Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite 2014

Propaganda
Campanha Nacional de Vacinação contra
Poliomielite 2014
Doença
 Poliomielite ou “Paralisia Infantil”
 Etiologia : Poliovírus 1,2,3
Gênero:Enterovírus
Família:Picornaviridae
 Reservatório: Homem
 Transmissão: pessoa a pessoa
fecal-oral
oral-oral
 Período de incubação: 7 a 12 dias
Epidemiologia
• Transmissibilidade Orofaringe - 1 semana
Fezes
- 3 a 6 semanas
• Suscetibilidade: todas as pessoas não vacinadas.
• Maior incidência: 6 meses a < 3anos.
• Imunidade: infecção natural ou vacinação conferem
imunidade duradoura.
Formas Clínicas
 Inaparente: 99%
Sem manifestações clínicas.
 Abortiva: 0,9%
Sintomas inespecíficos: febre, cefaléia, tosse. Confude-se com
episódios gripais.
 Meningite asséptica: sinais de irritação meningea e rigidez de
nuca.
 Paralítica: 1 a 1,6% dos casos.
 Instalação súbita de deficiência motora e febre.
O que queremos evitar?
Situação Epidemiológica da Poliomielite
Dados da OMS entre 2013 e 2014:
•Países endêmicos: Afeganistão, Nigéria e Paquistão
•Países não endêmicos: Somália, Guiné Equatorial, Iraque,
Camarões, Síria, Etiopia, Kênia
•2014: 149 casos registrados(até dia 03 de setembro)
Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional
(ESPII)
Recomendações temporárias para reduzir a propagação
internacional do poliovírus selvagem em virtude da ocorrência de
casos de poliomielite em 10 países .
•
Coberturas vacinais maior ou igual a 95%
Evitar bolsões de pessoas não vacinadas
Bloquear a reintrodução dos poliovírus favorecidos pelo fluxo de
viajantes.
Riscos de reintrodução da poliomielite no Brasil
• Intenso fluxo de viajantes procedentes de áreas endêmicas ou com reintrodução do
poliovírus selvagem;
• Coberturas vacinais de rotina não homogêneas com VIP/VOP;
• Inadequada VE para todo caso de PFA;
• Eventos internacionais no Brasil: Copa das Confederações e Copa do Mundo, Jogos
Panamericanos e Olimpíadas
Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional
Recomendações
Viajantes: vacinar contra Poliomielite antes de viagem aos países que
apresentam risco de exportação do poliovírus selvagem.
Países que apresentam risco de exportação do poliovírus selvagem:
assegurar que todos os seus residentes ou viajantes recebam a vacina
da poliomielite.
Notificação e investigação imediata de todo caso de PFA.
Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia emitido pela
ANVISA.
Esquema (ESPII)
Faixa etária
Esquema
Orientações
< 5 anos
VIP/VOP
Crianças que já iniciaram o
esquema deve completá-lo
conforme normas do PNI.
< 2 meses
VIP
Garantir pelo menos uma
única dose de VIP e
antecipar de acordo com as
normas do PNI.
Adolescentes e Adultos
(Esquema incompleto ou
sem comprovação
vacinal)
VOP (3 doses)
Última dose a mais de 12
meses, garantir antes da
viagem uma única dose
de reforço com VOP.
Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite
• 35º ano de Campanhas Nacionais de Vacinação contra a
Poliomielite.
• 25º ano sem a doença no país.
• Objetivo: Manter elevada cobertura vacinal de forma
homogênea em todos os municípios, visando evitar a
reintrodução do vírus selvagem no país.
Série Histórica
Ano
Coberturas Vacinais(%)
Homogeneidade (%)
1ª etapa
2ª etapa
1ª etapa
2ª etapa
2009
100,86
98,31
80,49
81,71
2010
100,10
104,10
77,24
85,37
2011
102,04
106,67
91,87
97,97
2012
101,67
*
86,18
*
2013
99,83
*
80,08
*
* Campanhas realizadas em uma etapa.
Cobertura vacinal da Campanha contra Poliomielite. Goiás,
2012 e 2013.
2012
Cobertura: 101,67%
Homogeneidade: 86,18% (212 mun.)
Menor que 95 %
Maior ou igual a 95%
2013
Cobertura:99,83%
Homogeneidade: 80,08% (197 mun.)
Cobertura Vacinal Poliomielite (rotina) - 2014
Cobertura: 90,89%
Homogeneidade: 40,29%
(99 mun.)
Fonte:pni.datasus
Dados até agosto 2014
Menor que 95 %
Maior ou igual a 95%
Vacina VOP
•
Induz imunidade intestinal e humoral.
•
Proteção contra os três sorotipos do poliovírus 1, 2 e 3.
•
Eficácia: 90 a 95% com a administração de 3 doses.
•
2 reforços: imunidade duradora.
•
Bem aceita pela população e possibilita a imunização dos contatos e disseminação do poliovírus no
ambiente.
• Imunidade de rebanho.
Apresentação da vacina
Denominação Comum Brasileira (DCB)
Vacina Poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada) - VOP
Laboratório produtor
Fiocruz/Bio-Manguinhos
Apresentação
Bisnaga com aplicador e tampa rosqueável, contendo 25 doses
Via de administração
Oral
Composição por dose de duas gotas = 0,1
ml
Poliovírus atenuado tipo I: 1.000.000 CCID₅₀;
Poliovírus atenuado tipo II: 100.000 CCID₅₀;
Poliovírus atenuado tipo III: 600.000 CCID₅₀;
Conservação
Contém: cloreto de magnésio, arginina estreptomicina, eritromicina,
polissorbato 80, L- arginina e água destilada.
Após o degelo: +2ºC e +8ºC e ao abrigo da luz.
Validade: 3 (três) meses, por um período não superior ao prazo de
Apresentação da vacina
Denominação Comum Brasileira (DCB)
Vacina Poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada) - VOP
Laboratório produtor
Fiocruz/Biofarma
Apresentação
Frasco de vidro de 2,0 ml contendo 20 doses e gotejador
Via de administração
Oral
Composição por dose de duas gotas = 0,1
ml
Poliovírus atenuado tipo I: 10 6,0 CCID₅₀;
Poliovírus atenuado tipo II: 10 5,0 CCID₅₀;
Poliovírus atenuado tipo III: 10 5,8 CCID₅₀;
Conservação
Contém: sacarose, eritromicina e canamicina.
Após o degelo:+2ºC e +8ºC e ao abrigo da luz.
Validade: 6 (seis) meses, por um período não superior ao prazo de
Crianças entre 6 meses e menor de 5 anos de idade.
Situação
Conduta
Observação
Registro
Não vacinada.
Vacinar com VIP (VIP) e
agendar a próxima dose.
Não fazer VOP.
Registrar somente na
rotina
esquema
sequencial
VIP/VOP
como D1.
Com apenas uma dose de
VIP (D1).
Vacinar com VIP (D2) e
agendar próxima dose
com VOP (D3).
Não
fazer
campanha.
na
Registrar somente na
rotina
no
esquema
sequencial VIP/VOP como
D2.
Com duas doses de VIP
(D1 e D2).
Vacinar com VOP.
Validar a dose na rotina
se tiver intervalo ≥30 dias.
Registrar na campanha e
na rotina para validar ( se
for D3) a dose.
Com duas doses de VIP
(D1e D2) e (D3) de VOP
Administrar VOP.
Se tiver no momento de
reforço validar a dose na
rotina.
Registrar na campanha e
na rotina para validar ( se
for reforço) a dose.
Com uma ou mais doses
de VOP.
Administrar VOP.
Observar intervalo e se
tem indicação de validar
na rotina.
Registrar na campanha e
na rotina para validar a
dose.
Por
indicação
clínica
iniciou o esquema com
VIP-CRIE.
Não administrar VOP.
Continuar esquema com
VIP (rotina).
Não
registrar
campanha.
VOP
na
Contraindicações
Não há contraindicações absolutas a administração da VOP, evitando-se, entretando, a vacinação nas seguintes situações:
•
Febre acima de 38ºC;
•
Hipersensibilidade conhecida a algum componente da vacina (estreptomicina ou eritromicina);
•
Crianças que, no passado tenham apresentado qualquer reação anormal a esta vacina;
Contraindicações
•
Imunodeficientes devido a tratamento imunossupressor ou outra forma adquirida ou com deficiência imunológica congênita;
•
História de paralisia flácida associada à vacina, após dose anterior da vacina poliomielite oral;
•
Crianças que estejam em contato hospitalar ou domiciliar com pessoa imunodeprimida.
EAPV
Paralisia flácida aguda: poliomielite associada ao vírus vacinal, idêntica à infecção com o vírus selvagem, podendo, também determinar sequelas motoras definitivas.
Paralisia associada ao vírus vacinal (PAVV): ocorre em razão de uma mutação sofrida pelo vírus vacinal, tornando-o capaz de provocar a doença.
PAVV é um evento raro, relacionado ao uso da VOP nas duas primeiras doses, portanto, com o uso do esquema sequencial VIP/VOP este risco é baixíssimo.
CUIDADOS ESPECIAIS
• Disponibilizar a vacina VIP durante a campanha para as crianças que estiverem iniciando ou que estejam na época de receber alguma dose do esquema sequencial.
• Evitar contato da bisnaga conta-gotas com a boca da criança.
•
Repetir a dose se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar.
• Não vacinar crianças que estejam hospitalizadas.
Obrigada!
Liz Jane Ribeiro Silvestre
Coordenação de Campanhas
Gerência de Imunização e Rede de Frio/SUVISA/SES-GO.
[email protected]
(62) 3201-7888/7882
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