenologia da cultura, a presença de inimigos naturais e as condições climáticas devem ser observadas para eficiência do parasitóide (CRUZ et al., 1999, CRUZ e MONTEIRO, 2004). Normalmente, são liberados cerca de 100.000 indivíduos por hectare (em torno de cinco cartelas), mas esta quantidade deve variar com a densidade populacional do inseto a ser controlado. Para a liberação do parasitóide existem vários métodos. Um deles é por meio da liberação das vespinhas adultas e outro seria a utilização de cartelas com insetos próximos à emergência, sendo 25 a 30 cartelas por hectare. A distribuição das cartelas ou das vespinhas adultas deve ser sincronizada com o aparecimento dos primeiros ovos e adultos do inseto e esta distribuição deve ser feita com uma freqüência semanal, ou menor intervalo, dependendo do grau de ataque da praga (CRUZ et al., 1999, CRUZ e MONTEIRO, 2004). - Doru luteipes (Scudder) (Dermaptera: Forficulidae) Embora no Brasil existam relatos da grande abundância de predadores na entomofauna do milho, o controle biológico natural das pragas mais relevantes tem sido associado a poucas espécies, merecendo destaque à tesourinha, D. luteipes (CRUZ et al., 1995; CRUZ et al., 1999) que, segundo Cruz e Oliveira (1997), tem contribuído de maneira substancial no controle biológico da lagarta do cartucho. As ninfas e os adultos de D. luteipes alimentam-se dos ovos e de lagartas pequenas de S. frugiperda, sendo que cada indivíduo é capaz de consumir cerca de 496 ovos e 12 lagartas por dia. Todavia, em condições naturais, esse inseto coloniza a planta de milho apenas nas fases tardias, quando os danos mais severos provocados pela lagarta do cartucho já ocorreram (CRUZ et al., 1999; OVEJERO, 2001). A Embrapa Meio Ambiente desenvolveu um trabalho de liberação de D. luteipes no início do ciclo da cultura do milho, visando avaliar os danos causados pela lagarta do cartucho sobre o rendimento da cultura, quando controlada precocemente por este predador. Os resultados do trabalho demonstram que com a liberação de D. luteipes na proporção de oito predadores para cinco lagartas, houve redução significativa das perdas de produção por meio dos menores danos da lagarta ao cartucho da planta e maior rendimento final de grãos. As correlações obtidas permitiram verificar que quanto maior a relação predador versus lagarta, menores os estragos causados e maior o potencial produtivo das plantas, devido à produção de espigas com maior diâmetro e comprimento (OVEJERO, 2001). - Bioinseticidas Na atualidade se conhecem diferentes espécies de microrganismos entomopatógenos com potencialidade para serem usados em programas de controle de S. frugiperda. Entre eles estão bactérias, fungos, vírus e nematóides (GARDNER e FUXA, 1980; MELO e AZEVEDO, 2000). A maioria destes entomopatógenos tem maior eficiência se aplicados sobre os primeiros estádios larvais. Os entomopatógenos mais estudados nas condições do Brasil para o combate de S. frugiperda são Bacillus thuringiensis Berliner, vírus da poliedrose nuclear e Nomurea rileyi (Farlow) Smason. . Bacillus thuringiensis Berliner (Eubacteriales: Bacillaceae) A bactéria B. thuringiensis é um agente de controle biológico cujas princípios ativos encontrados no mercado são B. thuringiensis subsp. kurstaki e B. thuringiensis subsp. aizawai. Esta bactéria causa septicemia, devido à ingestão dos cristais protéicos. O êxito destes produtos no controle do inseto-praga está relacionado com uma cobertura das folhas durante a aplicação que deve proporcionar uma distribuição uniforme do produto sobre todas as partes das folhas aonde as lagartas irão se alimentar. No entanto, no caso da lagarta do cartucho do milho, como ela se localiza dentro do cartucho, deveria ser utilizado B. thuringiensis em grânulos ou seu gene na planta. . Nomuraea rileyi (Farlow) Samson (Deuteromycotina: Hyphomycetes) Nomuraea rileyi destaca-se por ser considerado a terceira espécie de fungo mais importante para o controle de pragas agrícolas por atacar mais de 32 espécies de insetos entre coleópteros, lepidópteros e ortópteros, sendo que 90% dos hospedeiros são os insetos da ordem Lepidoptera. Os resultados mais expressivos não têm sido com S. frugiperda, mas com Anticarsia gemmatallis. No entanto, em Cuba, foram realizados experimentos com uma cepa selecionada de N. rileyi com três aplicações com intervalo de sete dias e os resultados mostraram uma efetividade de 90% em todos os casos (MONTESBRAVO, 2001). . Baculovírus O Baculovírus utilizado atualmente no controle da lagarta do cartucho do milho é um vírus da poliedrose nuclear (VPN) e foi descrito na literatura como Baculovirus spodoptera. É uma medida econômica, eficiente, segura e específica, agindo somente contra a lagarta do cartucho do milho (CRUZ et al., 1995; CRUZ, 2000). A fase do inseto mais suscetível à infecção pelo vírus é quando a lagarta está com no máximo 1,5 cm. Sob condições naturais, a praga pode ser contaminada por meio dos ovos, dos orifícios de respiração do corpo (espiráculos), de outros insetos infectados contendo o vírus ou mais comumente pela via oral, ingerindo o vírus juntamente com o alimento. Uma vez ingerido ele começa a se multiplicar, espalhando-se por todo o corpo do inseto, provocando sua morte, seis a oito dias após a ingestão. O aparecimento da doença varia de acordo com alguns fatores como idade em que ocorreu a infecção, quantidade ingerida, virulência e condições climáticas (VALICENTE e CRUZ, 1991; CRUZ, 2000). A aplicação do vírus da poliedrose nuclear pode ser realizada via água de irrigação com sucesso no controle da lagarta do cartucho usando diferentes lâminas de água. Os equipamentos convencionais para aplicação de produtos químicos podem ser utilizados para aplicar o vírus. As pulverizações devem ser realizadas à tarde ou no início da noite devido à sensibilidade do vírus aos raios ultravioletas (CRUZ, 2000). O produto pode ser obtido pelo macerado feito de lagartas mortas ou em formulações comerciais em pó molhável, que é mais estável. O uso do Baculovírus constitui um dos métodos mais seguros, tanto para o aplicador quanto para a natureza, pois além de inofensivo ao ser humano, não é poluente e mantém o equilíbrio do ecossistema, preservando os inimigos naturais (CRUZ et al., 1995; OS GERMES..., 2001). - Controle químico O controle químico torna-se necessário nas lavouras em que o potencial de rendimento é superior a cinco toneladas por hectare, quando apresentarem o sintoma de folhas raspadas em 20% das plantas até o 30o dia após o plantio e de 10% de plantas com o sintoma de folhas raspadas do 40o ao 60o dia. Recomenda-se, então, efetuar o controle logo que surjam os primeiros ataques ao cartucho, aplicando-se inseticidas fosforados, clorofosforados, carbamatos e piretróides (ALVES et al., 1992; GALLO et al., 2002) ou reguladores de crescimento (GALLO et al., 2002) em pulverizações com bico de leque, visando o cartucho da planta. Os inseticidas granulados também poderão ser utilizados (ALVES et al., 1992; GALLO et al., 2002). A aplicação dos inseticidas via líquida deve ser feita nas horas de maior grau de umidade relativa do ar, usando-se bicos de gotas grandes, direcionados para o topo e para o centro do cartucho. Mesmo assim a possibilidade de atingir a praga com inseticida e causar a sua morte é relativamente baixa. Em lavouras de pequena extensão, pode-se ainda aplicar inseticidas granulados no cartucho do milho com aplicadores manuais ou em dispositivos adaptados às plantadoras de tração animal (CRUZ et al., 1999). É muito importante que se faça rotação de inseticidas, considerando-se o mecanismo de ação, a freqüência de resistência observada para os diferentes grupos químicos e época de plantio. Já que o abuso no uso de inseticidas não seletivos e de amplo espectro, às vezes mata a praga e quase sempre elimina os inimigos naturais da praga-alvo, além de diminuir os inimigos naturais de outras pragas e insetos benéficos, como abelhas e outros polinizadores (CRUZ, 2001). A CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) vem fazendo um trabalho de MIP no Milho, cuja praga alvo é a lagarta do cartucho. O controle é feito pó meio de monitoramento da cultura e a aplicação do produto é feita quando a cultura apresenta 20% de plantas com o sintoma de "folhas raspadas", que é o nível de dano econômico da praga. Nessa fase as lagartas estão com sete a oito milímetros. As pulverizações são feitas com jato dirigido utilizando-se, principalmente, os bicos leque 8004 ou 6504. Excelentes resultados foram conseguidos com os piretróides: zetacipermetrina, lambdaciatrina, deltametrina e cipermetrina e com os produtos fisiológicos: triflumuron e diflubenzuron (MEREGE, 2001). Manejo integrado de pragas Para uma boa estratégia de manejo integrado de pragas é preciso integrar os procedimentos disponíveis e eficientes para a prevenção e controle da praga. Deve-se conhecer o comportamento da lagarta do cartucho do milho para o correto monitoramento da cultura, utilizar rotação de culturas e policultivo, preparo do solo, densidade de plantas com bons níveis de fertilização, destruição das plantas hospedeiras, conhecer o momento mais oportuno do uso de diferentes métodos de controle biológico, como o uso de parasitóides e bioinseticidas, podendo mesmo utilizar inseticidas, desde que a aplicação do produto seja feita, quando a cultura apresentar 20% de plantas com o sintoma de folhas raspadas e de preferência produtos seletivos de modo a favorecer a preservação dos inimigos naturais da área. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADAMCZYK, J. J.; HOLLOWAY, J. W.; LEONARD, B. R.; GRAVES, J. B. Susceptibility of fall armyworm collected from different plant hosts to selected insecticides and transgenic Bt cotton. Journal of Cotton Science, Bossier, v. 1, p. 21-28, 1997. ALVES, S. B.; ZUCCHI, R. A.; VENDRAMIM, J. D. Pragas do milho, arroz, trigo e sorgo. In: CURSO de entomologia aplicada à agricultura. Piracicaba: FEALQ, 1992. p. 273-310, 1992. BUSATO, G. R.; GRÜTZMACHER, A. D.; GARCIA, M. S.; GIOLO, F. P.; MARTINS, A. F. Consumo e utilização de alimento por Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) originária de diferentes regiões do Rio Grande do Sul, das culturas do milho e do arroz irrigado. Neotropical Entomology, Londrina, v. 31, n. 4, p. 525-529, 2002. BUSATO, G. R.; GRÜTZMACHER. A. D.; OLIVEIRA, A. C. de; ZIMMER, P. D.; KOPP, M. M.; VIEIRA, E. A.; MALONE, G. Caracterização genética de populações de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) provenientes das culturas do arroz irrigado e milho no Rio Grande do Sul através da técnica de AFLP. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO, 3.; REUNIÃO DA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO, 25., 2003, Balneário Camburiú, SC. Anais. Itajaí: EPAGRI, 2003. p. 377-379. BUSATO, G. R.; GRÜTZMACHER, A. D.; GARCIA, M. S.; GIOLO, F. P.; STEFANELLO JUNIOR, G. J.; ZOTTI, M. J. Preferência para alimentação de biótipos de Spodoptera frugiperda (J.E. SMITH, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) por milho, sorgo, arroz e capim-arroz. Revista Brasileira de Agrociência, Pelotas, v. 10, n. 2, p. 215-218, 2004. CAVE, R. D. Biology, ecology e use in pest management of Telenomus remus. Biocontrol News and Information, London, v. 21, n. 1, p. 21-26, 2000. CRUZ, I. Determinação dos ínstares de Spodoptera frugiperda em lagartas alimentadas com diferentes dietas. Relatório técnico Anual do Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo 1992-1993, Sete Lagoas, v. 5, p. 76-77, 1992. CRUZ, I. Utilização do baculovirus no controle da lagarta-do-cartucho do milho, Spodoptera frugiperda. In: MELO, I. S.; AZEVEDO, J. L. (Eds.). Controle biológico. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 2000. v. 3, p. 201-230. CRUZ, I.; FIGUEIREDO, M. de L. C.; MATOSO, M. J. Controle biológico de Spodoptera frugiperda utilizando o parasitóide de ovos Trichogramma. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 1999. 40 p. CRUZ, I.; MONTEIRO, M. A. R. Controle biológico da lagarta do cartucho do milho, Spodoptera frugiperda, utilizando o parasitóide Trichogramma pretiosum Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2004. 4 p. (Embrapa Milho e Sorgo. Comunicado técnico, 98) CRUZ, I.; OLIVEIRA, A. C. Flutuação populacional do predador Doru luteipes Scudder em plantas de milho. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 32, n. 4, p. 363368, 1997. CRUZ, I.; SANTOS, J. P.; WAQUIL, J. M. Principais pragas da cultura do milho. In: EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo.(Sete Lagoas, MG). Recomendações técnicas para a cultivo do Milho. Sete Lagoas, 1981. p. 47-60. CRUZ, I.; TURPIN, F. T. Efeito da Spodoptera frugiperda em Diferentes Estádios de Crescimento da Cultura de Milho. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 17, n. 3, p. 355-359, 1982. CRUZ, I,; VALICENTE, F. H.; SANTOS, F. H. dos; WAQUIL, J. M.; VIANA, P. A. Manual de identificação de pragas da cultura do milho. Sete Lagoas: EMBRAPA CNPMS, 1997. 71 p. CRUZ, I.; VIANA, P. A.; WAQUIL, J. M. Manejo das pragas iniciais de milho o tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos. Sete Lagoas: EMBRAPACNPMS, 1999. 39 p. (EMBRAPA-CNPMS. Circular técnica, 31). CRUZ, I.; WAQUIL, J. M.; VIANA, P. A.; VALICENTE, F. H. Pragas: diagnóstico e controle. In: COELHO, A. M.; FRANÇA, G. E. de. Seja o doutor do seu milho. 2. ed. ampl. modif. Piracicaba: POTAFOS, 1995. p. 10-14. (Arquivo do agrônomo, 2). CRUZ, J. C. Milho – pra começar a safra com o pé direito. Disponível em: <http://file:///A//rep1.htm>. Acesso em: 28 abr. 2001. FIGUEIREDO, M. de L. C.; CRUZ, I.; DELLA LUCIA, T. M. C. Controle integrado de Spodoptera frugiperda (Smith & Abbott) utilizando-se o parasitoide Telenomus remus nixon. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 34, n. 11, p. 1975-1982, 1999. GADNER , W. A.; FUXA, J. R. Pathogens for the supression of the fall armyworm. Florida Entomology, v. 63, n. 4, p. 439-47, 1980. GALLO, D.; NAKANO, O.; SILVEIRA NETO, S.; CARVALHO, R. P. L.; DE BAPTISTA, G. C.; BERTI FILHO, E.; PARRA, J. R. P.; ZUCCHI, R. A.; ALVES, S. B.; VENDRAMIN, J. D.; MARCHINI, L. C.; LOPES, J. R. S.; OMOTO, C. Entomologia agrícola. Piracicaba: FEALQ, 2002. 920 p. OS GERMES e insetos do bem. Folha do Meio Ambiente. Disponível em: <http://www.folhadomeioambiente.com.br/fma-105/ciencia105.htm>. Acesso em: 20 out. 2001. KNIPLING, E. F. Regional management of the fall armyworm – a realistic approach? Florida Entomologist, Gainesville, v. 63, p. 468-479, 1980. MELO, I. S.; AZEVEDO, J. L. Controle biológico. São Paulo: Embrapa Meio Ambiente, 2000. v. 3. 388 p. MEREGE, W. H. Milho (Zea mays L.). Disponível em: <http://www.agrobyte.com.br/milho.htm>. Acesso em: 4 mai. 2001. MONTESBRAVO, E. P. Control biologico de Spodoptera frugiperda Smith en maiz. Disponível em: <http://codagea.edoags.gob.mx/~produce/SPODOPTE.htm>. Acesso em: 26 abr. 2001. OVEJERO, R. F. L. Diferentes métodos de controle da lagarta do cartucho do milho. Disponível em: <http://www.portaldocampo.com.br/culturas/milho/panoramaartigos04.htm>. Acesso em: 28 maio 2001. PASHLEY, D. P. Causes of host-associated variation in insect herbivores: an example from fall armyworm, In: KIM, K. C.; MCPHERON, B. A. (Eds.). Evolution of insect pests: patterns of variation. New York: John Wiley & Sons, 1993. p. 351-359. PASHLEY, D. P. Host-associated genetic differentiation in fall armyworm (Lepidoptera: Noctuidae): a sibling species complex? Annals of the Entomological Society of America, College Park, US, v. 79, p. 898-904, 1986. PASHLEY, D. P. Quantitative genetics, development, and physiological adaptation in host strains of fall armyworm. Evolution, Columbia, v. 42, n. 1, p. 93-102, 1988. QUEIROZ, P. R.; MARTINS, E. S.; LIMA, L. H. C.; MONNERAT, R. G. Análise da variabilidade genética de populações das Américas de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) por meio de marcadores moleculares. Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2005. 18 p. (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Boletim de pesquisa e desenvolvimento, 80). RYDER, W. D.; PULGAR, Y. N. Apuntes sobre parasitismo de la palomilla del maíz (Spodoptera frugiperda). Revista Cubana Ciencia Agricola, La Habana, CU, v. 3, n. 3, p. 271-276, 1969. SCHMIDT, F. G. V.; MONNERAT, R.; BORGES, M.; CARVALHO, R. Criação de insetos para avaliação de agentes entomopatogênicos e semioquímicos. Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2001. (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Circular técnica, 11). VALICENTE, F. H.; CRUZ, I. Controle biológico da lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda, com o baculovirus. Sete Lagoas: EMBRAPA-CNPMS, 1991. 23 p. (EMBRAPA-CNPMS. Circular técnica, 15). VAN HUIS, A. Integrated pest management in the smoll farmers maize crop in Nicaragua. The Netherlands: Meded Landbou Whoge School Wageningen, 1981. 221 p.