CORREIO DO POVO Arte&Agenda Muito além da trilha de novelas OQuinto prepara disco Em fase de finalização do primeiro álbum da carreira, a banda gaúcha OQuinto acaba de gravar a canção “Vou Te Encontrar”, com a participação do saxofonista George Israel, do Kid Abelha. A música é uma balada romântica, que quem dá o tom é o vocalista Zandu Lipp. A amizade do grupo por Israel surgiu durante a Festa Nacional da Música, realizada em Canela. Foi assim que os músicos decidiram convidar o instrumentista para dar um toque especial nos arranjos de uma das músicas mais embaladas do álbum, com lançamento no primeiro trimestre deste ano. Da black music ao rock, com influências de Tim Maia e Red Hot Chilli Peppers, o OQuinto é uma banda de pop rock fundada em 2006, na Capital. Na formação estão Zandu Lipp (voz), Leandro Monteiro (violão e backing), Rafa Torres (guitarra), André Martin (baixo) e Filipe Fettu (bateria). O trabalho de estreia da banda terá como destaque a faixa “A Canção que Eu Fiz pra Você”. Serão 14 músicas próprias, quatro em parceria com outros compositores e uma releitura. O grupo mescla o acústico dos violões com o groove das guitarras, baixo e baterias, somado às vozes melódicas e ao mesmo tempo agressivas. Os cinco jovens que formam a banda são regidos pela mesma filosofia: “Nunca desista. Acredite primeiro em você. Acredite naquilo que você faz, independentemente do que os outros falem”. Q uando o britânico James Blunt subir ao Os responsáveis pela seleção das músicas leiro é formada por Paul Beard (piano, teclado e palco do Pepsi On Stage, no próximo dia embalam as trilhas de novelas é que garantiram o vocal), Ben Castle (guitarra e vocal), John Garri27, às 21h, ele precisará provar ao público público para as suas canções no Brasil. Os temas son (baixo e vocal) e Karl Brazil (bateria e vocal). O de Porto Alegre que sua música transcende ao são “You’re Beautiful”, em “Duas Caras”; “Same handicap de Blunt inclui 11 milhões de cópias açucaramento melódico dos três temas incluídos Mistake”, em “Belíssima” e, mais recentemente, vendidas de seus dois discos, o fato de ter sido o em novelas brasileiras. Nos dois álbuns gravados “Carry You Home”, em “A Favorita”. segundo britânico a ter um single (“You’re Beautiaté então, Blunt segue o tom das baladas, com A banda que acompanha Blunt em solo brasi- ful”) nas paradas dos Estados Unidos, após Elton guitarra e piano imperando e DIVULGAÇÃO / CP John, com “Candle in the Wind”, uma voz para tentar derreter coem 1997. Além disso, o lado polirações. Antes de desembarcar ticamente correto do cantor em Porto Alegre, ele fará a abertransparece no trabalho engajatura dos shows da turnê “Rocket do com a organização Médicos Man”, do seu padrinho na músisem Fronteiras, que conheceu ca, Elton John, em São Paulo e quando serviu no Kosovo como no Rio, nos dias 17 e 19 de janeioficial das forças de paz da Orgaro, respectivamente. nização do Tratado do Atlântico Os ingressos para o show esNorte (Otan). tão à venda nas lojas Datelli, O desafio para Blunt no Brasil BarraShoppingSul e do Iguatemi, é conquistar o público de pop com preço mínimo de R$ 60,00 a rock, com baladas fleumáticas e pista e valor máximo de R$ que pouco alternam na criação. 200,00 as cadeiras no setor Gold. Alguns adjetivos acompanham o O lugar no mezanino custa R$ músico nas divulgações de tur90,00, e as cadeiras dos setores nês pelos cinco continentes. “MeA, B e C custam respectivamente nino-prodígio” é o mais comum. R$ 160,00, R$ 140,00 e R$ Com 34 anos, natural de Tidwor120,00. Os ingressos podem ser th, em Wiltshire, na Inglaterra, o adquiridos pela tele-entrega da currículo de James Blunt acaba produtora H4 Entretenimento: indo muito além da música. (51) 8401-0515, de segunda a Ele advém de uma família de sexta, das 9h às 18h. militares, cursou Engenharia EsCom pouco mais de quatro pacial na Royal Military Academy anos de carreira e apenas dois álSandhurst, foi integrante da buns lançados, o músico precisa Guarda da Rainha em Londres e realmente provar o seu valor no já comandou mais de 30 mil solao vivo. “Back to Bedlam” (2004) dados como oficial no Kosovo. e “All the Lost Souls” (2007) são Cabe a Blunt usar toda a sua exos materiais fonográficos com os periência militar, se ela realquais o cantor trabalha a afinidamente ajudar, e colocar a música de com seu público. James Blunt tentará mostrar que sua música vai além das baladas em novelas na ordem do dia 27. VICENTE DE MELO / DIVULGAÇÃO / CP Tecnologia no cinema Pela primeira vez, os cinéfilos brasileiros poderão assistir a filmes em 2D e 3D, produzidos com a tecnologia Imax, as maiores telas do mundo, na sala Unibanco Imax do Espaço Unibanco de Cinema Pompeia, localizado no Bourbon Shopping, em São Paulo. A inauguração será no próximo dia 16, com o filme “Fundo do Mar”, dirigido pelo renomado oceanógrafo Howard Hall. O documentário é sobre os mistérios que habitam o oceano e suas peculiaridades. O Imax tem um exclusivo sistema de movimento de filme. O Rolling Loop é chave para a performance superior da projeção. Duas faixas de filme correm simultaneamente pelo projetor a 24 quadros por segundo. Cada frame fica perfeitamente imóvel quando projetado. Com isso, a imagem nunca treme ou fica borrada. Para ativar o efeito 3D, são utilizados dois projetores. Os óculos 3D separam as imagens, ficando uma em cada lente e o cérebro humano faz o processo de juntá-las novamente. O formato em arquibancada garante, de qualquer assento, a visão total. Os cinemas Imax proporcionam uma das experiências mais interessantes do mundo. A combinação do sistema digital de projeção Imax, uma tela de design específico, um sistema digital surround sound e uma sala geometricamente criada para isso possibilitam a sensação de estar no próprio filme. DOMINGO, 11 de janeiro de 2009 | 3 Encontro eclético Trio Madeiras é o convidado de show Portal no iPhone A dupla Zé da Velha e Silvério Pontes recebe o Trio Madeiras para show, no próximo domingo, dia 18, no Teatro Ciee (Dom Pedro II, 861), às 19h, com composições do maestro Heitor Villa-Lobos, Jacob do Bandolim, Astor Piazzola, Egberto Gismonti, Baden Powell, Vinícius de Moraes, Tom Jobim e Pixinguinha. Os músicos se apresentam dentro da programação do projeto Circular BR. Juntos por mais de 20 anos, Zé da Velha e Silvério Pontes já gravaram cinco discos. Reconhecida e respeitada no Brasil e no exterior, a dupla participou do filme “Brasileirinho”, que retrata a história do choro. O trombonista Zé da Velha, desde do início da carreira, entrou em contato com chorões da Velha Guarda. O instrumentista levou a música brasileira a vários países ao lado de Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo, Copinha e Abel Ferreira, entre outros. O trompetista Silvério Pontes já se apresentou com grandes artistas da música brasileira, como Tim Maia, Luís Melodia e Cidade Negra. O Trio Madeira Brasil reúne três virtuoses que apresentam um repertório eclético. Formado por Ronaldo do Bandolim, José Paulo Becker (violão de 6 cordas) e Marcello Gonçalves (violão de 7 cordas), o grupo teve faixas de seus CDs como trilhas sonoras de televisão e cinema, e participação em CDs de outros músicos, como Zé Renato. Ingressos antecipados na loja Leds CDs (Andradas, 1.444/loja 9). O Portal do Rock Gaúcho, primeiro website brasileiro de música a lançar uma versão exclusiva para iPhone e iPod Touch, liberou no último dia 5 uma nova versão de seu site, adaptado para iPhone e iPod Touch. O website, denominado agora como iRockGaúcho (em referência aos aparelhos da Apple), chega a sua versão 2.0 trazendo notícias, agendas e informações sobre as bandas, estúdios, gravadoras e lojas de instrumentos musicais do RS, possibilitando o acesso através do aparelho. O portal está no ar há sete anos, com atualizações diárias sobre a produção fonográfica do Estado. Para conhecer, acesse www.rockgaucho.com.br ou, usando o iPhone ou iPod Touch, diretamente em http://iphone.rockgaucho.com.br. CDs Confira, entre os lançamentos, o primeiro álbum da banda gaúcha Sheriff & Co; duas raridades do incansável Plato Divorak; o primeiro de inéditas do Garganta Profunda; e o samba de subúrbio de Jota Canalha. ■ COUNTRY — “The Number One” é o primeiro disco da banda gaúcha Sheriff & Co., que abre seu espaço no universo do country rock. Gravado nos estúdios da Kives Música e com produção assinada por Marco Aurélio Teixeira (percussão) e pelo cantor e guitarrista Solon Paz, o álbum traz 15 verdadeiros clássicos do gênero como “Standing Outside The Fire”, do repertório de Garth Brooks; “Take me Home Country Roads”, de John Denver; “Kiss me Quick”, imortalizada por Elvis Presley; e “Jambalaya”, de Hank Williams, além de um medley de Creedence. Destaque também para a versão de “Born To Be Wild”, do Stepenwolff, “hino” dos motociclistas. Na formação, além de Solon e Marco Aurélio, a banda traz Adrianne Simioni (violino, guitarra e lap steel), Raulino Santos (bateria), César Benites (baixo) e Zózimo Rech (guitarra). ■ PRECIOSIDADES — Plato Divorak é definitivamente incansável. Sua produção musical é extensa, ativa e repleta de surpresas sonoras, verdadeiras pérolas e cheias de inventividade. Completamente anti-mainstream, os discos de Plato não se encontram em qualquer lugar. Como preciosidades que são precisam ser garimpados. A mais nova delas se chama, justamente, “Vulcão de Preciosidades”, seu quinto discosolo a sair pelo oculto selo Krakatoa Records. Trata-se exatamente de canções e gravações quase esquecidas pelo próprio compositor, como a versão de “I’m in You”, de Peter Frampton, além de outras gravadas com suas muitas bandas e parcerias, como Frank Jorge em “Gessinger & Licks” e “Paralelepípedos”. Tem de tudo um pouco: lisergia, psicodelia, experimentalismo, improvisos, versões transfiguradas. O álbum pode ser encontrado na Toca do Disco (Rua Garibaldi, 1043). ■ MOMENTO — Outro trabalho de Plato que pode ser encontrado na Toca é do Momento 68, com “Onde Estão Suas Canções”. Gravado originalmente em 1999 com Sandro Garcia, em São Paulo, o disco acabou não sendo lançado na época. Ganhou show por lá. Agora, com capa produzida por Fábio Zimbres, o disco chega pela parceria Krakatoa Records e Question Mark. Traz as participações de Roberto Tomé na bateria; Ed Junior, na harmônica; e Consuelo Gregori, nos teclados e flauta. Plato e Sandro dividem o resto, ou seja, instrumentos invertidos, palmas, percussão e uma paraphernália de efeitos, além de “O Dia-a-Dia de um Musicista Clean” e a versão de “O Carteiro Voyeur e a Mulher de Preto”. Também tem espaço para o cover de “Golden Hair”, de Syd Barret e canções únicas como “Psychedelia and Flowers” e “1-2-3 O’Clock”, de Frank e Plato. Na Toca do Disco também é possível encontrar trabalhos mais antigos de Plato Divorak, como “50 Mosaicos Brasileiros”, de La Odyssea, e “The Good Memories Bootleg”. ■ GARGANTA — Pela gravadora Rod Digital está saindo o primeiro disco do grupo vocal Garganta Profunda a trazer um repertório totalmente inédito. “Quando a Esquina Bifurca”, nono trabalho do grupo, criado em 1985 pelo renomado maestro Marcos Leite, passa pelo samba e pelo baião e traz arranjos assinados por Marcelo Caldi, Maurício Detoni e Fabiano Salek. Entre os destaques estão o samba de roda “Motivo pra Sorrir”, de Nilze Carvalho e Salek; “Seu Rosto”, de Edu Krieger, que participa no baixo e violão de 7 cordas; e “A Hora dos Fogos”, um bolero de Thiago Amud e Detoni. Além de Krieger, participam Nilze Carvalho, no cavaquinho; PC Castilhos, na flauta; Nicolas Krassik ao violino; Nando Duarte ao violão; Matias Corrêa no baixo acústico; Alexandre Caldi no sax e flauta; e Carlos César Motta e Éber Freitas, na percussão. ■ CANALHA — Carioca suburbano, cria dos botequins, tendo Noel Rosa como ídolo, Jota Canalha é mais um da boa safra do samba e do choro que está sendo reavivada no Rio de Janeiro. Seu primeiro disco, “A Voz do Botequim”, está saindo também pela Rob Digital e chega cheio de boas histórias, algumas testemunhadas por Henrique Cazes. Sambas de breque e sambas-choro dão cor e sonoridade às letras que falam tipicamente da vida de subúrbio. Cronista de boteco, Jota canta a vida conjugal em “Casal Perfeito”; a transformação feminina em “Baranga das Dez, Broto das Duas”; e até a picaretagem explícita das ONGs em “Lero-lero Blá-blá ou Papo de Ong”. Do mestre Noel, Jota não se intimidou e lascou “Mulher Indigesta”, com direito a verso extra.