Mais Bondoso que nossa própria mãe

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O Encontro
Bhagavan Sri Ramana Maharshi
A Luz no Caminho - Associação Espiritualista
-
Erros
Você ainda vai errar muito, meu
irmão. Louvado seja Deus por mais
esta graça, pois é ao errar que um
homem percebe o fio da misericórdia que o abraça em Luz.
Antes de ti, diversos outros incorreram em muitas faltas. Um deles,
negou seu irmão três vezes. Disse
ele: “- Jamais conheci um Nazareno”. Ele temeu por sua própria vida
como tu fazes muitas vezes quando
corres em defesa de teu ego nas
mais duvidosas situações.
Vesak
Agenda
Estamos no mês de maio, quando
é comemorado um evento tríplice
relacionado ao Buda: Seu nascimento, Sua Iluminação e Seu passamento, em uma data denominada
Vesak Puja. A data coincide com a
lua cheia do mês de maio e neste ano, na maior parte dos países
com forte tradição budista, foi comemorada no dia 14.
Distribuição gratuita
Maio de 2014
Reflexões
O homem que negou três vezes, foi posteriormente visitado por
Aquele a quem negara. O Nazareno perguntou-lhe: “- Pedro, tu
me amas?” Por três vezes – tantas
quanto negara – Pedro disse :”Sim, eu te amo”. E nas mãos de
Pedro focou a Igreja. Não como
prêmio e sim como bendita prova.
crer, errar e reavaliar, errar e amar,
até que o crescimento te faça dizer: “Se não posso erguer minha
cabeça neste momento de minha
vida, certamente posso erguer minha alma até a Alma do Mundo,
onde todas as falhas são consumidas pelo Espírito Santo.”
Pedro errou como tu erras. Só
que ele reconheceu que era nele
que habitava a fraqueza e, humilde, apresentou-se muitas vezes em
reuniões de novos cristãos, dizendo:
“Eu sou aquele que traiu, mas que
pela misericórdia, não foi traído.”
Se despertares em humildade,
teus erros serão tua alavanca, como
foram para Pedro e Paulo.
Tu vais errar e aprender, errar e
Tu vais errar muitas vezes. Louvado seja Deus por mais esta Graça!
http://www.aluznocaminho.org.br/2012/reflexoes-para-o-seu-cotidiano.
Ramana e os animais
Mais Bondoso que nossa própria mãe
No telhado do antigo saguão,
os esquilos faziam ninhos. Certa
vez, alguns esquilos recém-nascidos caíram de lá sobre o sofá
de Bhagavan. Tinham os olhos
ainda fechados e o tamanho
de cada um não devia ser mais
que uma polegada; eram muito
avermelhados, de carne fresca e
muito macios ao tato. A mãeesquilo ignorou-os. E agora? O
que fazer? Como alimentar e cuidar de tão ternas coisinhas?
Os filhotes de esquilo estavam na palma da mão de Bhagavan.
Seu rosto brilhava de amor e afeição por eles. Enquanto havia uma
expressão de interrogação no rosto dos que estavam ao redor de
Bhagavan, Ele mesmo estava feliz e alegre. Pediu que trouxessem algodão, e fez uma cama macia para eles. Também pegou um pouquinho de algodão e torceu-o até que a ponta ficasse como a de um
alfinete; molhou-o em leite e pingou o leite nas pequeninas bocas.
Do livro Reminiscência de Bhagavan Ramana, de V. Ganesan, p.42
02
Círculo de Estudos
O poder do agora
Nós passamos a maior parte de
nossas vidas pensando no passado, e
fazendo planos para o futuro. Ignoramos ou negamos o presente e adiamos nossas conquistas para algum
dia distante, quando conseguiremos
tudo o que desejamos, e seremos
finalmente felizes. Mas, se queremos
realmente mudar nossas vidas, precisamos mudar nesse momento.
O maior obstáculo para se vivenciar a realidade é identificar-se com
a mente, o que faz com que estejamos sempre pensando em alguma
coisa. Ser incapaz de parar de pensar
Próxima palestra
Tema: O Buda
Palestrante: Cristina Meireles
é uma aflição terrível, mas ninguém
percebe porque quase todos nós sofremos disso e, então, consideramos
uma coisa normal. O ruído mental
incessante nos impede de encontrar
a área de serenidade interior, que é
inseparável do Ser. Isso faz com que
a mente crie um falso ser interior que
projeta uma sombra sobre nós.
O filósofo Descartes acreditava ter
alcançado a verdade mais fundamental, quando proferiu sua conhecida
máxima: “penso, logo existo”. Cometeu, no entanto, um erro básico ao
equiparar o pensar ao ser.
Data e horário: 24 de maio, às 19h
O pensador compulsivo, ou seja,
quase todas as pessoas, vive num
estado de aparente isolamento, em
um mundo povoado de conflitos e
problemas. A iluminação, ao contrário,
é um estado de plenitude, de estar
“em unidade” tanto com o universo
quanto com o Ser mais profundo,
portanto, em paz.
Da palestra “O Poder do Agora”, extraída
do livro de mesmo nome de Eckhart Tolle,
Círculo de Estudos de Abril de 2014, por
Nelson Ricardo.
Agenda
O ensinamento do Buda
“Na verdade, o ensinamento inteiro do Buda pode ser resumido
em uma única frase: domar, transformar e conquistar nossa mente.
A mente é a raiz de tudo: a criadora da felicidade e do sofrimento;
a criadora do que chamamos de
nirvana, e do que chamamos de
samsara.
O samsara é o ciclo da existência,
de nascimento e morte, caracterizado pelo sofrimento e determinado
por nossas emoções destrutivas e
nossas ações prejudiciais. O nirvana é, literalmente, o estado além
do sofrimento e do infortúnio; é
o estado de Buda ou a própria
iluminação.
O Encontro
maio, 2014
Pratiquem a bondade, não criem
sofrimento, dirijam a própria mente.
Essa é a essência do budismo.
Como um grande mestre diz: ‘samsara é a mente voltada para fora,
perdida em suas projeções; nirvana
é a mente voltada para dentro, reconhecendo sua natureza’.
‘A mente voltada para dentro’
não significa se tornar introvertido;
significa entender a mente, em sua
verdadeira natureza.
Quando falamos sobre a mente,
há dois aspectos: a aparição da
mente, e a essência ou natureza da
mente. Sua Santidade o Dalai Lama
descreve esses dois aspectos como
‘aparição e realidade’. Muitos de
nós achamos que os pensamentos
e as emoções são a mente. Mas
pensamentos e emoções são me-
ramente uma aparição da mente,
como os raios de sol, enquanto
a natureza da mente é o próprio
sol. Quando estamos perdidos nas
aparições da mente, não temos a
menor ideia do que a essência da
mente é de verdade. Por isso, o
ponto crucial é a direção que nossa mente toma: seja olhando para
fora, perdida em pensamentos e
emoções; ou para dentro, reconhecendo sua verdadeira natureza.
Se você domar, transformar e
conquistar sua mente, então transformará suas próprias percepções e
sua experiência.”
Texto do Lama Budista Sogyal Rimpoche
extraido
de
http://dharmalog.
com/2012/02/16/o-ensinamento-do-buda-resumido-em-uma-frase-domar-transformar-econquistar-a-mente-sogyal-rinpoche/
Sua ilimitada compaixão
Filosofia
03
Uma senhora pediu esclarecimentos a Sri Balarama Reddiar, sobre
a seguinte passagem do livro do
Prof. G. V. Subbaramayya “Sri Ramana Reminiscences”:
“Cheguei (ao Ashram) no dia 4
de abril de 1950. Devido ao estado de fraqueza de Sri Bhagavan, o darshan (benção através do
olhar) havia sido limitado às filas
de manhã e à tarde e, excetuando-se os atendentes pessoais e o
pessoal médico, todos os demais
foram estritamente proibidos de
ver Sri Bhagavan. Portanto, aquela noite, com o coração apertado,
preparei-me para voltar, sem ver
o Mestre. Quando me aproximava
do portão de vime do quarto de
Sri Bhagavan, Sri Jayadevlal, que
estava de guarda, sussurrou: ‘Você
não quer ver Sri Bhagavan?’ Eu respondi: ‘Sim, mas não há permissão’.
Ele disse: ‘Não importa, entre’ e
empurrou-me para dentro. Sri Bhagavan estava sozinho, deitado na
cama, e olhando a entrada como
se esperasse por alguém. Assim
que me ergui, após prostar-me na
soleira da porta, Sri Bhagavan disse:
‘Entre’. Quando entrei e parei diante Dele, Sri Bhagavan me perguntou: ‘O que você deseja?’ Eu disse
com os olhos cheios de lágrimas:
‘Eu desejo abhayam’ (libertação do
medo). Sri Bhagavan respondeu
com Graça transbordante: ‘Saree Yichanu!’ (Sim, eu lhe dei isso!). E
acrscentou: ‘Não tema, do mesmo
jeito que isso veio, também vai
embora’.
Na mesma hora, senti como se
um grande peso tivesse sido tirado do meu coração e, quando
toquei seus pés de lótus com minhas mãos e minha cabeça, um estremecimento de êxtase atravessou
meu corpo, e fui mergulhado num
oceano de paz e bem-aventurança.
Essa visão de Sri Bhagavan e Suas
graciosas palavras fizeram morada
em meu ser e me guardam de
todos os males da vida.”
A senhora tinha dúvidas sobre o
fato de Bhagavan raramente permitir ser tocado e de, por vezes, até
ter reagido asperamente a algumas
tentativas, e de como permitiu que
o Prof. G. V. Subbaramayya o tocasse. Sri Reddiar esclareceu que
embora o amor de Bhagavan fosse
impessoal e universal como o de
Deus, quando a ocasião o requeria
podia ser profundamente pessoal
como o amor de uma mãe. Você
não pode duvidar de que Ele tenha
feito algo especial para um devoto
que precisasse em um dado momento. Não havia regras que o limitassem a um determinado modo
de ação. Uma outra passagem que
confirma isto é citada a seguir.
Sri Jagadesa Sastri um laureado
poeta sânscrito, devoto de Bhagavan, e sua esposa desejavam assentar-se nas vizinhanças do Ashram.
Como o Sr. David McIver havia
comprado um grande terreno em
frente ao Ashram, permitiu que
Sastri construísse aí uma cabana.
Passado algum tempo, McIver, necessitando urgentemente de dinhei-
ro, precisou vender o lote em que
Sastri havia erguido sua cabana. Ele
pediu então que o amigo desocupasse o terreno e se mudasse,
e ofereceu reembolsar o dinheiro
que havia sido gasto na construção.
Mas, Satri ficou preocupado e não
queria sair de sua cabana. Alguns
devotos de Bhagavan o persuadiram a desocupar o lugar e aceitar a
compensação oferecida por McIver
e ele, finalmente, concordou. Entretanto, ficou deprimido e decidiu
ir embora de Tiruvanamalai. Antes,
porém, foi a Bhagavan e colocou o
dinheiro recebido na transação em
Suas mãos. O Maharshi o segurou
por um minuto e o devolveu a
Sastri que ficou sentado por algum
tempo no sofá de Bhagavan. Quando se levantou, toda sua depressão
havia sumido.
O toque mágico de Bhagavan havia funcionado! Foi uma surpresa
para mim que Bhagavan, que jamais tocava em dinheiro, tivesse
saído de Seu hábito pelo bem de
Seu devoto. Sim! Ele podia desconsiderar qualquer regra que impedisse o caminho de Sua ilimitada
compaixão.
Resumido do livro Momentos recordados, de
V. Ganesan, p.97-98
maio, 2014
O Encontro
04
Casa de Ramana
Maio, a Casa em festa...
Por Vera Carolina
Durante o mês de maio, tivemos
o nosso Bazar do Dia das Mães,
com a exposição dos trabalhos manuais elaborados pelo grupo da
costura. Tivemos também a já tradicional Feijoada da Vovó, sempre
preparada com muito carinho.
Agradecemos, profundamente, a
todos que participaram de alguma
forma, e que contribuiram para o
sucesso destes eventos.
Em maio tivemos ainda o aniversário de A Luz no Caminho!
‘Quarenta e dois anos’! Mas parece que foi ontem!
No momento em que nos sentamos para as comemorações, que
ocorreram no templo da rua Maxwell, 145, sentimos as mesmas
vibrações de amor, de alegria e
entusiasmo de quando, anos atrás,
a Casa foi adquirida.
Recordamos o hino: ‘Casa de paz,
Casa de amor, é aqui que esquecemos da dor!’
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O Encontro
maio, 2014
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