7.5. PRINCIPAIS PRAGAS DO MILHO E SEU CONTROLE 1 – Pragas de solo 1.1 - Cupins Importância econômica - se alimentam de celulose e possuem hábitos subterrâneos. Sintomas de danos - Atacam as sementes, destruindo-as antes da germinação, acarretando falhas na lavoura. As raízes também são atacadas, causando descortiçamento das camadas externas, e as plantas murcham e morrem. Cupins Controle de cupins - Inseticidas aplicados no sulco de semeadura; - Tratamento de sementes. 1.2 – Larva alfinete Sintomas de danos - A larva alimenta das raízes do milho e interfere na absorção de nutrientes e água, e também reduz a sustentação das plantas; O ataque, ocasiona acamamento das plantas em situações de ventos fortes e de alta precipitação pluviométrica. Mais de 3 (três) larvas por planta são suficientes para causar danos ao sistema radicular. Adulto Larva LARVA ALFINETE Controle da larva alfinete: - Inseticidas aplicados via tratamento de sementes; inseticidas granulados ou pulverização no sulco de semeadura; - Excesso ou baixa umidade do solo são desfavoráveis a larva; - O preparo físico do solo, com grades e arados, influenciam na população do inseto. 1.3 – Lagarta Elasmo Importância econômica - É uma praga esporádica com grande capacidade de destruição em intervalo curto de tempo; Os danos estão associados à estiagens após a emergência das plantas, atrasando o desenvolvimento e favorecendo a explosão populacional de lagartas na cultura; Maiores danos são observados em solos leves e bem drenados. Sintomas de danos - as lagartas recém eclodidas iniciam raspando as folhas e dirigem para a região do coleto da planta, onde cavam galerias verticais. A destruição do ponto de crescimento provoca inicialmente murcha e posteriormente morte das folhas centrais provocando o sintoma conhecido como "coração morto". Ataque de lagarta elasmo Controle de Elasmo - Em áreas de risco, deve ser usado o tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos; - A boa umidade do solo contribui para reduzir os problemas causados pela lagarta-elasmo no milho. 1.4 – Lagarta Rosca Importância: áreas de solos pesados; Insetos têm atividade preferencialmente noturna. Sintomas de danos: as larvas cortam as plantas na base o que provoca morte ou perfilhamento; Redução da população de plantas produtivas. LAGARTA ROSCA LAGARTA ROSCA LAGARTA ROSCA Controle da lagarta rosca: - Eliminação de plantas daninhas; -Tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos. Tratamento de sementes – cuidados ??? 2 – Pragas da parte aérea 2.1 – Cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) Danos: - Diretos: sucção de seiva - Indiretos: transmissão de fitopatógenos como vírus do rayado fino, enfezamento pálido e enfezamento vermelho. - Maiores danos em semeaduras tardias, podendo chegar a 80%. Cigarrinha do milho Cigarrinha do milho Sintomas - Verificação da presença do inseto no cartucho; Rayado fino - folhas com riscas amareladas (paralelas às nervuras); Enfezamento pálido - folhas com deformações e posterior descoloração, nanismo com últimos internódios pouco desenvolvido; Enfezamento vermelho - últimos internódios pouco desenvolvidos; folhas com avermelhamento. Rayado fino Enfezamento pálido Enfezamento vermelho Controle da cigarrinha do milho - Erradicação de plantas voluntárias; - Cultivares menos susceptíveis aos patógenos; - Evitar o cultivo de milho pipoca e milho doce em áreas com histórico recente de alta incidência de enfezamentos dado à alta susceptibilidade da maioria desses cultivares; - Tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos. 2.2 – Pulgão do milho (Rhopalosiphum maidis) - Danos diretos quando a densidade populacional é muito alta e as plantas estejam passando por falta de água; - Ataca as partes jovens das plantas, preferencialmente o cartucho, e pode infestar também o pendão e gemas florais; - Danos indiretos se dá pela transmissão do vírus do mosaico e também ocorrência de fumagina; Sintomas: - Folhas mostram-se murchas e com bordas necrosadas; - Mosaico de coloração verde claro num fundo verde escuro. Pulgão do milho Pulgão do milho Controle do pulgão do milho: - Inimigos naturais; - O tratamento de sementes oferece proteção na fase inicial. 2.3 - Broca-da-cana (Diatraea saccharalis) - Ataque em plantas mais desenvolvidas, com redução da população de plantas; - Pode também infestar as plantas recém emergidas, tornando-as improdutivas. Sintomas - Folhas raspadas no início da infestação; - Posteriormente sintoma de coração morto e perfilhamento das plantas sobreviventes. Broca da cana-de-açúcar Ataque de broca da cana. Controle da broca da cana: - Tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos; - Pulverização dirigida para a base da planta; - Uso de inimigos naturais – Cotesia flavipes. 2.4 - Lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea) Danos: - Segundo pesquisas os danos causados pela praga são da ordem de 8 a 9%; - Atacam as espigas do milho trazendo como conseqüência grãos “ardidos” e perdas em rendimento. Sintomas: - 1º - atacando os estilos estigmas, impedem a fertilização dos óvulos; - 2º - alimentando-se dos grãos leitosos; - 3º - os orifícios deixados nas espigas facilitam a penetração de microorganismos e pragas dos grãos. LAGARTA DA ESPIGA Controle: - Deve-se visar apenas as espigas na região do cabelo. - Pode ser realizado com piretróides ou organofosforados. 2.5 - Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) Importância econômica : - Principal praga: perdas de até 34%; - Ocorre nas fases: inicial, vegetativa e reprodutiva. Sintomas e danos: - Redução da área foliar, comprometendo a produção de fotoassimilados. Lagarta do Cartucho Danos – lagarta do cartucho Danos – lagarta do cartucho INGREDIENTES ATIVOS REGISTRADOS PARA Spodoptera frugiperda Piretróides – Moduladores de canais de sódio Alfametrina, Betacyflutrina, Cipermetrina , Cyfluthrina, Deltametrina, Esfenvalerate, Fenvalerate, Fenpropatrina, Lambdacialothrina, Permetrina, Zetacipermetrina Organofosforados – Inibidores da enzima acetilcolinesterase Clorpirifós, Fenitrotion, Piridafention, Paration metílico, Triclorfon, Triazofós Carbamatos - Inibidores da enzima acetilcolinesterase Carbaryl, Metomil, Tiodicarb INGREDIENTES ATIVOS REGISTRADOS PARA Spodoptera frugiperda Naturalyte – Moduladores de receptores da acetilcolina Spinosad Diacilhidrazinas – Agonistas de ecdisteróides (hormônio da ecdise) Metaxyfenozide, Tebufenozide Derivados da uréia – Inibidores da biossíntese da quitina Clorfluazuron, Dflubemzuron, Lufenuron, Novaluron, Teflubenzuron, Triflumuron RECOMENDAÇÕES PARA MANEJO DA RESISTÊNCIA DE Spodoptera flugiperda A INSETICIDAS - Rotação de inseticidas considerando o modo de ação, ou seja, não repetir o grupo químico da aplicação anterior; - Dar preferência para produtos seletivos aos inimigos naturais nas primeiras aplicações; Dorus luteipes Chelonus insularis Trichogramma Controle varietal Transgênico: Proteína Cry1ab, de Bacillus thuringiensis Ação sobre: Spodoptera frugiperda Diatraea saccharalis Helicoverpa zea Safra 2013/14 Na safra 2008/09 apenas 19 transgênicas; Hoje dos 467 cultivares disponibilizados, 253 transgênicos É a sétima safra em que o Brasil comercializa oficialmente milho geneticamente modificado Milho transgênico 3 – Pragas dos grãos armazenados Importância Econômica: - Perdas de 10% (FAO); - No Brasil as perdas chegam a 20%; - Processo irreversível; - Perda de peso do grão; - Perdas na qualidade e quantidade de grãos; Gorgulho ou caruncho Traça dos cereais Broca grande do grão Conseqüências do ataque de insetos durante o armazenamento - Perda de peso dos grãos; - Perda do poder germinativo e do vigor da semente; - Perda do valor nutritivo; - Perda quanto à redução do padrão comercial; - Perda da qualidade por contaminação da massa de grãos; - Perdas provocadas por fungos; Controle das pragas dos grãos armazenados Preventivo: - Lavoura; - Colheita; - Transporte; - Armazenamento Curativo: - Químico