BESI e BBVA juntam-se a consórcio para colocar CTT em bolsa

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ID: 50323877
18-10-2013
Tiragem: 16630
Pág: 30
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 22,21 x 17,96 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
BESI e BBVA juntam-se a consórcio
para colocar CTT em bolsa
Bancos À Caixa BI e ao JP Morgan juntam-se agora, como co-líderes, o BESI e o BBVA. Já está em preparação
o roadshow dos investidores internacionais para tentar que os CTT entrem em bolsa a 6 de Dezembro.
Maria Teixeira Alves
[email protected]
O sindicato bancário que vai
montar a privatização dos CTT
já está constituído. A Parpública já tinha escolhido a Caixa
Banco de Investimento e o JP
Morgan para líderes da operação que vai afinal ser por dispersão no mercado de capitais.
Mas agora juntou-se-lhes o Espírito Santo Investment Bank e
o BBVA como co-líderes do
sindicato bancário, que terá um
papel fundamental numa operação de privatização com o
modelo escolhido.
O Governo aprovou no passado dia 10, em Conselho de Ministros, a venda em bolsa de até
70% do capital dos CTT, através
de uma oferta pública de venda
(OPV) para o retalho e de um
sindicato bancário que também
venderá no mercado de capitais
mas a institucionais.
Como é já conhecido, o Governo quer que o capital dos
CTT tenha uma “diversificação
nacional e internacional”. Por
isso vai dar indicações às insti-
PROCESSO
Bookbuilding
Normalmente as Ofertas
Públicas de Venda (OPV)
são acompanhadas de um
processo de
Bookbuilding, pelo qual se
apura a procura de
acções num dado IPO. O
Bookbuilding consiste na
recolha de intenções de
compra, respectivas
quantidades e preços, de
forma a que os
colocadores da emissão
de títulos possam
determinar o preço ao
qual esta deve ser
colocada. É um
mecanismo onde, durante
um período de tempo pré-estabelecido, são
recebidas as ordens dos
investidores, particulares
e institucionais. Neste
processo podem ser
estabelecidos preços
mínimos e máximos.
tuições financeiras que fizerem
a venda directa institucional
para colocar parte das acções
“em mercados internacionais,
com vista à diversificação nacional e internacional do capital
dos CTT, e ao consequente incremento da liquidez das suas
acções, bem como para dotar a
empresa de uma estrutura accionista abrangente”, refere o
diploma, publicado recentemente em Diário da República.
Tal como já tinha sido anunciado pelo Ministro da Economia, António Pires de Lima, o
Governo quer concluir a operação de venda de 70% dos CTT
em Bolsa até 6 Dezembro. Mas
as nossas fontes admitem que
possa ser até dia 15 de Dezembro “É uma corrida contra o
tempo fazer um IPO a 6 de Dezembro”, revela fonte ligada ao
processo, para explicar que já
estão a preparar o roadshow a
institucionais, que deverá começar daqui a 15 dias.
Quer o preço, quer as tranches serão decididas depois de
um processo de recolha de intenções de compra (Bookbuil-
ding), como aliás é tradição neste tipo de operações .
Esta será a primeira oferta
pública inicial de venda de acções na bolsa portuguesa desde 2008.
Com esta operação, o Governo quer atingir dois objectivos: o
primeiro é a maximização do encaixe, seguindo os bons exemplos das entradas em bolsa dos
correios belgas (BPost) e ingleses
(Royal Mail); o segundo é a dinamização do mercado de capitais,
que há cinco anos não recebe
nenhuma nova empresa. As últimas quatro operações de entrada
em Bolsa foram de Galp, Martifer, REN e EDP Renováveis.
Para além dos bancos, a privatização conta com a participação dos advogados. A 7 de
Maio, os CTT revelaram que tinham seleccionado os escritórios PLMJ - Sociedade de Advogados, RL e a Abreu & Associados - Sociedade de Advogados
como assessores jurídicos da
empresa no processo de privatização em curso. A Vieira de
Almeida foi escolhida pelo Estado (Parpública). ■ Com C.S.
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