XII ERIC – (ISSN 1808-6004) Eixo Temático – Administração e Relações Humanas – sala nº 37 (ARTIGO) XII ERIC – (ISSN 1808-6004) A SATISFAÇÃO DOS CLIENTES EM RELAÇÃO À QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS - ESTUDO DE CASO REALIZADO NA CRISTUR TRANSPORTES E TURISMO Cristiane Dias De Oliveira Trombini (FAFIMAN) [email protected] Franciane Cristina Fonseca Honorato (FAFIMAN) [email protected] Rosa Mara Gregorio (FAFIMAN) [email protected] RESUMO Este artigo tem como objetivo ressaltar a importância da qualidade dos serviços prestados aos clientes pela empresa, garantindo a maior satisfação dos mesmos. A competitividade é percebida nos diversos setores da economia, isso faz com que as organizações busquem inovações no que diz respeito à Qualidade dos serviços prestados pelas Empresas, e consequentemente a satisfação do cliente. Para conquistar este pedestal, é de suma importância que as Empresas conheçam cada vez mais seus consumidores e suas necessidades. Visando o objetivo principal que é a Qualidade do serviço prestado e a satisfação dos clientes da empresa Cristur. De acordo com dados do Sebrae (2016), o ramo de transportes e Turismo é considerado a maior empregador mundial na atualidade. Consiste numa atividade extremamente estratégica, pois as procuras destes serviços são cada vez mais frequentes. O tema é relevante, considerando-se que é através dos clientes que as organizações obtêm êxito nas relações comerciais, e, portanto, a satisfação deste, deve ser uma constância nos alvos desejados de crescimento e de manutenção no mercado. Para a concretização desta pesquisa foi abordado os pontos fracos no atendimento ao cliente e a qualidade dos serviços. Palavras-chave: Satisfação, Satisfação dos clientes, Qualidades dos serviços. 1 INTRODUÇÃO O artigo em questão tem como foco principal a qualidade dos serviços prestados e a satisfação dos clientes. Tendo em vista que a competitividade é percebida nos diversos setores da economia, isso faz com que as organizações busquem inovações no que diz respeito à Qualidade dos serviços prestados pelas Empresas, e consequentemente a satisfação do cliente. Para conquistar este pedestal, é de suma importância que as Empresas conheçam cada vez mais seus consumidores e suas necessidades. Visando o objetivo principal que é a Qualidade do serviço prestado. Para a concretização desta pesquisa deve se abordar a descrição dos pontos fracos referente a qualidade do serviço prestado, mediante a esse apontamento trabalha-se detectando as oportunidades de melhoria para elevar a empresa a um nível de competitividade excelência. 1.1 IMPORTÂNCIA E RELEVÂNCIA DO TEMA De acordo com Sebrae (2016), a empresa de transportes e Turismo é considerada a maior empregadora mundial na atualidade. Consiste numa atividade extremamente estratégica, pois as procuras destes serviços são cada vez mais frequentes, pois é uma maneira mais segura e confortável de realizar uma viagem com segurança e qualidade. De acordo com Chiavenato (1999) "Qualidade é a capacidade de atender, durante todo tempo, ás necessidades dos clientes". O grande desafio é manter e otimizar a confiabilidade do serviço prestado. Mediante isto a oferta realizada pela empresa deve ser atrativa, diferenciada e segura, durante a negociação com o Cliente, pois é de sua importância promover ao Cliente a honestidade e clareza ao oferecer os serviços prestados. O tema é relevante, considerando-se que é através dos clientes que as organizações obtêm êxito nas relações comerciais, e, portanto a satisfação deste, deve ser uma constância nos alvos desejados de crescimento e de manutenção no mercado. 1.2 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA Segundo Kotler e Keller (2006, p.366) "muitas pessoas acham que um produto é uma oferta tangível, mas ele pode ser muito mais do que isso”. Um produto é tudo que possa ser oferecido a um mercado para satisfazer uma necessidade ou um desejo. Justifica se a escolha do referido tema com o objetivo de verificar a satisfação dos clientes da Empresa Cristur. Pois, essa satisfação proporcionará à empresa, a fidelização dos seus clientes. 1.3 PROBLEMÁTICA Os clientes da Empresa Cristur estão satisfeitos com a qualidade dos serviços prestados? 1.4 OBJETIVOS 1.4.1 Objetivo Geral Verificar a Satisfação dos clientes referente a qualidade dos serviços prestados pela Empresa Cristur. 1.4.2 Objetivos Específicos Apresentar referencial bibliográfico sobre o conteúdo abordado sob a ótica dos principais autores. Apresentar a estrutura Física da Empresa Cristur. Identificar o perfil dos clientes que utilizam os serviços disponibilizados pela Empresa Cristur. Mensurar a satisfação dos clientes da empresa Cristur. Avaliar a qualidade do serviço prestado, sob o ponto de vista do cliente. Identificar as deficiências ou pontos fracos no atendimento ao cliente. 1.4 HIPÓTESES H1: A Qualidade do Serviço influencia a satisfação do cliente. H2: A dimensão do Ambiente Social da Empresa entendida como forma de convívio e relacionamentos de amizade afeta a satisfação dos clientes. H3: A satisfação dos clientes maximiza a utilização dos serviços prestados. H4: A superação da satisfação das expectativas dos clientes influencia a lealdade e a fidelização dos clientes. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Figura 1: Mapeamento da Fundamentação Teórica Administração Marketing Serviços Clientes Marketing de Serviços Gestão Qualidade Gestão da Qualidade Marketing de serviços aplicado aos clientes Atendimento ao cliente Satisfação do cliente Fidelização do cliente Marketing de serviços aplicado aos clientes no setor de turismo Fonte: As autoras (2016) A figura acima demonstra os conteúdos abordados no decorrer do desenvolvimento do embasamento teórico. A abordagem inicia com a definição de marketing, que inicia com gestão e a qualidade assim a definição para a gestão da qualidade. Abordará marketing, produto, preço, praça, promoção, serviços e marketing de serviços. Definirá marketing de serviços aplicado aos clientes no setor de turismo. Definirá também clientes, atendimento ao cliente, satisfação ao cliente e por fim fidelização ao clientes. 2.1 ADMINISTRAÇÃO Conforme Maximiano (2012) a Administração é importante em qualquer escala de utilização de recursos para realizar objetivos, seja individual, familiar, grupal, organizacional ou social. O processo administrativo é importante em qualquer contexto, no entanto o seu maior impacto é no desempenho das organizações. As organizações são de suma importância na sociedade e na vida das pessoas. Organizações bem administradas são importantes, pois exercem influência sobre a qualidade de vida da sociedade e administradores competentes são recursos sociais importantes. 2.2 GESTÃO Conforme Blauth e Blauth (2012) a moderna gestão consiste em um trabalho competente de planejamento, execução e manutenção. As empresas podem produzir com melhor ou pior qualidade, ser rentáveis ou não e ter sua vida prolongada ou abreviada. Modelo de gestão é um conjunto de práticas de gestão aplicável a todas as áreas das instituições, visando a excelência nos resultados, aumentando, por consequência, sua competividade. Estes autores também mencionam que prática de gestão é uma atividade executada regularmente com a finalidade de gerir uma organização, de acordo com os padrões de trabalho. 2.3 QUALIDADE De acordo com Martinelli (2012) a qualidade é um tema que está a muito tempo presente na história da humanidade, e para a sua melhor compreensão se faz necessário sua visualização ao longo da história. Ao se comparar os conceitos de qualidade de artesãos de séculos passados com os de metalúrgicos da indústria moderna, com certeza teremos respostas distintas. Os critérios de qualidade adotados pelos artesãos variavam de cliente para cliente, e suas especificações eram determinadas pelos próprios artesãos ou pela pequena equipe de colaboradores, quando existia. O procedimento de controle e inspeção de qualidade do produto era feito de forma natural, sendo neste período, o foco do controle da qualidade estava no produto e não no processo. 2.4 GESTÃO DA QUALIDADE De acordo com Jacobsen e Moretto Neto (2012) várias organizações divulgam a expressão qualidade total como forma de demonstrar a sua competência e abrir portas para novas oportunidades. Gestão da Qualidade diz respeito a uma abordagem caracteristicamente integrativa, que busca a satisfação dos consumidores pelo uso de ferramentas e técnicas destinadas a atingir alta qualidade em bens e serviços. 2.5 MARKETING Conforme Gonçalez (2012) a origem das atividades entendidas como marketing, da forma que conhecemos, surgiu na época da Revolução Industrial, com as necessidades básicas dos fabricantes de assegurar os meios para a produção de bens e artigos mais padronizados, mesmo que com qualidade muito baixa. O termo marketing surge nos Estados Unidos no início do século XX. Em 1930, as universidades deste país, já ofereciam os primeiros cursos, focando principalmente a pesquisa de mercado e as técnicas de distribuição e vendas. No Brasil o Marketing chegou nos anos 1950, mais precisamente em 1954, trazido pelas empresas multinacionais que aqui se instalavam. Surgem neste período, autores e especialistas que tentam teorizar o conceito e seus atributos. 2.5.1 Produto De acordo com Bonavita (2001) produto é tudo aquilo que é oferecido para a satisfação dos desejos necessidades de um determinado mercado. E podem ser classificados como bens duráveis, bens não duráveis e serviços ou ainda em bens de consumo e bens industriais. Segue exemplos: Bens duráveis: um carro. Bens não duráveis: uma caneta. Serviços: mão-de-obra de um mecânico para consertar o carro. Bens de consumo: tecidos, roupas, carro, caneta, softwares. Bens industriais: o fio que é feito o tecido, as máquinas usadas para fabricar roupas, as peças do carro, a tinta da caneta ou o computador que roda o software. 2.5.2 Preço Segundo Gabriel (2010) define-se preço como o valor justo atribuído à posse de um produto. O termo “justo” na definição de preço, significa que só haverá a troca, se o público-alvo acreditar que ela é justa e adequada. O preço define as condições básicas da troca e é portanto, o P da receita. É por meio do preço que a empresa obtém seus resultados. O preço é um fator fundamental para determinar a participação de mercado e lucratividade do produto. 2.5.3 Praça De acordo com Xavier (2012), o termo praça, também conhecido como ponto de venda, relaciona-se com a distribuição, localização física e logística para que o produto ou serviço chegue às mãos do cliente: canais, cobertura de venda. O produto desejado com preço justo deve estar ao alcance do consumidor. 2.5.4 Promoção Promoção é a comunicação dos atributos dos produtos ou serviços para o seu público-alvo desejado. Consiste em criação, veiculação de programas e propaganda, relações públicas, venda pessoal (XAVIER, 2012). De acordo com Santiago (2012) a promoção é o desenvolvimento da comunicação estratégica organizacional junto ao mercado, promovendo, posicionando e divulgando produtos, serviços, marcas, benefícios e soluções. Sendo está sempre integrado ao plano de Marketing da empresa. 2.6 SERVIÇOS Conforme Xavier (2012) serviços são produtos intangíveis, inseparáveis, variáveis e perecíveis. Como resultado, em geral exigem mais controle de qualidade, credibilidade do fornecedor e adaptabilidade. São exemplos de serviços cortes de cabelo, assessoria jurídica e serviços de manutenção. Os serviços têm atributos que os tornam singulares no processo de produção, distribuição e consumo. São diferentes dos bens de consumo que são tangíveis, material e palpável, por serem intangíveis. A intangibilidade leva ao consumo, na maioria das vezes, ao ato da produção. Existem situações também em que ocorre a interferência de intermediários, varejistas ou corretores. 2.6 SERVIÇOS Conforme Xavier (2012) serviços são produtos intangíveis, inseparáveis, variáveis e perecíveis. Como resultado, em geral exigem mais controle de qualidade, credibilidade do fornecedor e adaptabilidade. São exemplos de serviços cortes de cabelo, assessoria jurídica e serviços de manutenção. Os serviços têm atributos que os tornam singulares no processo de produção, distribuição e consumo. São diferentes dos bens de consumo que são tangíveis, material e palpável, por serem intangíveis. A intangibilidade leva ao consumo, na maioria das vezes, ao ato da produção. Existem situações também em que ocorre a interferência de intermediários, varejistas ou corretores. 2.7 MARKETING DE SERVIÇOS Segundo Donato (2012) os serviços estão em toda parte e em todos os momentos de nossas vidas. Onde se podem citar serviços de telefonia, saúde, correio, treinadores pessoais, massagistas, entregas rápidas, provedores de internet, de canais de televisão a cabo, segurança, transporte, manutenção doméstica, ensino entre tantos outros. As transformações econômicas, as invenções tecnológicas, o aumento da competição e as alterações demográficas alimentam o crescimento rápido do setor de serviços. É observado que quando países ou indivíduos prosperam, mais vontade demonstram em comprar serviços que tornem seu cotidiano menos ocupado, deixando mais tempo livre para desejos pessoais, como lazer e entretenimento. A qualidade da ocupação do tempo ganha importância. Pagam para outras pessoas fazerem aquilo que não querem, não sabem ou não priorizam cuidar pessoalmente. Setores tipicamente industriais descobriram os serviços como valor agregado à produção de bens de consumo e destacam habilidades na operação como um diferencial. 2.6.1 Marketing de Serviços Aplicado aos Clientes no Setor de Turismo De acordo com Donato (2012) é certo que os responsáveis pelos negócios com turismo podem prever ou proteger o sucesso de suas operações investindo na profissionalização de suas equipes e na conscientização de que todos fazem parte do processo das ações de marketing e, por isso, são responsáveis em servir o cliente com a premissa de alcançar a satisfação com a consequente lucratividade. Neste contexto é interessante investir em Marketing e em tecnologias para aperfeiçoar controles operacionais, tornando a gestão mais ágil, facilitando as decisões e apurando as formas de relacionamento com clientes. Onde surgem várias perguntas importantes: Como pensar o Marketing de algo abstrato, que não se pode demonstrar testar antes da compra e nem ao menos adiantar parte do produto em troca de adiantamentos do pagamento? Como se divulga algo assim? Quais os fatores serão importantes para uma pessoa decidir comprar determinado serviço turístico? Por que ela faria reserva em um determinado hotel e não em outro, sendo que ambos têm exatamente o mesmo preço e está na mesma localidade? Segundo Donato (2012) o turismo é enquadrado no segmento de serviços, não é um produto como outro qualquer e a essência do turismo é a prestação de um serviço, o que o torna invisível e intangível. No caso do produto turístico há uma estreita relação entre as esferas pública e privada. Não se pode promover e vender um destino turístico se não há como alcança-lo por meio de uma estrada, aeroporto ou porto. 2.7 CLIENTES Conforme Bogmann (2000) algumas definições de clientes no ponto de vista das organizações: a) O cliente é a pessoa que compra produtos das empresas para o consumo próprio ou distribuição dos mesmos; b) O cliente é, sem dúvida, a pessoa mais importante em qualquer tipo de negócio; c) O cliente não depende de nós, nós e que dependemos dele; d) O cliente não interrompe o nosso trabalho, ele é a razão do nosso trabalho; e) O cliente não significa apenas dinheiro no caixa. Ele é, antes de tudo, um ser humano e precisa ser tratado com respeito e consideração; f) Sem clientes, você fecharia as portas da sua empresa. Segundo Bogmann (2000) sempre se trata o cliente como referência externa, no entanto, existem outros tipos de clientes, como o cliente pessoal, o cliente da concorrência e o interno. O cliente externo sofre o impacto dos produtos e serviços oferecidos sem fazer parte da organização. Geralmente é aquele que paga pelos produtos e serviços sem participar do processo de produção e realização do mesmo. 2.7.1 Atendimento ao Cliente Conforme Frances e Roland Bee (2000) o atendimento ao cliente é um elemento vital para a sobrevivência de uma empresa, e enumeram outras vantagens do bom atendimento: Clientes satisfeitos provocam menos estresse. São poucos os que, tendo que lidar com cliente insatisfeito, não conhecem as pressões que tais situações causam. Clientes satisfeitos tomam menos o nosso tempo. Lidar com queixas e problemas pode consumir muito tempo e eles sempre surgem quando você está mais ocupado. Clientes satisfeitos falam de sua satisfação a outras pessoas, o que amplia sua boa reputação. Clientes satisfeitos trazem satisfação ao trabalho e podem ajudar a motivar você e sua equipe. Clientes são seres humanos – é natural querer proporcionar um atendimento atencioso, prestativo e eficiente. Na concepção de Frances e Roland Bee (2000) os princípios fundamentais da excelência em atendimento ao cliente refere-se a empresa estar totalmente comprometida em proporcionar um excelente atendimento ao cliente e ele é o principal centro de atenção em toda a companhia, e também deverão todos os funcionários estarem cientes e comprometidos com a visão de excelência em atendimento ao cliente. 2.7.2 Satisfação do Cliente Segundo Bogmann (2000) a satisfação do cliente é definida como percepção da qualidade, sendo a qualidade produtos ou serviços consistentes que atendam plenamente às necessidades e expectativas dos clientes. No entanto pode-se admitir que o processo pelo qual os clientes conduzam seus julgamentos de qualidade são mais subjetivos do que um processo rigoroso de controle de qualidade de um fabricante. Mas as percepções dos clientes, não importando sua subjetividade, são a realidade do mercado com o qual a empresa deve lidar. Ainda pode-se dizer que a qualidade não seja de percepção somente subjetiva pelo cliente, mas também relativa. Os concorrentes estão constantemente procurando aumentar suas vantagens. Desta forma conseguem tornar seus produtos ou serviços melhores e obrigar todos os concorrentes de determinado ramo, a encontrar padrões de qualidade mais elevados. 2.7.3 Fidelização do Cliente Segundo Frances e Roland Bee (2000) confiarmos apenas nos nossos preços alcançaremos considerável sucesso. Mas se aos nossos preços acrescentarmos o constante e cuidadoso cultivo de todas as outras práticas para construir e conservar uma boa reputação nos tornaremos muito mais formidáveis aos olhos dos nossos concorrentes e conseguiremos resultados melhores. Os lucros virão se as empresas encarar o fundamental, que é atender o cliente. Os custos e a qualidade devem estar adequadamente realizados, e devendo-se sempre pensar no cliente como o centro das atividades. Algumas empresas falam do atendimento ao cliente como sendo o núcleo de uma rocha, permeando todas as atividades da empresa. O atendimento ao cliente não se resume a um conjunto de tarefas ou a uma lista do que se pode ou não fazer, é um modo de ser. 3 METODOLOGIA Segundo Lakatos e Marconi (2003) a Metodologia Científica mais do que uma disciplina, tem o significado de introdução do discente ao mundo dos procedimentos sistemáticos e racionais, que é a base da formação tanto do estudioso quanto do profissional. O estudioso e o profissional atuam além da prática, no mundo das ideias. A prática nasce da concepção sobre o que deve ser realizado e qualquer tomado de decisão fundamenta-se naquilo que se afigura como o mais lógico, racional, eficiente e eficaz. Conforme Demo (2006) é comum à constatação que a Metodologia Científica é uma das matérias mais estratégicas na formação acadêmica, sobretudo na direção da motivação à pesquisa. Todo projeto para ser considerada sério, a pesquisa contém discussão do método, com fases a serem seguidas, possíveis resultados, autores que se pretende ler, interpretar, rebater, superar. A despreocupação metodológica coincide com baixo nível acadêmico, pois passa longe da discussão sobre modos de explicar, substituindo-a por expectativas ingênuas de evidências prévias. CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com o artigo e as pesquisas nele apresentadas, se percebe a grande competitividade nos setores de transportes de passageiros e turismo. A empresa vem buscando inovações devido as grandes exigências dos clientes por serviços de qualidade a preços justos, procurando se adequar aos novos tempos, desenvolvendo uma administração de marketing que garanta a satisfação dos clientes. O marketing coordena as atividades do planejamento, organização, execução e controle das ações nas trocas entre fornecedores e consumidores, no mercado para manter os altos índices de crescimento do número de turistas e a necessidade de um cronograma de viagens, entre outros serviços a fim promover o turismo de forma efetiva e com qualidade, é absolutamente necessária a constante realização de pesquisas que nos permita conhecer, além do número de clientes das empresas, o perfil dos clientes atuais, suas necessidades e desejos, bem como detectar as falhas nos serviços prestados e insatisfação que pode acontecer. Quanto mais as características do mercado-alvo forem conhecidas, maior será a eficácia das técnicas mercadológicas de publicidade e de promoção para a empresa crescer. O marketing atua como estratégia de fidelização dos clientes. Nesse processo é importante utilizar algumas ferramentas que permitem a qualidade dos serviços a partir das ações promovidas pelas coordenadas do marketing estratégico. Assim, através desse artigo foi possível observar que o Marketing é de suma importância para a fidelização dos clientes da empresa Cristur, pois somente se fideliza clientes através da satisfação plena do mesmo. Os clientes satisfeitos maximizam as chances de fidelização. REFERÊNCIAS BOGMANN, Itzhark Meir. Marketing de relacionamento: estratégia de fidelização e suas implicações financeiras. São Paulo: Nobel, 2000. BONAVITA, Jorge Duro. Marketing para não-marqueteiros: introdução ao Marketing para profissionais em mercados competitivos. Rio de Janeiro, SENAC, 2001. CHIAVENATO, Idalberto. Administração geral e pública. 2.ed.-Rio de janeiro: Elsevier, 2008. DONATO, Ana Maria. Marketing de serviços. - 1.ed., rev. - Curitiba, PR : IESDE Brasil, 2012. FRANCES & ROLAND BEE. Fidelizar o Cliente. Tradução Edite Sciulli -. 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Teorias da Administração. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]:CAPES : UAB, 2009. XII ERIC – (ISSN 1808-6004) COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL LETÍCIA MARA GOMES ESTEVES. Acadêmica do Curso de graduação em Administração da FAFIMAN - Mandaguari – PR. [email protected] MARIANA CRISTINA DE JESUS ZAMORO. Acadêmica do Curso de graduação em Administração da FAFIMAN - Mandaguari – PR. [email protected] ISABELLA TAMINE PARRA MIRANDA. Docente do curso de graduação em Administração da FAFIMAN - Mandaguari – PR. [email protected] RESUMO Este trabalho tem por finalidade destacar os principais pontos referentes ao comportamento organizacional. Comportamento organizacional nada mais é do que o estudo dos indivíduos que agem dentro das organizações. A metodologia utilizada baseou-se na pesquisa bibliográfica com base nos principais autores que discutem o tema abordado. A justificativa para esse tema esta relacionado a curiosidade de compreender o modo de agir do individuo em si só e em grupo. Como resultado observou-se que os fatores motivacionais influencia o indivíduo dentro de seu ambiente de trabalho, causando satisfação. Conclui-se com essa pesquisa que o comportamento organizacional tem como beneficio a satisfação da empresa e do colaborador, pois quanto mais um colaborador estiver satisfeito melhor irá desenvolver seu trabalho. Palavras-chave: Comportamento, motivação, satisfação. 1 INTRODUÇÃO Neste trabalho será descrito alguns temas abordando o contexto de comportamento organizacional. Onde mostra os problemas enfrentados nas organizações e formas de como ser desenvolvido um bom trabalho em grupo e trabalho individual. 1.1 TEMA Comportamento Organizacional 1.2 PROBLEMA Como o comportamento organizacional pode interferir nos resultados das organizações? Quais são os comportamentos organizacionais mais conhecidos? Quais fatores influenciam o comportamento organizacional? Como o gestor age? Qual a influência do comportamento organizacional nos colaboradores? 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo Geral Analisar os diversos tipos de comportamento que são apresentados na organização pelos colaboradores, com base em algumas teorias específicas. 1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Destacar os principais tipos de comportamento dos colaboradores; Identificar os fatores que influenciam os colaboradores a agir de certa forma; Demonstrar meios que ajudam a motivação do colaborador. 1.4 JUSTIFICATIVA Serão realizadas pesquisas para possamos analisar as muitas formas de Comportamento Organizacional e identificar como influencia os colaboradores. Ajudará na melhoria e manutenção de gestão de pessoas para que todos trabalhem satisfeitos com seu serviço e que tenha maior produtividade. 2 2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DEFINIÇÃO DE COMPORTAMERNTO ORGANIZACIONAL Comportamento organizacional (CO) é um campo de estudo voltado a prever, explicar, compreender e modificar o comportamento humano no contexto das empresas (HOLLENBECK; WAGNER III, 1999, p. 6). Comportamento Organizacional é o estudo sistemático e a aplicação cuidadosa do conhecimento sobre como as pessoas agem dentro das organizações, seja como indivíduos, seja em grupos. Ele busca identificar as formas pelas quais as pessoas podem agir de maneira mais eficaz. (NEWSTROM; 2008, p. 3). Segundo Hollenbeck; Wagner III (1999) O Comportamento organizacional estuda ações que envolve o dia a dia da organização desde a preparação de um relatório até as conversas entre os colegas. O comportamento organizacional também analisa o “comportamento” dessas unidades sociais maiores – grupos e organizações - por si. Nem os grupos nem as organizações se comportam do mesmo jeito que uma pessoa (HOLLENBECK; WAGNER III, 1999, p. 6). Segundo Hollenbeck; Wagner III (1999) O Comportamento organizacional analisa também ações internas como o processo de percepção e decisão, sem deixar de acompanhar as ações externas. O comportamento organizacional definido nesses termos tem suas origens no final dos anos de 1940, quando os pesquisadores das áreas de psicologia, sociologia, ciência, política, economia e de outras ciências sociais procuravam desenvolver uma estrutura unificada de pesquisas organizacionais (HOLLENBECK; WAGNER III, 1999, p. 6). Segundo Hollenbeck; Wagner III (1999). Estuda o comportamento das pessoas em diferentes maneiras, sendo ele membro de unidades sociais ou até mesmo um indivíduo. O Comportamento Organizacional retrata a contínua interação entre as organizações e seu ambiente externo e interno, que se influenciam reciprocamente (CHIAVENATO, 2014, p. 12). Segundo Newstrom (2008), o Comportamento Organizacional é uma disciplina cientifica embasada em inúmeros estudos de pesquisa. Sendo visto também como uma ciência aplicada, onde pode ser disseminada por outras organizações. 2.2 ESTUDO DE COMPORTAMENTOS Comportamento microorganizacional: ocupa-se principalmente do comportamento do indivíduo ao trabalhar sozinho (HOLLENBECK; WAGNER III, 1999, p. 6). Segundo Hollenbeck; Wagner III (1999) o comportamento microorganizacional estuda as atitudes no local de trabalho e avaliam como os indivíduos se sentem no local de trabalho, junto da psicologia experimental, psicologia clínica e psicologia industrial. Comportamento mesoorganizacional: é um terreno que faz a ponte entre as outras duas áreas do comportamento organizacional. Concentra-se principalmente na compreensão dos comportamentos das pessoas que trabalham em equipes e em grupos (HOLLENBECK; WAGNER III, 1999, p. 7). Segundo Hollenbeck; Wagner III (1999) o comportamento mesoorganizacional busca respostas sobre produtividade, desempenho, e potencial de um líder de uma equipe, com ajuda da psicologia social. Comportamento macroorganizacional: diz respeito à compreensão dos comportamentos de empresas inteiras (HOLLENBECK; WAGNER III, 1999, p. 6). Segundo Hollenbeck; Wagner III (1999) o comportamento macroorganizacional estuda teorias sobre competição e eficiência, influência cultural e análise comparativa, poder e negociação, com auxílio da antropologia, economia e sociologia. Teoria X, as pessoas são indolentes e preguiçosas por natureza: elas evitam o trabalho ou trabalham o mínimo possível, em troca de recompensas salariais ou materiais. Falta-lhes ambição: não gostam de assumir responsabilidades e preferem ser dirigidas e sentirem-se seguras nessa dependência (CHIAVENATO, 2004, p. 337). Segundo Mcgregor, apud CHIAVENATO (1987) a Teoria Y realça iniciativa individual, como crescimento individual, libertar potencialidades, criar oportunidades e proporcionar orientações quanto aos objetivos. 2.3 VARIAÇÕES DE COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Variável no nível ambiente: localizadas no entorno que envolve extremamente a organização e que influencia sua dinâmica e suas características fundamentais (CHIAVENATO, 2014, p. 23-24). Segundo Chiavenato a variável no nível do sistema organizacional é localizada em toda a organização, envolve a totalidade do sistema, como o desenho organizacional, a cultura organizacional, os processos de trabalho, entre outro. Variável no nível do grupo ou da equipe: localizadas no comportamento coletivo quando as pessoas trabalham em grupos ou equipes (CHIAVENATO, 2014, p. 24). Segundo Chiavenato, variável no nível do indivíduo é decorrente das características individual das pessoas, como a personalidade, história pessoal, educação, competência, entre outros. 2.4 TEORIAS MOTIVACIONAIS NO LOCAL DE TRABALHO A teoria da expectativa ou expectância, como também é chamada, é uma teoria ampla sobre motivação que tenta explicar os determinantes das atitudes e dos comportamentos no local de trabalho. Os três principais conceitos subjacentes à teoria da expectativa são os de valência, instrumentalidade e expectativa (HOLLENBECK; WAGNER III,1999, p. 89). Para Hollenbeck; Wagner III (1999) valência é um meio de atração no qual, um determinado resultado gera sobre um indivíduo ou a satisfação que prevê por receber um determinado resultado. A convicção de uma pessoa acerca da relação entre executar uma ação e experimentar um resultado é denominada instrumentalidade ou expectativa desempenho-resultado. Definir as instrumentalidades das pessoas é importante, porque é provável que seu desejo de executar uma determinada ação seja forte apenas quando a valência e a instrumentalidade forem tidas como aceitavelmente altas (HOLLENBECK; WAGNER III, 1999, p. 90). Segundo Hollenbeck; Wagner III (1999) expectativa é vincular um esforço e realmente desempenha-lo. A teoria da necessidade de Maslow, propunha a existência de cinco tipos distintos de necessidades: fisiológicas (básicas), de segurança, de amor (sociais), de estima e de auto-realização. Estas necessidades, segundo Maslow, têm raízes genéticas e são características de todos os seres humanos (HOLLENBECK; WAGNER III, 1999, p. 93). A teoria de Henry Murray sobre as necessidades manifestas define as necessidades como preocupações recorrentes com determinadas metas ou situações finais. Cada necessidade é composta de dois elementos. O primeiro diz respeito ao objeto para o qual a necessidade está voltada (por exemplo, realização ou autonomia). O segundo descreve a intensidade ou força da necessidade daquele objeto particular (por exemplo, forte versus fraca) (HOLLENBECK; WAGNER III, 1999, p. 94). Segundo Hollenbeck; Wagner III (1999) Murray acredita que um indivíduo pode ser motivado por mais de uma necessidade ao mesmo tempo, diferente de Maslow que acreditava que seria motivado apenas por uma necessidade. Para Chiavenato (1987) com base nos estudos de Frederick Herzberg sobre o comportamento dos colaboradores, são comportamentos estáveis e profundos. Quando provoca satisfações nas pessoas (colaboradores), é porque o fator motivacional foi excelente. Herzberg alicerça sua teoria no ambiente externo e no trabalho do indivíduo abordagem extra orientada. Sendo eles: Fatores Higiênicos ou fatores Extrínsecos e Fatores Motivacionais ou Fatores Intrínsecos. Segundo Chiavenato (1987) com base nos estudos de Frederick Herzberg, fatores higiênicos ou fatores extrínsecos: fator que se refere às condições que rodeiam a pessoa enquanto trabalha, englobando condições físicas e ambientais de trabalho, o salário, os benefícios sociais, as políticas da empresa, o tipo de supervisão, o clima de relações entre a direção e os empregados, os regulamentos internos, as oportunidades existentes. Para Chiavenato (1987) com base nos estudos de Herzberg, fatores motivacionais ou fatores intrínsecos: referem-se ao conteúdo do cargo, às tarefas e aos deveres relacionados com o cargo em si. Produzem efeito duradouro de satisfação e de aumento de produtividade em níveis de excelência, isto é, acima dos níveis normais. O termo motivação envolve sentimentos de realização. De crescimento, e de reconhecimento profissional, manifestados por meio de exercícios das tarefas e atividades que oferecem suficiente desafio e significado para o trabalho. Quando os fatores motivacionais são ótimos, elevam substancialmente a satisfação, e com isso são chamados também de fatores satisfacientes, incluindo: delegação de responsabilidade, liberdade de decidir como executar o trabalho, promoção, uso pleno das habilidades pessoais, estabelecimento de objetivos e avaliação relacionada com eles, simplificação do cargo (pelo próprio ocupante), ampliação ou enriquecimento do cargo. 2.3 SATISFAÇÃO E STRESS NO AMBENTE DE TRABALHO Satisfação no trabalho é um “sentimento agradável que resulta da percepção de que nosso trabalho realiza ou permite a realização de valores importantes relativos ao próprio trabalho” (HOLLENBECK; WAGNER III, 1999, p.121). Para Hollenbeck; Wagner III (1999) há três componentes que influência na satisfação no trabalho, sendo eles: valores, importância dos valores e percepção. Satisfação no trabalho é uma função de valores. Edwin Locke definiu os valores em termos daquilo “que uma pessoa deseja obter consciente ou inconscientemente” (HOLLENBECK; WAGNER III,1999, p.121) Para Hollenbeck; Wagner III (1999) outro fator que influencia na satisfação no local de trabalho é a importância que são atribuídas em cada valor, sendo por exemplo, valorizar a segurança no trabalho, ou até mesmo valorizar um emprego que ajudo os outros. A satisfação está baseada em nossa percepção da situação atual em relação aos nossos valores. Lembre-se de que as percepções podem não refletir com precisão total a realidade objetiva. Quando não a refletem, para que possamos entender as reações pessoais, precisamos atentar para a percepção que o indivíduo tem da situação – e não para a própria situação concreta (HOLLENBECK; WAGNER III, 1999, p.121). Stress é um estado emocional desagradável que ocorre quando as pessoas estão inseguras de sua capacidade para enfrentar um desafio percebido em relação a um valore importante (HOLLENBECK; WAGNER III,1999, p.121). Segundo Hollenbeck; Wagner III (1999) compreende-se a natureza do stress dividindo sua definição em três componentes principais, são eles: desafio percebido, valor importante e incerteza da resolução. Desafio percebido, enfatiza que o stress surge da interação entre as pessoas e sua percepção do ambiente (não necessariamente da realidade). Rumores infundados sobre o fechamento de uma fábrica, por exemplo, provocarão stress entre os funcionários, mesmo que não existia nenhuma ameaça real (HOLLENBECK; WAGNER III,1999, p.122). Para Hollenbeck; Wagner III (1999) o valor importante, só irá causar stress quando ameaçar um próprio valor importante, com por exemplo, uma fábrica fechar e ter um funcionário prestes a aposentar, isso o causará stress. A incerteza da resolução, enfatiza que a pessoa interpreta a situação em termos da percepção da probabilidade de lidar satisfatoriamente com o desafio. Obviamente, se as pessoas percebem que podem lidar facilmente com ele, não há stress (HOLLENBECK; WAGNER III,1999, p.122). 3 METODOLOGIA 3.1 PESQUISA EXPERIMENTAL A pesquisa experimental é mais válida do ponto de vista científico. Seu propósito é captar as relações de causa e efeito eliminando-se as explicações contraditórias das verificações observadas (KELLER; KOTLER, 2012, p 108). Segundo KETLER; KOTLER (2012) esse tipo de pesquisa implica-se em selecionar grupo homogêneo de pessoas, ter diferentes tratamentos, ter controle nos tratamentos externos e verificar se as respostas são esteticamente significativas. Se os fatores externos puderem ser eliminados ou controlados, as observações poderão ser relacionadas às variações no tratamento e nos estímulos. 3.2 PESQUISA QUALITATIVA As técnicas de pesquisa qualitativa são métodos de mensuração relativamente não estruturados que permitem uma ampla gama de respostas possíveis. Essas técnicas podem ser tão variadas quanto a criatividade do pesquisador de marketing permitir (KELLER; KOTLER, 2012, p 110). Segundo GODOY (1995), o ambiente natural é uma fonte direta e o pesquisador é o instrumento fundamental. Tem como caráter descritivo. 3.3 PESQUISA EXPLORATÓRIA Segundo CERVO (1983) é designado por alguns autores como pesquisa quase cientifica ou não cientifica é, normalmente, o passo inicial no processo de pesquisa pela experiência e auxílio que traz na formulação de hipóteses significativas para posteriores pesquisa. A pesquisa exploratória busca apenas levantar informações sobre um determinado objeto, delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as condições de manifestação desse objeto. Na verdade, ela é uma preparação para a preparação para a pesquisa (SEVERINO, 2007, p 123). Segundo Cervo (1983), usa técnicas modernas e apropriadas capazes de tornar perceptíveis entre as variáveis envolvidas no objeto de estudo. Busca apenas levantar informações sobre um determinado objeto, delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as condições e manifestação desse objeto (SEVERINO, 2007, p 122). 3.4 PESQUISA EMPÍRICA É aquela voltada sobretudo para a face experimental e observável dos fenômenos. É aquela que manipula dados, fatos concretos. Procura traduzir os resultados em dimensões mensuráveis. Tende a ser quantitativa, na medida do possível (DEMO, 1985, p 25). A pesquisa empírica desempenhou em ciências sociais um papel inestimado, porque trouxe o compromisso com afirmações controláveis (DEMO, 1985, p 25). 3.5 PESQUISA DE CAMPO Segundo SEVERINO (2007, p. 123) é abordado no próprio meio ambiente, a coleta de dados é realizada nas condições naturais em que os fenômenos ocorrem, sem intervenção e manuseio do pesquisador. Abrange desde os levantamentos, que são mais descritos, até os estudos mais analíticos. A pesquisa de campo não dispensa a bibliográfica. Aliás, esta está presente em todos os tipos. A pesquisa de campo requer uma noção mais aprofundada do que vem a ser a pesquisa. Ela exige que o pesquisador se dirija a um contexto e através de observação, entrevistas e questionários (JOHANN, 1997, p 48) 3.6 PESQUISA TEÓRICA É aquela que monta e desvenda quadros teóricos de referência. Não existe pesquisa puramente teórica, porque já seria mera especulação. Mera especulação é a reflexão aérea subjetiva, à revelia da realidade, algo que um colega cientista deveria refazer ou controlar (DEMO, 1985, p 23) A falta de quadro teórico de referência traduz imediatamente um traço típico da mediocridade científica, porque a pessoa não dispõe de material de discussão, seja retirado de outros autores e por si mesma (DEMO, 1985, p 24). REFERÊNCIAS CERVO, Amado Luiz. METODOLOGIA CIENTÍFICA: para uso dos estudantes univrsitários.3 ed. São Paulo, McGraw-hill do Brasil, 1983. CHIAVENATO, Idalberto. COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL. Paulo: Manole, 2014. 3 ed. São CHIAVENATO, Idalberto. TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO: abordagens descritivas e explicativas. 3 ed. São Paulo: Mc Graw-Hill, 1987. DEMO, Pedro. INTRODUÇÃO À METODOLOGIA DA CIÊNCIA. 2ed. São Paulo: Atlas, 1985. HOLLENBECK, John R.; WAGNER III, John A. COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL: Criando vantagem competitiva. São Paulo: Saraiva, 1999. JOHANN, Jorge Renato, INTRODUÇÃO AO MÉTODO CIENTIFICO: conteúdo e forma do conhecimento. Canoas: Ulbra, 1997. KELLER, Kevin L.; KOTLER, Philip. ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING. São Paulo: Person Education do Brasil, 2012. SEVERINO, Antônio Joaquim. METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO. 23 ed. São Paulo: Cortez, 2007. XII ERIC – (ISSN 1808-6004) ANÁLISE DO NÍVEL DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES QUANTO À QUALIDADE DO ATENDIMENTO PRESTADO POR UM RESTAURANTE DO MUNICÍPIO DE MARIALVA - PR. Daiane Ferreira da Silva (FAFIMAN) [email protected] Paulo Vitor Becker da Silva (FAFIMAN) [email protected] Orientadora Esp. Rosa Mara Gregório (FAFIMAN) [email protected] RESUMO A busca da satisfação do cliente é superar suas expectativas, pois assim tem-se a fidelização, que é o resultado do encantamento do cliente. Justifica-se a escolha do tema, tendo em vista a existência de clientes cada vez mais exigentes. Estes buscam um atendimento que satisfaça suas necessidades, logo, é importante conhecê-los e identificar os fatores que geram insatisfação. Neste certame o objetivo geral é levantar o nível de satisfação dos clientes quanto à qualidade do atendimento prestado por um restaurante da cidade de Marialva - PR. Logo tem-se como os objetivos específicos: apresentar referencial teórico sobre satisfação dos clientes e qualidade do atendimento sob a ótica dos principais autores; apresentar o nível de satisfação dos clientes em relação ao atendimento, ao preço e a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pelo restaurante; identificar o diferencial da organização, referente aos seus produtos e serviços frente aos seus concorrentes; apresentar as ações que a organização realiza para satisfazer seus clientes; apresentar o nível de satisfação dos clientes em relação à estrutura física do estabelecimento; sugerir ações para maximizar a qualidade do atendimento. A metodologia para o desenvolvimento deste certame consiste em uma pesquisa bibliográfica e um estudo de caso, através de uma pesquisa quantitativa e qualitativa, com transformação dos dados em informação representados graficamente. Verifica-se que, para alcançar tais objetivos é preciso entender as necessidades do cliente e atende-los, para que ele se sinta confiante em relação aos produtos e serviços oferecidos. Palavras-chave: Satisfação, Qualidade, Atendimento. 1. INTRODUÇÃO A satisfação dos clientes tornou-se um diferencial importante para as organizações. “Satisfação consiste na sensação de prazer ou desapontamento resultantes da comparação do desempenho percebido de um produto em relação às expectativas do comprador.” (KOTLER, 2000, p.58). O cliente satisfeito é sinônimo de organização bem sucedida. Um bom atendimento ao cliente supera as expectativas faz toda a diferença, e o cliente ficará satisfeito. Diante dessas informações e sabendo da importância e influência que um atendimento de qualidade tem para com os clientes, surgiu a oportunidade de fazer uma pesquisa que mostre como está a satisfação dos clientes da organização em estudo, pois até o momento nenhuma havia sido realizada. Tendo como objetivo levantar o nível de satisfação dos clientes quanto à qualidade do atendimento prestado por um restaurante da cidade de Marialva - PR. Também como objetivos específicos, apresentar referencial teórico sobre satisfação dos clientes e qualidade do atendimento sob a ótica dos principais autores; apresentar o nível de satisfação dos clientes em relação ao atendimento, ao preço e a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pelo restaurante; identificar o diferencial da organização, referente aos seus produtos e serviços frente aos seus concorrentes; apresentar as ações que a organização realiza para satisfazer seus clientes; apresentar o nível de satisfação dos clientes em relação à estrutura física do estabelecimento; sugerir ações para maximizar a qualidade no atendimento. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Figura 1 Mapeamento da Fundamentação Teórica ADMINISTRAÇÃO CLIENTES SATISFAÇÃO QUALIDADE ATENDIMENTO SATISFAÇÃO DOS CLIENTES QUALIDADE NO ATENDIMENTO MKT DE SERVIÇOS SERVIÇOS PRODUTO PREÇO Fonte: Autores (2016) Figura 1 apresenta o conteúdo que será abordado no referencial teórico. A abordagem inicia com a definição de Administração, abordará clientes, satisfação e logo após, satisfação dos clientes. Definirá qualidade, atendimento e logo após qualidade no atendimento. Também faz parte da figura a infraestrutura, marketing de serviços, serviços, produto e preço. 2.1 ADMINISTRAÇÃO De acordo com Chiavenato (2007 p.3) “Administração é o veículo pelo qual as organizações são alinhadas e conduzidas para alcançar excelência em suas ações e operações para chegar ao êxito no alcance de resultados". De acordo com Maximiano (2004), entende-se por planejamento a atividade de se definir um futuro desejado e de se estabelecer os meios pelos quais este futuro será alcançado. Trata-se essencialmente de um processo de tomada de decisões, caracterizado por haver a existência de alternativas. Coelho (2004) as organizações existem, pois todas as pessoas precisam de bens e serviços para viver e são as organizações as responsáveis por produzir esses bens e serviços. Portanto as organizações existem para atender às necessidades e desejos da sociedade e do mercado. “A organização é um sistema planejado de esforço cooperativo no qual cada participante tem um papel definido a desempenhar e deveres e tarefas a executar”. (CURY, 2000, p.116). Direção significa interpretar os planos da empresa para as pessoas e dar as instruções sobre como executá-los (CHIAVENATO, 2006). De acordo com Oliveira (2005, p.427), controlar é comparar o resultado das ações com padrões previamente estabelecidos, tendo a finalidade de corrigi-los, caso necessário. Administrar é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar. Para que uma organização tenha sucesso é preciso que o administrador saiba cada uma dessas funções. 2.2 CLIENTES Marques (2000, p.33), define de forma simples considerando que o cliente é uma pessoa que compra produtos da organização, para próprio consumo, ou para distribuir estes produtos para consumidores finais, como a pessoa mais importante em qualquer tipo de negócio. Os clientes internos de acordo com Azevedo (2002) são todos os colaboradores da empresa, do proprietário ao operário ou atendente. Basicamente o cliente interno é considerado aquele que se encontra dentro da organização, ou seja, o colaborador que é responsável em todos os níveis em interagir com os clientes externos. O cliente deve ser bem tratado e sempre estar em primeiro lugar, pois ele é a salvação de qualquer organização. As empresas a cada dia que se passa tentam conhecer melhor o seu cliente, tentando sempre superar suas expectativas, sobre o que o cliente espera da empresa, de seus produtos e/ou serviços. 2.3 SATISFAÇÃO Para Kotler e Keller (2006), satisfação “é a sensação de prazer ou desapontamento resultante da comparação entre o desempenho (ou resultado) percebido de um produto e suas expectativas”. O cliente consegue identificar o produto que melhor atenderá as suas necessidades. Segundo Karsaklian (2004), o cliente tem uma personalidade que faz com que ele sinta-se atraído por um produto do que outros, e também tem algumas atitudes que podem ser positivas ou negativas em relação aos produtos. Para Kotler (2007), a satisfação pode resultar num cliente encantado e altamente satisfeito. Sendo assim, a retenção dos clientes torna-se fundamental para o sucesso da empresa. Portanto, o conhecimento das variáveis de influência sobre o comportamento de compra é relevante para que os empresários qualifiquem seus produtos e serviços, considerando efetivamente os desejos e as necessidades do consumidor e orientando suas ofertas para o mercado (ENGEL; BLACKWELL; MINIARD, 2000). 2.4 SATISFAÇÃO DOS CLIENTES Para Kotler (2003), conseguir a satisfação dos clientes não é fácil, precisa-se de tempo e empenho por parte das empresas. A satisfação dos clientes é uma condição necessária para qualquer negócio, mas não suficiente. Ainda Kotler (2003, p. 203): A maioria das empresas dedica mais atenção à participação no mercado do que à satisfação dos clientes. É um engano. A participação do mercado é indicador retrospectivo; a satisfação dos clientes é indicador prospectivo. Se o nível de satisfação dos clientes começar a cair, em breve se iniciará o desgaste da participação do mercado. As empresas precisam monitorar e melhorar o nível de satisfação dos clientes. Quanto mais alta a satisfação dos clientes, maior o grau de retenção. De acordo com Hoffman e Bateson (2003), todas as organizações que prestam serviços necessitam avaliar a satisfação dos seus clientes. De modo a se antecipar no que diz respeito à identificação de problemas e para mensurar o progresso da empresa no quesito retenção. Conforme Lima (2006), satisfação de clientes é uma expressão comum no meio empresarial, e o principal fator de sucesso de uma empresa. Se o produto adquirido pelo consumidor superar suas expectativas, a satisfação é garantida. Kotler e Armstrong (2003), dizem que a satisfação do cliente depende da expectativa por ele adquirida, se as suas expectativas não forem atendidas, isso gerará uma insatisfação, já, se o desempenho for atingido o cliente ficará satisfeito, e se o desempenho for atingido acima das expectativas do cliente, este ficará encantado. Lima (2006, p. 149) ainda cita que, “O processo de satisfação do cliente começa no momento em que um consumidor ou cliente conhece a empresa, seja por uma propaganda, seja por indicação de outra pessoa”. Sâmara e Morsch (2005) afirmam: Que até chegar à satisfação do consumidor, há todo um esforço de ações mercadológicas que variam desde pesquisas de marketing, promoções, redução de preços a desenvolvimento de novos produtos visando essencialmente à satisfação de necessidades ou desejos dos compradores tendo como consequência desta troca o lucro necessário para a sustentabilidade do negócio. Segundo Johnston e Clark (2002), a satisfação trata da tentativa de atender as expectativas dos clientes. Se a tentativa atende ou supera as expectativas, o cliente fica satisfeito. A empresa deve medir a satisfação com regularidade porque a chave para reter clientes está em satisfazê-los. Em geral, um cliente altamente satisfeito permanece fiel por mais tempo, compra mais à medida que a empresa lança produtos ou aperfeiçoa aqueles existentes, fala bem da empresa e de seus produtos, dá menos atenção a marcas e propaganda concorrentes e é menos sensível a preço. Além disso, sugere ideias sobre produtos ou serviços e custa menos para ser atendido do que um cliente novo, uma vez que as transações já se tornam rotineiras (KOTLER; KELLER, 2006, p.144). Segundo Hoffman e Bateson (2003), normalmente as empresas que possuem índices altos de satisfação de clientes, não entram em disputas severas em relação a preços. Pois, geralmente o cliente prefere manter o nível do serviço que esta sendo oferecido, mesmo que por um preço mais alto, do que trocar de empresa em razão do valor do serviço e correr o risco de não ter suas expectativas alcançadas. 2.5 QUALIDADE Segundo Kotler (2000, p.79), “qualidade é a totalidade dos atributos e características de um produto ou serviço que afetam sua capacidade de satisfazer necessidades declaradas ou implícitas”. No que diz respeito aos produtos e/ou serviços vendidos no mercado, há várias definições para qualidade: "conformidade com as exigências dos clientes", "relação custo/benefício", "adequação ao uso", "valor agregado, que produtos similares não possuem"; "fazer certo à primeira vez"; "produtos e/ou serviços com efetividade". Enfim, o termo é geralmente empregado para significar "excelência" de um produto ou serviço. (KOTLER; ARMSTRONG, 2003). Existem várias definições de qualidade, em síntese todas se direcionam para a valorização do cliente, através de sua satisfação com o produto ou serviços prestados pelas organizações, entretanto ao utilizar o que elas oferecem, os clientes desejam que tanto os produtos quanto os serviços, constituem todas as características desejáveis por eles. 2.6 ATENDIMENTO Chiavenato (2007, p.216), acredita que o cliente é imprescindível para a empresa se manter no mercado e afirma que o atendimento ao cliente é um dos aspectos de maior importância do negócio. Lima (2006) ressalta que é investido tempo e dinheiro para atrair um cliente e quando ele resolve entrar em contato, muitas vezes se depara com pessoas despreparadas que não conseguem atendê-lo de forma adequada e nem ao menos conseguem ganhar sua simpatia. Segundo Gerson (2001, p.8) “desenvolver um bem-sucedido sistema de atendimento pode ser um dos mais recompensados objetivos a serem atingidos por sua empresa”. 2.7 QUALIDADE NO ATENDIMENTO A qualidade no atendimento é importante nos processos e procedimentos de planejamento interno de uma organização para a conquista de seus consumidores. A busca para uma perfeição, contínua e árdua (SILVA, 2002). A qualidade no atendimento é ter clientes satisfeitos com seus desejos e exigências (CHIAVENATO, 2000). De acordo com Kotler e Keller (2006), qualidade significa satisfazer o consumidor atendendo todas as suas necessidades. Partindo deste principio criaram-se novas terminologia para definir o grau de interação entre o cliente e a empresa, dentre elas pode-se destacar: • Satisfação: Suprir as necessidades do cliente; • Fidelização: Tornar o cliente fiel ao seu produto/marca; • Encantamento: Alcançar um alto grau de satisfação do cliente a chegar ao ponto de transformá-lo no maior meio disseminador de sua marca no mercado. 2.8 MARKETING DE SERVIÇOS À medida que se restringem às possibilidades de diferenciação de produtos, as empresas são levadas a desenvolver vantagens competitivas centradas na oferta ampliada de serviços (ROCHA; SILVA, 2006). As pessoas e empresas que comercializam serviços não podem pressupor que satisfarão os clientes com os simples fornecimentos de serviços de qualidade. Precisam dominar a arte do marketing, ainda mais com o crescimento da concorrência e dos custos. As empresas precisam aumentar a diferenciação competitiva, a qualidade de serviços prestados e a produtividade para se manter no mercado (KOTLER; ARMSTRONG, 2003). Las Casas (2002) declara que o Marketing de serviços é diferente em relação ao tratamento do composto mercadológico. Para o autor, tanto o administrador de bens como o de serviços devem entender seus mercados sem diferenças, procurando qualificá-los para, posteriormente, desenvolverem uma estratégia de marketing. 2.9 SERVIÇOS Lovelock e Wright (2004) definem serviço como “uma atividade econômica que cria valor e fornece benefícios para clientes em tempos e lugares específicos”. “O serviço pode ser um fator chave de sucesso ou, ao contrário, um fator crítico de fracasso estratégico” (COBRA, 2007, p.56). Kotler e Keller (2006) ressaltam que os serviços caracterizam-se a partir de quatro fatores: Intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade e perecibilidade. • Intangibilidade: Os serviços não podem ser tocados, ouvidos ou vistos e para tanto precisam ser experimentados, ao contrário dos produtos. Por conta disso, a maioria dos clientes procura evidencia que comprovem a qualidade do serviço. • Inseparabilidade: Todo o processo que envolve o serviço é entendido de forma homogênea, ou seja, o funcionário que prestará o serviço é parte dele, assim como o cliente ao interagir com o prestador de serviços. Desta forma, o consumo e a produção do serviço são simultâneos, diferentemente dos bens materiais, os quais possuem produção, estocagem, distribuição e consumo. • Variabilidade: Os serviços dependem de algumas variáveis como, por exemplo, a pessoa que irá prestá-lo, assim como quando e onde. De forma exemplificada, o mesmo serviço pode ser prestado com diferentes qualidades por funcionários de uma mesma empresa. • Perecibilidade: Diferentemente dos produtos, não há como estocar os serviços. Quando há estabilidade da demanda, a perecibilidade não se torna um problema. Porém, quando há excesso de demanda em determinado período de tempo, as empresas costumam passar dificuldades. 2.10 PRODUTO Para LasCasas (2006, p.164) “os produtos podem ser definidos como o objeto principal das relações de troca que podem ser oferecidos num mercado para pessoas físicas ou jurídicas, visando proporcionar satisfação a quem os adquire ou consome”. Para Kotler e Keller (2012), as pessoas representam o marketing interno e são consideradas fundamentais para o sucesso do negócio. As empresas também devem considerar os consumidores como pessoas e compreender toda a sua amplitude, e não apenas os considerar como alguém que compra os produtos e os consomem. 2.11 PREÇO Kotler (2000) define preço como sendo o valor de venda do produto, juntamente com os encargos que o acompanham. O preço dos produtos ou serviços oferecidos deve ser compatível com as suas características e com os preços praticados pela concorrência. Segundo Churchill e Peter (2003), a estratégia de preços influencia o comportamento de compra, porque o consumidor está avaliando alternativas para chegar a decisão, ou seja, é importante praticar preços que representem valores pertinentes às expectativas do consumidor. De acordo com Kotler e Armstrong (2003), o preço é uma ferramenta do composto de marketing que a empresa utiliza seus objetivos. Em sentido mais restrito, “o preço é o volume de dinheiro cobrado por um produto ou serviço”. Em um sentido mais amplo, o preço é a soma dos valores que os consumidores trocam pelo benefício de possuírem ou usarem um produto ou serviço. 3. METODOLOGIA A metodologia é um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição objetiva do conhecimento, de uma maneira sistemática (RODRIGUES, 2007). Segundo Gil (2008), metodologia é a descrição detalhada dos métodos, técnicas e processos seguidos na pesquisa, explicando as hipóteses ou pressupostos, população ou amostra, os instrumentos e a coleta de dados. Para o desenvolvimento do certame serão implementadas estratégias de investigação através de levantamento de material bibliográfico e análise dos mesmos. Inicialmente será feita uma pesquisa bibliográfica com o propósito de se investigar sobre a satisfação dos clientes do restaurante e aplicada uma pesquisa quantitativa e qualitativa através da aplicação de um instrumento de pesquisa, no caso questionário composto por questões objetivas aos clientes do restaurante. No segundo momento serão analisadas todas as fontes bibliográficas levantadas sobre o assunto e agrupadas as respostas dos questionários para fins de análise e conclusão. Finalmente os resultados serão sistematizados na forma de gráficos e análise textual mediante comparação com os autores estudados. CONSIDERAÇÕES FINAIS A satisfação do cliente é o elemento-chave que demonstra o sucesso de uma organização. É preciso sempre entender as necessidades do cliente e atende-los, para que ele se sinta confiante em relação aos produtos e serviços oferecidos. Nenhuma empresa sobrevive sem valorizar seus clientes, ou seja, sem colocá-los em primeiro lugar, fazendo com que toda a organização trabalhe em prol do mesmo. É essencial que o restaurante tenha um bom atendimento e relacionamento com seus clientes, além de consegui identificar as suas necessidades, evitando, assim, sua insatisfação. As organizações têm de fazer mais do que simplesmente contentar seus clientes. Se quiserem conservá-los precisam conquistar sua fidelidade, e a fidelidade por sua vez só é alcançada através da satisfação plena do cliente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AZEVEDO, S. C. Guia valor econômico de marketing para pequenas e médias empresas. São Paulo: Globo, 2002. CHIAVENATO, I. Administração nos novos tempos.6.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000. _____________. Administração Geral e Pública. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. _____________. Administração: teoria, processo e prática.4.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. CHURCHILL, Jr.; GILBERT, A.; PETER, J. P. 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INTRODUÇÃO Toda organização independente de porte, deve ser organizada e estruturada de maneira sincronizada e que traga consigo nada mais que o retorno dos investimentos que os empresários esperam compatível com os riscos assumidos que é o foco de toda organização. A Administração Financeira se preocupa com gestão referente aos assuntos financeiros da empresa independente de ser Financeira ou não, com ou sem fins lucrativos, onde os mesmos desempenham diversas funções Financeiras, como planejamento, concessão de créditos, avaliam projeto de investimentos, captação de recursos para o financiamento para a empresa e que controla todas as atividades Financeiras envolvidas na empresa, tendo como objetivo o aumento de patrimônio, melhoramentos de resultados apresentados pela empresa, aumento do lucro líquido. Nesse contexto, Gitman (2010) defende que: A Administração Financeira preocupa–se com as tarefas do administrador financeiro da empresa, os administradores financeiros devem gerir ativamente os assuntos financeiros de qualquer tipo de empresa Financeiras ou não Financeiras, privadas e públicas, grandes e pequenas, com ou sem fins lucrativos (GITMAN, 2010, p. 04.) Dentre os desafios de um administrador temos: levantar e alocar recursos para que a empresa possa desenvolver seu produto ou prestar seu serviço. Todavia, para que o administrador possa efetivamente levantar esses recursos e bem aloca-los, faz-se necessário conhecer de perto as principais especificidades da administração financeira (FONSECA, 2009). A Administração Financeira possui extrema importância no apoio aos gestores financeiros. Assim sendo, a área Financeira de uma organização deve ser bem estruturada, e objetiva, pois a partir dela é que decisões serão tomadas, recursos serão geridos, investimentos serão feitos e levantada para uma chamada de capital ou financiamentos. Desta maneira, permite a empresa gerir recursos com o realizável em longo prazo, com recebimentos e projeções futuras desses recursos, podendo fazer programações e gerenciar com maior segurança mesmo em tempos de crises econômicas, pois a base Financeira estará sólida e estruturada. Esse projeto tem o intuito de compreender como funciona Administração Financeira nas empresas de pequeno grande porte. Trata-se de um trabalho muito importante para formação acadêmica, pois contribui para o acadêmico se organize para fazer planejamento uma projeção para poder chegar a um resultado positivo, após esse trabalho vamos ter conhecimento de como desenvolver uma consultoria apurando contas, decidindo a saúde da empresa. A contribuição da Administração Financeira na área da sua empresa tem uma importância do conhecimento dos seus gastos do dinheiro que entra, se pode fazer investimento ou a quantia certa disponível para um investimento é um processo como deve direcionar a empresa a tomada das suas decisões a que pode ser feito. Este projeto tem o intuito de fazer com que as informações coletadas, organizadas, geridas e aplicadas gerem resultados significativos, auxiliando a empresa a crescer e se organizar, obtendo lucro com todas suas vendas. Objetivo geral é diagnosticar e analisar a área/função Financeira na empresa Romagnole da cidade de Mandaguari-PR Os objetivos específicos são: a) Identificar a existência da área/ função Financeira na empresa, a fim de compreender sua política de atuação; b) Destacar o mecanismo utilizado para captação e alocação de recursos e investimentos; c) Verificar os profissionais que atuem na gestão dos recursos financeiros destacando seu perfil e atividades/responsabilidade; 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A Administração Financeira e Orçamentária é uma área que trata de assuntos voltada as operações para organização Financeira, é uma das áreas mais importantes da empresa, tais como o fluxo de caixas, transações Financeiras de credito pagamentos, financiamentos, cobrança, câmbio, movimentação de recurso, investimento, tudo se trata e passa na área Financeira da empresa. Trata-se de um controle de uma empresa de pequeno ou grande porte não importa o tamanho da empresa é necessário passar pela área da Administração Financeira se área estiver bem a empresa vai ter saúde. A Administração Financeira e Orçamentária é uma área que trata dos assuntos relacionados ás operações Financeiras, operacionais das organizações, tais como as operações de fluxo de caixa, transações Financeiras, operações de credito, pagamento (BRAGA, 1995). O principal objetivo de a Administração Financeira maximizar a riqueza dos acionistas da empresa, Administração Financeira para as empresas é o aumento de seu lucro é a maximização do seu lucro, ou seja, rentabilidade para com seus proprietários, todas as atividades empresariais envolvem recursos financeiros que orientam para a obtenção de lucros, tem objetivo de planejar um investimento de quantos pode investir aos risco que pode acontecer vim a ser futuras, suas atividades abrangem decisões estratégicas, como a seleção de alternativas de investimentos e as decisões de financiamento. O principal objetivo da Administração Financeira para as empresas é o aumento de seu lucro/rentabilidade para com seus proprietários. Todas as atividades empresariais envolvem recursos financeiros e orientam-se para a obtenção de lucros, os proprietários investem em suas entidades e doravante pretendem ter um retorno compatível com o risco assumido, através de geração de resultados econômicofinanceiros (lucro/caixa) adequados por um tempo longo, ou seja, durante a perpetuidade da organização (BRAGA, 1995). A Administração Financeira e Orçamentária está estritamente ligada à Economia e contabilidade, podendo ser vista como uma forma de economia aplicada, que se baseia amplamente em conceitos econômicos, como também em dados contábeis para suas análises, Administração da estrutura Financeira da empresa, é entendida os aspectos relacionados com a composição mais adequada de financiamento a curto, médio e longo prazo, dada as suas implicações com a liquidez e rentabilidade do negócio, e também na própria determinação das melhores fontes de financiamento a curto, médio e longo prazo para suprimento das necessidades de capital de giro e recursos financeiros destinados à composição do ativo fixo da empresa. A gestão Financeira compreende uma atividade muito importante para organização, toda a atividade empresaria envolvem recurso de investimento, portando devem ser conduzidas para obtenção de lucro os objetivos máximos da Administração Financeira e Orçamentária as áreas das atividades Financeiras de uma empresa possuem informações com base no balanço patrimonial e do fluxo de caixa. Entende-se por Finanças uma série de princípios econômicos (sobretudo no que concerne ao estudo da microeconomia) e financeiros para maximizar um determinado resultado de valor num período de tempo. Esse resultado, com efeito, é a riqueza que pode ser medida através do lucro ou através do aumento do patrimônio de uma empresa (FONSECA, 2009, p.13). É notável que Finanças abrange uma vasta análise e princípios afim de se chegar a sua determinada riqueza. O planejamento financeiro é uma projeção de receitas e despesas que tem por finalidade indicar a situação econômica geral de uma empresa ou projeto, a partir de um planejamento financeiro, é possível definir quando de dinheiro está disponível e, assim, direcionar seu uso, sem um planejamento financeiro, é praticamente impossível realizar umas projeções, analisar e aplicar seus investimentos no momento certo, supor custo e reconhecer as melhores oportunidades para direcionar seu negócio. Quadro N° 1 - Funções da Administração Financeira: Fonte: Lemes Junior; Rigo; Cherobin (2005, p. 5) Visa a orientar as decisões quanto à composição, as fontes de recursos da empresa em termos de recursos próprios e de terceiros, estes últimos podendo ser de curto e longo prazos, a melhor composição da estrutura do capital é condição relevante para uma eficácia na busca dos retornos, está atribuição se é a captação de recursos das diferentes fontes potenciais de financiamentos existentes: capitais próprios e de terceiros, cabe ao administrador financeiro o papel de selecionar as fontes de recursos que sejam mais vantajosas para a empresa. Planejamento financeiro é o processo de estimar a quantia necessária de financiamento para continuar as operações de uma companhia e de decidir quando e como a necessidade de fundos seria financiada. Sem um procedimento confiável para estimar as necessidades de financiamento, uma companhia pode acabar não tendo fundos suficientes para seus compromissos tais como juros sobre empréstimo, duplicadas pagar, despesa e aluguel (NIKBAKHT, 1998, p.364). O planejamento financeiro e orçamentário é desenvolvido fundamentalmente por meio de projeções como estimativa mais aproxima possível da posição econômico-Financeira esperada. Compreende a programação avançada de todos os planos da Administração Financeira e a integração e coordenação desses planos com os planos operacionais de todos as áreas da empresa. O planejamento financeiro mostra-se não somente como uma ferramenta para a boa gerência, mas sim como algo necessário a sobrevivência da em gestão da empresa, planejar trata-se como traçar metas, elaborar planos direcionados a peculiaridades do projeto que se almeja por em prática e Finanças da empresa é criar uma estratégica econômica, para que se atinjam os objetivos que podem ser de curto ou longo prazo, da maneira mais estrutura e precisa possível, realizando este processo, a empresa obter o seu crescimento financeiro e estrutural planejamento com maior facilidade e auxilia a mesma a possuir sustentabilidade em seus empreendimentos. Nesse contexto, entende-se que “planejamento financeiro é um aspecto importante para o funcionamento e sustentação da empresa, pois fornece roteiros para dirigir, coordenar e controlar suas ações na consecução de seus objetivos” (GITMAN, 1997, p.589). O administrador financeiro é o principal responsável pela criação de valor da empresa sendo assim o mesmo deve gerir os assuntos financeiros da empresa seja ela Financeira ou não, grandes ou pequenas, com ou sem fins lucrativos, o administrador financeiro de se envolver com os negócios da empresa suas atividades abrange decisões estratégicas, como gestão de fluxo financeiro ou fluxo de caixa, administrar riscos financeiros, analisar e avaliar o desempenho financeiro da empresa no geral, Administração da liquidez da empresa, sua área de abrangência é ampla, ocupando-se do processo financeiro, dos mercados e das instituições Financeiras, dos instrumentos financeiros e das Finanças pessoais, governamentais e corporativas. O administrador financeiro está preocupado em manter a solvência da empresa proporcionando o fluxo de caixa para que possa suprir suas obrigações e adquirir ativos para a empresa de forma atender suas metas diante da empresa. Dentre os desafios de um administrador temos: levantar e alocar recursos para que a empresa possa desenvolver seu produto ou prestar seu serviço. Todavia, para que o administrador possa efetivamente levantar esses recursos e bem aloca-los, faz-se necessário conhecer de perto as principais especificidades da Administração Financeira (FONSECA, 2009). O autor explica que são diversos os desafios que um administrador pode enfrentar, e se faz necessário possuir o conhecimento financeiro para superar esses desafios. Nesse mesmo contexto, Gitman (2010) afirma que: Profissionais de todas as áreas de responsabilidades em cada empresa precisam interagir com os procedimentos de Finanças para desempenhar suas tarefas, e para que os administradores financeiros possam fazer previsões e tomar decisões úteis. A função da Administração Financeira pode ser descrita por meio de seu papel na organização, de sua relação com a teoria econômica e as ciências contábeis e das principais atividades do administrador financeiro. O administrador financeiro tem pelo menos dois desafios importantes no seu dia a dia, ou seja, quanto investir e em quais ativos investir, e como financiar estes investimentos, isso é algumas das atribuições do gestor financeiro, nessas atribuições ainda podemos destacar a análise de interpretação econômica e financeiros pelo sistema contábil com essas informações ficara mais fácil a tomada de decisões pela empresa em suas diferentes áreas, como maior acerto em suas decisões Financeiras. O administrador financeiro defronta-se continuamente com dois grandes dilemas, decorrentes das incertezas dos fluxos de benefícios futuros: a avaliação do retorno de um investimento em relação ao risco e a possibilidade de ter maior retorno ou rentabilidade sacrificando provisoriamente sua capacidade de liquidez ou pagamento. (PADOVEZE, 2005, p. 52). O Administrador financeiro não deve ser muito conservador, pois se o administrador for muito conservador provavelmente não vai querer correr riscos para empresa por outro lado a empresa não aumentara seu valor para os acionistas, mas também o administrador se o mesmo for muito agressivo na aplicação do capital que exponha a empresa num grau excessivos poderá gerar um risco insuportável para empresa o melhor caminho seria administrador financeiro avaliar as melhores alternativas no mercado utilizando técnicas adequadas. Que possa demonstrar ao administrador financeiro uma visão abrangente das políticas do Governo e instituições privadas, as atividades econômica é controlada, operando no campo econômico o administrador financeiro se apega nas teorias de operação da firma e aumentam o lucro para desenvolver um plano que seja bem-sucedido, portanto o administrador financeiro cuida da viabilidade Financeira da empresas ou seja sua existência onde a maioria das decisões tomadas pela empresa sempre será medida em termos financeiros, o administrador financeiro tem um papel chave nas operações da empresa, esse profissional poderá administrar os negócios financeiros de qualquer tipo de empresa. O custo capital é o elemento decisório integrador das três decisões Financeiras. O custo de capital das fontes de financiamento determina a avaliação do projeto de investimentos e sua aceitação ou não. Os lucros gerados pelos investimentos devem cobrir o custo d capital, remunerando as fontes próprias e de terceiros e gerando valor adicionado para a empresa e para os acionistas. Após a remuneração das fontes de financiamentos de terceiros, a distribuição de dividendos justifica o investimento de capital dos acionistas (PADOVEZE, 2005, p. 50). Ao administrador financeiro cabe coordenar as atividades de tesouraria e controladoria, a controladoria lida com contabilidade de custos e Financeira, pagamento de impostos e sistemas de informações gerenciais, a tesouraria é responsável pela Administração do caixa e dos créditos da empresa, pelo planejamento financeiro e pelas despesas de capital, cabe ao gestor financeiro fundamentalmente coletar, sistematizar, analisar e divulgar informações que possibilitem aos administradores das demais áreas da organização tomar decisões Financeiramente corretas. 3. METODOLOGIA A Metodologia é a maneira, o caminho a ser seguido para desenvolver uma pesquisa. Nesse aspecto, Lakatos e Marconi (2003, p.82) aborda que: Método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo - conhecimentos válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista. É possível notar que os autores afirmam que método nada mais é que o bom entrosamento das ações acerca de se alcançar o resultado e objetivo esperado. Esses métodos podem ser: religioso, filosófico, senso comum e científico. Para que esses métodos científicos se cumpram deve-se obedecer as seguintes etapas: descobrimento do problema, colocação precisa do problema, procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao problema, tentativa de solução do problema com auxílio dos meios identificados, invenção de novas ideias, obtenção de uma solução, investigação das consequências da solução obtida, prova (comprovação) da solução e correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados empregados na obtenção da solução incorreta (LAKATOS e MARCONI, 2003). Segundo Lakatos e Marconi (2003, p. 183) “pesquisa bibliográfica são fontes de documentos buscados pelo pesquisador com diversas informações, seguindo procedimentos distintos mais com o objetivo de desvendar o problema”. Uma melhor definição de pesquisa de campo pode ser observada segundo Freitas e Provad (2013, p.59) onde afirmam que: Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema para o qual procuramos uma resposta, ou de uma hipótese, que queiramos comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles. Consiste na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes e no registro de variáveis que presumimos relevantes, para analisá-los Pesquisa de campo é aquela onde o pesquisador buscará respostas para que ele possa provar uma solução para um problema, ou para uma hipótese através de testes e através da observância de fenômenos do que ocorrem, com o objetivo de entender e explicar o problema pesquisado, sendo assim as proposições que geraram o raciocínio possibilitaram alcançar conclusões fundamentadas por meio de evidências verdadeiras ou seja as conclusões devem ser verdadeiras. 4. RESULTADOS DA PESQUISA A empresa ROMAGNOLE PRODUTOS ELÉTRICOS S.A. localizada na Rodovia BR 376 – km 394 – Parque Industrial, com Inscrição no CNPJ: 78.958.717/0016-14, possui 2 sócios, atua no ramos Fabricação de Transformadores Elétricos, tem como missão Prover o mercado com produtos para geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, buscando o crescimento sustentável do negócio, e com seus valores: Gerenciamento empreendedor, inovador e participativo; Busca constante pela satisfação dos clientes; Gestão socioambiental responsável; Ética, transparência e seriedade; Busca pela melhoria continua; Valorização do ser humano. A empresa atua no ramo de fabricação de produtos para geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Em 1960, Álvaro Romagnolli e Vicente Romagnole, começaram com produtos de encanamentos de agua, postes, instalações de caixas d’agua, tampo de poço, ladrilho para calçadas e começaram a revender os produtos que vinha de Ibiporã, e em 1962 aparecia um produto e os sócios viam que tinha mercado e produziam, com a recém chegada da energia elétrica em Mandaguari, a Copel começou a instalar os postes de concretos e isso os motivou muito, produziram os postes pequenos e após quatro anos começaram a produzir os postes grandes em paralelo nesse período os irmãos fabricavam tanques de lavar roupas, pias. Os novos produtos eram rentáveis porque não tinha quem fabricava na região nesse período o café predominava e tinha muito dinheiro tinha muitos empréstimos de amigos que faziam os empréstimos a juros menores que o banco esse tipo de empréstimo foi até 1967, quando o Banco do Brasil financiou um dos primeiros caminhões, nesse mesmo ano a empresa já possuía algum patrimônio então compraram o terreno ou seja dois primeiros lotes onde hoje é a Matriz Romagnole, o negócio foi crescendo e compraram a quadra inteira. Nos anos de 1970 o governador do Paraná chamou os irmão no Palácio Iguaçu e fez empréstimos pelo BNDS para que construísse a fábrica de poste nessa época a empresa possuía quase 100 funcionários, prepararam para produzir postes e veio um projeto para eletrificação rural, foram 470 mil propriedades beneficiadas isso ajudou a Romagnole a virar uma grande empresa teve uma época que a empresa precisou comprar seis caminhões de uma só veze chagaram a quarenta pois não tinha transportadoras, atualmente o transporte é terceirizado que segundo Álvaro “abrimos mão da transportadora para cuidarmos daquilo que realmente sabíamos fazer bem.” Em 1975 os irmãos enxergam que poderiam expandir seus produtos, com isso começam a produzir em pequena escala as ferragens eletrotécnicas, logo em seguida os sócios no ano de 1976 de um passo que exigiria maior tecnologia começaram a fabricar transformadores onde a empresa segue no seguimentos elétrico fabricando postes, ferragens eletrotécnicas e transformadores até o ano de 2000 a empresa tinha sua razão social como Irmãos Romagnole em seguida mudando sua razão social para Romagnole Produtos Elétricos no qual é o nome atual. A empresa trabalha hoje com o sucessor que é o presidente Alexandre Romagnole filho de Vicente e conta com um conselho de seis pessoas no qual quatro são da família composta por Álvaro Jose Romagnolli, Vicente Romagnole, Silvana Romagnole e Simone Romagnole. N°2 - Funções da Organização. Conselho de Administração Diretor Geral Diretor Financeiro Diretor de Artefatos Gerente Transformador Distribuição Diretor de Transformadores Diretor de Ferragens Gerente Transformador Industriais Gerente Componentes Diretor de Vendas Coordenação de Produção Líder de Caldeiraria Líder de Pintura Líder de Alta e Baixa Tensão Líder de Parte Ativa Líder de Fechamento Fonte: Os autores (2016) Na empresa em estudo existem as seguintes atribuições e/ou cargos: Conselho de Administração: conta com um conselho de seis pessoas no qual quatro são da família. Diretor Geral: responsável pelo grupo Romagnole onde o mesmo é filho de um dos fundadores, onde tem os demais diretores são seus subordinados. Diretor Financeiro: responsável por toda parte Financeira como: investimentos, financiamentos, alocação de recursos, captação de recursos, compra de matéria prima, estoques, vendas. Diretor de Artefatos: responsável pela fábrica de poste de concreto, administrando a produção e buscando sempre inovar para alcançar melhor posição no mercado e sendo cada vez mais competitivos. Diretor de Transformadores: responsável pela fábrica de transformadores de distribuição e industriais administrando a produção e buscando sempre inovar para alcançar melhor posição no mercado e sendo cada vez mais competitivos. Diretor de Ferragens: responsável pela fábrica de Ferragens eletrotécnica administrando a produção e buscando sempre inovar para alcançar melhor posição no mercado e sendo cada vez mais competitivos. Diretor de Vendas: responsável pela venda de todas os produtos fabricado pelo grupo Romagnole uma função de suma importância pois a empresa sobrevive das vendas de seus produtos para que possa se manter no mercado e tenha recursos para seus investimentos. Gerentes de Transformadores: responsável pela produção e Administração buscando melhorias em seus processos, solicitando investimentos. Coordenação de produção: responsável de coordenar as áreas produtivas junto a seus líderes buscando atender a qualidade do produto e a pontualidade de entrega. Líderes: responsável cada qual pelo seu setor buscando fabricar seus produtos com qualidade e pontualidade com o empenho de seus colaboradores. O Grupo Romagnole é integrado de aproximadamente de 2200 colaboradores. A empresa Romagnole possui a função Financeira e também está estruturada com a área Financeira onde tem como algumas atividades como: atividades rotineiras de pagamentos, recebimentos, alocação de recursos e captação de recursos, financiamentos. A captação de recursos ocorre praticamente quase na totalidade de maneira própria com a venda através da venda de seus produtos, esses recursos fica mantido no caixa da empresa para aquisição de matérias primas, pagamentos dos colaboradores, para despesas administrativas e para investimentos como maquinários, infraestrutura e novos barracões, quando de valores não muitos altos para esses investimentos é realizado com recursos próprios, quando o valor for muito alto a empresa busca a captar os recursos através de financiamentos. A empresa busca trabalhar com os estoques reduzidos, onde a mesma está adotando uma nova política de estoque “estoque zero”, essa nova política parte do princípio que os fornecedores entreguem as matérias primas conforme a necessidade assim a empresa não desembolsa um valor alto em matéria prima para ficar parada até que a produção necessite dessa matéria prima. A empresa trabalha com a seguinte política Financeiras a conta a pagar a empresa designou sete dias após a geração da nota o pagamento e quanto as contas a receber a empresa trabalha com a seguinte política o cliente compra a peça que ele deseja a empresa dá um prazo de entrega para o cliente até que a peça esteja pronta, na data de entrega a empresa fatura a nota para o cliente assim o cliente faz o pagamento para empresa. Quadro n° 3 – Estrutura do Financeiro FINANCEIRO Cargo Analista Financeiro Jr Assistente Financeiro Analista Financeiro Jr Assistente Financeiro Coordenador Financeiro Gerente Financeiro Assistente Financeiro Cordenador Financeiro Analista Financeiro Jr Idade Sexo 37 20 47 32 37 50 22 42 42 Responsabilidade Tempo Empresa No Cargo Masculino Analise de Credito 10 anos e 8 meses 3 anos e 9 meses Masculino Analise de Credito e Cobrança 2 anos e 11 meses 6 meses Feminino Analise de credito 5 anos e 6 meses 1 ano e 7 meses Feminino Pedidos a Vista 3 anos e 7 meses 1 ano e 7 meses Masculino Coordenador de Credito e Cobrança 15 anos e 10 meses 5 anos e 6 meses Masculino Gerencia 5anos e 10 meses 7 anos e 7 meses Feminino Tesouraria 4 anos e 1 meses 6 meses Masculino BNDS, Financiamentos, Credito especial 18 anos e 10 meses 6 anos e 9 meses Feminino Duplicatas a pagar e a Receber 7 anos e 10 meses 3 anos e 1 meses Formação Bach. Em Administração Cursando Bach. Em Adiministração Bach. Em Administração Bach. Em Administração Bach. Em Ciencias Contábeis Bach. Em Ciencias Contábeis/ADM Bach. Em Ciencias Contábeis Bach. Em Ciencias Contábeis Bach. Em Administração Fonte: Os autores (2016) O financeiro da empresa é composto por 9 colaboradores onde 5 são do sexo masculino e 4 feminino com idade media de de 36 anos, dentre os mesmo temos 4 formados em Ciencias Contabeis e 5 em Administração, os colaboradores tem em media 8,5 anos de empresa e 7 anos no cargo. Quadro n° 4 – Estrutura de Controladoria CONTROLADORIA Cargo Assistente Contábil Assistente Contábil Assistente Contábil Assistente Contábil Assistente Contábil Assistente Contábil Assistente Contábil Assistente Fiscal Assistente Fiscal Analista Fiscal Jr. Analista Contábil Jr Analista Fiscal Jr. Analista Contábil Jr Analista Contábil Jr Analista Contábil PL Analista Contábil PL Analista Contábil PL Coordenador Contábil Coordenador Contábil Coordenador Fiscal Contador Responsável Gerente Executivo Idade 26 26 26 29 24 25 26 29 29 31 38 48 56 28 27 29 32 45 32 50 52 46 Sexo Responsabilidade Tempo Empresa Feminino Entrada e Saida de Nota fiscal 4 anos e 2 meses Feminino Fluxo de Caixa 5 anos e 2 meses Feminino Nota fiscal de Saida 2 anos e 5 meses Masculino Nota fiscal de Saida 5 anos e 8 meses Masculino Lançamentos Contábeis 1 anos e 6 meses Feminino Ativo Imobilizado 3 anos e 3 meses Masculino Custo/Markup 5 anos e 1 meses Feminino Nota fiscal de Entrada 3 anos e 3 meses Masculino Nota fiscal de Entrada e Analises Fiscais 3 anos e 10 meses Feminino Pesquisa de Normas Contábeis 10 anos e 6 meses Masculino Seguros/Ativo Imobilizado 11 anos e 4 meses Masculino Controle de Banco/Fluxo de Caixa 28 anos e 5 meses Feminino Nota fiscal de Entrada 16 anos e 10 meses Feminino Lançamento de Notas Fiscais 5 anos e 1 meses Feminino Auditoria 7 anos e 1 meses Masculino Auditoria 7 anos e 9 meses Masculino Custo/Markup 10 anos e 6 meses Masculino Coordenador de Custo e Markup 25 anos e 3 meses Masculino Coordenador de Ativo Imobilizado 10 anos e 1 meses Feminino Cordenador Fisca 28 anos e 5 meses Feminino Contadora 31 anos e 1 meses Feminino Gerencia 28 anos e 1 meses No Cargo 2anos e 2 meses 1 ano e 1 mês 6 meses 10 anos e 1 meses 1 ano 1 ano e 6 meses 2 anos e 7 meses 3 anos e 8 meses 4 anos e 8 meses 1 ano e 1 mês 1 ano e 3 meses 5 anos e 11 meses 6 anos e 2 meses 11 meses 2 anos e 9 meses 3 anos e 1 mês 3 anos e 1 mês 5 anos e 3 meses 4 anos e 11 meses 8 anos e 3 meses 10 anos e 7 meses 1 anos e 6 meses Formação Bach. Em Ciencias Contábeis Bach. Em Ciencias Contábeis Bach. Em Ciencias Contábeis Bach. Em Ciencias Contábeis MarKeting Bach. Em Ciencias Contábeis Bach. Em Administração Bach. Em Ciencias Contábeis Bach. Em Ciencias Contábeis Bach. Em Administração Bach. Em Ciencias Contábeis Bach. Em Ciencias Contábeis Bach. Em Ciencias Contábeis Bach. Em Ciencias Contábeis Bach. Em Ciencias Contábeis Bach. Em Ciencias Contábeis Bach. Em Ciencias Contábeis Bach. Em Ciencias Contábeis Bach. Em Ciencias Contábeis Bach. Em Ciencias Contábeis Bach. Em Ciencias Contábeis Licenciatura Matematica Fonte: Os autores (2016) No departamento de Contoladoria temos 22 colaboradores com uma media de idade de 34 anos, praticamnete a metade de cada sexo ou seja 12 mulheres e 10 homens, quase todos da area são formadoe em contabilidade 18 colaboradores de 22 da area, com media de 4 anos na função e media de 10 anos de casa, a empresa tem uma politica de recrutamento interno onde a mesma busca selicionar entre seus colaboradores as pessoas certas para cada area de acaordo com o perfil que a função necessita. Responsabilidades: Assistente Contábil: este tem as seguintes responsabilidade: entrada e saida de nota fiscal, fluxo de caixa, lançamentos contábeis, ativo imobilizado, custo/markup. Assistente Fiscal: este tem as seguintes responsabilidade:nota fiscal de entrada, analises fiscais e pesquisa de normas contábeis. Analista Contábil: este tem as seguintes responsabilidade: seguros,ativo imobilizado, lançamento de notas fiscais, auditoria, custo/markup. Coordenador Contábil: este tem as seguintes responsabilidade: coordenar de custo e markup e ativo imobilizado. Contador Responsável: este tem as seguintes responsabilidade: acompanhar se todas as atividades acima estão de acordo de modo a evitar discrepancia entre o realizado e o que a norma exige. Gerente Executivo: este tem as seguintes responsabilidade de gerenciar todas as atividades relacionadas a area de contralodoria de acordo com as normas de contabilidade. Analista Financeiro: este tem a responsabilidade de analise de credito e duplicatas a pagar e a receber Assistente Financeiro: tem a responsabilidade de analisar credito e cobrança, pedidos a vista e tesouraria Coordenador Financeiro: tem a responsabilidade de coordenadar os credito e cobrança, BNDS, financiamentos, credito especial. Gerente Financeiro: sua responsabilidade é gerenciar a area Financeira da empresa. As necessidades da empresa no presente momento, está ligada mais a questão de reduções de custos, pois o país passa por um momento de recessão onde as organizações está em dificuldades para vender e diante de tanta concorrência e pouco volume de pedido de produtos se faz necessários a busca pela redução de custo para que a empresa possa ser mais competitiva no mercado. A melhoria para a empresa em estudo será aplicada com o foco na redução de custos de produção. 5.CONSIDERAÇÃO FINAL Este trabalho foi para aprimorar e mudar o setor de forma a atrair melhores resultados o projeto de mudança se faz necessario para melhor produtividade para tornar mais competitivo e uma melhor ergonomia ao colaborador de forma que o mesmo se canse menos e produza mais com maior qualidade, esse trabalho nos ajuda a etender como é estruturada uma 9organização e suas funções e a responsabilidade de cada um dentro de uma empresa, tambem conseguimos enchergar que a empresa já possui a area finaceira onde encontramos algumas atividades rotineras como pagamentos, recebimentos, alocação de recursos e captação de recursos, a organização busca trabalhar com estoques baixos de forma que os fornecedores entregue varias vezes aos poucos, ao grandes lotes, as funções finaceiras se inves de entregar divide em area de controladoria e area de financeiro, onde são praticamente metade de homens e mulheres e temos uma media de 6 anos que esses profissionais atuam na area, setenta e cinco porcento são formados em Ciencias Contabeis, esses profissionais tem em média 35 anos de idade. Quando tem um projeto a gerencia é envolvida e consequentemente a diretoria para que o mesmo consiga os recursos juntos a Administração Financeira da empresa, muitas vezes será necessario o treinamento dos colaboradores no caso de aquisição de novo equipamento isso se faz necessario para capacitação e atualização os treinamentos serão realizados na pratica assim podera ter melhores resultados do novo equipamento e o resultado será melhores produtos. REFERÊNCIAS: FONSECA, José Wladimir Freitas da. Administração Financeira e Orçamentária. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009. FREITAS, Ernani Cesar de PRODAV, Cleber Cristiano. Metodologia do Trabalho Cientifico: Método e Técnicas de Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. Novo Hamburgo Rio Grande do Sul: Ed. Feevale. 2013. GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 12ª. São Paulo. Ed. Pearson Prentice Hall, 2010. LEMES JUNIOR, Antônio Barbosa; RIGO, Claudio Miessa; CHEROBIM, Ana Paula Mussi Szabo. Administração Financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras. 2. ed. revista e atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 5ªtiragem. MARCONI, Marina de Andrade. LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos da Metodologia Cientifica. 5ª. São Paulo: Ed. Atlas, 2003. PADOVEZE, Clóvis Luís. Introdução à Administração Financeira. São Paulo. Ed. Pioneira Thomson Learning, 2005. ADDUCI, Rodrigo, SOARES, Ulisses Batista. Fluxo de Caixa. São Paulo, 2008. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/fluxo-de-caixa/26610/. Acesso em Agosto /2016 HOJI, Masakazu. Administração financeira e orçamentária: matemática aplicada, estratégias financeiras, orçamento empresarial. 8. Ed. – 2. Reimpr. – São Paulo: Atlas, 2010 GRECO, Alvísio Lahorgue; AREND, Lauro. Contabilidade: teoria e prática básicas. 4. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2013. XII ERIC – (ISSN 1808-6004) ANÁLISE DA ÁREA FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA EM UMA EMPRESA DO SETOR DE VENDAS DA CIDADE DE MANDAGUARI PR. JOÃO RAFAEL JACOMELLO PIRES (FAFIMAN) [email protected] MARCUS VINICIUS AMERICO DE OLIVEIRA (FAFIMAN) [email protected] KATIA TÓFFOLO SIMIO (FAFIMAN) [email protected] 1. Introdução Neste trabalho abordaremos o tema Administração Financeira e seus métodos existentes, na análise de investimentos, como proceder em cada situação cotidiana e reconhecer os tipos de negócios disponíveis para a empresa. A Administração Financeira está estritamente ligada à Economia e à Contabilidade, pode ser vista como uma forma de Economia aplicada, que se baseia amplamente em conceitos econômicos e em dados contábeis para suas análises. No ambiente macro a Administração Financeira enfoca o estudo das instituições financeiras e dos mercados financeiros e ainda, de como eles operam dentro do sistema financeiro nacional e global. A nível micro aborda o estudo de planejamento financeiro, administração de recursos, e capital de empresas e instituições financeiras. A meta principal da Administração Financeira para as empresas é o aumento de seu lucro/rentabilidade para com seus proprietários. Todas as atividades empresariais envolvem recursos financeiros para a obtenção de lucros. Os proprietários investem em suas entidades e com o tempo, pretendem ter um retorno compatível com o risco assumido, através de geração de resultados econômicofinanceiros (lucro/caixa) adequados por um tempo longo. Na visão dos proprietários, uma organização pode ser conhecida como um sistema de gera lucros e maximiza os recursos nela investidos. Ao tentar atingir essa meta, devemos aplicar o principio do balanceamento entre risco e retorno. No geral, o planejamento financeiro indica os caminhos que levam as conquistas dos objetivos da empresa, tanto a curto prazo como também a longo prazo. Para isso, ou para uma gestão financeira eficaz, os administradores necessitam de ferramentas confiáveis para que o gestor possa tomar as decisões certas e oportunas. O Fluxo de caixa tem sido uma dessas ferramentas, sendo uma das mais eficazes na gestão financeira da empresa. 2. Fundamentação Teórica A Administração Financeira está estritamente ligada à Economia e à Contabilidade, pode ser vista como uma forma de Economia aplicada, que se baseia amplamente em conceitos econômicos e em dados contábeis para suas análises. No ambiente macro a Administração Financeira enfoca o estudo das instituições financeiras e dos mercados financeiros e ainda, de como eles operam dentro do sistema financeiro nacional e global. A nível micro aborda o estudo de planejamento financeiro, administração de recursos, e capital de empresas e instituições financeiras. A meta principal da Administração Financeira para as empresas é o aumento de seu lucro/rentabilidade para com seus proprietários. Todas as atividades empresariais envolvem recursos financeiros para a obtenção de lucros. Os proprietários investem em suas entidades e com o tempo, pretendem ter um retorno compatível com o risco assumido, através de geração de resultados econômicofinanceiros (lucro/caixa) adequados por um tempo longo. Na visão dos proprietários, uma organização pode ser conhecida como um sistema de gera lucros e maximiza os recursos nela investidos. Ao tentar atingir essa meta, devemos aplicar o principio do balanceamento entre risco e retorno. Trata-se de um tema de grande relevância no cenário das organizações e cabe a nós, administradores, o entendimento desse conceito para atingir sempre a satisfação e o êxito do colaborador e dos gestores. Administração Financeira define-se Administração financeira como sendo um conjunto de ações e procedimentos administrativos que envolvem o planejamento, a análise e o controle das atividades financeiras da empresa. Tem como objetivo geral a maximização dos lucros e como básicos tem como: manter a empresa em permanente situação de liquidez, obter novos recursos para planos de expansão e segurar o necessário equilíbrio entre os objetivos de lucro e os de liquidez financeira. Para isso se faz necessário um bom planejamento financeiro, que é o que trata o assunto abaixo. Mas antes disso vale lembrar que, uma correta administração financeira permite que se visualize a atual situação da empresa. Registros adequados permitem análises e colaboram com o planejamento para aperfeiçoar resultados. De acordo com Rodrigo Oliveira, analista de treinamento & desenvolvimento da TMKT, acredita que a contribuição do líder é fundamental para a disseminação dos valores da empresa e isso faz com que as pessoas entendam a melhor forma de desenvolver suas atividades e apresentar resultados. Já Leonardo de Campos, diretor da Simbiose, o líder deve alinhar os objetivos da sua equipe e conhecer um pouco sobre cada um de seus subordinados para que o resultado final seja concretizado com sucesso e atenda às necessidades da organização. Através disso se pode dizer que o tema em si é importante por causa do modo com que o mesmo afeta as instituições, pois com uma boa liderança e motivação em uma determinada empresa não se verá um má desenvolvimento diante dos gestores como com os funcionários, onde uma empresa com uma boa motivação e liderança empregada não terá problemas com a produção, vendas, setor financeiro e orçamentário e desenvolvimento interno. O setor financeiro é o principal setor de uma empresa, se ele não for bem administrado a organização não apresenta um crescimento desejado e autossuficiente. Segundo o Portal Administração “A Administração Financeira e Orçamentaria está estritamente ligada à Economia e Contabilidade, podendo ser vista como uma forma de economia aplicada, que se baseia amplamente em conceitos econômicos, como também em dados contábeis para suas análises.” Através disso se pode dizer que a Administração Financeira e Orçamentaria visa a melhor rentabilidade possível sobre os investimentos realizados pelos sócios na empresa, com isso os métodos otimizados na utilização dos recursos, que na maioria das vezes são poucos. 2.2 Planejamento da Administração Financeira Para atingir seus objetivos e criar formas de alcançá-los, a empresa precisa planejar antecipadamente, de modo que venha traçar formas e meios de conseguir chegar ao seu objetivo. Pode-se considerar o planejamento como uma das atividades de maior importância dentro de uma organização, que se faz necessária em todos os setores da empresa, principalmente nas atividades da área financeira, como afirma Gitman (1987): “Os planos financeiros e orçamentos fornecem roteiros para atingir os objetivos da empresa. Além disso, esses veículos oferecem uma estrutura para coordenar as diversas atividades da empresa e atuam como mecanismo de controle estabelecendo um padrão de desempenho contra o qual é possível avaliar os eventos reais.” Com o planejamento financeiro, o administrador financeiro pode acompanhar as diretrizes de mudanças e as rever quando se fizer necessário, visualizar com certa antecedência as possibilidades de investimentos, grau de endividamento e o seu montante de dinheiro que será necessário para se manter. No geral, o planejamento financeiro indica os caminhos que levam as conquistas dos objetivos da empresa, tanto a curto prazo como também a longo prazo. Para isso, ou para uma gestão financeira eficaz, os administradores necessitam de ferramentas confiáveis para que o gestor possa tomar as decisões certas e oportunas. O Fluxo de caixa tem sido uma dessas ferramentas, sendo uma das mais eficazes na gestão financeira da empresa. Interferência do tempo sobre a moeda. Quando uma empresa deseja fazer novos investimentos e planeja como deve ser feito, fatores econômicos devem ser analisados para tomada de decisões. De acordo com o autor Lawrence (2010) descreve, “Como o campo das finanças está intimamente associado ao da teoria econômica, os administradores financeiros precisam entender a estrutura da economia e estar alertas para as consequências de níveis variáveis de atividade econômica e de mudanças de política econômica”. Isso se dá principalmente em relação à moeda com sua valorização e desvalorização. Para um cenário de valorização da moeda nacional, imagina-se uma empresa brasileira que atua com o mercado de exportação. Quando acontece a valorização da moeda nacional, a empresa brasileira tem dificuldade competir com os produtos de outros países. Uma empresa que exporta para a Europa, onde o real valendo mais que o euro a empresa brasileira não conseguirá vender. Por exemplo, uma mercadoria brasileira que valha mil reais vai aumentar de preço para um europeu mesmo que o brasileiro continue vendendo por mil reais, pois lá na Europa, na hora de converter esse preço para euros, eles terão que dar mais euros para obter a mesma mercadoria. Ou o contrário para as empresas que importam. Esse momento é favorável, pois precisará de menos reais para a quantidade de euros na compra de uma máquina ou matéria-prima da Europa, por exemplo. Agora se imagina que o país esteja passando por um processo de desvalorização da moeda, consequentemente a inflação, onde a moeda nacional esteja perdendo seu valor, enquanto que outras como o dólar faz o inverso, para a empresa atua com o comércio exterior, que trabalha com a importação de matéria-prima, por exemplo, com a inflação em alta, o insumo torna-se mais caro e consequentemente o preço de produto final aumenta, alimentando ainda mais a alta da inflação. Portanto através dessas duas análises feitas da valorização e desvalorização da moeda, conclui-se que, de outra forma ou outra pode interferir no planejamento financeiro da empresa e o administrador financeiro tem que estar preparado e ter mecanismos parar prever esses tipos de situações para compor o planejamento. Os investimentos financeiros são alternativas para aqueles que desejam guardar algum dinheiro e realizar poupança para a aposentadoria, uso futuro em caso de necessidades, entre outros. O hábito de investir não é tão grande no Brasil, geralmente temos hábitos de fazer empréstimos e financiamento e não o contrário. Mas há inúmeras opções de investimentos financeiros com bons resultados e para todos os perfis, seja ele moderado, conservador ou agressivo. As principais modalidades de investimentos são os fundos de investimentos, a caderneta de poupança, ações, ouro, títulos da dívida pública, entre outros. Fundo de investimento também pode ser denominado por comunhão de recursos financeiros, isto é, todo o valor investido é utilizado na compra de bens, seja mobiliários ou títulos, que são todos passados ao investidor. Por tanto, o fundo de investimento é uma poupança aplicada, em que qualquer pessoa, física ou jurídica pode realizar, porém sempre por intermédio do banco ou gestora de fundos de investimentos. Os fundos de investimentos são classificados de acordo com o tipo de investimento, normalmente usa-se os termos conservador, moderado ou ousado para identificar o perfil do investidor e assim escolher o fundo mais adequado. Principais características: Um fundo é compartilhado, isto é, sua composição é feito com recursos de diversos investidores. O objetivo é tentar maximizar os lucros (retorno) com menor risco Geralmente os fundos exigem um investimento mínimo, cujo valor dependerá da instituição e das características do fundo. Eles podem ser classificados em: Renda fixa, renda variável, Multimercado e outros Em uma classificação mais específica eles podem ser destinados a investimentos em: ações, câmbio, imóveis, ouro, títulos do governo, entre outros. Como a área ou função financeira e orçamentaria de uma empresa do setor de vendas da cidade de Mandaguari/PR, encontra-se estruturada, bem como seu funcionamento? Analisar a área financeira e orçamentaria de uma empresa do setor de vendas da cidade de Mandaguari/PR, afim de apresentar proposta de viabilidade de projetos. Destacar o papel e a importância das finanças para a empresa. Identificar a existência da área/setor voltado aos recursos financeiros, bem como seu funcionamento. Verificar qual o perfil dos profissionais que atuam com os recursos financeiros e apresentar suas atividades. Levantar as necessidades de melhorias na empresa, buscando apresentar possíveis alternativas. Levantar os custos para implantação e funcionamento dos projetos propostos, apresentando o orçamento de cada projeto. Verificar a viabilidade financeira de implantação dos projetos De acordo com o autor Lawrence (2010) descreve, “Como o campo das finanças está intimamente associado ao da teoria econômica, os administradores financeiros precisam entender a estrutura da economia e estar alertas para as consequências de níveis variáveis de atividade econômica e de mudanças de política econômica”. Isso se dá principalmente em relação à moeda com sua valorização e desvalorização. Para um cenário de valorização da moeda nacional, imagina-se uma empresa brasileira que atua com o mercado de exportação. Quando acontece a valorização da moeda nacional, a empresa brasileira tem dificuldade competir com os produtos de outros países. Uma empresa que exporta para a Europa, onde o real valendo mais que o euro a empresa brasileira não conseguirá vender. Por exemplo, uma mercadoria brasileira que valha mil reais vai aumentar de preço para um europeu mesmo que o brasileiro continue vendendo por mil reais, pois lá na Europa, na hora de converter esse preço para euros, eles terão que dar mais euros para obter a mesma mercadoria. Para atingir seus objetivos e criar formas de alcançá-los, a empresa precisa planejar antecipadamente, de modo que venha traçar formas e meios de conseguir chegar ao seu objetivo. Pode-se considerar o planejamento como uma das atividades de maior importância dentro de uma organização, que se faz necessária em todos os setores da empresa, principalmente nas atividades da área financeira, como afirma Gitman (1987): “Os planos financeiros e orçamentos fornecem roteiros para atingir os objetivos da empresa. Além disso, esses veículos oferecem uma estrutura para coordenar as diversas atividades da empresa e atuam como mecanismo de controle estabelecendo um padrão de desempenho contra o qual é possível avaliar os eventos reais.” Com o planejamento financeiro, o administrador financeiro pode acompanhar as diretrizes de mudanças e as rever quando se fizer necessário, visualizar com certa antecedência as possibilidades de investimentos, grau de endividamento e o seu montante de dinheiro que será necessário para se manter. No geral, o planejamento financeiro indica os caminhos que levam as conquistas dos objetivos da empresa, tanto a curto prazo como também a longo prazo. Para isso, ou para uma gestão financeira eficaz, os administradores necessitam de ferramentas confiáveis para que o gestor possa tomar as decisões certas e oportunas. O Fluxo de caixa tem sido uma dessas ferramentas, sendo uma das mais eficazes na gestão financeira da empresa. 3. Metodologia O projeto será desenvolvido em duas partes principais. Na primeira pretende-se fazer uma apresentação da estrutura dos elementos essenciais na análise da área financeira e orçamentaria em uma empresa do setor de setor de vendas. Na segunda fazer um estudo para destacar a importância das finanças para a empresa. Mostrar a visão sobre a área administrativa financeira e orçamentaria adequada em uma instituição para que alcance melhores resultados na produtividade, no desenvolvimento e a inter-relação com seus colaboradores entre outros. A principal fonte de pesquisa e orientação será os pensamentos de Henry Ford e Gary Hamel. Para isso será adotado um raciocínio dedutivo, partindo de conceitos gerais até chegar à delimitação da análise da área financeira e orçamentaria de uma empresa no setor de vendas. 4. Diagnostico da empresa Nome Fantasia: Nova Vida Endereço: Av. Firmino Corazza, Nº 328, Centro Mandaguari – Paraná – CEP: 86975-000 Telefone: (44) 3233-6643 Proprietária: Nilva Maria Jacomello Colaboradores: 10 A empresa começou com 3 sócios, ambos aposentados que decidiram criar a empresa com o intuito de produzir insumos de informática com mais qualidade e a um preço mais acessível do que avia na época. Organograma da empresa nova vida SOCIO ADMINISTRADO R Gerente comercial Auxiliar Administrativo Tesoureiro Vendedor Gerente de Produção Produção A empresa possui 10 sendo que no setor de produção consta com 4 funcionários, no setor de vendas 4 representantes comerciais a única área terceirizada é a contabilidade no qual faz todo os lançamentos de notas, no cumprimento de todos os impostos do governo. Dentro das principais atividades do sócio administrativo entra a área financeira, administrativa, comercial e a de compra dos insumos para produção e utilização interna da empresa. 3.4 Área/ Função e Orçamentaria A área financeira da empresa é administrada pela própria sócia gerente Srta. Nilva Maria Jacomello, não possuindo uma pessoa especializada em finanças e controle financeiro. Por ser uma empresa de pequeno porte a Proprietária destina uma boa parte dos lucros para uma futura ampliação da empresa Nova Vida, deixando o restante para as despesas fixas. 5. Considerações Finais Nesse projeto foi feita uma pesquisa com o intuito de levantar informações sobre a administração financeira de uma empresa. Uma das características relevantes da administração financeira é que a mesma enfoca o estudo das instituições financeiras e dos mercados financeiros e ainda, de como eles operam dentro do sistema financeiro nacional e global. O nível micro aborda o estudo de planejamento financeiro, administração de recursos, e capital de empresas e instituições financeiras. Especificamente quando aplicada em empresas privadas, como é o caso da empresa alvo da pesquisa leva-as a adquirirem uma consistência devido à sequência lógica das etapas a serem cumpridas proporcionando um aumento da eficiência, eficácia e efetividade dos processos. A meta principal desde trabalho é o aumento de seu lucro/rentabilidade para com sua proprietária. Todas as atividades empresariais envolvem recursos financeiros para a obtenção de lucros Referências Bibliográficas BRAVERMAN, H. Trabalho e capital monopolista: a degradação do trabalho no Século XX. 3. ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1987. FORD, Henry. Minha vida e minha obra. Rio de Janeiro, Companhia Editora Nacional: 1922. http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/12/bsvp.html http://www.portaldeconhecimentos.org.br/index. php/por/content/view/full/9502 http://www.assimsefaz.com.br/sabercomo/como-calcular-vpl http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/analiseinvestimentos.htm PLT Administração financeira- Autor A.A Groppelli – Ehsan Nikbakht http://www.portaldeconhecimentos.org.br/index.php/por/content/view/full/9502 XII ERIC – (ISSN 1808-6004) CLIMA ORGANIZACIONAL Beatriz Fernandes Pinheiro- Graduação/ FAFIMAN Mayara Perassoli – Graduação/ FAFIMAN Professora Me. Isabella Tamine Parra Miranda/Orientadora 1 INTRODUÇÃO O mundo do trabalho tem passado por profundas transformações. Temáticas como a globalização, flexibilização, competitividade e novas formas de organização do trabalho têm lugar garantido nas análises daqueles que atuam ou estudam as organizações. Tais transformações geram um ambiente complexo, marcado pelos avanços tecnológicos e científicos, mudança de conceitos, de valores e quebra de paradigmas que norteiam todos os segmentos da sociedade. Na fase denominada terceira Revolução Industrial, as pessoas passam a ser o fator de maior interesse no ambiente e nas relações de trabalho. As organizações por sua vez, permitem satisfazer diferentes tipos de necessidades dos indivíduos, sejam elas: emocionais intelectuais ou econômicas. Desse modo, a influência das mesmas sobre a vida dos indivíduos é fundamental, pois as maneiras pelas quais as pessoas vivem, se vestem, seus sistemas de valores, expectativas e motivações, são profundamente influenciados pelas organizações e vice-versa. 1.1 TEMA Clima Organizacional É por meio da pesquisa sobre clima organizacional que é possível se medir o nível de relacionamento entre os funcionários da empresa, é importante para descrever as percepções das pessoas em relação às organizações que trabalham. O termo também pode ser usado para caracterizar as percepções das pessoas sobre os grupos ou equipes que trabalham. É por meio da pesquisa sobre clima organizacional que é possível se medir o nível de relacionamento entre os funcionários da empresa, é importante para descrever as percepções das pessoas em relação às organizações que trabalham. O termo também pode ser usado para caracterizar as percepções das pessoas sobre os grupos ou equipes que trabalham. 1.3 OBJETIVOS. 1.3. Objetivos Gerais: Estudar sobre clima organizacional e sua importância para as organizações. 1.3.2 Apresentar um breve estudo sobre o clima das organizações; Identificar os níveis de satisfação dentro da organização; Analisar o que determina a motivação nas empresas; 1.4 JUSTIFICATIVA Com iniciador da pesquisa científica, este projeto será desenvolvido como parte da avaliação da disciplina Estagio I. Diante de uma ampla possibilidade de temas para serem pesquisados, optou-se por clima organizacional. Neste trabalho será feito estudos sobre o clima organizacional, confirmações se a cultura interfere ou não na área. De acordo com Onisto e Cordeiro (2010), está buscando sobrevivência, competitividade, excelência no mercado, e requisito necessário para mudanças e transformações na cultura. 1.2 PROBLEMA Qual é o objetivo de um clima organizacional dentro da empresa? 2 REFERÊNCIAL TEÓRICO 2.1 O clima organizacional e sua importância nas organizações É notável e bastante discutido o fato de que as pessoas não vivem isoladas, nem são auto-suficientes. Elas estão continuamente se relacionando com outras pessoas e ambientes a fim de se ajustarem a uma variedade de situações, para satisfazer suas necessidades físicas e emocionais. Daí a importância de se avaliar o comportamento das pessoas e o relacionamento das mesmas dentro do ambiente organizacional. É através do estudo de clima que se pode avaliar o grau de satisfação ou insatisfação, as expectativas, o interesse, as necessidades e todas outras variáveis que envolvem o desempenho de uma equipe de trabalho. Segundo Chiavenato (1992, p. 53) ‘’ o clima organizacional constitui o meio interno de uma organização, a atmosfera psicológica, e característica que existe em cada organização. O clima pode ser percebido de diferentes maneiras pelos componentes de uma organização, muitas vezes não se conseguindo conceituar exatamente o que ele é. Para Maximiano (1997, p. 168), “o clima é representado pelos sentimentos que as pessoas partilham a respeito da organização e que afetam de maneira positiva ou negativa sua satisfação e motivação para o trabalho”. Um clima favorável pode ser expresso como aquele que proporciona satisfação das necessidades das pessoais dos participantes e elevação do moral, já um clima desfavorável é aquele que traz frustração de tais necessidades. Quando há baixa motivação o clima tende a baixar caracterizando-se por estados de depressão, desinteresse, apatia e outros sentimentos negativos que podem vir a prejudicar a produtividade do funcionário e até mesmo sua saúde física e mental. Chiavenato (1987, p. 53) aborda o clima de uma forma mais ampla: O clima organizacional depende das condições econômicas da empresa, da estrutura organizacional, da cultura organizacional, das oportunidades de participação pessoal, do significado do trabalhado, da escolha da equipe, do preparo e treinamento da equipe, do estilo de liderança, da avaliação e remuneração da equipe etc. Segundo a visão do referido autor, o clima organizacional não pode ser analisado como uma variável separadamente, mas sim em todos os aspectos da dinâmica organizacional e do trabalho em equipe. Segundo Bergamini e Coda (1997, p. 99): O clima organizacional reflete uma tendência ou inclinação a respeito de até que ponto as necessidades da organização e das pessoas que dela fazem parte estariam efetivamente sendo atendidas, sendo esse aspecto um dos indicadores da eficácia organizacional. Nota-se que estudar o clima e os mecanismos que afetam as percepções e emoções é fundamental para entender como a organização e suas práticas de gestão influenciam o interesse, a satisfação e o desempenho das pessoas. Desse modo, a avaliação do clima organizacional é um caminho alternativo, capaz de considerar de forma simultânea e integrada as diversas variáveis dos componentes do local de trabalho, de forma que no final se possa alcançar os objetivos e as metas propostos para a eficácia da estratégia organizacional. Muitos autores e profissionais sugerem a pesquisa de clima organizacional, que é uma ferramenta importante para identificar e solucionar problemas no ambiente de trabalho. Maximiano (1997, p. 169) define: “a pesquisa do clima de uma organização é uma técnica que permite aferir de modo de modo sistemático os sentimentos das pessoas a respeito de vários aspectos da organização e de seu trabalho”. As abordagens tradicionais associam clima organizacional ao conceito de motivação, e, portanto, a fatores comportamentais, tais como liderança, relações interpessoais, comunicação, satisfação entre outros. Desta forma, a pesquisa de clima organizacional pode ser um instrumento pelo qual é possível entender mais de perto às necessidades da organização e do quadro de funcionários a sua disposição, tomando por base a consulta generalizada aos diferentes colaboradores da empresa, sob algumas variáveis que influenciem no ambiente de trabalho. Na visão de Bergamini e Coda (1997, p. 99): A pesquisa de clima é um levantamento de opiniões que caracteriza uma representação da realidade organizacional consistente, uma vez que retrata o que as pessoas acreditam estar acontecendo em determinado momento na organização. Assim, a essência da pesquisa de clima é o mapeamento das percepções sobre o ambiente interno da organização e da satisfação das pessoas sobre o trabalho que exercem. Esses pressupostos não podem ser ignorados pelos gestores e líderes, pois, é através de um ambiente saudável de trabalho que as empresas conseguem atingir seus objetivos administrativos e sociais. Ao abordar temas como percepções e expectativas de funcionários, o estudo de clima traz à tona a importância das trocas internas que ocorrem no ambiente de trabalho, bem como a noção ampliada do contrato firmado entre organizações e seus colaboradores, contemplando suas dimensões formais e psicológicas. Desse modo, existe uma estreita relação entre o conceito de clima e o de cultura organizacional, pois geralmente são conceitos complementares. Por isso, a importância de conhecer os principais elementos culturais de uma empresa, bem como a influencia que esse e outros fatores exercem sobre seu clima. 2.2 A motivação e o ambiente de trabalho A motivação é uma das variáveis mais abordadas no ambiente organizacional, sendo que, a partir das últimas três décadas, a relevância desse tema ganhou ainda mais força. Entender a motivação humana é um grande desafio para os administradores, pois saber os fatores que motivam cada ser humano não é tarefa relativamente fácil, sabendo da complexidade e das diferenças que possuem cada individuo. Nesse sentido, o estudo da motivação é fundamental para o entendimento dos mecanismos que movimentam as pessoas, o que as fazem agir em prol do alcance de algum objetivo, o que afeta, por sua vez, o clima das organizações. A palavra motivação pode ser vista de varias formas e perspectivas diferentes. Robbins (2000, p. 342) diz que “motivação é a disposição de exercer um nível elevado e permanente de esforço em favor das metas da organização, sob a condição de que o esforço seja capaz de satisfazer alguma necessidade individual”. No campo da administração, pessoa motivada significa alguém que demonstre alto grau de disposição para realizar uma tarefa ou atividade de qualquer natureza. “Motivação num ambiente de trabalho é o processo pelo qual o comportamento é mobilizado e sustentado no interesse da realização das metas organizacionais” (DUBRIN, 2003, p. 110). Segundo Bergamini e Coda (1997, p. 24): Motivação é definida como uma inclinação para a ação que tem origem em um motivo (necessidade). A motivação, portanto, nasce somente das necessidades humanas e não daquelas coisas que satisfazem essa necessidade. Essa visão dos autores permite entender que fatores como água, comida salário, entre outros, são fatores que satisfazem as necessidades e, não sendo elas necessidades, não podem ser consideradas como motivadores. De acordo com a visão de Maximiano (1997, p. 204): O comportamento é sempre motivado por alguma coisa interna ao próprio individuo (motivos internos) ou alguma coisa externa, do ambiente (motivos externos). Motivação neste modelo é sinônimo de causação, termo usado para indicar a relação de causa e efeito no comportamento das pessoas. Motivação não significa entusiasmo ou disposição elevada; significa apenas que todo comportamento sempre tem uma causa. Manter pessoas motivadas não é tarefa fácil, pois a motivação existe dentro das pessoas sendo revelada através de suas necessidades. É preciso considerar que as pessoas são diferentes quanto aos seus desejos e motivações, tornando mais difícil a compreensão do que leva uma pessoa a se sentir motivado. Para Chiavenato (1992, p. 66) “as necessidades variam de individuo para individuo produzindo diferentes padrões de comportamento”. Bergamini (1997, p. 21) afirma: As diferentes necessidades que coexistem no interior de cada um são comparadas àquilo que se também se denomina de desejos ou expectativas e têm como origem carência dos mais diferentes tipos, tanto no tocante ao componente físico, como psíquico da personalidade. A idéia de que as necessidades humanas são organizadas numa ordem hierárquica ou ordenadas, exerce um papel importante no estudo das organizações. Essa concepção dá origem a várias teorias motivacionais, percebendo-se assim, que a preocupação com a questão da motivação é antiga. 2.3 MARCO TEÓRICO Segundo Rizzatti (2002), os estudos iniciais sobre clima organizacional surgiram nos Estados Unidos, no início dos anos 1960, com os trabalhos de Forehand e Gilmer sobre comportamento organizacional, dentro de um grande movimento da Administração chamado de Comportamentalismo. Este movimento buscou formas de combinar a humanização do trabalho com as melhorias na produção, buscando, principalmente na Psicologia, as ferramentas necessárias para alcançar esse objetivo. Os trabalhos de Forehand e Gilmer levantaram alguns conceitos e indicadores iniciais do clima organizacional a partir de estudos sobre comportamento individual realizados na Psicologia. Posteriormente, Litwin e Stringer (1968) aproveitaram esses estudos e realizaram experiências em três diferentes organizações americanas. Os resultados demonstraram que cada uma das organizações apresentou três situações bem distintas em termos de satisfação e desempenho no trabalho. Esses resultados ajudaram a difundir os estudos sobre clima organizacional nas empresas, auxiliando outros estudos do movimento Comportamentalista 2.4 TIPOS DE CLIMA ORGANIZACIONAL Identificar o tipo de clima organizacional predominante em uma organização passa a ser o diferencial competitivo para os gestores, pois fornece subsídios para a tomada de decisão, já que os mesmos percebem através do clima, as relações existentes entre os colaboradores e evidenciam os possíveis conflitos na organização. Reconhecimento Proporcionado: descreve o quanto a organização valoriza um desempenho ou uma atuação acima do padrão por parte de seus membros; o quanto os esforços individuais diferenciados são reconhecidos; Forma de Controle: descreve o quanto a organização usa custos, produtividade e outros dados de controle para efeito de auto-orientação e solução de problemas antes do policiamento e do castigo. 2.5 APLICAÇÕES Clima organizacional é o indicador de satisfação dos membros de uma empresa, em relação a diferentes aspectos da cultura ou realidade aparente da organização, tais como: políticas de rh, modelo de gestão, processo de comunicação, valorização profissional e identificação com a empresa. A apuração do nível de satisfação dos colaboradores se faz necessária para indicar e apoiar as decisões dos gestores; se a qualidade do trabalho for boa, conduzirá a um clima de confiança e respeito mútuo, no qual o indivíduo tenderá a aumentar suas contribuições e elevar suas oportunidades de êxito psicológico e a administração tenderá a reduzir mecanismos rígidos de controle social. 2.6 IMPORTÂNCIA Dentre os fatores que influenciam o clima organizacional, alguns foram selecionados para compor os indicadores da pesquisa de clima no Caps, em virtude da importância que exercem sobre o ambiente e à ênfase dada pelos teóricos do tema. São eles: Cultura organizacional, a liderança, a motivação, a trabalho em equipe, a comunicação interna, as relações interpessoais e alguns processos da gestão de pessoas. 3 METODOLOGIA 3.1 Qualitativa De acordo com Moreira (2002),uma pesquisa é qualitativa quando esta deixa de focar total ou parcialmente as abordagens matemáticas no que diz respeito a análise dos dados. Dessa forma, é um tipo de pesquisa que visa uma orientação para o processo, ao invés do resultado, priorizando interpretação e preocupação com o contexto em vez da medição objetiva e quantificada de resultados. De forma similar a esta definição, Marconi e Lakatos (2000) afirmam que a pesquisa qualitativa difere da quantitativa pela não preocupação com os dados estatísticos, focando assim seu interesse no entendimento do comportamento humano para sua posterior análise e interpretação. Ela estimula os entrevistados a pensarem livremente sobre algum tema, atingem motivações de maneira espontânea. É utilizada em busca de entendimentos de algumas questões, abrindo assim espaços para interpretações. O Pesquisador desenvolve idéias e conceitos. Segundo Richardson (1999), a pesquisa qualitativa tem como princípio e diferença da quantitativa, o não emprego de um instrumental estatístico com base na análise de um problema, não pretende medir ou numerar categorias. Os estudos de campo qualitativos não têm significado mais preciso em quaisquer das áreas onde sejam utilizados. 3.2 Quantitativa Podem ser seguramente classificadas como as mais aplicadas no mercado, talvez pelo fato de que estimar proporções seja algo bem intuitivo e de fácil aplicação. Seja através de questionário com perguntas de múltipla escolha, seja com perguntas dissertativas que permitam mensuração. Ela tem como objetivo medir a frequência e a intensidade de comportamentos, atitudes de um determinado público alvo. É mais comum do mercado, prioriza a frequência e a intensidade do comportamento dos indivíduos. As informações, são coletadas por um questionário estruturado com perguntas claras e objetivas, também disponibiliza tabelas e gráficos. 3.3 Pesquisa exploratória Visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de Caso. Seu objetivo é a caracterização inicial do problema, sua classificação e de sua definição. Constitui o primeiro estágio de toda pesquisa científica. É uma pesquisa muito utilizada para fazer um estudo preliminar do principal objetivo da pesquisa. A pesquisa exploratória pode ser realizada através de diversas técnicas, permitindo ao pesquisador definir o seu problema de pesquisa e formular a hipótese com mais decisão. Uma pesquisa pode ser considerada exploratória quando ela envolver levantamento bibliográfico. Ela visa proporcionar uma visão geral de um determinado fato. A pesquisa exploratória afirma e assume a forma de um estudo do caso de acordo com outras fontes que darão base ao assunto abordado. 3.4 Pesquisa laboratorial É um procedimento de investigação mais difícil, porem mais exato. Ela descreve e analisa o que será ou ocorrera em situações controladas. Exige instrumental especifico, preciso, e ambientes adequados. O objetivo dessa pesquisa depende daquilo que se propôs alcançar; deve ser previamente estabelecido e relacionado com determinada ciência ou ramo de estudo. As técnicas utilizadas também variam de acordo com o resultado a ser feito. Na pesquisa de laboratório, as experiências são efetuadas em recintos fechados, ou ao ar livre; em ambientes artificiais ou reais, de acordo com o campo da ciência que está realizando-as. Quatro aspectos devem ser levados em consideração: objeto, objetivo, instrumental e técnicas. A pesquisa laboratorial, na observação de indivíduos ou grupos esta relacionada ao campo da Psicologia Social a ao da Sociologia, pode ser caracterizada por duas situações: a interferência artificial na produção do fato/fenômeno/processo ou artificialização de sua leitura ou captação, geralmente feita pela melhoria das capacidades humanas naturais de percepção. Na pesquisa laboratorial tudo é reproduzido de forma artificial e controlado, que permite a captação adequada dos dados necessários para descrição e análise. As pesquisas laboratoriais nem sempre são realizadas em laboratórios, elas se caracterizam por pesquisas feitas em ambientes controlados. 3.5 Pesquisa experimental O estudo experimental segue um planejamento rigoroso. As etapas de pesquisa iniciam pela formulação exata do problema e das hipóteses, que delimitam as variáveis precisas e controladas que atuam no fenômeno estudado (TRIVIÑOS, 1987). Para Gil (2007), a pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. Já segundo Fonseca (2002, p. 38): A pesquisa experimental seleciona grupos de assuntos coincidentes, submete-os a tratamentos diferentes, verificando as variáveis estranhas e checando se as diferenças observadas nas respostas são estatisticamente significantes. Os efeitos observados são relacionados comas variações nos estímulos, pois o propósito da pesquisa experimental é apreender as relações de causa e efeito ao eliminar explicações conflitantes das descobertas realizadas. Sendo assim, a elaboração de instrumentos para a coleta de dados deve ser submetida a testes para assegurar sua eficácia em medir aquilo que a pesquisa se propõe a medir. A pesquisa experimental pode ser desenvolvida em laboratório (onde o meio ambiente criado é artificial) ou no campo (onde são criadas as condições de manipulação dos sujeitos nas próprias organizações, comunidades ou grupos). O método experimental consiste, especialmente, em submeter os objetos de estudo à influencia de certas variáveis , em condições controladas e conhecidas pelo investigador, para observar os resultados que a variável produz no objeto (GIL , 2008). 3.6 Pesquisa de campo O termo “pesquisa de campo” é normalmente empregado na Psicologia Social para descrever um tipo de pesquisa feito nos lugares da vida cotidiana e fora do laboratório ou da sala de entrevista. Nesta ótica, o pesquisador ou pesquisadora vai ao campo para coletar dados que serão depois analisados utilizando uma variedade de métodos tanto para a coleta quanto para a análise. Neste texto, relatamos as conclusões iniciais de uma série de discussões sobre pesquisas de campo feita numa perspectiva pós-construcionista. Partindo das dificuldades provocadas por uma noção de campo fisicamente determinada, a discussão retoma a perspectiva de Kurt Lewin sobre o campo como totalidade de fatos psicológicos, para depois se aproximar das propostas de Ian Hacking sobre “matriz” e a discussão mais ampla sobre materialidades. A conseqüência desta reflexão foi a proposição de um “campo-tema” onde o campo não é mais um lugar específico, mas se refere à processualidade de temas situados. O texto conclui com uma discussão sobre algumas implicações desta proposta para o processo de pesquisa e para as práticas narrativas usadas para relatar as suas conclusões. Procura o aprofundamento de uma realidade especifica. É basicamente realizada por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar as explicações e interpretações que ocorrem naquela realidade. 3.7 Pesquisa teórica Trata-se da pesquisa que é dedicada a reconstruir teoria, conceitos, idéias, ideologias, polêmicas, tendo em vista, em termos imediatos, aprimorar fundamentos teóricos. Esse tipo de pesquisa é orientada no sentido de reconstruir teorias, quadros de referência, condições explicativas da realidade, polêmicas e discussões pertinentes. A pesquisa teórica não implica imediata intervenção na realidade, mas nem por isso deixa de ser importante, pois seu papel é decisivo na criação de condições para a intervenção. O conhecimento teórico adequado acarreta rigor conceitual, análise acurada, desempenho lógico, argumentação diversificada, capacidade explicativa. É toda pesquisa que analisa uma determinada teoria. Dedicada a construir teoria. Seu papel é decisivo na criação de condições para a intervenção. 3.8 Pesquisa empírica É a pesquisa dedicada ao tratamento da face empírica e fatual da realidade; produz e analisam dados, procedendo sempre pela via do controle empírico e fatual. A valorização desse tipo de pesquisa é pela possibilidade que oferece de maior concretude às argumentações, por mais tênue que possa ser a base fatual. O significado dos dados empíricos depende do referencial teórico, mas estes dados agregam impacto pertinente, sobretudo no sentido de facilitarem a aproximação prática. Ela é realizada em qualquer ambiente. É a busca de dados convenientes através da experiência, feita por pessoas que vivenciaram ou tem bastante conhecimento sobre o tema ou o fato. CONCLUSÃO Diante do cenário globalizado em que a sociedade vive atualmente, as organizações e as pessoas mantêm-se em busca incessante para melhor se adaptar a este ambiente inconstante e complexo. Assim, torna-se fundamental a procura de meios que facilitem a convivência e a interação entre pessoas e organização no intuito de favorecer melhor desempenho e ajustamento das partes. A existência de um clima de trabalho agradável que propicie trocas internas sadias e harmoniosas facilita imensamente essa busca pelo ajustamento e faz com que as pessoas trabalhem mais satisfeitas e sintonizadas para a realização dos objetivos comuns que é a efetividade organizacional e a realização do individuo com o trabalho. Devido à importância de analisar o comportamento das pessoas no trabalho, o presente trabalho teve como objetivo analisar como o clima organizacional é importante para o desempenho das atribuições de cada indivíduo dentro das equipes de trabalho. 12 REFERÊNCIAS BERGAMINI, Cecília W. Motivação nas organizações. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997. CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando Pessoas: passo administração participativa. São Paulo: Makron Books, 1992. decisivo para a GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2008. Idalberto. Recursos Humanos. Ed. Compacta. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1992. Idalberto. Administração de empresas: uma abordagem contingencial. São Paulo: Mc Graw Hill, Ltda., 1987. TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987 DAVIS, Keith. NEWSTRON, John W. Comportamento no trabalho: Uma abordagem psicológica. V. 1 Tradução Cecília Withaker Bergamini e Roberto Coda. São Paulo: Pioneira Thomson Leaning. 1992. DUBRIN, Andrew J. Fundamentos do comportamento organizacional. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. DESSLER, Gary. Administração de Recursos Humanos. 2 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. HAMPTON, David R. Administração: comportamento organizacional. São Paulo: Mc Graw Hill, 1990. KOTTER, John P. O fator liderança. São Paulo: Makron, Mc Graw Hill, 1992. KATZENBACK, John A. A força e o poder das equipes. São Paulo: Makron Books, 1994 KWASNICKA, Eunice Lavaca. Introdução à administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004. KOTTER, John P. O fator liderança. São Paulo: Makron, Mc Graw Hill, 1992. LACOMBE, Francisco José M. Recursos Humanos: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2005. MAXIMIANO, Antonio César Amauru. Teoria geral da administração: da escola cientifica à competitividade em economia globalizada. São Paulo: Atlas, 1997. MORGAN, Gareth. Imagens da organização. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2004. MOREIRA, Daniel A. Administração da produção e operações. 3. ed. São Paulo: Pioneiro,2002. RICHARDSON, Roberto Jarry...(et al). Pesquisa social: Métodos e técnicas. São Paulo: Atlas1999. MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de Pesquisas: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados/ 2. Ed. São Paulo: Atlas, 1990. http://200.17.83.38/portal/upload/com_arquivo/metodologia_da_pesquisa_e_elabora cao_de_dissertacao.pdf http://monografias.brasilescola.uol.com.br/regras-abnt/pesquisas-exploratoriadescritivahttp://monografias.brasilescola.uol.com.br/regras-abnt/pesquisas-exploratoriadescritiva-explicativa.htm http://www.scielo.br/pdf/psoc/v15n2/a03v15n2 XII ERIC – (ISSN 1808-6004) BALANÇO SOCIAL, RESPONSABILIDADE SOCIAL E CIDADANIA Isabella Tamine Parra Miranda Doutoranda em Engenharia de Produção pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Instituição: Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR E-mail: [email protected] Luiz Alberto Pilatti Doutor em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Instituição: Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR E-mail: [email protected] Marcos Roberto Codognos Delegado Adjunto do CRA – Conselho Regional de Administração, Especialista em Gestão Estratégica de Empresas E-mail: [email protected] Ivisson de Souza Tasso Mestrando em Engenharia de Produção pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Instituição: Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR E-mail: [email protected] RESUMO O objetivo do presente estudo consistiu contextualizar o demonstrativo Balanço Social, dentro de uma visão formadora da ética social, estruturado com base nos diversos referenciais teóricos pesquisados. A metodologia adotada foi uma pesquisa bibliográfica. O enfoque da pesquisa voltou-se em reunir os elementos que caracterizam a empresa pública como realidade social e que deve corresponder a uma série de responsabilidades de que está revestida. Dentre tais responsabilidades, destacam-se: os efeitos diretos de sua atividade sobre o bemestar da comunidade, a preservação do meio ambiente, a qualidade intrínseca de seus produtos e/ou serviços, as conseqüências de sua produção e utilização pela sociedade. Verificou-se que um Balanço Social é a expressão evidente, inequívoca e clara de demonstrar aquilo que uma Entidade faz na busca de um maior, melhor e mais justo desenvolvimento humano, social e ambiental. Concluiu-se que as empresas públicas que de forma ética realizarem ações sociais e as divulgarem em seus Balanços Sociais, estarão despertando na sociedade e principalmente nas demais empresas, a grande virtude da cidadania. Palavras-Chave: Balanço Social, Responsabilidade Social, Cidadania. 1 INTRODUÇÃO A atuação das pessoas em contribuir para o bem-estar da sociedade é relativamente contemporânea. Observa um movimento cada vez maior das empresas no sentido de contribuir socialmente com seus funcionários, clientes, fornecedores, acionistas, comunidade e ao meio ambiente. Admite-se que a gestão voltada aos investimentos na sociedade tem representado um dos pilares para sua sobrevivência. Trata-se até mesmo de estratégia, pois o lado ético e humano envolvidos na responsabilidade social traz repercussões de grande escala para as empresas públicas com este perfil, tornando-as aptas para enfrentar situações contingenciais no mercado. Até porque passarão a ter uma imagem bem estabelecida perante a comunidade em que está inserida, por demonstrar através de ações sociais e ambientais a Cidadania. Um excelente instrumento para as empresas públicas divulgarem ao ambiente interno e externo os investimentos por elas realizados na comunidade é o Balanço Social. Através deste, os interessados têm uma radiografia de como a organização encara suas responsabilidades perante a sociedade. É inegável que, ao profissional administrador estratégico, mais um campo está aberto para sua atuação, desta vez, oportunizando-lhe exercer atividades para demonstração da dinâmica e dos efeitos causados pelas ações sociais praticadas pelas empresas. Ademais, conhecer sobre o Balanço Social adiciona-se capacidade técnica, capaz de definir novos horizontes profissionais, pautados no compromisso com o ambiente social. 2 A CONTABILIDADE E SUA INTEGRAÇÃO COM A SOCIEDADE O progresso acelerado das economias mundiais, que vai além do sentido de geração de riqueza e avança na relevante produção de bens ao consumo, tem reforçado a intenção de as organizações buscarem na Contabilidade a efetivação de seu propósito, a saber, da geração de informações econômico-financeiras para tomada de decisões. Os objetivos da contabilidade vêm cada vez mais sendo apresentados nas bibliografias técnicas a idéia de demonstrar que esta ciência busca basicamente gerir informações voltadas a evidenciar a saúde financeira das empresas. Observase que Fipecafi (2000, p.42) define o objetivo da contabilidade como sendo “um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade [...]”. A tendência contábil, verificada de longa data, em promover dados do desempenho operacional, é confirmada por Iudícibus (1997, p.20) ao afirmar que “a função fundamental da Contabilidade tem permanecido inalterada desde seus primórdios. Sua finalidade é de prover os usuários dos demonstrativos financeiros com informações que os ajudarão a tomar decisões.” Sem dúvida, informações de qualidade voltadas a questões econômicofinanceiras são vitais para a sobrevivência das organizações, principalmente no Sistema Capitalista, onde vemos que a geração de lucro tem sido buscada, a cada dia, com mais criatividade e arrojo por parte dos empreendedores. Não obstante ao propósito da Contabilidade geralmente divulgado, as empresas não são apenas recursos que através dos quais se produz, transforma e comercializa bens e serviços. São também agentes de transformação social. A reflexão do exposto fica ainda mais tangível quando se analisa a questão formulada por Délano (1980)1: “Serão os índices financeiros suficientes para refletir a verdadeira saúde de uma empresa?” Certamente a resposta seja “não”, haja vista que existe um cenário amplamente integrado ao ambiente empresarial, que transcende os limites representados através de dados financeiros e patrimoniais, trata-se da sociedade em sua essência. Nela pode-se observar a grande interferência das gestões 1 Artigo de Alfonso Silva Délano: O Balanço Social, Utopia ou Realidade na Empresa Latino Americana? (Chile - 1979), traduzido por Maria Aparecida Ataliba de Lima Gonçalves, constante na obra organizada por Ernesto Lima Gonçalves (1980, p. 1). organizacionais, das quais, os objetivos e conseqüências também necessitam ser evidenciados à própria sociedade. Para o autor acima citado, a empresa pública é: [...] acima de tudo, um poder. Um poder porque representa uma força sócio-econômica-financeira determinada, com a sua potencialidade de emprego, de expansão, de criatividade, que pode influir decisivamente na melhor ou pior qualidade de vida da cidade em que está. Há cidades que morrem quando uma indústria que ali existia se muda ou vai à falência, tal é a sua capacidade de gerar poder aquisitivo, vida industrial, atração de outros negócios, empregos, investigação científica de novas formas de bemestar. Neste contexto, as ações desencadeadas pelos administradores na condução das empresas, seus efeitos econômicos e interferências ambientais são todos de extrema importância social, os quais a própria sociedade necessita ter conhecimento, na qualidade de usuária da informação. 3 RESPONSABILIDADE PÚBLICA E SOCIAL DA EMPRESAS Mesmo que atualmente não esteja totalmente disseminada, a questão da Responsabilidade Social nas organizações surgiu com desenvolvimento industrial e comercial dos mercados. Importante citar o advento da Revolução Industrial, em que o homem, em condições subumanas, promoveu um desenvolvimento ainda maior do Capitalismo, enaltecendo a centralização das riquezas. Durante muitos anos, a tendência histórica era de ignorar progressivamente a importância do homem como pessoa, para considerá-lo cada vez mais como uma simples engrenagem da maquinaria produtora. Eram situações criadas pelos empresários, nas quais os homens submetiam-se para poderem sobreviver. Para Taylor2 o lugar de trabalho e a disposição das ferramentas e materiais, eram 2 Artigo de Robert Taylor: O Homem na Empresa: O Planejamento Social (Argentina), traduzido por Maria Aparecida Ataliba de Lima Gonçalves, constante na obra organizada por Ernesto Lima Gonçalves (1980, p. 14). definidos de modo a poupar tempo e incrementar a produção, não para procurar a comodidade do homem. Sendo assim, até muito tempo depois da Revolução Industrial, o homem passou por um processo de “desumanização”. O mesmo Taylor definiu que no homem “pouco a pouco se percebia uma espécie de simbiose 3 com a máquina por ele atendida”. Tal desumanização resultou numa crescente insatisfação, conduzindo à contestação das condições vividas. Surgem então entidades de classe e sindicatos para fazer valer os direitos sociais, dando dignidade às famílias e qualidade de vida aos trabalhadores. A repercussão dos movimentos sociais ao longo dos anos fez com que, nos dias atuais, grande parte dos empresários tenha interiorizado a importância das questões sociais e estão conscientes de que uma empresa não deve buscar somente lucros. Esta visão por parte dos administradores tem impulsionado suas decisões no sentido de torná-las cada vez mais “sociais”, haja vista que, conforme Luca (1998, p. 18): [...] a sociedade vem premiando aquelas empresas que tomam iniciativas de desenvolver atividades sociais relacionadas com seus empregados e com a sociedade e de participar do processo de preservação e proteção do meio ambiente onde ela está inserida. Portanto, Responsabilidade Social é também Responsabilidade Pública, pois as empresas em suas atividades geram relacionamento recíproco com a sociedade, promovendo obrigações como à preservação do meio ambiente, criação e manutenção de empregos, contribuição na formação profissional, qualidade dos bens / serviços e outras tantas que respondem significativamente pela continuidade da própria empresa. 3 Trata-se de uma associação de dois ou mais seres de espécies diferentes que lhes permite viver com vantagens recíprocas e os caracteriza como um só organismo. 4 A MUTUALIDADE DA EMPRESA COM OS DIVERSOS SETORES DA SOCIEDADE É inegável que a própria sociedade, consumidora de bens e serviços, promove a valorização das empresas que tem suas ações voltadas ao social e não somente ao econômico. Isto se revela uma questão de sobrevivência das próprias empresas. Trata-se de um efeito cíclico, em que a sociedade consumidora adquire produtos e serviços da empresa socialmente responsável, que devolve parcialmente à própria sociedade, em forma de benefícios, os resultados gerados pela atividade. Estas inter-relações existentes mostram a grande dimensão da Responsabilidade Pública e Social da empresas perante os diversos elementos sociais. Em síntese, apresentam-se abaixo os componentes da sociedade e os pontos mais importantes em seu relacionamento com a empresa, conforme detalhado por Luca (1998): 1. Investidores: participam da empresa com recursos financeiros, garantindo sua implantação, manutenção e desenvolvimento. Cabe a empresa garantir aos investidores o retorno ao seu investimento. 2. Fornecedores: fornecem materiais e serviços destinados à atividade operacional. Procuram, além da segurança quanto ao pagamento pelo fornecimento, conhecer a potencialidade futura da empresa, como forma de garantir mercado. 3. Consumidores: satisfazem suas necessidades com a compra de bens produzidos ou serviços prestados pelas empresas. 4. Empregados: através do trabalho têm a capacidade de gerar resultados, assegurando o desenvolvimento da empresa. À eles a empresa deve proporcionar clima organizacional favorável e política de recursos humanos que possibilite efetivar aspirações profissionais e pessoais. 5. Estado: deve propiciar condições para o desenvolvimento das atividades da empresa. Em contrapartida, a empresa deve cumprir os compromissos impostos, como forma de contribuir na realização dos serviços e atividades desenvolvidas pelo Estado e que são destinados à sociedade. 6. Meio ambiente: uma das maiores responsabilidades da empresa moderna. Ela deve procurar desenvolvimento sustentável no meio ambiente, do qual recebe os elementos físicos essenciais à sua atividade operacional. Fica claro, portanto, a relação de troca em cada um dos relacionamentos citados. Neste sentido, semelhantemente, Tinoco (2001, p. 24) discute esta questão da vinculação, integração e inter-relação dos diversos grupos sociais com a empresa: A entidade empresa aparece cada vez mais como sendo o resultado de uma coalizão de interesses entre os diferentes grupos sociais. A intensidade de seu poder é diretamente função de sua organização, isto é, de sua identificação enquanto grupo. As exigências desses grupos estão relacionadas com seu poder e por isso têm necessidade de exercitar informação, cujas modalidades são adaptadas as suas exigências. Neste trecho, Tinoco reforça a idéia do mutualismo entre os diversos segmentos da sociedade e as empresas. Este é o real sentido da coalizão, por ele citada. A figura a seguir ilustra tal idéia. EMPRESTADORES ACIONISTAS FORNECEDORES CLIENTES EMPREGADOS EMPRESA COMUNIDADE Figura 1 – A empresa é uma coalizão de interesses4 ESTADO SINDICATOS 5 EVIDENCIAÇÃO DAS AÇÕES SOCIAIS Já que temos um efeito cíclico no relacionamento empresa-sociedade e que as decisões tomadas pelos administradores trazem conseqüências em diversos segmentos sociais, nada mais conveniente que dar publicidade a estes atos. Neste sentido, Mendes5 (1997 apud LUCA, 1998, p. 19), revela que as empresas têm cometido dois grandes pecados: esquecem-se de mostrar a imensa contribuição que emprestam à sociedade e não perceberam, ainda, que seus lucros crescerão céleres se fizerem um esforço maior nesse sentido. [...] Dar publicidade àquilo que a empresa faz em benefício social, poderá significar, para ela, a oportunidade de obter do mercado uma grande recompensa [...] Para algumas empresas, trata-se apenas de tornar público os investimentos que vêm fazendo silenciosamente - algumas até no anonimato, ou mesmo sem terem noção plena da repercussão favorável de suas ações – e num volume de qualidade cada vez mais crescentes. Várias empresas no Brasil, a exemplo das Cooperativas, desenvolvem projetos nos mais diferentes campos socioculturais: educação, meio ambiente, cinema, teatro, literatura, ingresso e regresso social etc. Tais ações as fazer ocupar posições de destaque com relação a outras do mesmo segmento. É conforme evidenciado por Ioschpe (1997) “as empresas que tomaram a decisão de investir na melhoria comunitária estão rapidamente descobrindo o sucesso do seu negócio”. Portanto, fornecer informações à sociedade sobre a utilização de recursos humanos, naturais, financeiros, tecnológicos e outros que pertence à própria sociedade, bem como demonstrar a forma como tem desenvolvido as atividades sem prejudicar o meio ambiente, é o mínimo que as empresas devem fazer para 4 TINOCO, João Eduardo Prudêncio. Balanço Social: uma abordagem de transparência e da responsabilidade pública das organizações. São Paulo: Atlas, 2001. 5 MENDES, José Maria Martins. Balanço Social: uma idéia milenar. Revista Brasileira de Contabilidade, v. 26, nº 106, jul/ago.1997. merecerem o respeito e a credibilidade, promovendo assim a continuidade de suas operações. O instrumento utilizado para aferir de forma adequada os resultados da empresa na área socioeconômica, isto é, que permite avaliar e informar os fatos sociais vinculados à entidade, tanto no seu interior (empresa e empregados), como no ambiente externo (empresa e sociedade) é o Balanço Social. 6 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO BALANÇO SOCIAL As diversas fases históricas do Balanço Social estão descritas de maneira primorosa por Ciro Torres6 em seu artigo Responsabilidade Social das Empresas (RSE) e Balanço Social no Brasil7. Igualmente, são diversas as referências que tratam da história do BS, que a seguir apresentamos de forma resumida. Basicamente, no início do século 20 já se constatava a existência de manifestações a favor de uma maior responsabilidade social das empresas. Em 1939 na Alemanha, a empresa AEG publicava um modelo de BS. Somente a partir dos anos 60, nos Estados Unidos, e no início da década de 70, na Europa, que surgiu a necessidade de divulgação dos chamados balanços ou relatórios sociais. Tal necessidade se deu por conta dos movimentos estudantis na França e na Alemanha e o aumento dos problemas sociais nos EUA decorridos da guerra do Vietnã. Notadamente na França, em face da crescente insatisfação popular, organismos patronais e associações profissionais passaram a publicar diferentes modelos do que chamavam de tableau de bord social, trata-se de indicadores sociais, concernentes à gestão do pessoal e ao clima social. Assim, foi na França, que primeiramente se regulamentou a publicação do Balanço Social nas empresas com mais de 750 empregados, por meio da Lei nº. 77.769, de 12 de julho 1977. Posteriormente este número cai para 300 funcionários. 6 7 Cientista social, mestre em Ciência Política pelo PPGACP/UFF e pesquisador do Ibase. Uma primeira versão desse artigo (o qual recomenda-se a leitura) foi publicada como parte da dissertação do autor no PPGACP/UFF. Para mais detalhes do artigo vide a obra: Balanço Social: teoria e prática, organizada por César Augusto Tibúrcio Silva e Fátima de Souza Freire. São Paulo: Atlas, 2001. p. 15 No Brasil, a influência da mudança na mentalidade empresarial mundial já pode ser notada na Carta de Princípios, publicada em 1965 pela Associação dos Dirigentes Cristãos – ADCE / Brasil. Na década de 80, a Fundação Instituto de Desenvolvimento Empresarial e Social – FIDES chegou a elaborar um modelo de Balanço Social. No ano de 1984, foi publicado, de maneira completamente voluntária o primeiro relatório de cunho social da empresa brasileira Nitrofértil, uma estatal da Bahia. Foi o primeiro documento brasileiro do gênero a carregar a denominação de Balanço Social. No mesmo período, também foi publicado o relatório de atividades sociais do Sistema Telebrás. Somente a partir dos anos 90 é que algumas empresas passaram a levar a sério essa questão e a divulgar sistematicamente em balanços e relatórios sociais as ações realizadas em relação à comunidade, ao meio ambiente e ao próprio quadro de funcionários. Em 1993, o Banco do Estado de São Paulo (Banespa) divulgou as ações sociais realizadas num relatório completo, denominado Balanço Social do Banespa. Nos anos subseqüentes, diversas empresas passaram a publicar anualmente seus balanços sociais, em razão do incremento da realização de ações sociais e ambientais concretas. É correto afirmar que na década de 90 houve a consolidação da Responsabilidade Social e do BS. Diversos setores começaram a divulgar de maneira mais ostensiva um perfil mais social e humano em suas ações. Desse modo, foi nessa época em que a realização de relatórios sociais e ambientais anuais tornou-se mais assídua, em virtude de uma maior aceitação e disseminação no meio empresarial. 6.1 Uma nova fase do Balanço Social no Brasil Em 1997, o sociólogo Herbert de Souza8, o Betinho (in memorian), levantou 8 Herbert de Souza foi diretor-geral do Ibase e articulador da Ação da Cidadania contra Miséria e pela Vida. Originalmente publicado na Folha de S.Paulo, 26 mar. 1997, p. 2-2. a bandeira do Balanço Social e lançou uma campanha nacional pela sua publicação, divulgando amplamente a idéia e promovendo grande debate entre as associações de empresas e empresários. Seu artigo “Empresa Pública e Cidadã”, publicado no jornal Folha de S.Paulo em 26/03/1997, trouxe grandes debates na mídia, gerando resultados concretos diretos e indiretos. Uma outra campanha de grande repercussão foi pela divulgação anual do Balanço Social das Empresas, iniciada em 16 de junho de 1997. Betinho declarara que seria o “primeiro passo para uma empresa tornar-se uma verdadeira Empresa Cidadã”. O lançamento da campanha ocorreu no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro, e contou com o apoio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O evento também contou com a participação e o apoio de muitas empresas – Xerox do Brasil, Banco do Brasil, Grupo Gerdau, Banco do Nordeste, Light e Usiminas, entre outras. Essa campanha alcançou grande repercussão nacional e desdobrou-se em uma série de debates e seminários. O objetivo principal era chamar atenção dos empresários e de toda a sociedade para a importância e a necessidade da realização anual do Balanço Social e um modelo único e simples. O grande mérito do sociólogo criador do Ibase foi recolocar o tema na agenda nacional e ampliar a discussão para amplos setores da sociedade, a partir de 1997. Sua experiência e o apoio de muitas empresas e empresários geraram e fortaleceram a idéia de que uma ação social e ambiental mais efetiva por parte das empresas públicas e, principalmente, das empresas privadas, não era apenas desejável, como também deveria ser incentivada. 7 DIMENSÕES DO BALANÇO SOCIAL Para se conhecer o real significado do Balanço Social, embora já seja possível ter noção por meio do conteúdo até aqui apresentado, convém citar um trecho que, de forma geniosa, Tinoco funde o âmbito dimensional deste demonstrativo na sociedade: Mais recentemente, a sociedade, sujeito e objeto das atividades humanas, vêm propugnando por maior abertura, quanto à revelação de informações econômicas, financeiras, sociais e ambientais, que justifiquem a razão de ser das entidades, como sujeitos públicos, inserindo-se, portanto, no contexto dos usuários do Balanço Social. As entidades consomem recursos naturais, renováveis ou não, direta ou indiretamente, que constituem parte integrante do patrimônio da humanidade, utilizam recursos humanos, físicos e tecnológicos, que pertencem a pessoas e, portanto, à sociedade. As organizações vivem em função da sociedade, devendo, em troca, revelar informações de como usam eficiente e eficazmente esses recursos. (TINOCO, 2001, p. 28). Por mais análises que se possa fazer das diversas conceituações do Balanço Social trazidas sob a ótica dos diversos estudiosos do assunto - excetuando a singularidade individual - pode-se afirmar que a proximidade entre os mesmos é razoável. Vejamos que Luca (2001, p. 23) define o Balanço Social como sendo um: instrumento de medida que permite verificar a situação da empresa no campo social, registrar as realizações efetuadas neste campo e principalmente avaliar as relações ocorridas entre o resultado da empresa e a sociedade. Para Freire & Rebouças9 (p. 70) o Balanço Social: pode ser considerado como um demonstrativo técnico-gerencial que engloba um conjunto de informações sociais da empresa, permitindo que os agentes econômicos visualizem suas ações em programas sociais [...] A difusão da cidadania empresarial se estabelece na medida em que as organizações tomam para si a responsabilidade com a comunidade e encaram tal prática como salutar para o desenvolvimento de suas próprias atividades. Neste sentido, Sposati (1998, p.7) traz que Balanço Social “é composto por indicadores que demonstram não só a responsabilidade social das empresas e seus 9 Artigo de Fátima de Souza Freire e Tereza Raquel da Silva Rebouças: Uma descrição Sucinta do Balanço Social Francês, Português, Belga e Brasileiro, constante na obra organizada por César Augusto Tibúrcio Silva e Fátima de Souza Freira: Balanço Social: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2001. investimentos com seus funcionários, mas também com a comunidade em que a empresa interage”. O Balanço Social é um demonstrativo meramente contábil, de formatação livre, no qual é possível ter noção das ações empregadas pela empresa quanto ao cumprimento de sua Responsabilidade Social. Trata-se de uma forma de complementar os demais demonstrativos emitidos pela Contabilidade (normalmente de caráter econômico e financeiro), permitindo aos usuários um conhecimento mais amplo da empresa e o seu posicionamento perante a comunidade, meio ambiente, enfim, em todo efeito cíclico da coalizão de interesses dos relacionamentos sociais. Sposati (1998, p. 9) 7.1 Usuários do Balanço Social Os usuários das demonstrações contábeis convencionais – algumas até obrigatórias – evidentemente são os mesmos beneficiados com o Balanço Social, só que desta vez com ênfase nas informações sociais, sendo observadas sob o prisma de necessidades específicas. A leitura de diversos conteúdos existentes acerca dos usuários do Balanço Social e o que os mesmos buscam em tal demonstrativo, permite relacionar alguns pontos, nos quais o referido demonstrativo é útil. Destacam-se: Dirigentes buscam elementos essenciais para tomadas de decisão, acerca dos programas e as responsabilidades sociais que cumpre à empresa desenvolver, ou mesmo o retorno que tais investimentos têm proporcionado. Funcionários o demonstrativo garante a possibilidade de que suas expectativas sejam ouvidas pela empresa, de uma maneira sistematizada e quantificada. Podem visualizar o cumprimento da política de recursos humanos, planos de carreira, treinamentos e outros. Investidores e fornecedores conhecer a maneira como a empresa encara suas responsabilidades em relação ao seu quadro humano, o que representará certamente um índice da maneira pela qual a empresa é administrada. Consumidores o Balanço Social poderá oferecer uma idéia do clima humano que reina na empresa, o qual representa fator importante na qualidade do produto / serviço que lhes é oferecido, bem como a forma como os mesmos são realizados e quais são as interferências ambientais para que isto ocorra. Estado o demonstrativo poderá oferecer subsídios importantes para a elaboração de normas legais que venham regular a atividade das empresas, as quais devem prezar o bem comum. Além disto, o Estado poderá visualizar o desempenho social da empresa na comunidade em que está inserida, além da contribuição da empresa para a riqueza da nação, não só por meio de contribuição, mas também por ações indiretas. Diante disto, os administradores devem considerar o efeito da elaboração do Balanço Social, promulgando não apenas a evidenciação, mas principalmente promover ações efetivas que possam ser divulgadas de maneira transparente junto ao público que é, em última análise, o beneficiado final de tal relatório social. 7.2 A empresa pública como usuária do Balanço Social O Balanço Social como ferramenta de gestão interna, como já citado, tem sua aplicação e utilidade conjunta com os demais relatórios gerenciais da entidade, compondo-se de grande utilidade para que os dirigentes estejam munidos de informações para administrarem seus negócios. Em síntese, apresentam-se abaixo o que tal ferramenta pode fornecer sob o ponto de vista de gestão interna nas empresas, conforme detalhado por Subiabre 1. 10 : Conhecer os êxitos ou insucessos em matérias sociais no interior da Organização, permitindo enfrentar os pontos fracos, distinguir os problemas e definir as ações a seguir. Tem grande relacionamento com o clima organizacional na empresa. 10 Artigo de Santiago Bruron Subiabre: Auditoria Sócio-Econômica (Chile), traduzido por Maria Aparecida Ataliba de Lima Gonçalves, constante na obra organizada por Ernesto Lima Gonçalves (1980, p. 63). 2. Determinar a escala de prioridades do pessoal, referente aos indicadores sociais, com o fim de orientar as políticas de recursos humanos, ação social e bem-estar dos funcionários. É possível conhecer tudo isso, através de uma simples pesquisa de opinião pessoal. 3. Tornar mais eficientes os investimentos sociais, fazendo com que eles se realizem naquelas áreas que produzam maior satisfação das necessidades do pessoal, sendo possível sem envolver aumento de custos. 4. Ajudar a empresa definir o seu objetivo econômico, geral e social. Os pontos anteriores contribuirão, a médio e longo prazo, para que o pessoal se sinta realizado como ser humano, o que certamente traduzirá num aumento da produtividade e na eficiência da organização. 7.3 Voluntariedade ou Obrigatoriedade Há uma forte discussão em torno da seguinte questão: o Balanço Social deveria ser obrigatório ou não? Muitos acreditam que a obrigatoriedade seria boa, pois criaria certo compromisso do empresário com a comunidade, tornando mais transparente as suas ações. Já outros defendem que a obrigatoriedade não deva acontecer e que a apresentação deve ser espontânea, não determinado por leis ou decretos, deve vir da consciência cidadã do empresário. O Ibase tem opinião totalmente contrária à obrigatoriedade do Balanço Social por duas razões. Primeiro porque a emissão deve ser posterior às ações sociais realizadas pelas empresas, deve ser a transferência das práticas sociais em relação aos seus funcionários, à comunidade e ao meio ambiente. Segundo, por acreditarem que a elaboração voluntária periódica cria um circulo virtuoso, uma vez que a empresa passa a divulgar suas ações e partir deste momento, a sociedade em geral passa a conhecer estas ações, gerando “concorrência”, ou seja, novos adeptos à emissão do relatório. Uma manifestação a respeito e que merece registro é a de Herbert de Souza, que embora pareça ser imparcial, tende a apoiar-se na espontaneidade de emissão do Balanço Social por parte das empresas. Para ele a vantagem de ser lei é a legitimidade institucional que geraria, entretanto depende de uma aceitação do empresariado. Uma vez estando decididos a voluntariamente evidenciarem as ações sociais, naturalmente estarão gerando consciência social nas demais empresas. Acrescenta que o governo e as empresas estatais devem dar o exemplo, sendo transparentes nas dimensões sociais e publicarem seus balanços sociais. Até porque o fato de serem públicas não garante uma preocupação com o tema. Pelas experiências anteriores em nosso país, infelizmente, percebe-se que estas instituições algumas vezes se inclinam a benefícios particulares, em detrimento de objetivos de caráter social. Muitas vezes dizem ser sociais, mas na prática são privatizadas e desligadas da coletividade. Quem sabe a exigência de publicação do Balanço Social, ainda que somente aos órgãos públicos, fosse uma alternativa de disseminação da Responsabilidade Social e esta poderia ser cobrada pela própria comunidade para que seja cumprida pelas autoridades representativas. Poderia servir de exemplo à iniciativa privada, para que venham a se comprometer ainda mais com o mundo em que vivem e para o qual trabalham. Podendo assim, mesmo voluntariamente, divulgarem a Cidadania Empresarial através de seus Balanços Sociais. CONCLUSÕES A Contabilidade, dentro do aspecto social, tem grande relacionamento com a responsabilidade da empresa pública para com o meio em que atua. Nesta abordagem, também é papel desta ciência fornecer informações que possibilitem aos diversos usuários uma avaliação dos efeitos das atividades da empresa sobre a sociedade e o meio ambiente onde está inserida. Para atender tais finalidades, a Contabilidade utiliza-se do instrumento denominado Balanço Social como forma de reportar à sociedade os esforços empresariais despendidos, possibilitando avaliação e evidenciação do desempenho da atividade social da empresa pública, bem como os reflexos ambientais decorridos do processo produtivo. Na presente pesquisa, através da contextualização do Balanço Social dentro da evolução conceitual ao longo do tempo e até a realidade moderna, pôde-se perceber que, embora os sistemas tradicionais de informações estejam essencialmente voltados para o desempenho econômico, as empresas, aos poucos, estão se convencendo da importância do registro, análise e evidenciação das ações sociais. Isto porque tais atitudes revelam-se as bases de sustentação e manutenção das mesmas no mercado competitivo, onde a própria sociedade, gradativamente, tem requerido ações sociais conscientes. Para atingir tal objetivo, buscou-se através da pesquisa bibliográfica, fontes de informação que viessem dar sustentabilidade ao estudo de caso, método este adotado para o desenvolvimento e aplicação prática das fontes teóricas consultadas. É certo que a sociedade atual é marcada por inúmeros problemas sociais. Diante da enormidade destes, a destinação de recursos para a solução torna-se irrisória. Entretanto, se todas as organizações tivessem metas sociais e ambientais, assim como as possuem em seu ambiente interno, teriam a inovadora às dificuldades de ordem social e ambiental do mundo moderno. Dado o exposto, as empresas públicas que de forma ética realizarem ações sociais e as divulgarem no Balanço Social, estarão primorosamente despertando na sociedade e principalmente nas demais empresas, na forma de disseminação, a grande virtude da cidadania empresarial. REFERÊNCIAS BNDES. Empresas, responsabilidade corporativa e investimento social. Relato Setorial nº. 1, da AS/GESET, Rio de Janeiro, 2000. CAMPOS, Sandro Marcio Carneiro de. Aplicação da contabilidade na administração financeira das pessoas físicas. In: CD-Rom - V Fórum Contábil do Cesumar. Maringá: 2003. CURTY, Marlene Gonçalves et al. Apresentação de trabalhos acadêmicos, dissertações e teses. Maringá: Dental Press, 2002. Dicionário da Língua Portuguesa. Larousse Cultural. São Paulo: Nova Cultural, 1992. FAVERO, Hamilton Luiz et al. Contabilidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas,1997, v1. FACHIN, Odília. Fundamentos de Metodologia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2001. GONÇALVES. Ernesto Lima. 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