DEVASTAÇÃO A História do Brasil se confunde com a da ocupação e devastação da Mata Atlântica. Várias foram as causas: ! A exploração predatória de recursos florestais valiosos: Iniciada com a sobreexplotação do Pau-brasil, árvore que deu nome ao país, no século XVI. Continuou nesses 500 anos com outras espécies como a Araucária, o palmito e várias madeiras nobres ameaçadas de extinção. ! A agricultura e a pecuária extensivas: “A ferro e fogo” desperdiçou-se a rica biodiversidade da floresta valorizando-se um único recurso natural: o solo fértil e bem irrigado. Foi assim com as monoculturas de exportação como a cana-de-açúcar no Nordeste, o café no Rio de Janeiro, em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, as plantações de eucalipto na Bahia e no Espírito Santo e também com a pecuária de corte e leite por todo o país. Devastação da Mata Atlântica no Estado de São Paulo Forêt Original 81,8% 1500 44,8% 81,8% 1886 1920 3,0% 8,3% 1973 2000 Fonte: A. C. Caavalli, J. R. Guillaumon e R. Serra Filho Victor R. M. A. II - A Devastação Florestal ! As obras públicas e a intensa urbanização: Atualmente 82% dos brasileiros vivem em cidades. Seu crescimento desordenado, especialmente no século XX, levou à destruição das florestas nas áreas urbanas e peri-urbanas. As áreas florestadas, consideradas improdutivas e baratas, foram (e ainda são em algumas regiões) o alvo preferencial da implantação de assentamentos humanos, da explotação de recursos minerais e de carvão vegetal para a indústria, da abertura de rodovias, da construção de represas hidrelétricas e outras obras públicas e privadas mal planejadas. DEPRICHEMENT D’UNE FORÊT 21,8 x 28,7 cm Gravador: L. Deroy Casa Litográfica: Engelmann, rue du Faubg Montmartre nº 6, Paris O homem urbano desvinculou-se da floresta, e em apenas 500 anos, a economia, o poder e o consumo concentrados nas cidades destruiu 93% da imponente Mata Atlântica. Diagramação: Marcia Barana Fotos: Clayton F. Lino