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Propaganda
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úmeros redondos costumam encher o peito de quem os
comemora. Não é que os outros não mereçam festejos,
mas um número redondo traz aquele conforto de mais
um ciclo completo e outros tantos por cumprir. Um quarto de
século é o que o Tom de Festa comemora este ano. Vinte e
cinco anos depois de um primeiro festival ainda à procura do
que podia ser, o Festival Internacional de Músicas do Mundo
organizado pela ACERT, em Tondela, tem sabido construir-se como ponte entre culturas, confirmando a universalidade
da linguagem musical e criando espaços para a partilha para
além dos palcos e dos concertos. Em cinco dias, há tempo
para atravessar um mundo, ou, quem sabem construir outro.
De 14 a 18 de Julho, Tondela é guineense e mexicana, dança
o tango e rima o rap, relembra o foral que lhe deu jurisdição
sem esquecer os saltimbancos que por ali foram passando.
Pelo meio, assa-se um porco, partilha-se a mesa, misturam-se
os músicos com o público nessa babel de sonhos e alguma
loucura que é a casa da ACERT. O Tom de Festa é o mais
antigo festival de músicas do mundo que se organiza em Portugal. Vinte e cinco anos depois da primeira edição, está em
Tondela para durar.
500 anos
ao
Tom
D’ela
Concerto Comemorativo dos 500
Anos do Foral
de Besteiros
*
14 de julho
Três músicos de eleição, com a particularidade de serem
tondelenses numa diáspora que nunca os afastou das terras de
Besteiros. Consta que foi o próprio Rei D. Manuel, monarca que
outorgou o Foral a Tondela em 1515, que exigiu à Câmara de
Tondela que, com a ACERT, produzisse um momento musical
com Ana Bacalhau, Samuel Úria e Filipe Melo, e os músicos d’A
Cor da Língua ACERT. Criou-se, assim, uma aventura que ficará
na história, não sem antes ser o concerto de abertura do Tom
de Festa — Festival de Músicas do Mundo ACERT’15, juntando
os músicos e convidados locais para cantar “500 anos ao Tom
d’Ela”.
* 22:00h no Largo Dr. Anselmo Ferraz de Carvalho
Filipe Samuel
Ana
bacalhau Melo úria
a Cor da língua acert
e a Participação de músicos locais
Momento artístico único
para celebrar os 500 anos
do Foral de Besteiros.
Este espetáculo é uma parceria
ode&ceia
“o Porco é um Bísaro e come-se!”
Trigo Limpo
teatro acert & Convidados
*
15 julho
Em muitas edições do Tom de Festa, o Trigo Limpo teatro
Acert tem deixado pegadas teatrais que demonstram o seu
Adn também fortemente tomdefestista. Nesta 25ª edição, a
companhia de teatro da Acert irá invadir o espaço do festival
com a ajuda de outros atores e músicos convidados para a
andança. Uma companhia de saltimbancos deambulará pelas
muitas geografias de um país chamado Novo Ciclo Acert, numa
Ode ligeira e humorada, com um final apoteótico que abrirá o
pano de boca numa Ceia onde artistas e público provarão um
porco no espeto que, sendo Bísaro1**, irá ser comido e bebido
como manda a lei.
* 22:00h no Jardim ACERT
** Raça de porcos predominante no Norte e Centro de Portugal, caracterizada pelas
patas altas e as orelhas compridas.
Uma caravana de saltimbancos
percorre o espaço do Tom de Festa.
Jenny
and The
Mexicats
México
16 de Julho*
Uma londrina, um espanhol e dois mexicanos encontram-se e
o resultado é uma banda de som cheio e ritmos poderosos,
cruzando sonoridades latino-americanas e europeias, sem
renegar influências de outras partes do mundo. Às guitarras
do flamengo e ao ritmo dos mariachis, assegurados pelos
músicos David Gonzalez, Icho e Pantera, juntam-se a voz suave
de Jenny Ball e as harmonias da pop universal, numa mistura
feliz onde cada referência musical e cultural é um ingrediente
imprescindível para a festa sonora que esta banda oferece
quando se junta em palco.
* 22:00h, Auditório Ar-Livre ACERT
Babel sonora
onde se cruzam
mariachis, flamenco
e a pop universal.
Karyna
Gomes
Guiné Bissau
17 de julho*
Karyna Gomes estreou-se a solo com o disco Mindjer, de 2014,
uma homenagem às mulheres guineenses e à sua luta pela
liberdade. Mindjer reúne temas onde a música tradicional da
Guiné e a nova música urbana se misturam sem limitações. Os
instrumentos tradicionais e o crioulo cantado por Karyna Gomes
assinalam a raíz popular da música guineense, mas juntam-se
aos instrumentos eléctricos e às influências da soul, do jazz e do
rhythm’n’blues na construção de um disco que sabe ser um eco
presente da música que se ouve nas artérias urbanas da Guiné
Bissau e que bem podia ouvir-se em qualquer parte do mundo.
* 22:00h, Auditório Ar-Livre ACERT
Uma voz da Guiné
Bissau, entre a
música urbana e a
tradição popular.
Orquestra Típica
Fernández
Fierro
Argentina
17 de Julho*
O tango é a matriz desta orquestra, que reúne treze músicos
com uma energia musical e cénica que parece inesgotável.
Herdeira assumida da tradição tanguera, a Orquestra Típica
Fernández Fierro formou-se em 2001, na Capital Federal,
enorme distrito que abrange a cidade de Buenos Aires. A sua
discografia conta com quatro álbuns, um deles, Mucha Mierda,
eleito pelo diário La Nacion como um dos melhores discos de
2006. Para além da música, a Orquestra Típica Fernández Fierro
desenvolve trabalho associativo na gestão do Club Atlético
Fernández Fierro, ao qual está associada a rádio independente
CAFF.
* 23:30h, Auditório Ar-Livre ACERT
Orquestra de treze músicos
às voltas com a tradição
do tango.
Capicua
portugal *
18 de julho
Cresceu com o gosto pelas palavras rimadas e encontrou no hip
hop a melhor forma de se expressar.
Nascida Ana Matos Fernandes, no Porto, passou a assinar
Capicua desde o álbum de estreia, homónimo, publicado
em 2012. Aí se revelou uma rapper de primeira água, com o
verbo solto e a rima sempre afiada para intervir. Seguem-se
Capicua Goes West, onde trabalha sobre beats de Kanye West,
Sereia Louca e Medusa. Entre muitas canções, Capicua criou
“Vayorken”, rasgo biográfico que bem podia ser retrato de uma
geração. Se outra coisa não soubermos agradecer-lhe, essa, pelo
menos, ficamos a dever.
* 22:00h, Auditório Ar-Livre ACERT
Hip hop
de verbo solto
e rima afiada,
sem medo
de enfrentar
o mundo.
clã
Portugal *
18 de julho
Nasceram em 1992 e gravaram o primeiro disco quatro anos
depois. Luso Qualquer Coisa foi o início de uma carreira que
rapidamente colocou os Clã muito para além do epíteto de
‘banda revelação’. A qualidade poética das letras, o ecletismo
dos arranjos e a vontade constante de inovação afirmaram
esta banda como um marco essencial da música portuguesa
contemporânea. A discografia prosseguiu com álbuns como
Kazoo, Lustro, Rosa Carne, Cintura ou o mais recente, Corrente.
Independentemente do repertório, qualquer concerto dos Clã é
sempre garantia de um palco em festa.
* 23:30h, Auditório Ar-Livre ACERT
Uma das bandas essenciais
da música portuguesa
contemporânea.
a ACERT é uma estrutura Financiada por
mais informações
www.acert.pt/tomdefesta
Preços
14/18 anos +18 anos
Bilhete Diário 5,00 €
10,00 €
Bilhete Diário Associado ACERT 4,00 €
7,50 €
14/18 anos +18 anos
Passe 3 dias (16 a 18 julho)
12,50 €
25,00 €
Passe 3 dias Associado ACERT 7,50 €
15,00 €
Gratuito para menores de 14 anos quando acompanhado pelos pais.
Dias 14 e 15 de julho - entrada gratuita
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