Relatório Final Estágio Supervisionado Estagiário: Fabricio de Abreu Bozzi Laboratório de Eletrônica de Potência - ELEPOT 5/11/2011 Relatório Final Sumário 1. Introdução ............................................................................................................................ 3 1.1. Princípio de Funcionamento ..................................................................................... 3 2. Objetivo ................................................................................................................................ 5 3. Modelos Análiticos e Resultados ..................................................................................... 5 3.1. Modelo do Sistema de Armazenamento ................................................................. 6 3.1.1. Modelo Analítico ................................................................................................. 7 3.1.2. Simulação do Sistema Hidráulico .................................................................... 9 3.2. Modelo da Turbina Pelton ....................................................................................... 10 3.2.1. 3.3. Modelo Analítico ............................................................................................... 11 Modelo do Sistema Elétrico .................................................................................... 12 3.3.1. Princípios Básicos do Gerador de Indução Conectado a Rede. ............... 12 3.3.2. Modelo da Rede Elétrica ................................................................................. 17 3.4. Simulação do Sistema Utilizando o PSCAD/EMTDC ......................................... 19 3.4.1. Efeito do Sistema de Armazenamento .......................................................... 20 4. Conclusão .......................................................................................................................... 22 5. Atividades Realizadas...................................................................................................... 23 6. Referências ....................................................................................................................... 24 2 Relatório Final 1. Introdução A proposta de projetos na área de fontes alternativas de energia, como eólica, solar e geração a partir das ondas do mar, está sendo bem aceita, porém, estes tipos de geração ainda têm suas restrições, em relação a sua disponibilidade momentânea. De modo a contornar as restrições dessas formas de geração estão sendo desenvolvidos diversos estudos nessa área. Com o consumo crescente de energia elétrica, tem-se cada vez mais a necessidade de se aprimorar a extração desses tipos de energia. Isso porque, além da demanda mundial estar aumentando, há uma responsabilidade por conta das empresas e governantes com relação ao meio ambiente. Isso faz com que haja o crescimento do País, já que este precisa de energia para se desenvolver, quanto para o meio ambiente, pois essas energias são geradas de forma “limpa”. Devido problemas como, armazenamento e a intermitência dessas fontes, faz com que os estudos nessa área sejam de suma importância. O laboratório de eletrônica de potência – ELEPOT/COPPE atua na área de pesquisa em novas tecnologias e suas aplicações na solução de problemas relacionados com as aplicações de eletrônica de potência em sistemas de potência, máquinas elétricas e controle de fontes alternativas de energia. Assim, o laboratório de eletrônica de potência vem pesquisando essas novas fontes de energia de forma a aperfeiçoar esses tipos de gerações. Dado a atuação do laboratório, o estagiário estará ligado à pesquisa de uma nova fonte de energia alternativa (energia das ondas do mar) e estudo da máquina elétrica associada a essa geração. 1.1. Princípio de Funcionamento O princípio de funcionamento deste sistema consiste na movimentação de flutuadores pela ação das ondas do mar, que através de braços mecânicos em forma de alavanca acionam bombas hidráulicas. Estas estão ligadas a uma base fixa e 3 Relatório Final injetam água, no movimento de descida, num sistema hidráulico a alta pressão, armazenando a energia intermitente extraída das ondas. Uma válvula fixa ao sistema hidráulico controla um jato d‘água com pressão e vazão suficiente para acionar a turbina e o gerador. A Figura 1 mostra o sistema estudado. Figura 1 – Sistema de geração de energia elétrica a partir das ondas do mar A Figura 1 apresenta o sistema de geração a partir das ondas do mar. Este sistema é composto pelos seguintes dispositivos: Flutuador – Funciona como uma bóia, acompanhando o movimento das ondas. É feito de metal e pode ser circular ou retangular. Braço mecânico – Atua como uma alavanca. Feito de metal e é fixado ao flutuador e a uma base fixa. Bomba hidráulica – Atua injetando água ao Acumulador. Está bomba é composta de um pistão que é preso ao braço mecânico, no movimento de descida da onda o braço mecânico pressiona este pistão que comprime a água para o acumulador. Esta bomba possui dutos que fazem a realimentação da água quando o flutuador esta no movimento de subida. Válvulas impedem a água de retornar do acumulador para a bomba. Acumulador hidropneumático – Sistema de armazenamento de energia. É composto por uma entrada, onde recebe a água proveniente da bomba, e uma saída, onde injeta água na turbina. O armazenamento de energia é feito pela compressão do ar, feito por um êmbolo móvel que se desloca verticalmente a medida que a água entra e sai do acumulador. O acumulador hidropneumático tem como principais funções, absorver as intermitências dos pulsos de água injetados pela bomba e injetar água na turbina com velocidade suficiente para a máquina atuar como gerador. Por estes motivos o acumulador possui uma câmara hiperbárica 4 Relatório Final que fornece um maior volume (absorvendo melhor as intermitências) e alta pressão de ar (injetando a água na turbina com alta velocidade). Turbina Pelton – Responsável por fornecer o torque a máquina elétrica. Esta turbina é adequada para altas rotações [5]. Máquina de indução rotor gaiola de esquilo – Responsável por transformar energia mecânica, proveniente da turbina, em energia elétrica. Como vantagem da utilização desta máquina cita-se: robustez, simplicidade de operação (dentro de certos limites) e baixo custo. 2. Objetivo O objetivo deste trabalho é estudar o funcionamento de um sistema de geração de energia elétrica a partir das ondas do mar. Este sistema é composto por uma parte hidráulica de armazenamento e esta interfere diretamente na qualidade da energia. Neste sentido, é apresentado a geração para algumas dimensões do sistema de armazenamento. O modelo analítico deste sistema se faz necessário para que, a partir dele, possam ser feitas simulações e assim compreender a dinâmica do sistema. O estudo das dimensões do sistema de armazenamento é analisado visando a qualidade da energia gerada (tensão e potência) para sistemas de potência com relação de curtocircuito igual a cinco (𝑅𝐶𝐶 = 5). 3. Modelos Analíticos e Resultados Os resultados deste trabalho baseiam-se nas seguintes etapas de estudo. Primeiramente, estudou-se o funcionamento do sistema de geração a partir das ondas do mar desenvolvido pelo Laboratório de Tecnologia Submarina (LTS), COPPE/UFRJ. Neste estudo, procurou-se bibliografias para o conhecimento das pesquisas que já haviam sido realizadas sobre essa forma de geração. Após a compreensão do funcionamento deste sistema, foi iniciado o estudo do sistema de armazenamento. Para essa parte do sistema, foi dada uma maior ênfase, pois notou-se, a partir das 5 Relatório Final pesquisas bibliográficas feitas, que o sistema de armazenamento é uma das partes ainda não bem compreendida. Assim, buscou-se a formulação das equações que regem o sistema de armazenamento de forma a atender um modelo adequado para esta parte. Após a formulação das equações analíticas do sistema de armazenamento desenvolveu-se a equação de torque mecânico para um modelo de turbina (tipo Pelton). Este torque será aplicado a máquina elétrica (máquina de indução rotor gaiola de esquilo) que funcionará como gerador. Seguido da obtenção do torque mecânico da turbina foi necessário a compreensão da máquina elétrica, isso para entender as características da máquina operando como gerador. Para isso, as equações analíticas da máquina foram desenvolvidas. Por último, analisou-se o sistema de geração a partir de simulações utilizando o programa PSCAD/EMTDC com interface no MATLAB. Estas simulações foram feitas baseadas nas equações analíticas desenvolvidas. A partir do cronograma estabelecido, os principais resultados obtidos são mostradas nos itens a seguir. 3.1. Modelo do Sistema de Armazenamento O acumulador hidropneumático, Figura 2, é composto por um êmbolo móvel que se desloca em movimento vertical, este movimento será considerado sem atrito. A este êmbolo é fixada uma haste para que se possa determinar visualmente ou por sensor a posição na qual se encontra o êmbolo. A câmara hiperbárica, é ligada diretamente a parte superior do acumulador fornecendo a pressão a um dado volume. 6 Relatório Final Haste Êmbolo A1 1 P1 (t) (t ) (t ) d A0 Vz_ in h1 P2 A2 v2(t) 2 h2 Pistão Figura 2 – Acumulador hidropneumático 3.1.1. Modelo Analítico Para o sistema ilustrado na Figura 2, considera-se inicialmente que não há entrada de água injetada pelo pistão. Então, para este sistema pode-se determinar a velocidade do jato de água 𝑣2 (𝑡) pela equação de Bernoulli, que relaciona pressões e velocidades. Da equação de Bernoulli, tem-se: 1 P + 𝜌v 2 + 𝜌𝑔ℎ = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒, 2 (1) onde P, ρ, v, g e h representam pressões, densidade de fluidos, velocidade em um ponto, aceleração da gravidade e alturas de líquidos, respectivamente. Reescrevendo (1) para os pontos 1 e 2 da Figura 2: 1 1 𝑃1 + 𝜌𝑣12 + 𝜌𝑔∆ℎ′ = 𝑃2 + 𝜌𝑣22 + 𝜌𝑔ℎ2 , 2 2 (2) para o sistema da Figura 2 considera-se que 𝑣1 é muito menor que 𝑣2 , onde 𝑣1 é a velocidade do embolo móvel, então pode-se considerar 𝑣1 =0. Logo obtêm-se (2) em relação à 𝑣2 : 7 Relatório Final 𝑣2 (𝑡) = √2 {[𝑔(∆ℎ′ (𝑡) − ℎ2 ) + ( 𝑃1 (𝑡) − 𝑃2 )]}, 𝜌 (3) sendo que ∆ℎ′ e 𝑃1 variam no tempo e: ∆ℎ′ (𝑡) = ℎ1 + 𝛿(𝑡) (4) Para saber como 𝑃1 varia no tempo utiliza-se a lei de Boyle-Mariotte, que analisa a transformação gasosa isotérmica de um sistema: 𝑃0 𝑉0 = 𝑃1 𝑉1 , (5) que aplicado ao nosso sistema fica: 𝑃1 (𝑡) = 𝑃0 [ (𝑉𝑡 − 𝑑𝐴1 ) ], 𝑉𝑡 − (𝑑 + 𝛿(𝑡))𝐴1 (6) onde, 𝑉𝑡 é o volume total da câmara hiperbárica juntamente com o volume do acumulador para 𝑑 = 0 , 𝑃0 é a pressão inicial da câmara, e 𝑑 é a posição inicial do êmbolo. Com isso tem-se a variação da pressão em função apenas de 𝛿(𝑡). A pressão interna da câmara 𝑃0 é um parâmetro que deve ser ajustado, sendo este um dos pontos de análise. Esta pressão inicial está diretamente associada à espessura que a câmara deve ter para suportar essa pressão, interferindo assim no custo de fabricação da câmara e do acumulador. Nota-se que a pressão dentro da câmara 𝑃1 e o próprio ∆ℎ′ dependem da variação de 𝛿(𝑡), e esse varia com a diferença entre as vazões de entrada e saída. Considera-se agora, que ocorra a injeção de água através do pistão com área de seção transversal 𝐴0 . Pela relação infinitesimal dos volumes de entrada e saída no tempo, tem-se: 𝐴1 𝑑𝛿(𝑡) = 𝐴0 𝑑𝑥(𝑡) − 𝐴2 𝑣2 𝑑𝑡, reorganizando (7), obtém-se: 8 (7) Relatório Final 𝛿(𝑡) = onde, o elemento 𝑑𝑥 𝑑𝑡 𝐴0 𝑑𝑥 𝐴2 ∫ 𝑑𝑡 − ∫ 𝑣2 𝑑𝑡 + 𝛿(0), 𝐴1 𝑑𝑡 𝐴1 (8) é a velocidade da água injetada pelo pistão. Pode-se reescrever (8) da seguinte forma: 𝛿(𝑡) = 1 𝐴2 ∫ 𝑉𝑧_𝑖𝑛𝑑𝑡 − ∫ 𝑣2 𝑑𝑡 + 𝛿(0), 𝐴1 𝐴1 (9) 𝑑𝑥 onde, 𝑉𝑧 _𝑖𝑛 = 𝐴0 𝑑𝑡 é a vazão de entrada, que foi considerada como na Figura 3 em relação à posição do flutuador 𝑦(𝑡). Figura 3 - Posição do flutuador – Vazão de entrada. A Figura 3 ilustra o movimento do flutuador 𝑦(𝑡) supondo que o flutuador siga o movimento das ondas e que essas sejam senoidais. Como o flutuador injeta água apenas no movimento de descida nota-se que o volume de água é injetado em pulsos. 3.1.2. Simulação do Sistema Hidráulico Tendo como base deste estudo os dados de um protótipo de cerca de 100𝑘𝑊, simulou-se o sistema hidráulico utilizando o programa Matlab. Reunindo (3), (6) e (9) desenvolvidas e aplicando a onda de entrada, pode-se obter a curva da velocidade do jato de água 𝑣2 e do deslocamento 𝛿(𝑡) do êmbolo como mostrado na Figura 4: 9 Relatório Final Figura 4 – Formas de onda do acumulador hidropneumático A partir da simulação, pode-se notar o comportamento do sistema hidráulico, que neste caso, atua como um filtro. Assim, simulou-se algumas configurações para a câmara hiperbárica verificando os efeitos no jato da água na saída do acumulador. Figura 5 - Velocidade 𝒗𝟐 para 𝑷𝟎 = 𝟑, 𝟓 × 𝟏𝟎𝟔 𝑷𝒂 e 𝑨𝟐 = 𝟏𝟗 𝒎𝒎 A Figura 5 mostra o comportamento da velocidade da água na saída do acumulador para uma dada configuração alterando-se o volume da câmara hiperbárica. A análise dessa figura mostra a maior oscilação do jato quando se reduz o volume da câmara. 3.2. Modelo da Turbina Pelton Após a modelagem do sistema de armazenamento de energia, fez-se a modelagem da turbina. A análise da turbina hidráulica, segundo as leis de Newton, 10 Relatório Final determinará o torque fornecido ao gerador. A turbina do tipo Pelton é apresentada na Figura 6. Figura 6 – Turbina Pelton 3.2.1. Modelo Analítico A partir da velocidade do jato de água 𝑣2 (𝑡) e da área de saída (𝐴2 ) pode-se determinar o torque mecânico que a turbina irá exercer no eixo do gerador. Defini-se um volume de contorno (V.C) entre a saída do jato de água e a pá da turbina Pelton, ilustrada na Figura 6. Assim, de acordo com [3] temos: ( 𝒇𝒍𝒖𝒙𝒐 𝒅𝒆 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒇𝒍𝒖𝒙𝒐 𝒅𝒆 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒕𝒐𝒓𝒒𝒖𝒆 𝒎𝒆𝒄â𝒏𝒊𝒄𝒐 )=( )+( ), 𝒂𝒏𝒈𝒖𝒍𝒂𝒓 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂 𝒏𝒐 𝑽. 𝑪 𝒂𝒏𝒈𝒖𝒍𝒂𝒓 𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒂𝒊 𝒅𝒐 𝑽. 𝑪 𝒆𝒊𝒙𝒐 (10) que substituindo os parâmetros apresentados na Figura 6, obtém-se: 𝑡𝑜𝑟𝑞𝑢𝑒 𝑚𝑒𝑐â𝑛𝑖𝑐𝑜 ) = 𝑅𝑣2 𝜌(−𝑉𝑧_𝑜𝑢𝑡) + 𝑅[𝜔𝑅 − (𝑣2 − 𝜔𝑅) 𝑐𝑜𝑠 𝜃]𝜌𝑉𝑧_𝑜𝑢𝑡, 𝑒𝑖𝑥𝑜 ( (11) e reorganizando as variáveis, o torque do eixo será: 𝑇𝑒𝑖𝑥𝑜 = −𝑅(𝑣2 − 𝜔𝑅)(1 + 𝑐𝑜𝑠 𝜃)𝜌𝑣2 𝐴2 . 11 (12) Relatório Final onde 𝑅 , 𝑣2 , 𝜔 , 𝜃 , 𝜌 e 𝑉𝑧_𝑜𝑢𝑡 são respectivamente o raio, a velocidade do jato, a velocidade angular da turbina, o ângulo de escoamento com que a água deixa a pá da turbina, a densidade da água e a vazão. 3.3. Modelo do Sistema Elétrico Para o estudo da parte elétrica do sistema, dado que é conhecido o torque do eixo da turbina, utilizou-se uma máquina de indução, rotor gaiola de esquilo, funcionando como gerador conectado a sistema de potência com 𝑅𝐶𝐶 = 5. A análise é feita com objetivo de avaliar a relação entre o dimensionamento do sistema hidráulico e a variação da tensão e potência gerada. 3.3.1. Princípios Básicos do Gerador de Indução Conectado a Rede. A máquina de indução é composta, assim como outras máquinas elétricas, por uma parte fixa e uma parte girante. A fixa, chamada de estator é composta pelos enrolamentos de armadura que estão presos à carcaça do estator. A móvel, chamada de rotor é composta por barras de cobre curto-circuitadas. Em uma máquina trifásica, estando os enrolamentos de cada fase do estator defasados fisicamente em 120°, e aplicando tensão trifásica equilibrada a esses enrolamentos, gera-se um campo girante Φs que gira na velocidade síncrona 𝜔𝑠 . Sendo o rotor gaiola de esquilo composto de barras [6], o fluxo Φs induz uma tensão nessas barras, induzindo então uma corrente que gera um fluxo ΦR , que gira na velocidade 𝜔𝑠 em relação ao estator. A interação dos fluxos do rotor ΦR , com o fluxo do estator Φs , gera o fluxo resultante Φres . Isso pode ser ilustrado como mostrado na Figura 7. 12 Relatório Final s s Estator RES Rotor r R Figura 7 – Interação do campo do estator com rotor Uma característica importante do funcionamento da máquina de indução é a existência do escorregamento devido a diferença entre a velocidade mecânica do rotor e o campo girante. Supondo que o campo do estator esteja na velocidade síncrona 𝜔𝑠 e o rotor esteja na velocidade 𝜔𝑟 , o escorregamento é dado por(13): 𝑠= 𝜔𝑠 − 𝜔𝑟 . 𝜔𝑠 (13) A máquina de indução pode ser vista como um transformador, de “secundário girante”, embora não haja nenhuma rotação em um transformador real. Para a análise da máquina de indução o modelo do transformador é adaptado com a inserção da resistência 𝑅2 . 𝑠 A partir de [6], pode-se fazer a análise do circuito equivalente da máquina de indução em regime permanente. A Figura 8 ilustra esse circuito. X1 R1 V1 a I1 X2 I2 Xm E2 Rc R2 s b Figura 8 – Circuito equivalente máquina de indução Na Figura 8, 𝑅1 representa a resistência do estator, 𝑋1 a reatância de dispersão do estator, 𝑋𝑚 é a reatância de magnetização, 𝑅𝑐 a resistência de perda do núcleo, 𝑅2 e 𝑋2 a resistência e a reatância do rotor refletida para o estator respectivamente, e 𝑠 é o escorregamento. Sendo 𝑉1̇ e 𝐼1̇ a tensão e a corrente por fase do estator, 𝐸2̇ e 𝐼2̇ a 13 Relatório Final ̇ for a tensão e tensão e corrente do rotor referidas ao estator. Sendo que se 𝐸̇2𝑠 e 𝐼2𝑠 corrente no rotor então 𝐸2̇ = 𝐸̇2𝑠 𝑠 ̇ . e 𝐼2̇ = 𝐼2𝑠 Pode-se fazer o equivalente de Thevenin entre os pontos 𝑎 − 𝑏 do circuito da Figura 8. Assim, obtém-se o circuito representado como mostra a Figura 9. R th Xth X2 a I2 Vth R2 s b Figura 9 – Circuito com equivalente de Thevenin A partir da Figura 9 pode-se calcular a corrente 𝐼2̇ como: 𝐼2̇ = (𝑅𝑡ℎ + 𝑉𝑡ℎ 𝑅2 ) + 𝑗(𝑋𝑡ℎ 𝑠 . + 𝑋2 ) (14) A compreensão da transferência de potência na máquina, é definida no diagrama apresentado na Figura 10. Sendo a 𝑃𝑒𝑙𝑒 a potência elétrica, 𝑃𝑜𝑠 as perdas ôhmicas no estator, 𝑃𝑔 a potência transferida no entreferro, 𝑃𝑜𝑟 perdas ôhmicas no rotor, 𝑃 potência mecânica rotórica, 𝑃ℎ𝑓 + 𝑃𝑎𝑣 são as perdas por histerese e Foucault somadas às perdas de atrito e ventilação, 𝑃𝑚𝑒𝑐 potência mecânica de saída. P ele Pg Pos P Por P mec P P hf av Figura 10 – Transferência de potência Define-se através da Figura 8: 𝑃𝑔 = 𝑛𝑓𝑎𝑠𝑒𝑠 𝐼22 ( e 14 𝑅2 ), 𝑠 (15) Relatório Final 𝑃𝑜𝑟 = 𝑛𝑓𝑎𝑠𝑒𝑠 𝐼22 𝑅2 , (16) onde 𝑛𝑓𝑎𝑠𝑒𝑠 é o número de fases. Através de(15) e (16), percebe-se que: 𝑃𝑜𝑟 = 𝑠𝑃𝑔 . (17) 𝑃 = 𝑃𝑔 − 𝑃𝑜𝑟 = (1 − 𝑠)𝑃𝑔 . (18) Da Figura 10 e utilizando (17): No entanto, deseja-se conhecer o conjugado mecânico da máquina. Assim será possível determinar o torque que a turbina deverá impor à máquina para que ela opere como gerador. Para o caso geral, tem-se que o torque é dado por: 𝑇= (1 − 𝑠)𝑃𝑔 𝑃 = . 𝜔𝑟 (1 − 𝑠)𝜔𝑠 (19) Substituindo (14) e (15) em (19): 𝑛𝑓𝑎𝑠𝑒𝑠 𝑇= 𝜔𝑠 𝑅 ( 𝑠2 ) 𝑉𝑡ℎ 2 [(𝑅𝑡ℎ + 𝑅2 2 ) 𝑠 + (𝑋𝑡ℎ + 𝑋2 )2 ] (20) Traçando a curva dada por (20) obtém-se a Figura 11. A partir deste gráfico podese verificar que o pré-requisito para a máquina de indução operar como gerador é que este gire a uma velocidade maior que a velocidade síncrona, então 𝜔𝑟 > 𝜔𝑠 ,ou seja, a máquina terá um escorregamento negativo. 15 Relatório Final T Motor s Gerador Figura 11- Curva 𝑻𝒐𝒓𝒒𝒖𝒆 × 𝝎𝒓 O sistema hidráulico e a turbina deverão garantir que o eixo do gerador tenha uma rotação maior que a síncrona. Isso é garantido aplicando um torque suficientemente negativo ou alterando o número de polos da máquina, como mostra (21): 𝑛𝑠 = 120𝑓 𝑟𝑝𝑚, 𝑃 (21) onde, 𝑓 e 𝑃 são respectivamente a frequência e o número de pólos da máquina. Como o gerador não tem controle de velocidade ou potência, a velocidade de rotação dependerá do torque aplicado dado por (12), e da equação newtoniana (22), que rege o sistema: 𝑇𝑚𝑒𝑐 − 𝑇𝑒𝑙𝑒 = 𝐽 𝑑𝜔𝑟 , 𝑑𝑡 (22) onde, 𝑇𝑚𝑒𝑐 , 𝑇𝑒𝑙𝑒 , 𝐽 e 𝜔𝑟 são, respectivamente, o torque mecânico, torque elétrico, momento de inércia do conjunto turbina/gerador, e velocidade de rotação do eixo do rotor. Pode-se reescrever (22) multiplicando-a pela velocidade de rotação: 𝜔𝑟 𝑇𝑚𝑒𝑐 − 𝜔𝑟 𝑇𝑒𝑙𝑒 = 𝐽𝜔𝑟 16 𝑑𝜔𝑟 , 𝑑𝑡 (23) Relatório Final onde, 𝜔𝑟 𝑇𝑚𝑒𝑐 = 𝑃𝑚𝑒𝑐 , 𝜔𝑟 𝑇𝑒𝑙𝑒 = 𝑃𝑒𝑙𝑒 e 𝐽𝜔𝑟 = 𝐻 , são respectivamente potência mecânica, potência elétrica e constante de inércia. Assim, (23) é dada por: 𝑃𝑚𝑒𝑐 − 𝑃𝑒𝑙𝑒 = 𝐻 𝑑𝜔𝑟 . 𝑑𝑡 (24) Através da Figura 11, verifica-se a faixa de operação que a máquina de indução deverá operar para que ela atue como gerador quando conectado à rede. Então, o sistema hidráulico deverá produzir um torque negativo. Analisando (12), a velocidade 𝑣2 deverá ser maior que a velocidade 𝜔𝑠 𝑅 . Assim o sistema produzirá um torque negativo, consequente de uma velocidade maior que a velocidade síncrona. 3.3.2. Modelo da Rede Elétrica As características da geração variando os parâmetros do sistema de armazenamento é analisado estando o gerador conectado a uma rede elétrica. O sistema de energia elétrica será representado pelo modelo de uma fonte de tensão em série com uma impedância (equivalente de Thevenin), como mostrado na Figura 12. O parâmetro que define a característica da rede é a Relação de Curto-Circuito (𝑅𝐶𝐶). A relação de curto-circuito será determinada diretamente através da razão entre a potência de curto-circuito 𝑆𝑐𝑐 e a potência do gerador 𝑆𝐺 : 𝑆𝑐𝑐 . 𝑆𝐺 (25) 𝑉𝑠2 . 𝑆𝐺 𝑍 (26) 𝑅𝐶𝐶 = Reescrevendo (25), temos: 𝑅𝐶𝐶 = Como a potência da máquina (𝑆𝐺 ) é conhecida, pode-se então determinar a impedância (𝑍) para se obter uma relação de curto-circuito desejada: 𝑍= 17 𝑉𝑠2 . 𝑆𝐺 𝑅𝐶𝐶 (27) Relatório Final A partir da determinação da impedância (𝑍) obtém-se a resistência (𝑅𝑙 ) e a reatância (𝑋𝑙 ) da linha. É considerado que para sistemas de baixa tensão a relação entre 𝑋𝑙 e 𝑅𝑙 varie entre 2 e 8. Assim, considerando 𝑋𝑙 𝑅𝑙 = 5 , pode-se obter estes parâmetros da seguinte forma: 𝑋𝑙 2 26 √26𝑋𝑙 𝑍 = √𝑋𝑙 2 + 𝑅𝑙 2 = √𝑋𝑙 2 + ( ) = √ 𝑋𝑙 = , 5 25 5 (28) então: 𝑋𝑙 = 5𝑍 →𝐿= √26 5𝑍 𝜔√26 , (29) e 𝑅𝑙 = 𝑋𝑙 𝑍 = . 5 √26 (30) Assim, pode-se representar a conexão entre a máquina de indução e a rede elétrica através do ponto de conexão comum (PCC). Sistema de Potência Máquina Indução R2 X2 R2(1 s) Xm s X1 Rc R1 PCC V1 Figura 12 – Sistema elétrico 18 Xl Rl Vs Relatório Final A Figura 12 ilustra a representação do modelo da máquina de indução e do modelo do sistema de potência. Sendo 𝑍 a impedância equivalente e 𝑉𝑠 a tensão do equivalente de Thevenin do sistema de potência. A máquina de indução é composta de elementos resistivos e indutivos. Como forma de compensar a quantidade de reativos, geralmente utiliza-se capacitores em derivação [7]. Para este trabalho, calcula-se os capacitores suprindo a quantidade de reativos que a máquina consome. Assim, este sistema não possui controle da potência reativa. 3.4. Simulação do Sistema Utilizando o PSCAD/EMTDC Para a simulação do sistema, utiliza-se o modelo da máquina de indução da biblioteca do PSCAD/EMTDC. A rede (ou sistema de potência) é representada por uma fonte ideal seguido de uma impedância 𝑍. O sistema é representado no PSCAD como mostrado na Figura 13. Figura 13 – Sistema PSCAD Simulou-se a geração para um sistema hidráulico superdimensionado, onde foram considerados: Volume de entrada de água igual a 80 litros por bobeada, 𝑉𝑡 = 8𝑚³, 𝑃0 = 5 × 106 𝑃𝑎, 𝐴2 = 1,9𝑚𝑚² conectado a uma rede com 𝑅𝐶𝐶 = 5, considerado uma rede forte. 19 Relatório Final 1.0135 0.7200 V (p.u) P (p.u) 1.0125 1.0115 0.7100 0.7000 0.6900 1.0105 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 12.0 14.0 t (s) 0.6800 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 12.0 14.0 t (s) 10.0 12.0 14.0 t (s) (b) -0.580 1.0186 -0.600 1.0182 (p.u) T mec (p.u) (a) -0.620 -0.640 1.0178 1.0174 -0.660 1.0170 -0.680 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 12.0 (c) 14.0 t (s) 2.0 4.0 6.0 8.0 (d) Figura 14 – Curvas características A Figura 14 (a) apresenta o comportamento da tensão gerada. Pode-se notar que a tensão está acima de 1 𝑝. 𝑢 , isso se deve ao fato do capacitor ter sido dimensionado para suprir a potência reativa nominal da máquina. Como a potência gerada esta abaixo da nominal a tensão é incrementada. A Figura 14 (b) mostra a potência ativa. É possível verificar sua flutuação (∆𝑃 = 1,4%) sendo a potência média gerada igual a 0,705 𝑝. 𝑢, o que equivale a cerca de 66𝑘𝑊. Esta potência ativa gerada será considerada como referência, isso porque o volume de água bombeado é considerado freqüentemente 80 litros. Porém, devido a variação das ondas este volume será aumentado, assim, a potência pode chegar a 1 𝑝. 𝑢. Na Figura 14 (c) é apresentado o torque mecânico proveniente da turbina Pelton. O valor do torque é negativo devido a referência adotada no programa para uma máquina funcionando como gerador. A Figura 14 (d) apresenta a velocidade de rotação. Nota-se que esta velocidade é superior a 1 𝑝. 𝑢, o que indica a operação com velocidade acima da velocidade síncrona. Assim, a máquina está operando como gerador. 3.4.1. Efeito do Sistema de Armazenamento A partir da simulação base feita, deseja-se analisar, a princípio, o efeito da pressão da câmara hiperbárica e do volume da câmara. 20 Relatório Final Assim, analisou-se o comportamento dos parâmetros de geração alterando as configurações do acumulador hidropneumático. Considera-se a rede com 𝑅𝐶𝐶 = 5, pressão 𝑃0 = 5 × 106 𝑃𝑎 e variou-se o volume total 𝑉𝑡 entre os pontos extremos (1𝑚3 ≤ 𝑉𝑡 ≤ 8𝑚3 ). Os resultados são apresentados na Figura 15. 1.0140 Vt 8m Vt 1m 0.800 0.780 P (p.u) 1.0120 V (p.u) Vt 8m 3 Vt 1m 3 3 3 1.0130 1.0110 0.760 0.740 0.720 0.700 1.0100 0.680 1.0090 2.0 4.0 6.0 8.0 (a) 10.0 12.0 0.660 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 12.0 14.0 (b) Vt 8m Vt 1m -0.600 1.0220 3 (p.u) -0.640 -0.660 t (s) Vt 8m Vt 1m 1.0210 3 -0.620 T mec (p.u) t (s) 14.0 3 3 1.0200 1.0190 1.0180 1.0170 -0.680 1.0160 -0.700 -0.720 2.0 4.0 6.0 8.0 (c) 10.0 12.0 14.0 t (s) 1.0150 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 12.0 14.0 t (s) (d) Figura 15 – Curvas em p.u variando-se o volume 𝑽𝒕 A Figura 15 apresenta o efeito da intermitência das ondas no comportamento da geração. A Figura 15 (a), (b), (c) e (d) mostra respectivamente a tensão, a potência ativa, o torque mecânico e a velocidade de rotação. Verifica-se que com um maior volume de câmara hiperbárica tem-se uma menor flutuação em todos os parâmetros da geração. Este fato é reflexo da flutuação do jato de água (devido o dimensionamento do sistema hidráulico). Observa-se através da Figura 15 (a) e (d) que as variações de tensão (∆𝑉 = 0,25%) e velocidade (∆𝜔 = 0,24%) são pequenas em relação a variação da potência (∆𝑃 = 16,8%) e torque (∆𝑇𝑚𝑒𝑐 = 12,7%) (Figura 15 (b) e (c)), justificado pelo fato da rede ser forte. Assim, para este caso, nota-se que o efeito da redução da câmara interfere mais na variação da potência e torque. Mantendo a rede com 𝑅𝐶𝐶 = 5, reduziu-se a pressão para 𝑃0 = 3,5 × 106 𝑃𝑎 e regulou-se a área 𝐴2 . Variou-se o volume total 𝑉𝑡 e obteve-se as curvas mostradas na Figura 16. 21 Relatório Final Vt 8m 3 Vt 1m 3 1.0167 1.0166 0.470 P (p.u) 1.0165 V (p.u) Vt 8m 3 Vt 1m 3 0.490 1.0164 1.0163 0.450 0.430 1.0162 0.410 1.0161 1.0160 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 12.0 14.0 (a) 0.390 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 12.0 14.0 t (s) (b) 1.0128 Vt 8m 3 Vt 1m 3 -0.340 -0.360 -0.380 -0.400 -0.420 Vt 8m Vt 1m 1.0124 3 3 1.0120 (p.u) T mec (p.u) t (s) -0.440 1.0116 1.0112 1.0108 1.0104 -0.460 1.0100 -0.480 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 12.0 (c) 14.0 t (s) 1.0096 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 12.0 14.0 t (s) (d) Figura 16 - Curvas em p.u variando-se o volume 𝑽𝒕 para 𝑹𝑪𝑪 = 𝟓 Novamente constata-se que para uma câmara maior tem-se uma menor variação dos parâmetros. Porém, como a pressão da câmara diminuiu a vazão de saída diminui assim o torque ficou reduzido (Figura 16 (c)) e a potência média gerada (Figura 16 (b)) também teve menor valor. Assim, percebe-se que o valor da pressão 𝑃0 interfere no valor da potência gerada. 4. Conclusão Com o desenvolvimento dos modelos e as simulações feitas, foi possível analisar os efeitos da velocidade de água na saída do acumulador. Essa análise é considerada importante porque é sabido que com a aplicação de torques variantes (devido jatos de água variantes) em uma turbina pode-se afetar a qualidade da energia gerada. Através das simulações feitas, foi verificado que quanto maior o tamanho da câmara hiperbárica menor a flutuação dos parâmetros da geração. Observou-se que a pressão influencia na potência média gerada, ou seja, com o aumento da pressão consegue-se extrair mais potência ativa. No entanto, essa pressão não pode ser incrementada de forma descriminada, pois o flutuador pode não conseguir executar seu movimento de descida (não injetando água para o acumulador). 22 Relatório Final Portanto, a partir deste trabalho, pode-se verificar que o efeito do tamanho da câmara hiperbárica interfere na flutuação dos parâmetros da geração (tensão, torque mecânico, potência ativa, e velocidade de rotação). Como a rede ao qual o gerador foi conectado foi considerada forte as flutuações na tensão foram desprezíveis. Notou-se que com um aumento da pressão interna da câmara consegue-se extrair uma maior quantidade de potência ativa. 5. Atividades Realizadas e Aproveitamento do Estagiário Durante o período de 8 de agosto a 28 de outubro o estagiário realizou as seguintes tarefas: Pesquisa sobre o tema – estudo do funcionamento do sistema e pesquisas sobre temas relacionados que já foram realizadas. Estudo do sistema hidráulico – verificação e compreensão do sistema hidráulico. Modelagem do sistema hidráulico – desenvolvimento das equações que regem o sistema hidráulico (acumulador hidropneumático e câmara hiperbárica). Análise do sistema hidráulico – realização de simulações e análises do comportamento do modelo desenvolvido. Modelagem da turbina Pelton – desenvolvimento da equação para determinação do torque que a turbina aplicará ao gerador. Modelagem do sistema elétrico – desenvolvimento das equações analíticas da máquina elétrica e modelo da rede elétrica. Análise do sistema de geração – realização de simulações e análises, avaliando tensão, potência ativa, torque mecânico e velocidade de rotação da máquina elétrica. Foram observados estes parâmetros para diferentes configurações do sistema de armazenamento (volume da câmara e pressão). Além do desenvolvimento teórico do sistema estudado, o estagiário, por estar em um ambiente de pesquisa, esteve envolvido com professores, alunos doutorandos, mestrandos e alunos de iniciação científica, o que propiciou grandes avanços no que diz respeito a capacidade de raciocínio de pesquisa e desenvolvimento de projetos na área de engenharia. 23 Relatório Final 6. Referências [1] P. B. G. Rosa, “Controle e Otimização de um Sistema de Conversão de Energia das Ondas do Mar em Energia Elétrica”, Dissertação de Mestrado, COPPE – UFRJ, 2008. [2]Fundamentosde Física,R. Resnick, D. Halliday,vol. 2, 8ª EDIÇÃO. [3] C. P. LIVI, Fundamentos de Fenômenos de Transporte, 2004. [4] T. M.Monteiro; “ANÁLISE DE GERADOR DE INDUÇÃO PARA PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DAS ONDAS DO MAR”, Projeto Final de Curso, DEE-UFRJ, 2009. [5]QUINTELA, A - Hidráulica, Fundação Gulbenkian, Lisboa 2005. [6] A. E. Fitzgerald, C. Kingsley Jr., S. D. Umans, Máquinas Elétrica, McGraw-Hill, 6a Edição. [7]Electric machinery Fundamentals, Stephen J. Chapman, McGraw-Hill, 1999, 3a Edição. 24