Agressões ambientais

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Texto complementar
Agressões ambientais
Marcia Hirota
GEOGRAFIA
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Geografia
Assunto: Questão ambiental
Agressões ambientais
No Brasil, os modelos de desenvolvimento adotados causaram sérias e definitivas alterações ambientais.
O˛processo de destruição e devastação da Mata Atlântica foi muito intenso e se relaciona com a história do Brasil.
Os problemas ambientais relativos à Mata Atlântica começaram com a extração do pau-brasil pelos colonizadores. A rota da devastação acompanha, posteriormente, os!ciclos da cana-de-açúcar, com os primeiros
engenhos surgindo por volta de 1520, do ouro e a expansão cacaueira. O processo de ocupação e destruição
prosseguiu junto à evolução da sociedade brasileira e levou a uma drástica redução da cobertura vegetal da
Mata Atlântica, ocasionadas por atividades como a pecuária, os cafezais, o assentamento de colonos e o uso
da madeira para carvão.
Mais recentemente, a devastação do bioma se associaria à agroindústria de açúcar e álcool, papel e celulose,
à expansão urbana desordenada na faixa litorânea, à agropecuária, à mineração, entre outros. Nas últimas décadas,
houve um veloz processo de industrialização e, consequentemente, de urbanização, com a concentração das
principais cidades e metrópoles brasileiras assentadas na área original do bioma Mata Atlântica.
Até hoje, a exploração predatória de espécies vegetais, desmatamentos e substituição de grandes áreas
de remanescentes florestais por empreendimentos imobiliários e agropecuários, obras de infraestrutura e
expansão urbana degradam a Mata Atlântica. Após 508 anos do início da colonização europeia no Brasil,
temos resultado da perda de mais de 93% da Mata Atlântica e a pressão sobre os 7,26% que restam da
floresta original continuam bastante intensas.
Seus principais remanescentes florestais concentram-se nos estados das regiões Sudeste e Sul, justamente
nas áreas mais desenvolvidas do país, cercando e protegendo as cidades mais populosas, recobrindo parte da
Serra do Mar e da Mantiqueira, onde o processo de ocupação e exploração foi dificultado devido ao acidentado
relevo ou isolados em milhares de fragmentos florestais nas regiões interioranas.
HIROTA, Marcia. Mata Atlântica sustentável. Carta na Escola, São Paulo, Confiança, n. 28, p. 47, ago. 2008.
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