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AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS E ATITUDES DO
PACIENTE DIABÉTICO E IMPLEMENTAÇÃO DE
PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL
ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE
INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE
Vol. 13, N. 18, Ano 2010
Kelly Cristina Campos da Silva
Dinamara Jorge Franco
Prof. Flavia Melo Pontieri
Curso:
Nutrição
FACULDADE ANHANGUERA DE
ANÁPOLIS
RESUMO
Diabetes Mellitus é uma síndrome definida por altos níveis de
glicose circulante no sangue, o que pode acarretar sérios
problemas de saúde, tais como: cicatrização deficiente, gangrena
de órgãos, sobrecarga e falência renal, problemas circulatórios,
catarata, coma e consequentemente a morte. O tratamento ao
qual o paciente deve se submeter exige um alto grau de
comprometimento e disciplina, pois envolve alterações na
alimentação e atividades em geral. A alimentação adequada,
orientada por profissional nutricionista, as recomendações
necessárias em relação ao que é benéfico e ao que é maléfico tem
papel fundamental e de extrema relevância na orientação para o
planejamento dos alimentos, pois são fatores que irão contribuir
para a normalidade e melhoria da vida. O uso de questionários
de avaliação é um importante recurso em programas da saúde,
pois possibilita mudanças de atitudes sobre DM. Definir os
conhecimentos e atitudes de pacientes diabéticos, assim como sua
percepção da qualidade de vida, e implementar um programa de
acompanhamento nutricional que permita a melhora do seu
quadro geral foi o objetivo deste trabalho, que utilizou para tanto
o questionários Diabetes Attitudes Questionnaire (ATT-19), Diabetes
Knowledge Scale Questionnaire (DKN-A) e o Percepção da
Qualidade de vida (SF-36). Após aplicação dos questionários e
implementação do “Programa de Acompanhamento Nutricional
ao Paciente Diabético”, composto de programas e palestras
educativas, houve melhor aceitação da dieta pelos pacientes
diabéticos, constatada pela segunda aplicação dos questionários.
Esse resultado reforça a necessidade da existência de uma equipe
de apoio educacional aos pacientes diabéticos.
Palavras-Chave: Diabetes Mellitus, Educação Nutricional, atitudes,
conhecimentos, qualidade de vida.
Anhanguera Educacional Ltda.
Correspondência/Contato
Alameda Maria Tereza, 4266
Valinhos, SP - CEP 13278-181
[email protected]
Coordenação
Instituto de Pesquisas Aplicadas e
Desenvolvimento Educacional - IPADE
Publicação: 1 de novembro de 2012
Trabalho realizado com o incentivo e
fomento da Anhanguera Educacional
145
146
Avaliação de conhecimentos e atitudes do paciente diabético e implementação de programa de acompanhamento nutricional
1.
INTRODUÇÃO
O Diabetes Mellitus (DM) é um grupo de doenças metabólicas e tem como característica os
níveis elevados de glicose no sangue (SILVA; MURA, 2007). É uma patologia grave,
crônica, de evolução lenta e progressiva, que afeta milhares de pessoas em todo mundo,
cujo tratamento deve ser intensivo, sendo hábitos alimentares saudáveis e orientações
médica adequada, fundamentais para o controle dos níveis de glicose sanguíneos (MAIA;
ARAÚJO, 2002).
O DM é uma doença causada por uma falta total ou parcial de insulina
(ROBBINS; COTRAN, 2005). A insulina é de uma importância vital e é utilizada de forma
terapêutica, trazendo uma melhor expectativa de vida aos diabéticos (SOUZA; ZANETTI,
2000). A insulina combina com quatro subunidades ligadas por ponte de dissulfeto,
divididas em alfas e betas. Devido a sua ligação com as subunidades betas, estas se
projetam para o interior da célula e são autofosforiladas (MAHAN; ESCOTT-STUMP,
2005). Essa autofosforilação as transforma em enzimas ativadas, que por sua vez, causa
fosforilação de múltiplas outras enzimas intracelulares (SMELTZER; BARE, 2006). O
efeito final consiste na ativação de algumas enzimas, enquanto outras são inativadas.
Assim, a insulina dirige o mecanismo para produzir os efeitos desejados sobre o
metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídeos (GUYTON; HALL, 2002).
O DM pode ser classificado em tipo 1, tipo 2, tipo 3 (ou outros tipos especificos
ou associados) e tipo 4 (ou gestacional).
Diabetes Mellitus Tipo 1
O DM tipo 1, antigamente conhecido como insulino dependente, é responsável
por cerca de 10% dos casos caracterizados pela absoluta deficiência da secreção de
insulina resultante da destruição das células beta do pâncreas (SILVA; MURA, 2007).
Devido a estas condições o paciente se torna dependente de insulina, para restabelecer os
níveis normais de glicose no corpo e armazenar em forma de glicogênio quando
necessário. Se o tratamento adequado não ocorrer, poderá levar ao aparecimento da
cetoacidose diabética (SMELTZER; BARE, 2006).
É conhecido também como diabetes juvenis, pois o índice diagnosticado do DM
tipo 1 em crianças entre 10 e 14 anos é maior. Entretanto, pessoas de qualquer faixa etária
podem desenvolver o DM tipo 1 (ARAÚJO et al., 2008). A medicação oral é ineficaz para
tratar os níveis elevados de glicose no sangue; são necessários injeções de insulina para
controlar a glicemia nesses indivíduos (MAIA; ARAÚJO, 2002).
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Os sintomas no DM tipo 1 se manifestam da seguinte maneira: fome intensa,
sede intensa, cansaço, aumento de micção, perda de peso de forma rápida (MAHAN;
ESCOTT-STUMP, 2005).
Diabetes Mellitus Tipo 2
Anteriormente conhecido como não-insulino-dependente, cerca de 90% dos
portadores de diabetes apresentam o tipo 2, que é caracterizado pela ação diminuída ou
produção insuficiente de insulina, sendo considerada uma doença com características
progressivas, mesmo em causas que há uma terapia instituída (SILVA; MURA, 2007).
Possuir diabetes tipo 2, significa a insuficiente produção de insulina pelo
organismo ou a incapacidade de usá-la adequadamente (ROBBINS; COTRAN, 2005). Este
problema em relação à insulina afeta como o organismo processa os alimentos (PÉRES et
al., 2006).
Os problemas ligados à insulina no DM tipo 2 são a resistência à insulina e sua
secreção comprometida, a resistência à insulina se refere a sensibilidade diminuída dos
tecidos a esse hormônio (SMELTZER; BARE, 2006). Os movimentos intracelulares estão
diminuídos, e isso torna a insulina menos efetiva na estimulação da captação da glicose
pelos tecidos (DUNCAN et al., 2004).
Sintomas do DM Tipo 2: aumento da micção, sede excessiva e vontade de ingerir
muito líquido, ganho ou perda de peso, visão comprometida pelo embaçamento, infecções
cutâneas, infecções nas regiões genitais, muito cansaço, cicatrização dos ferimentos de
forma muito lenta, formigamento no corpo, sensação de queimor e coceira na pele,
geralmente nas mãos e pés (MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2005).
Para o tratamento a maneira mais adequada é controlar os níveis de glicose no
sangue. Isto é possível por meio de planejamento da qualidade de vida, exercício físico e
alimentação. Exercícios físicos são substanciais no controle do DM tipo 2 (SARTORELLI et
al., 2006).
Diabetes Mellitus Tipo 3 ( Outros tipos específicos ou associados)
São manifestações de DM associados a outras síndromes, patologias ou ao uso de
substâncias hiperglicemiantes (DULLIUS, 2007).
Segundo o Consenso da Sociedade Brasileira de Diabetes do ano 2002, esse tipo
de DM são induzidos por diversos fatores: Defeitos genéticos funcionais da célula beta;
Defeitos genéticos na ação da insulina; Doenças do pâncreas exócrino; Endocrinopatias;
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Avaliação de conhecimentos e atitudes do paciente diabético e implementação de programa de acompanhamento nutricional
Induzidos por fármacos e agente químicos; Infecções; Formas comuns de diabetes
imunomediado; Outras síndromes genéticas geralmente associadas à diabetes.
Diabetes Mellitus Tipo 4 (Diabetes Gestacional)
Diabetes gestacional é definido como qualquer grau de intolerância à glicose com
seu início ou primeira identificação durante a gestação. O início e desenvolvimento da
hiperglicemia durante a gestação é causado pela secreção dos hormônios placentários
(DUNCAN et al., 2004).
O diabetes gestacional é diagnosticado geralmente durante o segundo ou terceiro
trimestre da gravidez devido ao aumento dos níveis de hormônios antagonistas de
insulina e normalmente ocorrerá a resistência a insulina (MAHAN; ESCOTT-STUMP,
2005).
2.
OBJETIVO
2.1. Objetivo Geral:
Implementar e avaliar programa de educação e acompanhamento nutricional em
pacientes diabéticos.
2.2. Objetivos Específicos:
1) Avaliar os conhecimentos e compreensão dos pacientes diabéticos sobre a
doença;
2) Avaliar as condições psicológicas e emocionais dos pacientes diabéticos
em relação a doença;
3) Avaliar a percepção da qualidade de vida dos pacientes diabéticos;
4) Implementar acompanhamento nutricional aos pacientes diabéticos;
5) Avaliar as mudanças ocorridas após o acompanhamento nutricional aos
pacientes.
3.
METODOLOGIA
A composição da amostra foi feita a partir da apresentação do projeto de pesquisa a todos
aos pacientes diabéticos atendidos na Clínica Escola de Nutrição da Faculdade
Anhanguera de Anápolis. Os que se dispuseram a participar assinaram o Termo de
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Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A captação dos pacientes foi realizada nos
meses de abril, maio e junho de 2010.
Em momento posterior ao da assinatura do TCLE, os participantes preencheram
três instrumentos da pesquisa:
O Diabetes Knowleadge Scale Questionnaire (DKN-A), que é um questionário
auto-preenchível com 15 itens de múltipla escolha sobre diferentes aspectos relacionados
ao conhecimento geral de DM. Apresenta cinco amplas categorias: a) fisiologia básica,
incluindo a ação da insulina, b) hipoglicemia, c) grupos de alimentos e suas substituições,
d) gerenciamento de DM na intercorrência de alguma outra doença, e) princípios gerais
dos cuidados da doença.
A escala é medida de 0 -15 e cada item é medido com escore (1) para cada
resposta correta e (0) zero para incorreta. Os itens 1 a 12 requerem uma única resposta
correta. Para os itens de 13 a 15 algumas respostas são corretas e todas devem ser
conferidas para obter o escore (1) um. Um alto escore igual ou maior que 08 indica maior
conhecimento sobre DM (TORRES et al., 2005).
O Diabetes Attitudes Questionnaire (ATT-19), que é um questionário autopreenchível sobre a medida de ajustamento psicológico para DM, desenvolvido como
resposta às necessidades de avaliação de aspectos psicológicos e emocionais sobre a
doença. Consiste de 19 itens que incluem seis fatores: a) estresse associado a DM, b)
receptividade ao tratamento, c) confiança no tratamento, d) eficácia pessoal, e) percepção
sobre a saúde, f) aceitação social. As questões 11, 15 e 18 começam com o escore reverso. A
principal aplicação da escala de atitudes foi associada à avaliação da intervenção
educacional. Cada resposta é medida pela escala de Likert de cinco pontos (discordo
totalmente – escore 1; até concordo totalmente – escore 5). O total da taxa-escore varia
entre 19 a 95 pontos. Um alto escore, maior que 70 pontos, indica atitude positiva acerca
da doença (TORRES et al., 2005).
O Questionário de Qualidade de Vida (SF-36), que avalia a percepção da
qualidade de vida pelo paciente, e tem a seguinte interpretação para pontuar (CICONELI
et al., 1999):
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Avaliação de conhecimentos e atitudes do paciente diabético e implementação de programa de acompanhamento nutricional
Fase 1: Ponderação dos dados
A resposta da questão 8 depende da nota da questão 7
Se
7
=
1
e
se
8
=
Se
7
=
2
à
Se
7
=
2
Se
7
=
Se
7
=
1,
o
valor
da
6
e
se
8
=
1,
o
valor
da
à
6
e
se
8
=
2,
o
valor
2
à
6
e
se
8
=
3,
o
2
à
6
e
se
8
=
4,
o
questão
é
(6)
questão
é
(5)
da
questão
é
(4)
valor
da
questão
é
(3)
valor
da
questão
é
(2)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 3, o valor da questão é (1)
Se a questão 7 não for respondida, o escorre da questão 8 passa a ser o seguinte:
Se
a
resposta
for
(1),
a
pontuação
Se
a
resposta
for
(2),
a
pontuação
Se
a
resposta
for
(3),
a
pontuação
Se
a
resposta
for
(4),
a
pontuação
será
será
será
será
(6)
(4.75)
(3.5)
(2.25)
Se a resposta for (5), a pontuação será (1.0)
Fase 2: Cálculo do Raw Scale
Nesta fase será transformado os valores da fase 1, em notas de 8 domínios que
variam de 0 (zero) a 100 (cem), onde 0 = pior e 100 = melhor para cada domínio. É
chamado de raw scale porque o valor final não apresenta nenhuma unidade de medida.
Domínios: Capacidade funcional; Limitação por aspectos físicos; Dor; Estado
geral de saúde; Vitalidade; Aspectos sociais; Aspectos emocionais; Saúde mental.
Para isso foi aplicada a seguinte fórmula para o cálculo de cada domínio:
Fórmula domínio:
Valor obtido nas questões correspondentes – Limite inferior x 100
Variação (Score Range)
Na fórmula, os valores de limite inferior e variação (Score Range) são fixos e
estão estipulados na tabela abaixo.
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Tabela 1 - Score Range.
Pontuação das questões correspondidas
Limite
inferior
Variação
Capacidade Funcional
03
10
20
Limitação por aspectos físicos
04
4
4
Dor
07+ 08
2
10
Estado geral de saúde
01 + 11
5
20
09 (somente os itens a + e + g + i)
4
20
06 + 10
2
8
05
3
3
09 (somente os itens b + c + d + f + h)
5
25
Domínio
Vitalidade
Aspectos sociais
Limitação por aspectos emocionais
Saúde mental
Obs.: Ao final se obteve oito notas, que foram mantidas separadamente, não podendo somá-las e fazer uma média.
A questão número 02 não faz parte do cálculo de nenhum domínio, sendo
utilizada somente para avaliar o quanto o indivíduo está melhor ou pior comparando a
um ano atrás. Se algum item não for respondido, você poderá considerar a questão se esta
tiver sido respondida em 50% dos seus itens.
Os questionários foram aplicados individualmente com apoio de pessoas
treinadas com o tempo de duração de aproximadamente 50 minutos, de forma
coordenada – após leitura e explicação do aplicador (sobre cada questão do questionário).
Os aplicadores observaram as possíveis dificuldades de entendimento por parte dos
pacientes e esclareceram as dúvidas.
A partir dos resultados foi proposta a Clínica Escola de Nutrição da Faculdade
um ciclo de palestras sobre assuntos que os pacientes diabéticos precisam ter
conhecimentos. As palestras foram realizadas em quatro semanas alternadas, abordando
os temas de maior interesse apontados pelos resultados dos questionários.
Após a aplicação do ciclo de palestras foram aplicados novos questionários nos
pacientes que avaliaram a extensão da mudança conferida em cada um deles.
Critérios de Inclusão e Exclusão - Participaram da pesquisa todos os pacientes da
Clínica Escola de Nutrição que são diabéticos e que consentiram na participação, através
da assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Foram excluídos os pacientes
que não consentiram em participar ou que não preencheram todos os questionários
solicitados, e também os que não disponibilizaram ao Acompanhamento Nutricional e
não participaram de todas as palestras propostas.
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Avaliação de conhecimentos e atitudes do paciente diabético e implementação de programa de acompanhamento nutricional
4.
DESENVOLVIMENTO
4.1. Fisiopatologia
O pâncreas é uma glândula que se localiza na parte posterior ao estômago, capaz de
produzir enzimas digestivas e hormônios. Divide-se em exócrino (produção de enzimas) e
endócrino (produz insulina e o glucagon) (GUYTON; HALL, 2002). As ilhotas de
Langerhans são as células produtoras de insulina, pesam cerca de 1,5g e assim como todas
as outra glândulas, suas secreções são direcionadas para a corrente sanguínea e
transportadas ao intestino (SMELTZER; BARE, 2006).
O DM é causado por uma desorganização do pâncreas na produção e ação da
insulina, devido às alterações no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas, que
leva a uma doença crônica e impede o transporte da glicose (SMELTZER; BARE, 2006). As
alterações promovem a incapacidade da célula em utilizar a glicose como fonte de energia
para todo corpo, e com isso ocorre aumento da glicose na corrente circulatória, levando o
aparecimento da hiperglicemia e como consequência alterações como: nefropatia,
microangiopatia, aterosclerose, hipertensão e hiperlipidemia (MAHAN; ESCOTT-STUMP,
2005).
Outro meio de produzir energia é a utilização dos lípidios e proteínas, o que
torna a insulina ativa para armazenar a glicose em forma de glicogênio no fígado, e
estimula o intestino a absorver maior quantidade de glicose dos alimentos (GUYTON;
HALL, 2002).
4.2. Tratamento Nutricional
No DM o tratamento nutricional é o principal meio para tornar o nível de glicose
controlado e satisfatório para vida, evitando assim o aparecimento das crises agudas e
crônicas, como alterações vasculares e neuropáticas (SARTORELLI; FRANCO, 2003).
A meta do tratamento é promover uma glicemia controlada, por meio de
métodos que serão aplicados interferindo aos poucos no estilo de vida do paciente, e sem
causar obstáculos nas atividades de vida diária, tendo como princípio o tratamento
medicamentoso, não medicamentoso e educação alimentar (MAHAN; ESCOTT-STUMP,
2005).
A dieta e o controle do peso são fundamentais para o tratamento do DM. O
tratamento nutricional do paciente com DM tem as seguintes metas: fornecer todos os
constituintes alimentares essenciais, atingir e manter o peso ideal, satisfazer às
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necessidades de energia, controlar os níveis de glicose sanguínea, diminuir os níveis de
lipídeos séricos, aumentar o consumo de fibras (SOBOTKA et al., 2008).
O controle de DM é possível por meio de programas educativos. Através destes o
paciente é favorecido, pois assim ele adquire conhecimentos que o auxilia na aceitação de
uma dieta balanceada e a adoção de práticas de exercícios físicos, que são os fatores que
possibilitam reduzir complicações com o DM (TORRES et al., 2005).
Uma dieta equilibrada é a melhor forma para controlar e evitar o
desenvolvimento do DM (PÉRES et al., 2006). Em pacientes já portadores da síndrome, a
orientação alimentar é a melhor forma de impedir o seu avanço (SARTORELLI; FRANCO,
2003). É fundamental uma alimentação adequada às necessidades do paciente. Todos
portadores de DM que conhecem a sua doença e cumprem um tratamento dietético
orientado pelo profissional nutricionista podem ter uma vida normal em todos os
aspectos semelhantes aos indivíduos que não têm a doença (SMELTZER; BARE, 2006).
Para os pacientes que necessitam de insulina para ajudar a controlar os níveis
sanguíneos de glicose, a manutenção da maior consistência possível na quantidade de
calorias e carboidratos ingeridos em diferentes horários de refeições é importante para o
controle da glicose sanguínea (SARTORELLI et al., 2006).
O plano dietoterápico em longo prazo é um dos fatores mais desafiadores do
tratamento do diabetes (SILVA; MURA, 2007). Para estes pacientes o plano de refeições
deve levar em consideração as preferências alimentares do paciente, o estilo de vida, os
horários usuais de alimentação, as bases étnicas e culturais (PÉRES et al., 2006).
4.3. O papel do nutricionista
O nutricionista exerce um papel de muita importância no processo de prevenção e
melhora do DM no sentido de planejar uma alimentação balanceada e incentivar hábitos
de vida saudáveis (SARTORELLI et al., 2006).
Considerando que a população composta por diabéticos precisam ter
conhecimentos sobre alimentação balanceada e hábitos de vida saudáveis, o controle dos
níveis glicêmicos dos mesmos é possível através de programas educativos e
acompanhamento nutricional, onde ocorrerá a incorporação de conhecimentos e atitudes
específicos a essa patologia (TORRES et al., 2005).
É perceptível que pacientes diabéticos têm um nível menor de qualidade de vida
do que os que não possuem esta patologia (AGUIAR et al., 2008). A avaliação da
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Avaliação de conhecimentos e atitudes do paciente diabético e implementação de programa de acompanhamento nutricional
percepção da qualidade de vida vem se tornando cada vez mais utilizada para medir o
impacto geral de doenças na vida do indivíduo (AGUIAR et al., 2008).
A proposta de implementação de ciclo de palestras na Clínica Escola de Nutrição
da Faculdade, sobre assuntos que os pacientes diabéticos precisam ter conhecimentos e
compreensão, visa assim atender a lacuna de conhecimentos acerca da própria doença
percebida nos pacientes com DM.
O presente estudo teve como intuito implementar, avaliar e equipar os
profissionais desta área com métodos que permitam estabelecer estratégias educacionais e
que incentivem os diabéticos a mudanças de hábitos e atitudes, proporcionando assim
maior qualidade de vida.
5.
RESULTADOS
A amostra foi composta por 18 pessoas, 04 homens e 14 mulheres. Porém apenas 11
portadores de DM participaram de todo o “Programa de Acompanhamento Nutricional
ao Paciente Diabético”, 02 homens e 09 mulheres. Os que não participaram de todo o
“Programa de Acompanhamento Nutricional ao Paciente Diabético” foram excluídos da
amostra.
5.1. Faixa Etária
A comparação entre as faixas etárias, 11% mulheres (1 mulher) de 30 a 39 anos e nenhum
homem, 11% mulheres (1 mulher) de 50 a 59 anos e 50% homens (1 homem), 67% de
mulheres (6 mulheres) de 60 a 69 anos e nenhum homem, 11% de mulheres (1 mulher) de
70 a 79 anos e nenhum homem, 50% homens (1 homem) de 80 a 89 anos e nenhuma
mulher.
5.2. Tipo Diabetes
Quanto ao Tipo de diabetes: 100% mulheres (9 mulheres) e 100% homens (2 homens)
apresentaram diabetes Tipo 2.
5.3. Diagnóstico Diabetes
Mediante gráfico (Figura 1), pode-se observar quanto ao Tempo que o Diabetes Mellitus foi
diagnosticado: De 1 a 2 anos 33% mulheres (3 mulheres) e 50% homens (1 homem), de 3 a
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5 anos 33% mulheres (3 mulheres) e 50% homens (1 homem), de 6 a 8 anos 11% mulheres
(1 mulher), mais de 10 anos 23% mulheres (2 mulheres).
Tempo que o DM foi diagnosticado
50%
45%
40%
35%
30%
Homens
25%
Mulheres
20%
15%
10%
5%
0%
1 a 2 anos
3 a 5 anos
6 a 8 anos
Mais de 10
anos
Figura 1 – Resultados há quanto tempo foi diagnosticado o Diabetes Mellitus
comparação entre homens e mulheres
5.4. Tratamento
Mediante gráfico (Figura 2), pode-se observar quanto ao Tratamento que era utilizado
pelos diabéticos antes de iniciar o “Programa de Acompanhamento Nutricional ao
Paciente Diabético”: 11% mulheres (1 mulher) utilizavam somente o Hipoglicemiante oral
e Insulina e nenhum homem, 33% das mulheres (3 mulheres) e 50% homens (1 homem)
utilizavam somente a Dieta, 23% das mulheres (2 mulheres) utilizavam Dieta e Insulina e
nenhum homem, 33% das mulheres (3 mulheres) e 50% dos homens (1 homem)
utilizavam Dieta e Hipoglicemiante oral. Após participarem do “Programa de
Acompanhamento Nutricional ao Paciente Diabético” 100% das mulheres diabéticas (9
mulheres) e 100% dos homens diabéticos (2 homens) aderiram a Dieta como forma de
tratamento.
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Avaliação de conhecimentos e atitudes do paciente diabético e implementação de programa de acompanhamento nutricional
Tratamento antes do "Programa de Acompanhamento Nutricional"
50%
45%
40%
35%
30%
H o me ns
25%
Mulhe re s
20%
15%
10%
5%
0%
Hipoglicemiante oral e
Insulina
Dieta
Dieta e Insulina
Dieta e Hipoglicemiante oral
Figura 2 – Resultados do tratamento que era utilizado antes de se iniciar no “Programa de Acompanhamento
Nutricional ao Paciente Diabético” comparação entre homens e mulheres.
5.5. Diabetes Knowleadge Scale Questionnaire – DKN-A
Mediante gráfico (Figura 3), pode-se observar quanto ao Conhecimento sobre Diabetes
Mellitus: Antes do “Programa de Acompanhamento Nutricional ao Paciente Diabético”,
67% das mulheres (6 mulheres) e 50% homens (1 homem) possuíam um maior
Conhecimento em Diabetes Mellitus, 33% das mulheres (3 mulheres) e 50% dos homens
possuíam um menor Conhecimento em Diabetes Mellitus. Depois do “Programa de
Acompanhamento Nutricional ao Paciente Diabético”, 89% das mulheres (8 mulheres) e
100% dos homens (2 homens) adquiriram maior Conhecimento em Diabetes Mellitus, 11%
das mulheres (1 mulher) não adquiriu após o programa maior Conhecimento.
Conhecimentos sobre Diabetes Mellitus (DKN-A)
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Antes do Programa – Maior
conhecimento
Antes do Programa –
Menor conhecimento
Depois do Programa –
Maior conhecimento
Depois do Programa –
Menor conhecimento
Homens
Mulheres
Figura 3 – Resultados dos Conhecimentos dos diabéticos antes e depois de participarem do “Programa de
Acompanhamento Nutricional ao Paciente Diabético” comparação entre homens e mulheres
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5.6. Diabetes Attitudes Questionnaire – ATT-19
Mediante gráfico (Figura 4), pode-se observar quanto as Atitudes em relação ao Diabetes
Mellitus: Antes do “Programa de Acompanhamento Nutricional ao Paciente Diabético”,
44% das mulheres (4 mulheres) e 100% dos homens (2 homens) possuíam Atitude
Negativa em Relação a Doença, e 56% das mulheres (5 mulheres) possuíam Atitude
Positiva em Relação ao Diabetes Mellitus. Depois do “Programa de Acompanhamento
Nutricional ao Paciente Diabético”, 22% das mulheres (2 mulheres) e 50% dos homens (1
homem) continuaram possuindo Atitude Negativa em Relação a Doença, 78% das
mulheres (7 mulheres) e 50% dos homens (1 homem) passaram a possuir Atitude Positiva
em Relação ao Diabetes Mellitus.
Atitudes em relação ao Diabetes Mellitus (ATT-19)
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Antes do Programa – Atitude
Negativa em relação a do ença
Antes do Programa – Atitude
Positiva em relação a doença
Depois do Programa – Atitude
Negativa em relação a doen ça
Depois do Programa – Atitude
Positiva em relação a doença
Homens
Mulheres
Figura 4 – Resultados das Atitudes dos diabéticos antes e depois de participarem do “Programa de
Acompanhamento Nutricional ao Paciente Diabético” comparação entre homens e mulheres.
5.7. Questionário de Qualidade de Vida (SF-36) - Mulheres
Mediante Tabelas 2 e 3, pode-se observar quanto a Percepção da Qualidade de Vida nas
mulheres: Antes do “Programa de Acompanhamento Nutricional ao Paciente Diabético”,
33% (3 mulheres) possuíam Menor Capacidade Funcional e 67% (6 mulheres) possuíam
Maior Capacidade Funcional, 22% (2 mulheres) possuíam Limitações com Aspectos
Físicos e 78% (7 mulheres) não possuíam essas limitações, 67% (6 mulheres) possuíam
Dores frequentes e 33% (3 mulheres) não possuíam Dores frequentes, 44% (4 mulheres
possuíam um Menor Estado Geral de Saúde e 56% (5 mulheres) possuíam um Maior
Estado Geral de Saúde, 33% (3 mulheres) possuíam Menor Vitalidade e 67% (6 mulheres)
possuíam Maior Vitalidade, 33% (3 mulheres) possuíam Dificuldade nos Aspectos Sociais
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Avaliação de conhecimentos e atitudes do paciente diabético e implementação de programa de acompanhamento nutricional
e 67% (6 mulheres) possuíam Facilidade nos Aspectos Sociais, 33% (3 mulheres) possuíam
Limitações por Aspectos Emocionais e 67% (6 mulheres) não possuíam Limitações por
Aspectos Emocionais, 67% (6 mulheres) estavam com a Saúde Mental debilitada e 33% (3
mulheres) estavam com boa Saúde Mental. Depois do “Programa de Acompanhamento
Nutricional ao Paciente Diabético”, 11% (1 mulher) possuía Menor Capacidade Funcional
e 89% (8 mulheres) possuíam Maior Capacidade Funcional, 11% (1 mulher) possuía
Limitações com Aspectos Físicos e 89% (8 mulheres) não possuíam essas limitações, 56%
(5 mulheres) possuíam Dores frequentes e 44% (4 mulheres) não possuíam Dores
frequentes, 44% (4 mulheres) possuíam um Menor Estado Geral de Saúde e 56% (5
mulheres) possuíam um Maior Estado Geral de Saúde, 11% (1 mulher) possuía Menor
Vitalidade e 89% (8 mulheres) possuíam Maior Vitalidade, 22% (2 mulheres) possuíam
Dificuldade nos Aspectos Sociais e 78% (7 mulheres) possuíam Facilidade nos Aspectos
Sociais, 33% (3 mulheres) possuíam Limitações por Aspectos Emocionais e 67% (6
mulheres) não possuíam Limitações por Aspectos Emocionais, 33% (3 mulheres) estavam
com a Saúde Mental debilitada e 67% (6 mulheres) estavam com boa Saúde Mental.
Tabela 2 – Resultados da Percepção da Qualidade de Vida nas mulheres diabéticas com Menor Qualidade de
Vida antes e depois de participarem do “Programa de Acompanhamento Nutricional ao Paciente Diabético”
comparação entre os domínios
Antes do Programa
Menor Qualidade de Vida
Depois do Programa
Menor Qualidade de Vida
Capacidade Funcional
33%
11%
Limitação por Aspectos Físicos
22%
11%
Dor
67%
56%
Estado Geral de Saúde
44%
44%
Vitalidade
33%
11%
Aspectos Sociais
33%
22%
Limitação por Aspectos Emocionais
33%
33%
Saúde Mental
67%
33%
Tabela 3 – Resultados da Percepção da Qualidade de Vida nas mulheres diabéticas com Maior Qualidade de
Vida antes e depois de participarem do “Programa de Acompanhamento Nutricional ao Paciente Diabético”
comparação entre os domínios.
Antes do Programa
Maior Qualidade de Vida
Depois do Programa
Maior Qualidade de Vida
Capacidade Funcional
67%
89%
Limitação por Aspectos Físicos
78%
89%
Dor
33%
44%
Estado Geral de Saúde
56%
56%
Vitalidade
67%
89%
Aspectos Sociais
67%
78%
Limitação por Aspectos Emocionais
67%
67%
Saúde Mental
33%
67%
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5.8. Questionário de Qualidade de Vida (SF-36) - Homens
Mediante Tabela 4, pode-se observar quanto a Percepção da Qualidade de Vida nos
homens: Antes do “Programa de Acompanhamento Nutricional ao Paciente Diabético”,
100% (2 homens) possuíam Maior Capacidade Funcional, 100% (2 homens) não possuíam
Limitações com Aspectos Físicos, 50% (1 homem) possuía Dores frequentes e 50% (1
homem) não possuía Dores frequentes, 100% (2 homens) possuíam um Maior Estado
Geral de Saúde, 100% (2 homens) possuíam Maior Vitalidade, 100% (2 homens) possuíam
Facilidade nos Aspectos Sociais, 100% (2 homens) não possuíam Limitações por Aspectos
Emocionais, 100% (2 homens) estavam com boa Saúde Mental. Depois do “Programa de
Acompanhamento Nutricional ao Paciente Diabético”, 100% (2 homens) possuíam Maior
Capacidade Funcional, 100% (2 homens) não possuíam Limitações com Aspectos Físicos,
100% (2 homens) não possuíam Dores frequentes, 100% (2 homens) possuíam um Maior
Estado Geral de Saúde, 100% (2 homens) possuíam Maior Vitalidade, 100% (2 homens)
possuíam Facilidade nos Aspectos Sociais, 100% (2 homens) não possuíam Limitações por
Aspectos Emocionais, 100% (2 homens) estavam com boa Saúde Mental.
Tabela 4 – Resultados da Percepção da Qualidade de Vida nos homens diabéticos antes e depois de
participarem do “Programa de Acompanhamento Nutricional ao Paciente Diabético” comparação entre os
domínios.
Antes do "Programa"
Menor
Qualidade de Vida
Maior
Qualidade de Vida
Maior Qualidade de Vida
Capacidade Funcional
-
100%
100%
Limitação por Aspectos Físicos
-
100%
100%
50%
50%
100%
Estado Geral de Saúde
-
100%
100%
Vitalidade
-
100%
100%
Aspectos Sociais
-
100%
100%
Limitação por Aspectos
Emocionais
-
100%
100%
Saúde Mental
-
100%
100%
Dor
6.
Depois do "Programa"
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao analisarmos a faixa etária, podemos observar que 67% das mulheres apresentam idade
entre 60 a 69 anos, e os homens 50% de 50 a 59 anos e 50% de 80 a 89 anos.
Em relação ao tipo de diabetes, 100% da amostra são portadores de Diabetes
Mellitus tipo 2.
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Avaliação de conhecimentos e atitudes do paciente diabético e implementação de programa de acompanhamento nutricional
Verificamos que 66% das mulheres e 100% dos homens apresentam a doença há
menos de cinco anos. O tempo de surgimento do diabetes está relacionado com o
aparecimento de complicações microvasculares (CAZARINI et al., 2002).
No que se refere ao tipo de tratamento constatamos que 11% das mulheres antes
do “Programa de Acompanhamento Nutricional ao Paciente Diabético” não utilizavam a
dieta como forma de tratamento. Após o Programa toda a amostra aderiu a dieta como
forma de tratamento.
Constatamos que 89% das mulheres e 100% dos homens adquiriram Maior
Conhecimento em relação a doença. A educação em diabetes é um dos itens mais
importantes para o sucesso do tratamento do DM. Quando o portador do DM possui um
nível maior de conhecimento sobre a doença e suas possíveis complicações a aceitação do
tratamento ocorre de forma rápida, reduzindo assim o número de crises hiperglicêmicas,
internações hospitalares, ocorre um melhor controle metabólico e maior aceitação da
doença (MAIA; ARAÚJO, 2002). A educação em DM é fundamental para o autocuidado
do paciente diabético, e o profissional de saúde tem um papel fundamental para que o
portador do DM se conscientize sobre os efeitos positivos que acontecem com a mudança
de suas atitudes e adesão do plano alimentar adequado (RODRIGUES et al., 2009).
As Atitudes em relação ao Diabetes, 78% das mulheres e 50% dos homens após o
Programa passaram a ter Atitudes Positivas em Relação a Doença. O DM pode afetar o
funcionamento psicossocial e a qualidade de vida dos portadores da patologia. Os
prejuízos no funcionamento físico incluem diversas complicações que podem ser a curto e
longo prazo e isso dependerá das mudanças no estilo de vida (ARAÚJO et al., 2008).
Existe uma correlação entre atitude e conhecimento do portador do DM. Com o
aumento do conhecimento sobre a doença, o paciente assume com maior facilidade o
autocuidado. Ocorre a redução do estresse associado a doença, maior receptividade do
tratamento, confiança na equipe multiprofissional, melhora da autoestima, percepção
mais positiva acerca da saúde e aceitação social (RODRIGUES et al., 2009).
Quanto a Percepção da Qualidade de Vida nas mulheres após o Programa, 78%
apresentaram Maior Capacidade Funcional, 89% não possuem Limitações por Aspectos
Físicos, 44% não sentem Dores Frequentes, 56% possuem um Maior Estado Geral de
Saúde, 89% possuem Maior Vitalidade, 78% possuem Facilidade nos Aspectos Sociais,
67% não possuem Limitações por Aspectos Emocionais, 67% apresentam Boa Saúde
Mental.
Quanto a Percepção da Qualidade de Vida nos homens após o Programa, 100%
apresentaram Maior Capacidade Funcional, 100% não possuem Limitações por Aspectos
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Kelly Cristina Campos da Silva, Dinamara Jorge Franco, Flavia Melo Pontieri
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Físicos, 100% não sentem Dores Frequentes, 100% possuem um Maior Estado Geral de
Saúde, 100% possuem Maior Vitalidade, 100% possuem Facilidade nos Aspectos Sociais,
100% não possuem Limitações por Aspectos Emocionais, 100% apresentam Boa Saúde
Mental.
O “Programa de Acompanhamento Nutricional ao Paciente Diabético” deve ser
efetivado na Clínica Escola de Nutrição, para proporcionar uma maior adesão do
programa para tratamento e controle da doença que é um dos principais objetivos do
programa (TORRES et al., 2009). Disponibilizar atividades e programas educativos aos
pacientes diabéticos e seus familiares, com intuito de proporcionar conhecimento sobre a
doença, está relacionado com a prevenção de complicações da doença, o que possibilita a
pessoa a conviver melhor com o DM (RODRIGUES et al., 2009; TORRES et al., 2005).
PARECER DE APROVAÇÃO DE COMITÊ
Pesquisa autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da
Anhanguera Educacional S/A – (CEP)/AESA - em . 01/04/2010 por meio do parecer: Nº
082/ 2010.
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Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente š Vol. 13, N. 18, Ano 2010 š p. 145-162
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