Problemas no porto de Estrela e no rio Gravataí afetam embarcações

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Problemas no porto de Estrela e no rio Gravataí afetam embarcações
Uma
das preocupações das empresas de navegação é o fato de ainda não ter
sido concluída a dragagem do rio Gravataí. O cenário faz com que muitas
embarcações não consigam navegar naquela região com carga plena, afirma o
diretor da Navegação Aliança, Ático Scherer. A dragagem, capitaneada
pela Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), acontece entre a
ponte da BR-116 (na divisa de Porto Alegre com Canoas) e o encontro do
Gravataí com o Guaíba.O diretor-superintendente da SPH, coronel
Arlindo Bonete, diz que está se trabalhando na dragagem há cerca de
quatro meses. Porém, uma das dificuldades é que as dragas encontram
diversos materiais no leito do rio, como plásticos, pneus, lixo
hospitalar, entre outros. Outro empecilho é o limite de horas para que o
equipamento trabalhe, pois mais embarcações precisam passar por ali. A
expectativa é de que, até outubro, seja finalizada a dragagem. No
Gravataí, de acordo com dados da SPH, são movimentadas, ao ano, cerca de
3 milhões de toneladas em cargas.Mais uma preocupação é quanto
ao porto de Estrela. O diretor-presidente da Navegação Taquara, Frank
Woodhead, revela que algumas empresas de navegação comparam o porto de
Estrela a um esporte radical: “ou tem água demais ou água de menos, mas
nunca está adequado”. A situação gera danos como a quebra de hélices.“O
porto de Estrela está abandonado”, lamenta Scherer. O executivo frisa
que o acesso ao complexo e ao de Cachoeira do Sul é péssimo devido,
entre outros motivos, à falta de dragagem. O empresário ressalta que os
números da navegação interior vêm caindo e é importante tomar alguma
atitude para que esse segmento não desapareça. Scherer compara a questão
com o velho dilema: quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? No caso da
navegação interior, a dúvida é se falta carga, e por isso não são feitos
investimentos em terminais e equipamentos, ou se as cargas não são
atraídas, pois é necessário mais estrutura.Apesar disso, o navio
João Mallmann, que está sendo construído em Triunfo, encomendado pela
Navegação Aliança, deve ser entregue até o fim de julho. A embarcação
terá 101 metros de comprimento, com uma “boca” de 15,5 metros e
capacidade para 4,7 mil toneladas, podendo atingir uma velocidade de até
8 nós (cada nó equivale a 1,852 quilômetros por hora). O investimento
na embarcação será de R$ 22,6 milhões, financiado pelo Bndes/Finame e
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Badesul. Scherer adianta que a Aliança pensa em encomendar mais um
navio, com características idênticas, se o mercado demandar.
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