XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" FINANCIAMENTO DE MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS: UMA ANÁLISE DE DESEMBOLSO DO BNDES ANA PAULA WENDLING GOMES; ADRIANO PROVEZANO GOMES. UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL. [email protected] POSTER POLÍTICAS SETORIAIS E MACROECONÔMICAS Financiamento de micro, pequenas e médias empresas: Uma Análise de Desembolso do BNDES Grupo de Pesquisa: Políticas Setoriais e Macroeconômicas Resumo: As Micro, Pequenas e Médias Empresas sempre ocupam um lugar de grande importância na economia, devido seu potencial de geração de emprego e renda. Contudo, sabe-se da dificuldade das mesmas no que se refere a obtenção de financiamentos. A proporção de recursos destinados a esse segmento é muito menos do desejável. A simples exigência de estar em dia com as obrigações fiscais para obter crédito restringe no acesso aos recursos propostos. Este trabalho tem como objetivo traçar o perfil dos desembolsos do BNDES, destinados às Micro, Pequenas e Médias no período de 2001 à 2005. Ao analisar o perfil de desembolso, nos deu uma expectativa positiva diante dos dados, uma vez que, houve um crescimento no volume de desembolso para esse segmento no período de 2001 à 2005. A variação dos desembolsos para esse segmento foi de 81,8%, com uma taxa de crescimento de 16,1% ao ano. O crescimento de desembolsos para esse segmento foi maior em relação às grandes empresas, sendo que as médias empresas são as que mais se destacaram dos demais segmentos nesse período. Palavras-chaves: BNDES; Micro, Pequenas e Médias Empresas, Setores Produtivos Abstract: The micro, small and middle-sized enterprises always occupy a place of great importance in the economy, due your potential of employment generation and income. However, it is known about the difficulty of the same ones in what he/she refers the obtaining of financings. The proportion of resources destined to that segment it is much less of the desirable. The simple demand of being in day with the fiscal obligations to obtain credit restricts in the access to the proposed resources. This work has as objective 1 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" traces the profile of the payments of BNDES, destined to the Personal computer, Small and Averages in the period of 2001 at 2005 o'clock. When analyzing the payment profile, he/she gave us a positive expectation before the data, once, there was a growth in the payment volume for that segment in the period of 2001 at 2005. The variation of the payments for that segment was of 81,8%, with a growth rate of 16,1% a year. The growth of payments for that segment was larger in relation to the great companies, and the averages companies are the ones that more they stood out of the other segments in that period. Key Words: BNDES; Micro, small and middle-sized enterprises; Productive sections 1. INTRODUÇÃO Historicamente, sempre esteve em pauta sobre os obstáculos das MPMEs – Micro, Pequenas e Médias Empresas, na obtenção dos financiamentos. Contudo, devido à crescente participação destas empresas na geração de emprego e renda, bem como nas atividades de exportação, vem crescendo o interesse e o desempenho de políticas públicas em incluí-las no que se refere às condições de financiamento. Segundo LA ROVERE (1999), esse segmento vem sendo há muito tempo alvo de atenção de analistas econômicos devido a seu potencial de geração de renda e de emprego. No pós-fordismo, esta atenção se intensifica à medida em que os atributos de flexibilidade e rapidez de adaptação às demandas do mercado características de muitas MPMEs são valorizadas. No Brasil, existem diversas linhas de financiamento especiais para esse segmento. O BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, por exemplo, é uma instituição de fomento ao desenvolvimento sócio-econômico e tem como uma de suas ações prioritárias apoiar as micro, pequenas e médias empresas de todo o país, tendo em vista o seu papel na criação de empregos e geração de renda. Ainda que esteja crescendo os recursos liberados para as MPMEs e que haja uma meta do BNDES em promover uma política de desenvolvimento atuando sobre as MPMEs, a proporção de recursos destinados a esse segmento é muito menos do desejável. A simples exigência de estar em dia com as obrigações fiscais para obter crédito restringe a maioria das MPMEs no acesso aos recursos propostos. Segundo MORAIS (2005), as análises e os debates sobre crédito bancário no Brasil, ainda apontam diversas disfuncionalidades do sistema de intermediação financeira, caracterizado por aplicar baixos volumes de recursos nas atividades produtivas e praticar altos spreads nos empréstimos. Há um reconhecimento generalizado de que o crédito não atende às necessidades de investimentos e de capital de giro das empresas, especialmente dos segmentos de pequeno porte, em razão das altas taxas de juros, prazos curtos nos empréstimos e exigências de garantias difíceis de serem atendidas. Sabendo da importância de facilitar a obtenção de recurso para o financiamento, contribuindo na geração de inovações e de empregos, além da atividade exportadora, julgou-se necessário pesquisar como estão sendo distribuídos esses recursos nos últimos anos, especificamente no que se refere aos desembolsos do BNDES. Para isto, buscou-se por dados secundários, de instituições como BNDES, SEBRAE – Serviços de Apoio das Micro e Pequenas Empresas e IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Além Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 2 XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" dessas fontes, utilizou-se também outros autores como referência bibliográfica, contribuindo assim para a análise dos dados. Assim, este trabalho tem como objetivo traçar o perfil dos desembolsos do BNDES, destinados às MPMEs no período de 2001 à 2005. Especificamente analisou a distribuição dos desembolsos por porte, por setor e por região (este foi analisado apenas em 2004 e 2005), analisando também as linhas que repassaram os desembolsos no ano de 2004 e 2005. O presente trabalho está estruturado em seis seções, incluindo esta introdução. Na segunda seção trata-se da importância das MPMEs. A terceira seção faz uma breve apresentação da importância do financimento para o Setor Agropecuário. A quarta aborda o papel do BNDES como fomento da atividade economica do país. A quinta seção apresenta o perfil de desembolsos do BNDES às MPMEs. Por último, é apresentada a conclusão deste trabalho. 2. IMPORTÂNCIA DAS MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS As PMEs são no Brasil em número disparadamente maior que as empresas de grande porte. Daí sua importância para a economia do país. As empresas de grande porte empregam em massa, mas não são tantas quanto às pequenas. No contexto mundial, as PMEs sempre ocuparam seu lugar de grande importância na economia, foram elas as responsáveis pela alavancagem econômica do país. Como exemplo, podemos citar os Estados Unidos, França, Itália, entre outros. Em Portugal, as PME’s representam 99,5% do tecido empresarial, geram 74,7% dos empregos e realizam 59,8% do volume de negócios nacional, (IBGE, 2006). Segundo dados do RAIS as MPE – Micro e Pequenas Empresas representaram, em 2002, 99,2% do total de estabelecimentos, responsáveis por 52,8% dos empregos, verificando que entre 2002 e 2003 houve um crescimento no emprego nas micro e pequenas empresas (3,0% e 3,3%) em relação ao aumento do emprego nas médias e grandes empresas, 1,6% e 2,9%, respectivamente. A figura abaixo ilustra bem esses dados: Figura 1: Variação Percentual do Número de Trabalhadores 2003/2002 3,5 3,0 3,3 2,9 3,0 2,5 2,0 Micro 1,6 1,5 1,0 Pequena Média Grande 0,5 0,0 Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do RAIS Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 3 XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" Segundo dados do SEBRAE (2005) houve uma expressiva ampliação das micro e pequenas empresas nas exportações, entre 1998 e 2003, do número de micro e pequenas empresas que apareceram nos registros em todos os anos desde que se iniciaram na atividade. O número de micro empresas com exportação continuada aumentou de 381, em 1998, para 1.303, em 2003, revelando um nítido aprofundamento da cultura exportadora. Também ocorreu forte ampliação do número de pequenas empresas, aumentando de 1.410, em 1998, para 2.899, em 2003, revelando maior persistência exportadora. O número de microempresas industriais exportadoras em 2003 foi de 2.627, com valor exportado de US$ 132,4 milhões, e participação de 0,2% nas exportações totais das empresas industriais. Os principais setores de atividade das microempresas na exportação são: fabricação de máquinas e equipamentos, produtos de madeira, mobiliário, couros e calçados e vestuário. No segmento das pequenas empresas, o número de exportação foi de 4.375 em 2003, alcançando valor exportado de US$ 1.382,8 milhões, representando participação de 2,2% nas exportações totais das empresas industriais. Os principais setores de atividade na exportação são: fabricação de produtos de madeira, máquinas e equipamentos, mobiliário, produtos químicos e couros e calçados (SEBRAE, 2005). Figura 2: Participação no Valor das Exportações, por Porte de Empresa - 2003 (%) 15,4 2,2 0,2 Micro Pequena 3,6 Média MPE especial Grande 78,6 Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do SEBRAE Uma importante contribuição das micro e pequenas empresas no crescimento e desenvolvimento do País é a de servirem de “colchão” amortecedor do desemprego. Constituem uma alternativa de ocupação para uma pequena parcela da população que tem condição de desenvolver seu próprio negócio, e em uma alternativa de emprego formal ou informal, para uma grande parcela da força de trabalho excedente, em geral com pouca qualificação, que não encontra emprego nas empresas de maior porte (IBGE 2001). Contudo, o relatório SEBRAE (1999), constatou que os principais fatores limitantes à sobrevivência das micro e pequenas empresas eram a restrição de crédito e de capital humano. Essas restrições acentuavam-se nas empresas do estrato de até 5 pessoas ocupadas, que apresentavam taxas sempre mais elevadas que a das empresas dos demais estratos. Em relatório realizado pelo BNDES, NAJBERG et. al, 2000, analisam a dinâmica de criação e fechamento das firmas existentes no Brasil (NAJBERG et. al, 2000). Nele 4 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" também foram constatados os mesmos fatores limitantes à sobrevivência das micro e pequenas empresas: a dificuldade de crédito, a falta de suporte técnico, de gerenciamento adequado e de capital humano. Para finalizar, o IBGE (2003) descreve características relevantes das micro e pequenas empresas como: - baixa intensidade de capital; - altas taxas de natalidade e de mortalidade: demografia elevada; - forte presença de proprietários, sócios e membros da família como mão-de-obra ocupada nos negócios; - poder decisório centralizado; - estreito vínculo entre os proprietários e as empresas, não se distinguindo, principalmente em termos contábeis e financeiros, pessoa física e jurídica; - registros contábeis pouco adequados; - contratação direta de mão-de-obra; - utilização de mão-de-obra não qualificada ou semi-qualificada; - baixo investimento em inovação tecnológica; - maior dificuldade de acesso ao financiamento de capital de giro e; - relação de complementaridade e subordinação com as empresas de grande porte. 3. A IMPORTÂNCIA DO FINANCIAMENTO PARA O SETOR AGROPECUÁRIO Os avanços da ciência e tecnologia, como as profundas transformações que se estão produzindo em toda a sociedade, em escala universal, obrigam à renovação contínua de processos tecnológicos para manter a competitividade. Novos e complexos modelos interativos de inovação e paradigmas tecnológicos aparecem, tornando indispensável um estreito relacionamento entre pesquisadores, tecnólogos, produtores, fornecedores, comercializadores, usuários e financiadores, entre outros (SHANCES & PAULA, 2001). A modernização requer investimentos, capital, e nem todos os agricultores consegem acesso aos créditos oferecidos pelas instituições. Assim, ocorre então um duplo fenômeno: de um lado, os grandes proprietários se tornam empresários da própria produção. E do outro, a maioria dos pequenos produtores que não conseguem acompanhar a modernização, abandonam o campo, fenômeno conhecido como êxodo rural, e os que permanecem, tentam conciliar a exploração de sua produção com um trabalho complementar ou vendem sua força de trabalho para os grandes produtores. De acordo com a CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTUTA E PECUÁRIA DO BRASIL - CNA 2006, o crédito rural, disponibilizado no volume e prazo adequados ao financiamento das lavouras, se constitui em um importante insumo da agropecuária. A escassez de recursos para o crédito rural, somada ao elevado risco natural da atividade, torna os financiadores criteriosos na sua análise e liberação, dificultando o acesso aos produtores rurais. Na falta ou insuficiência de crédito, os produtores são obrigados a buscar fontes alternativas de financiamento, praticadas a juros de mercado, incompatíveis com a rentabilidade da atividade agrícola. Para tanto, a CNA apresenta as seguintes recomendações: • aumentar a oferta de recursos com taxas de juros equalizadas para o crédito rural, nas modalidades de investimento, custeio e comercialização. • Priorizar a concessão de financiamentos rurais pelos bancos cooperativos. • implantar sistema de crédito rotativo, com o objetivo de desburocratizar o acesso ao crédito. Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 5 XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" • reduzir a burocracia e fazer cumprir a proibição da venda casada de serviços bancários nas concessões de financiamentos. 4. O PAPEL DO BNDES O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, exautarquia federal criada pela Lei nº 1.628, de 20 de junho de 1952, foi enquadrado como uma empresa pública federal, com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio, pela Lei nº 5.662, de 21 de junho de 1971. O BNDES é um órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e tem como objetivo apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país, visando a melhoria da competitividade da economia brasileira e a elevação da qualidade de vida da sua população (MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA, 2006). Segundo PINHEIRIO (2005), o BNDES atua como instituição especializada no fomento da atividade economica do pais, contribui com investimentos prioritários, para o desenvolvimento setorial ou regional, através cirtérios seletivos próprios. Desde a sua fundação, vem financiando os grandes empreendimentos industriais e de infra-estrutura tendo marcante posição no apoio aos investimentos na agricultura, no comércio e serviço e nas micro, pequenas e médias empresas, e aos investimentos sociais, direcionados para a educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e ambiental e transporte coletivo de massa. Contribui, também, para o fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas e desenvolvimento do mercado de capitais. O BNDES conta com duas subsidiárias integrais, a FINAME (Agência Especial de Financiamento Industrial) e a BNDESPAR (BNDES Participações), criadas com o objetivo, respectivamente, de financiar a comercialização de máquinas e equipamentos e de possibilitar a subscrição de valores mobiliários no mercado de capitais brasileiro. As três empresas, juntas, compreendem o chamado "Sistema BNDES" (GALVÃO 2006). FORTUNA (1999), cita alguns dos objetivos do BNDES, dentre os quais podemos destacar: • o de impulsionar do desenvolvimento econômico, visando estimular o processo de expansão da economia nacional a fim de obter um crescimento continuado do PIB; • o fortalecimento do setor empresarial que estimula e propicia a formação da grande empresa nacional e apoia as atividades das pequenas e médias empresas. • a atenuação de desequilibrios regionais, estimulando a formação de novos polos de produção (de significativa importância para o desenvolvimento regional da Amazônia, do Nordeste e do Centro-Oeste), assegurando tratamento proritário às iniciativas localizadas nessas regiões; • a promoção do desenvolvimento integrado, com maior inter-relacionamento e integração das atividades agrícolas, indústriais e de serviços; • o crescimento e diversificação das exportações, considerando prioritárias as iniciativas capazes de contribuir significativamente para esse crescimento; • o fortalecimento do sistema nacional de bancos de desenvolvimento, procurando, como órgão líder do conjunto formado pelos bancos estaduais de desenvolvimento; • o aprefeiçoamento e fortalecimento de todas essas entidades, assim como certa padronização nos métodos de atuação e integração com os procesos, políticas e propagandas do BNDES, de maneira a caracterizar perfeitamente o funcionamento de um verdadeiro sistema nacional sob sua liderança. Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 6 XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" Segundo o BNDES (2006) podem obter financiamento, pessoas físicas, em casos específicos; pessoas jurídicas (empresas privadas nacionais e empresas estrangeiras, instaladas, com sede e administração no Brasil) e; administração pública direta e indireta, em nível Federal, Estadual ou Municipal, e ainda as demais entidades que contribuam para os objetivos do BNDES. Na execução de seus programas, o BNDES pratica as seguinte modalidades operacionais (FORTUNA, 1999): • Financiamento (direto ou através de agentes): o BNDES atua diretamente no financiamento dos grandes projetos e basicamente através de agentes nas operações de pequenas e médias empresas; • Prestação de garantia (aval e fiança); • Participação societária; • Underwriting; • Prestação de garantia a vencedores de concorrência de âmbito internacional. O BNDES (2006), descata que dentre o grande leque de seu objetivos o apoio às micro, pequenas e médias empresas é de extrema importância, tendo em vista o seu papel na criação de empregos e geração de renda para o país. O financiamento para MPMEs pode ser utilizado para (BNDES, 2006): – construir, ampliar ou reformar/modernizar uma loja, galpão, armazém, fábrica, depósito, escritório, etc; – adquirir máquinas ou equipamentos, inclusive implementos agrícolas novos, desde que fabricados no Brasil; – produzir bens e serviços para exportação; – realizar benfeitorias em sua propriedade rural; – adquirir caminhão e; – adquirir bens de produção. 5. O PERFIL DE DESEMBOLSOS DO BNDES ÀS MPMES - MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS Para traçar o perfil dos desembolsos às MPMEs, foi utilizado dados dos Relatórios Anuais BNDES, Informe-se BNDES, além das informações contidas no site. No desnvolvimento da análise, buscou também por dados do SEBRAE, além de outros autores que contribuíram para uma sustentação na análise dos dados. Os desembolsos dos recursos são financiados por meio de instituições financeiras credenciadas pelo BNDES que são responsáveis pela análise e aprovação do crédito e das garantias oferecidas. A participação proporcional das MPMEs no volume de desembolso distribuído ao ano pelo BNDES ainda é muito pequena em relação às grande empresas. Contudo, no período analisado, o crescimento de desembolsos para as MPMEs foi maior em relação às grandes empresas. A variação dos desembolsos para esse segmento foi de 81,8%, com uma taxa de crescimento de 16,1%, conforme os dados da tabela 2. Tabela 1: Desembolsos por Porte em R$ milhões Porte/Período Micro e Pequena Empresa Média Empresa 2001 2002 2003 2004 4.223 5.970 7.410 9.585 1.562 2.367 2.613 2.993 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 2005 7.894 3.768 7 XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" Total de MPME 5.785 8.337 % do Total 30 22 Grande Empresa 19.431 29.082 Total 25.216 37.419 Fonte: Elaboração Própria a partir dos dados do BNDES Obs.: Micro/Pequena inclui Pessoa Física. 10.023 30 23.510 33.533 12.578 32 27.256 39.834 11.662 25 35.318 46.980 As médias empresas são as que mais se destacaram dos demais segmentos nesse período. O desembolso observado em 2005 foi 141% maior que o registrado em 2001, o que equivale a uma taxa de crescimento de 24,6% ao ano. Assim esse setor é o que mais contribuiu para o crescimento dos desembolsos totais liberados pelo BNDES, ficando em segundo lugar às micro e pequenas empresas, com um crescimento de 86,9% no período analisado. A tabela mostra a evolução dos desembolsos do BNDES para as micro, pequenas e médias empresas entre 2001 a 2005. Tabela 2: Variação de desembolsos entre 2004 e 2005 Porte/Período Variação total Micro e Pequena Empresa 86,9 Média Empresa 141,2 Grande Empresa 81,8 Total 40,1 Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do BNDES Variação anual 16,9 24,6 16,1 8,8 Percebe-se que em um mesmo ano, os gastos com as micro e pequenas empresas, é maior em relação às médias empresas. Entre outros fatores, esses dados podem ser em função do maior número de empresas desses dois segmentos em relação às médias empresas. Segundo dados do RAIS (2006), as micro e pequenas empresas representaram respectivamente em 2003, 94,7% e 4,5%, enquanto que a empresa de porte médio representa apenas 0,5 % do total de estabelecimentos desse ano.A figura a seguir ilustra bem essas diferenças significativas: Figura 3: Distribuição percentual do número de empresas por porte no Brasil em 2003 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 8 XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" 4,5 0,5 0,3 Micro Pequena Média Grande 94,7 Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do SEBRAE Não se pode fazer essa mesma relação de desembolso e número de empresas por porte para as grandes empresas, pois mesmo representando apenas 0,3% do total de empresas existentes no Brasil, é o setor que proporcionalmente mais obteve desembolso no ano. Em 2005, os desembolsos atingiram R$ 46.980 bilhões. De acordo com o BNDES (2006), foi um volume de recursos recorde destinado ao financiamento de projetos para o desenvolvimento econômico e social do País, contribuindo para a geração de renda e emprego. O valor liberado em 2005 foi 17% superior aos R$ 39.834 milhões de 2004. E só não foi maior devido à retração no setor da agropecuária, que sofreu problemas com a seca e com a valorização cambial. De acordo com os dados, percebe-se que a participação das MPME nos desembolsos totais do BNDES é ainda pequena e que se deve tomar medidas para uma mudança nesse quadro. Contudo, segundo informações retiradas do boletim de desembolso de 2005 do BNDES, em 2005, este ano ampliou medidas de apoio a micro, pequenas e médias empresas (MPME). Entre elas, o Banco passou a financiar capital de giro associado à aquisição isolada de máquinas e equipamentos nacionais em operações realizadas pelas MPMEs. Além disso, aumentou a participação do capital de giro vinculado a projetos de investimentos destas empresas. Criou também programas específicos de maior acesso ao crédito, como o novo Programa de Microcrédito; o Proinco (Programa de Investimentos Coletivos Produtivos) para apoiar investimentos que beneficiem trabalhadores, produtores e pequenas empresas nacionais com atuação coletiva; e o Programa de Participação de Fundos de Capital de Risco para a capitalização de pequenas e médias empresas. A tabela 3 apresenta a classificação setorial nos desembolsos do BNDES de 2001 a 2005. Em 2001, o BNDES liberou 23% dos desembolsos para as MPMEs. De acordo com os dados da tabela 2, o maior volume de desembolsos neste ano destinou-se ao setor agropecuário, com R$ 2.551 milhões, o que representa 44,1% do total de desembolso no ano. Seguiram-se os setores de infra-estrutura, com R$ 1.207 milhões; indústria, com R$ 1.239 milhões e; comércio e serviços, com R$ 788 milhões. Tabela 3: Desembolsos por Setores das MPME em R$ milhões Setor / Período Agropecuária Indústria Infra-Estrutura 2001 2002 2003 2004 2005 % Total 45,9 46,3 326,4 2.551 3.885 4.288 6.634 3.723 1.207 1.309 1.573 1.375 1.766 1.239 2.113 2.667 3.762 5.283 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural % Anual 9,9 10,0 43,7 9 XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" Comércio e Serviço* 788 1.029 1.496 807 Total 5.785 8337 10.023 12.578 Fonte: Elaboração Própria a partir dos dados do BNDES * Inclui Educação e Saúde 890 11.662 12,9 101,6 3,1 19,2 A participação percentual de cada setor no total de desembolso anual para os demais anos segue essa mesma ordem, com exceção do ano de 2005. Para este ano, o maior volume de desembolsos foi para o setor de infra-estrutura, seguindo agropecuária; indústria e; por último o setor de comércio e serviço, conforme os dados da tabela abaixo. Tabela 4: Participação Percentual anual dos Setores Setor / Período 2001 2002 Agropecuária 44,1 46,6 Indústria 20,9 15,7 Infra-Estrutura 21,4 25,3 Comércio e Serviço* 13,6 12,3 Total 100,0 100,0 Fonte: Elaboração Própria a partir dos dados do BNDES 2003 42,8 15,7 26,6 14,9 100,0 2004 52,7 10,9 29,9 6,4 100,0 2005 31,9 15,1 45,3 7,6 100,0 O setor de infra-estrutura é o que mais se destacou dentre os setores nesse período. Esses dados podem ser comprovados também pelo crescimento do volume de desembolso para o setor no período de 2001 a 2005. O desembolso observado em 2005 foi 326,4% maior que o registrado em 2001, o que equivale a uma taxa de crescimento de 43,75 ao ano. De acordo com dados históricos, o setor de infra-estrutura é responsável pela maior parte dos desembolsos do BNDES, mais o seu peso percentual em relação ao desembolso total de cada ano, cresceu consideravelmente. O BNDES continua sendo a principal fonte de recursos para crédito de longo prazo para as empresas, principalmente para a indústria e o setor de infra-estrutura. Isso pode ser observado através dos dados da tabela onde mostra que após o setor de infra-estrutura segue o setor da indústria, o qual teve um crescimento de 46,3% no período analisado. Entretanto, segundo a ABBIB – Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base considera que o volume anual de investimento necessário para o Brasil, nos setores de energia elétrica, petróleo e gás, transportes e logística, saneamento básico e telecomunicações, corresponde a US$ 26,8 bilhões ao ano. No entanto, a projeção feita por ela em 2005 mostra que o volume total de investimentos realizados nos mesmos setores foram de apenas US$ 14,8 bilhões ao longo do ano. Contudo, para aumentar o volume de investimentos, o BNDES aprovou em 2006 novas regras que permitirão ao Banco passar a operar com um novo projeto “project finance”, modalidade de financiamento que concede crédito a um projeto específico e não a uma determinada empresa. O objetivo dessa iniciativa é promover a expansão da participação do setor privado em projetos de infra-estrutura, atendendo à crescente demanda por investimentos, sobretudo em energia elétrica e em rodovias. Sem esse projeto, o setor privado acaba investindo menos em segmentos intensivos de capital em função dos riscos que envolvem grandes projetos. Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 10 XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" O crescimento do desembolso para o setor agropecuário também foi significativo no período analisado. Pelos dados da tabela, percebe-se que só não foi maior, porque no ano de 2005, o seu peso proporcional no desembolso total desse ano caiu consideravelmente, em relação a sua contribuição no total dos outros anos. Essa queda pode ter sido influenciada pela crise no setor agrícola, que reduziu substancialmente o ânimo de produtores rurais para investimentos. Essa crise foi devido a seca no Sul do país, ocasionando quedas na produção, preços, além queda do dólar. Segundo a FAEP – Federação de Agricultura do Estado do Paraná, o crédito oficial foi insuficiente para financiar a totalidade dos custos de produção pelas limitações impostas a cada produtor em face do reduzido montante ofertado, os agricultores foram obrigados a recorrer a financiamentos a taxas de juros de mercado junto aos bancos ou aos fornecedores de insumos que são incompatíveis com a atividade. Conforme os dados da tabela, a participação do desembolso para o setor de comércio e serviço é pouco expressiva na contribuição do desembolso total anual. Contudo, sabemos que a grande demanda por financiamento é do setor industrial, uma vez que, investe mais em pesquisa e tecnologia diante do mercado competitivo, justificando a discrepância de dados entre eles. Porém, a partir de 2004, o desembolso para o setor de comércio e serviço, teve uma queda significativa na participação percentual do desembolso total anual. A distribuição regional do desembolso do BNDES às MPMEs foi analisada para o ano de 2004 e 2005, conforme a tabela abaixo. As três regiões menos desenvolvidas do país – Nordeste, Centro-Oeste e Norte, são as menos contribuíram proporcionalmente a cada ano para os desembolsos totais destinados liberados pelo BNDES. Contudo, a região norte foi a que mais se destacou dentre as regiões nesse período. Esses dados podem ser comprovados pelo crescimento dos desembolsos para essa região no período de 2004 a 2005. O desembolso observado em 2005 para a região norte foi 24,4% maior que o registrado em 2004. Já o desembolso para região nordeste que possui um peso maior no total de desembolso anual, tanto para o ano de 2004, como em 2005, cresceu pouco. Conforme os dados da tabela, um outro destaque é para a região centro-oeste. O desembolso observado em 2005 foi de 42% menor que o registrado em 2004. Em seguida, a região sul também apresentou uma variação negativa de 16%. Assim ambas as regiões foram responsáveis pela queda do desembolso total entre o período analisado. Tabela 5: Distribuição e Evolução de Desembolsos Por Região 2004 2005 R$ milhões % R$ milhões % Norte 389 3,1 484 4,2 Nordeste 922 7,3 997 8,5 Sudeste 3.781 30,1 4.690 40,2 Sul 4.626 36,8 3.851 33,0 Centro-Oeste 2.859 22,7 1.640 14,1 Total 12.578 100,0 11.662 100,0 Fonte: Elaboração própria utilizando dados do BNDES Região / Porte Variação % 24,4 8,1 24,0 -16,0 -42,0 -7,0 O perfil dos dados analisados anteriormente, reflete diretamente nas linhas de financiamento destinadas às MPMEs. A primeira constatação pode ser verificada pelo Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 11 XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" FINAME Agrícola, e BNDES/ Programas Agrícolas que apresentaram uma queda de 54% e 1,8%, respectivamente no ano de 2005. Conforme já mencionado, essa queda pode ter sido gerada em função da crise do setor agrícola. Contudo, mesmo diante de uma variação negativa, ambas as linhas possuem um peso representativo no total anual das linhas que repassam os desembolsos. Em 2005, a FINAME Agrícola representou 17,84% e o BNDES/ Programas Agrícolas teve um peso de 15,55% no total de desembolso deste ano. Tabela 6: Distribuição de Desembolsos Entre as Linhas de Financiamento Linhas de Financiamento 2004 R$ % milhões 802 6,38 BNDES – Automático Apoio ao Investimento BNDES – Automático 1.847 14,68 Programas Agrícolas FINAME 4.318 34,33 FINAME Leasing 183 1,45 FINAME Agrícola 4.518 35,92 FINEM 604 4,80 BNDES – Apoio a 249 1,98 Exportação Mercado de Capitais 25 0,20 Cartão BNDES 12 0,10 Aplicação Não Reembolsável 21 0,17 Total 12.579 100,00 Fonte: Elaboração própria utilizando dados do BNDES 2005 R$ % milhões 1.124 9,64 Variação % 40,1 1.813 15,55 -1,8 5.606 303 2.080 442 75 48,08 2,60 17,84 3,79 0,64 29,8 65,6 -54,0 -26,8 -69,9 117 72 28 11.662 1,00 0,62 0,24 100,00 368 500 33,3 -7,3 A linha FINAME é a que possui um maior peso percentual de repasse no desembolso total. Nos anos de 2004 e 2005, representou respectivamente 34,33% e 48,08% do total anual. Segundo o BNDES (2006), essa linha desenvolveu e aperfeiçoou ao longo do tempo, com objetivo de permitir as empresas de menor porte ter acesso ao financiamento de longo prazo para aquisição ou leasing de máquinas e/ou equipamentos de fabricação nacional e outros investimentos fixos através das instituições financeiras credenciadas. Essa linha vem atendendo às expectativas da MPMESs, em particular a sociedades arrendadoras, o FINAME Leasing que é destinado a essas sociedades, teve um crescimento de repasse de desembolso em 65,6% maior que o ano de 2004. O Cartão BNDES foi o que mais se destacou no período analisado. Em 2005 obteve um crescimento de 500% maior que o registrado em 2004. Esta linha de financiamento é a mais utilizada pelas MPMEs, por ser um financiamento de curto prazo. Porém, financia um valor de até cem mil reais. A procura pelo Mercado de Capitais também aumentou consideravelmente, com um crescimento de 368% de repasse para financiamento de capital de giro e/ou capital físico por meio do mercado de capitais para suprir suas necessidades de investimento. De acordo com o BNDES (2006), o crescimento das empresas se dá através do aporte de capital dos acionistas, da reinversão de lucros e de operações de crédito. Ele Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 12 XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" acrescenta ainda que no estágio atual da economia brasileira é fundamental o fortalecimento e o aumento do número de empresas com papéis negociados no mercado de capitais, importante instrumento de canalização da poupança interna e externa. 6.CONCLUSÃO Vimos ao longo desse artigo que apesar de existir uma preocupação voltada para as MPMEs, no sentido de estimular a geração de emprego e aumentar a exportação, ainda está muito restrito o acesso ao financiamento para que esse segmento possa investir, seja em máquinas e equipamento, capital de giro, entre outros. Contudo, ao analisar o perfil de desembolso do BNDES às MPMMEs, nos deu uma expectativa positiva diante dos dados, uma vez que, houve um crescimento no volume de desembolso para esse segmento no período de 2001 à 2005. A variação dos desembolsos para esse segmento foi de 81,8%, com uma taxa de crescimento de 16,1% ao ano. O crescimento de desembolsos para as MPMEs foi maior em relação às grandes empresas, sendo que as médias empresas são as que mais se destacaram dos demais segmentos nesse período. O desembolso observado em 2005 foi 141% maior que o registrado em 2001, o que equivale a uma taxa de crescimento de 24,6 ao ano. Foi possível perceber como que os fatores macroeconômicos influenciam no acesso aos financiamentos. Devido à crise da safra 2004/2005, caiu a participação desse setor no total de desembolso no ano de 2005. O crescimento do desembolso para o setor de infraestrutura foi significante. As regiões com maiores problemas de desenvolvimento são aquelas que tiveram menos acesso aos financiamentos do BNDES. Assim, espera-se que as constatações analisadas possam ser úteis aos programas de financiamento destinados à MPMEs, além de contribuir para um maior envolvimento das políticas públicas voltadas para esse segmento de empresas. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INFRA-ESTRUTU E INDÚSTRIA – ABBIB (www.inda.org.br/download/2005_04_siderurgia_inda.pdf) BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL – BNDES. Banco de dados. (http://www.bndes.gov.br). [25/03/2006]. CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL – CNA. Agenda Propositiva da Agropecuária / Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Brasília: CNA, 2006. FERDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DO PARANÁ – FAEP. A Crise da Agropecuária. (www.faep.com.br/publicacoes/ divida_agricola/versao_maio.doc) FORTUNA, E. Mercado Financeiro. 12 ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. As micro e pequenas empresas comerciais e de serviço no Brasil 2001. 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