Teoria Antropológica 1 Turma B Aissa Simas Petronilho 15/0115199 Grupo 1 [3,0] 1. No estudo de Malinowski, os três objetivos da pesquisa etnográfica configuram uma tipologia de fenômenos cujo estudo complementar implicaria numa compreensão totalizante da sociedade através da perspectiva do nativo sobre seu mundo. O primeiro objetivo figura como a “anatomia” ou “esqueleto da cultura”, ou seja, as tradições, regras e leis da constituição social. O método correspondente é o de documentação estatística por evidência concreta, pelo qual se pretende construir inferências gerais por indução, considerada a falta de documentos escritos. O segundo objetivo, tipificado como a “carne e sangue da cultura”, remete aos “imponderáveis da vida cotidiana”; os comportamentos, condutas e ações concretas dos nativos, que suplementam a esquematização das regularidades estruturais com uma compreensão dinâmica das relações. Sua elaboração científica é instrumentalizada pelo registro sistemático no diário etnográfico. O último objetivo é o registro da “alma da cultura”, a subjetividade condicionada pela cultura e expressa em ideias, sentimentos e impulsos típicos, através da documentação e análise de asserções, ritos e narrativas simbólicas. Grupo 2 [3,0] 4. Evans-Pritchard distingue os conceitos de tempo em tempo ecológico (reflexos de relações humanas com o meio ambiente) e tempo estrutural (reflexos de relações mútuas dentro da estrutura social). A relativização do tempo inteiramente em função da estrutura centraliza o aspecto de sua construção conceitual, especificamente na concepção heterogênea e substantiva do tempo como relação entre atividades concretas, e seu reconhecimento através de unidades ocupacionais pelos Nuer. A construção relativa ao espaço estrutural no que se refere ao ordenamento dos acontecimentos, ao sistema de conjuntos-etários e às ordens de linhagens e parentesco dimensiona todos os horizontes de tempo. A percepção do tempo é, assim, o movimento das pessoas e dos grupos através da estrutura constante. Grupo 3 [3,2] 1. Rivers define estrutura social como o arcabouço da sociedade, que contém seus elementos mais profundos e fundamentais. O alicerce da estrutural social, entrelaçado com a mais íntima vida mental do povo, é identificado no sistema de parentesco. No trabalho de Rivers, a estrutura social forneceria a base mais firme para a análise etnológica – instrumento para a formulação de esquemas da história da humanidade – pois consiste nos elementos mais dificilmente alterados pelo contato entre povos, assim indicativos dos mecanismos de transição cultural. Em Radcliffe-Brown, a noção de estrutura social é fundamentalmente dinâmica, definida enquanto sistema de relações cuja continuidade é mantida pelo processo social, constituído por interações e atividades individuais. O estudo sistemático da natureza da sociedade humana, analogamente às ciências naturais, compreende a morfologia, a fisiologia e o desenvolvimento das estruturas sociais. Sob a hipótese funcional, a problemática da continuidade histórica da estrutura social concerne à forma estrutural, e não à estrutura de relações concretas, designadas em grupos ou instituições sociais duráveis.