CONTROLE SANITÁRIO DE AVES MIGRATÓRIAS

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ANDRÉIA BORGES DA SILVA
Curso de Ciências Biológicas – Licenciatura
Trabalho de Conclusão
CONTROLE SANITÁRIO DE AVES MIGRATÓRIAS:
CONTEXTUALIZAÇÃO DE CONHECIMENTO PARA O ENSINO MÉDIO
CANOAS, 2009.
ANDRÉIA BORGES DA SILVA
CONTROLE SANITÁRIO DE AVES MIGRATÓRIAS:
CONTEXTUALIZAÇÃO DE CONHECIMENTO PARA O ENSINO MÉDIO
Trabalho de conclusão apresentado à banca
examinadora do curso de Ciências Biológicas do Centro
Universitário La Salle – Unilasalle, como exigência
parcial para obtenção do grau de Licenciado em
Ciências Biológicas sob orientação do Professor Ms.
Giovani André Piva.
Canoas, 2009.
TERMO DE APROVAÇÃO
ANDRÉIA BORGES DA SILVA
CONTROLE SANITÁRIO DE AVES MIGRATÓRIAS:
CONTEXTUALIZAÇÃO DE CONHECIMENTO PARA O ENSINO MÉDIO
Trabalho de conclusão aprovado como requisito parcial para a obtenção do grau de
Licenciado em Ciências Biológicas do Centro Universitário La Salle – Unilasalle, pelo
avaliador:
Profº. Ms. Giovani André Piva
Canoas, 2009.
Dedicatória
Os esforços de conservação não serão bem sucedidos se lhes
faltar o conhecimento acerca do caráter e localização da
biodiversidade que buscam proteger. Este trabalho de conclusão
é dedicado àqueles que se empenham na luta pela proteção da
biodiversidade por meio da ciência da conservação e da
educação sanitária em especial a todos os professores que
fazem a diferença em sala de aula na busca da formação de
alunos conscientes da sua realidade.
Agradecimentos
Agradeço a todos que contribuíram para a realização deste momento.
Epígrafe
O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente.
(Mohandas Karamchand Gandhi 1869 – 1948).
RESUMO
O presente trabalho destaca o grande valor da biologia contemporânea, através do
trabalhar em sala de aula com a contextualização de temas atuais para o ensino médio.
Será que o professor da atualidade está a par da importância da contextualização de
temas divulgados nos meios de comunicação? Como trazer essas temáticas para a sala
de aula de tal forma que representem conjuntos de situações que podem ser vivenciadas,
analisadas, reinventadas, problematizadas e interpretadas? Estas e outras perguntas
tangem ou deveria tanger nas mentes dos mediadores. Como lidar com a Biologia
contemporânea na escola de maneira que esse conhecimento faça diferença na vida de
todos os estudantes, independentemente do caminho profissional que vão seguir, de suas
aptidões ou preferências intelectuais. Temas como Influenza Aviária, devem ser
contextualizados em sala de aula, incentivando e instigando o estudante à pesquisa sobre
este assunto, já que se trata de doença de importância mundial que é transmissível ao
homem e que já matou milhares de animais e centenas de homens. Através de pesquisas
em sites de buscas na internet; análise de livros didáticos de biologia para o ensino médio
e questionário investigativo destinados a professores e alunos do ensino médio. Este
tema infelizmente não é trabalhado em sala de aula..
Palavras-chave: Virologia. Contextualização. Educação Sanitária. Influenza Aviária.
ABSTRACT
The present work detaches the great value of biology contemporary, through working in
classroom with the contextualização of current subjects for average education. He will be
that the professor of the present time is along with the importance of the contextualização
of subjects divulged in the medias? How to bring these thematic ones for the classroom in
such a way that they represent sets of situations that can be lived deeply, be analyzed,
reinventadas, problematizadas and interpreted? These and other questions refer to or
would have to refer to in the minds of the mediators. As to deal with Biology contemporary
in the school thus this knowledge makes difference in the life of all the students, independently of the professional way who go to follow, of its aptitudes or intellectual preferences.
Subjects as Influenza Aviária, must be contextualizados in classroom, stimulating and instigating the student to the research on this subject, since it is about illness of world-wide
importance that is transmissible to the man and that already it killed thousand of animals
and hundreds of men. Through research in sites of searches in the Internet; didactic book
analysis of biology for average education and investigativo questionnaire destined the professors and pupils of average education. This subject is unhappyly not worked in classroom.
Key words: Contextualização. Sanitary education. Influenza Aviária.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Quadro 1 – Países com Influenza Aviária segundo o ano de ocorrência.
.............. 20
Quadro 2 – Algumas notícias da mídia sobre influenza aviária desde. ................... 21
2004 a 2009.
Quadro 3 – Lista de sites de buscas utilizados para pesquisa na ................... 51
internet.
Quadro 4 – Lista de livros didáticos de Biologia do ensino médio ................... 53
analisados.
Figura 1 – Mapa de surtos da Influenza Aviária no mundo.
................................ 20
Figura 2 – Acampamento sendo montado no monitoramento de ................... 24
2007.
Figura 3 – Rede de neblina, método de captura utilizada em aves ................... 24
migratória.
Figura 4 – Aves migratória, sendo anilhada, pelo CEMAVE.
................................ 25
Figura 5 – Coleta de amostra de suabe de cloaca de ave migratória, ................... 25
pelo SFA-RS.
Figura 6 – Momento da soltura das aves migratórias, pelo SFA-RS.
................... 25
Figura 7 – Rotas das aves migratórias. ................................................................... 30
Figura 8 – Rotas das aves migratórias do Hemisfério Norte. .................................. 31
Figura 9 – Áreas protegidas pelo ICMBIO. .............................................................. 34
Figura 10 – RAMSAR (Zonas úmidas de importância internacional).
................... 35
Figura 11 – Gifs da Influenza Aviária x Educação Sanitária. ................................... 38
Figura 12 - Desenvolvimento sustentável: o conceito e a realidade. ....................... 41
Figura 13 - Grandes eventos - avanços institucionais e políticos.
....................... 41
Figura 14 - Grandes eventos - avanços institucionais e políticos ....................... 42
(mundo e Brasil).
Figura 15 – Organograma da estrutura elaboração do questionário ....................... 48
investigativo.
Figura 16 – Análise de sites de buscar por palavras chaves. ................................. 51
Figura 17 – Gráfico dos dados costumes de leitura dos ....................... 55
entrevistados.
Figura 18 – Gráfico dos dados importância da contextualização de ....................... 56
temas atuais.
Figura 19 –Gráfico dos dados trabalhando com o tema em sala de ....................... 57
aula.
Figura 20 – Gráfico dos dados interesse pelo assunto. ........................................... 58
Figura 21 – Gráfico dos dados oportunidade de trabalhar com o ....................... 59
assunto.
Figura 22 – Gráfico dos dados das disciplinas para trabalhar o ....................... 60
assunto.
Figura 23 – Gráfico dos dados maneira de trabalhar o assunto. ............................ 61
Figura 24 – Gráfico dos dados dos professores que biologia ....................... 62
trabalhando com o assunto.
Figura 25 – Gráfico dos dados pergunta o que é influenza aviária.
...................... 63
Figura 26 – Gráfico dos dados da transmissão entre as espécies.
...................... 64
Figura 27 – Gráfico dos dados da espécie reservatório natural do ....................... 65
vírus.
Figura 28 – Gráfico dos dados do consumo de carne e ....................... 66
transmissão do vírus.
Figura 29 – Gráfico dos dados “casos diagnosticados” no Brasil.
....................... 67
Figura 30 – Gráfico dos dados do recebimento de informações ....................... 68
sobre o assunto.
Figura 31 – Gráfico dos dados do(s) órgão(s) responsáveis pela ....................... 69
informação do assunto.
Figura 32 – Gráfico dos dados da importância de medidas de ....................... 70
controle sanitário.
Figura 33 – Foto da aplicação do questionário em turma do 3ª ano ....................... 83
do ensino médio.
Figura 34 – Foto da aplicação do questionário em turma do 3ª ano ....................... 83
do ensino médio.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 3. .............................. 55
Tabela 2 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 4. .............................. 56
Tabela 3 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 5. .............................. 57
Tabela 4 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 6. .............................. 58
Tabela 5 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 7. .............................. 59
Tabela 6 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 8. .............................. 60
Tabela 7 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 9. .............................. 61
Tabela 8 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 10. ............................ 62
Tabela 9 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 11. ............................ 63
Tabela 10 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 12. .......................... 64
Tabela 11 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 13. .......................... 65
Tabela 12 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 14. .......................... 66
Tabela 13 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 15. .......................... 67
Tabela 14 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 16. .......................... 68
Tabela 15 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 17. .......................... 69
Tabela 16 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 18. .......................... 70
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
................................................................................................... 13
2. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS DE ENSINO MÉDIO .............. 15
– PCNEM
3. O VÍRUS DA INFLUENZA AVIÁRIA .................................................................... 18
3.1 Noticias da mídia sobre influenza aviária das ações .................................. 21
realizadas no Mundo e no Estado do Rio Grande do Sul
3.2 Monitoramento de aves migratórias e do vírus da .................................. 23
influenza aviária no Rio Grande do Sul
4. AS AVES E SUA IMPORTÂNCIA NA NATUREZA ............................................ 26
4.1 As aves migratórias ......................................................................................... 28
4.2 As rotas das aves migratórias ........................................................................ 29
5. UNIDADE DE CONSERVAÇÃO NO RIO GRANDE DO SUL ............................. 32
5.1 Iniciativas para a conservação e pesquisa no ensino .................................. 35
5.2 Educação sanitária enfoque ambiental
......................................................... 36
5.3 Como trabalhar o assunto em sala de aula .................................................... 42
6. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA
...................................................................... 46
6.1 Levantamento bibliográfico do tema ................................................................ 46
6.1.1 Pesquisas em sites de buscas na internet ....................................................... 46
6.1.2 Análise de livros didáticos de biologia para o Ensino Médio ............................ 46
6.1.3 Aplicação do questionário investigativo. ........................................................... 46
7. RESULTADOS
.................................................................................................... 49
7.1 Resultado em sites de busca na internet
....................................................... 50
7.2 Resultado da análise de livros didáticos
....................................................... 52
7.3 Resultado da aplicação do questionário investigativo
................................ 54
7.4 Considerações Finais ....................................................................................... 72
REFERÊNCIAS
...................................................................................................... 74
APÊNDICE A – Questionário investigativo professor
APÊNDICE B – Questionário investigativo aluno
............................................ 79
................................................... 81
APÊNDICE C – Fotos da aplicação do questionário investigativo
......................... 83
ANEXO 1 – Lista das Espécies de Aves Migratórias Ocorrentes no Brasil
............ 84
1. INTRODUÇÃO
Será que o professor da atualidade está a par da importância da contextualização
de temas divulgados nos meios de comunicação? Como trazer essas temáticas para a
sala de aula de tal forma que representem conjuntos de situações que podem ser
vivenciadas, analisadas, reinventadas, problematizadas e interpretadas? Estas e outras
perguntas tangem ou deveria tanger nas mentes dos mediadores. Como lidar com a
Biologia contemporânea na escola de maneira que esse conhecimento faça diferença na
vida de todos os estudantes, independentemente do caminho profissional que vão seguir,
de suas aptidões ou preferências intelectuais.
O interesse e a curiosidade dos estudantes pelos animais, natureza e pela ciência
pela tecnologia e pela realidade local e universal, conhecimentos também pelos meios de
comunicação, favorecem o envolvimento e o clima de interação e relações entre homem e
animais.
Acredita-se que as alterações ambientais e a degradação dos habitats naturais
dos animais vêm sofrendo várias mudanças ao longo do tempo, tais fatores podem estar
alterando a distribuição geográfica das espécies. Sendo algumas espécies vetores na
transmissão de doenças ao homem. Condições estas que requerem um monitoramento
de doenças de importância pública e econômica entre os países.
Diariamente grande quantidade de informações transmitidas pelos meios de
comunicação se referem a fatos cujo completo entendimento depende do domínio de
conhecimentos científicos. Nesses últimos anos, em especial, os conhecimentos
biológicos têm, por essa via, estado presentes em nossa vida com uma freqüência
incomum, dado o avanço dessa ciência em alguns de seus domínios. É importante,
contextualizar o conhecimento do educar pela pesquisa (BRASIL, 2003, p. 31).
14
Após uma breve pesquisa, de como este assunto é destacado pelos meios de
comunicação (jornais, revistas, internet, etc), pode-se constar que a melhor maneira de se
trabalhar o assunto seria através de reportagens em jornais e revistas.
Temas como Influenza Aviária, devem ser contextualizados em sala de aula,
incentivando e instigando o estudante à pesquisa sobre o assunto, já que se trata de uma
doença de importância mundial que é transmissível ao homem e que já matou milhares de
animais e centenas de homens.
Durante os estágios supervisionados pode-se constatar que o tema em questão
não era trabalho em sala de aula. Dar-se então a idéia de contextualizar através do
conhecimento, como deveria ser trabalhado este assunto em sala de aula. Na perspectiva
da construção do conhecimento ao estudante, visando à importância da conservação do
habitat escolhido pelas aves e, o que isto representa para o controle sanitário relativo às
doenças causadas pelo vírus da influenza aviária.
Acredito na importância de se trabalhar este assunto, já que o risco continua
existindo, apesar de assunto não estar tão presente na mídia como deveria estar.
2. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS DE ENSINO MÉDIO PCNEM
A biologia está inserida em Ciências da Natureza e Matemática. Os temas
estruturadores do ensino de biologia nos PCNEM contemplam as principais áreas de
interesse da Biologia contemporânea se voltam para a compreensão de como a vida (e
aqui se inclui a vida humana) se organiza, estabelece interações, se reproduz e evolui
desde sua origem e se transforma, não apenas em decorrência de processos naturais,
mas, também, devido à intervenção humana e ao emprego de tecnologias.
Como trazer essas temáticas para a sala de aula de tal forma que representem
conjuntos de situações que podem ser vivenciadas, analisadas, reinventadas,
problematizadas e interpretadas?
Como lidar com a Biologia contemporânea na escola de maneira que esse
conhecimento faça diferença na vida de todos os estudantes, independentemente do
caminho profissional que vão seguir, de suas aptidões ou preferências intelectuais?
Segundo os PCNEM (BRASIL, 2006, p. 21) o aluno deve dominar conhecimentos
biológicos para compreender os debates contemporâneos e deles participar, no entanto,
constitui apenas uma das finalidades, sintetizada em seis temas estruturadores:
1. Interação entre os seres vivos;
2. Qualidade de vida das populações humanas;
3. Identidade dos seres vivos;
4. Diversidade da vida;
5. Transmissão da vida, ética e manipulação gênica;
6. Origem e evolução da vida.
16
Estes seis temas não reinventam os campos conceituais da Biologia, mas
representam agrupamentos desses campos de modo a destacar os aspectos essenciais
sobre a vida e a vida humana que vão ser trabalhados por meio dos conhecimentos
científicos referenciados na prática.
Segundo os PCNEM (BRASIL, 2006), podemos abordar o tema “Aves” – Seres
Vivos, geralmente no 2 ano do Ensino Médio, destacando os principais desafios para a
conservação deste grupo de animais:
a. as perturbações na biosfera: perturbações naturais e produzidas por ação
humana (BRASIL, 2006, p. 105):
− buscar dados e informações sobre as perturbações naturais e
antrópicas pragas, desmatamento, uso de combustíveis fósseis,
ruptura das teias alimentares, indústrias e petroquímica a curto, médio
e longo prazo.
− compreender
os
impactos
ambientais
dentro
da
ótica
do
desenvolvimento sustentável.
− avaliar as dimensões das perturbações na biosfera e propor ações
corretivas ou preventivas, individual ou coletivamente.
b. saúde ambiental: relacionar o reaparecimento de determinadas doenças
(como influenzas) com a ocupação desordenada dos espaços urbanos e a
degradação ambiental (BRASIL, 2006, p. 46).
c. a diversidade ameaçada (BRASIL, 2006, p. 48):
−
identificar em um mapa as regiões onde se encontra a maior
diversidade de espécies do planeta, caracterizando suas condições
climáticas.
−
reconhecer as principais características da fauna e da flora dos
grandes biomas terrestres, especialmente dos brasileiros.
−
assinalar em um mapa a distribuição atual dos principais ecossistemas
brasileiros e compará-la com a distribuição deles há um século atrás.
−
fazer um levantamento das espécies dos principais ecossistemas
brasileiros que se encontram ameaçadas.
17
−
debater as principais medidas propostas por cientistas, ambientalistas
e administração pública para preservar o que resta dos nossos
ecossistemas ou para recuperá-los.
−
relacionar as principais causas da destruição dos ecossistemas
brasileiros.
−
comparar argumentos favoráveis ao uso sustentável da biodiversidade
e tomar posição a respeito do assunto.
Cabe ao professor mostrando-lhes uma nova maneira, lúdica e prazerosa e
participativa, de relacionar-se com o conteúdo escolar, levando a uma maior apropriação
dos conhecimentos envolvidos.
A escola deve estar convicta que os aspectos emocionais e sociais são
importantes na formação plena de nossos alunos, trabalhando na formação básica e
fundamental para agregar conhecimentos, valores e atitudes. Ajudando a prepará-los com
segurança e competência, para as etapas de aprendizagem que se sucedem ao ensino
médio e para a vida.
3. O VÍRUS DA INFLUENZA AVIÁRIA
A Influenza Aviária é uma doença infecto-contagiosa das aves causada pelo vírus
da Influenza A, membro da família Orthomyxoviridae, do gênero Influenzavirus, que
acomete aves silvestres (entre elas aves migratórias) e aves domésticas que podem
manifestar ou não sinais clínicos da doença.
Também chamada de peste aviária, foi descrita no ano de 1878 por Perroncito,
pesquisador italiano, que a diferenciou das doenças causadas por bactérias e foi
identificada como um agente filtrável (vírus) por Centanini e Savunozzi em 1901. Mas
somente em 1955, que a chamada peste aviária foi identificada como sendo causada por
um vírus da influenza, que hoje sabemos ser do tipo A (MORAES ; SALLE, 2000, p. 283).
Os vírus de Influenza Aviária tipo A, são divididos em 15 subtipos antígenos de
hemaglutinina (H) e 9 subtipos de neuraminidase (N). A maioria das cepas de vírus não é
virulenta em aves, apresentando poucos sinais clínicos de doenças ou somente
insuficiência respiratória nas mesmas. Essas cepas são classificadas como cepas de
baixa patogenicidade são comumente isoladas em aves migratórias.
Existem algumas formas do vírus que são conhecidas como de alta
patogenicidade, normalmente classificadas como os tipos H5 e H7, e geralmente causam
doenças e até mortandade em aves silvestres, sendo assim raros na natureza. Nas
últimas décadas, vários surtos e pandemias com amostras de alta patogenicidade do
vírus foram descritos em diversos lugares do mundo. O grande desafio para a ciência é o
fato do vírus do tipo A reunir características que torna um dos mais temíveis dentre os
conhecidos agentes de doenças devido à capacidade de mutação que lhe conferem
elevadas flexibilidade e infectividade para humanos, suínos, eqüinos, mamíferos marinhos
e aves (ISHIZUKA, 2008, p. 20).
19
Os pequenos erros que ocorrem no momento da duplicação tornam o vírus sem
correção para a formação de uma nova célula, este defeito não e detectável e sucedem
constantes alterações no perfil genético de novos subtipos virais. Embora sejam
mutações pequenas, são suficientes para escapar da resposta imunológica do hospedeiro
e está é a principal razão pelas quais vacinas não protegem contra novos vírus mutantes.
Segundo OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras agências estão
preocupadas em monitorar estirpes (mutações do vírus) prevalentes para detectar
eventual aumento da virulência ou transmissão ao homem para que possam assinalar
para uma pandemia (SAEED ; HUSSEN, 2008, p. 21).
Outro importante aspecto a ser considerado pelos países em rotas de aves
migratórias é sobre a potencialidade dessas espécies na introdução de doenças,
particularmente aquelas que possam gerar impactos na economia e trazer riscos à saúde
humana e animal, como é o caso da Influenza Aviária. Tem sido sugerido que a migração
de aves migratórias poderia estar contribuindo para a propagação do vírus. Uma grande
variedade de espécies de aves, em torno de 100, e mais de 8 ordens, tanto de aves
domésticas, perus e galinhas quanto aves silvestres, são susceptíveis ao vírus.
“O papel das aves migratórias na dispersão do Vírus da Influenza Aviaria H5N1
ainda não é totalmente conhecido”. Os registros de mortalidade de aves silvestres
migratórias o que sugere uma possível vulnerabilidade dessas aves ao realizarem longas
migrações quando infectadas por este vírus (CEMAVE, 2006, Informação nº 35).
O reservatório natural do vírus influenza A, são aves aquáticas, onde o mesmo
encontra-se altamente adaptado. Porém, influenza A é ocasionalmente transmitido do
principal reservatório (aves aquáticas) para outros animais, incluindo mamíferos e aves
domésticas, podendo provocar infecção passageira ou epidemias. Essas passagens em
diferentes espécies aumentam as chances de adaptação do vírus, facilitando o
surgimento de linhagens virais capazes de provocar epidemias em um novo hospedeiro.
O número de subtipos de influenza A que se adaptaram em mamíferos é limitado (JONG ;
HIEN, 2005, p. 27).
A transmissão dos vírus entre as aves se dá por contato direto com fezes, saliva e
secreções nasais e oculares de indivíduos contaminados.
20
Alguns estudos têm investigado a sobrevivência do vírus fora do hospedeiro, temse verificado que o vírus é mais resistente em ambientes de água doce e com
temperaturas mais baixas (CEMAVE, 2006, Informação nº 35). Atualmente, o mundo
direciona sua atenção para a cepa altamente patogênica do vírus de Influenza Aviária
H5N1, pelos grandes impactos econômicos, sociais e na preocupação de uma possível
pandemia para os seres humanos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Sanidade Animal (OIE) o
vírus já foi isolado em 58 diferentes países, no sudeste da Ásia, Europa e África. As
estatísticas estimam que, até 26 de julho de 2006, este vírus já levou à morte de 134
pessoas e mais de 150 milhões de aves, em sua maioria aves domésticas, conforme
mostra (quadro 1).
Devido à grande variabilidade e capacidade e adaptação, o vírus influenza causa
epidemias recorrentes em seres humanos e menos freqüentemente pandemias.
Pandemias de influenza A ocorreram nos anos de 1918-1919 (gripe espanhola), 1957 e
1958 causadas pelos subtipos H1N1, H2N2 e H3N2, respectivamente (DE LA BARRERA ;
REYES-TERÁN, 2005, p. 3).
A mais devastadora das pandemias da história foi à ocorrida em 1918, causando
a morte de mais de 40 milhões de pessoas em menos de um ano (DE LA BARRERA ;
REYES-TERÁN, 2005, p. 3). Recentemente, casos fatais de influenza A altamente
patogênico (subtipo H5N1) em seres humanos e a disseminação por aves migratórias
colocam o mundo em alerta para os riscos de uma nova pandemia.
Quadro 1 – Países com Influenza Aviária segundo o ano de ocorrência.
Influenza Aviária causada por vírus alta patogenicidade H5N1
2004
2005
2006
2007 (16.08)
USA, Canadá, Coréia, Pen. Malássia, Comboja, Japão, Vietnam, Malássia,
Afganistão, Bangladesh,
Tailândia, Vietnam,
Hong Kong, Correia Rep, Rep China, Myanmar,
Cambodia, Rep China,
Japão, China Popular, Correia Pop, Pakistão,
Cambodia, Tailândia, Índia,
Cote d’ Ívore, Rep
Malássia, Hong Kong, Filipinas, Mongólia,
Iraque, Ucrânia, Turquia,
Checa, França,
Indonésia, Laos,
Vietnam, Tailândia,
Tailândia, Croácia, Rússia,
Alemanha, Gana, Hong
Cambodia, Taipie.
China Pop, Indonésia,
România, Albânia, Egito,
Kong, Coréia, Kuwait,
Zimbawe, África do Sul, Cameron, Azerbadian,
Laos, Malássia
Kazakistão, Rússia,
Montenegro, Israel, Palestina, (penísula), Miammar,
România, Turquia,
Jordânia, Paquistão, Itália,
Paquistão, Rússia,
Croácia.
França, Inglaterra, Alemanha, Arábia Saudita,
Suécia, Dinamarca, Cote
Tailândia, Togo,
d’Ívore, Bulgária, Polônia,
Turquia, Reino Unido,
Slovenia , Sudão, Niger,
Vietman.
Nigéria, Zimbawe, Djibout.
13
20
41
26
Fonte: Organização Mundial de Saúde – WHO e da Sanidade Animal – OIE.
21
Segundo o MAPA, no Brasil não existe caso da doença e nem de presença do
vírus de alta patogenicidade, conforme o mapa de surtos da IA (figura 1).
Figura 1 – Mapa de surtos da Influenza Aviária no mundo.
Fonte: OIE (Organização Mundial de Saúde). Organização Pan-Americana da Saúde. Representação no
Brasil. Influenza Aviaria: Doença surto mapas. Informação Zoosanitária. Disponível em:
<http://www.Oie.int>. Acesso em: 18. mai.2008.
3.1
Noticias da mídia sobre influenza aviária das ações realizadas no Mundo e no
Estado do Rio Grande do Sul
Quadro 2 – Algumas notícias da mídia sobre influenza aviária desde 2004 a 2009.
Meio de
Comunicação
JORNAL
New York Post
TELEVISÃO
TV Nacional
Noticia
Enfoque
FLU EYED IN LI BOY’S DEATH
Kieran Crowley USA
03/03/2009.
Gripe Mata menino de 9 anos.
Veterinários do Ministério da
Agricultura vão ao Rio Grande do
Sul para orientar sobre gripe
aviária.
Eliane Wirthmann
06/04/2007.
Mostardas (RS) – Fiscais de saúde chegam à
fazenda próxima à Lagoa do Peixe para prevenção
de gripe aviária. Ação faz parte do Plano de
Monitoramento de Influenza Aviária em Aves
Migratórias e Silvestres do Brasil.
22
JORNAL
Avisite
Mapa encerra campanha de
prevenção da Influenza Aviária no
RS
04/05/2007
Monitoramento de sítios de aves migratórias no RS.
SITE
BBC Brasil
Suposto caso de gripe aviária
fecha escola em Hong Kong
12/03/2008.
Morte menino de 7 anos, fecha escola.
SITE
UNICEF
Unicef lança campanha para evitar
contágio de crianças com gripe
aviária.
29/11/2007
Campanha de Educação Sanitária ao todo, 50 mil
escolas de todo o país participarão do programa.
JORNAL
Zero Hora
A gripe que assusta o mercado
mundial.
13/02/2004.
À ocorrência de influenza aviária no território
americano.
JORNAL
Zero Hora
Brasil vai simular combate a foco
da doença.
27/10/2005
Um foco da influenza aviária seria o mesmo que um
terremoto - diz Mendes.Depois que o plano.
JORNAL
Zero Hora
Gripe do frango assusta Lula mais
do que aftosa.
17/10/2005
Por causa da influenza aviária que o Brasil atingiu
recordes na exportação de frango e aumentou... (em
combater).
JORNAL
Zero Hora
Parentesco assustador.
18/06/2006
JORNAL
Zero Hora
Estado avança no plano contra
gripe das aves.
02/06/2007
As semelhanças entre o vírus H5N1, subtipo da
influenza causador da gripe das aves, e o H1N1, da
gripe espanhola, assustam.
O Rio Grande do Sul deu mais um passo ontem para
adesão completa ao Plano de Prevenção à Influenza
Aviária.
JORNAL
Zero Hora
Um paraíso sob análise.
02/11/2008
Que integra o Plano de Monitoramento da Influenza
Aviária em Aves Migratórias e Silvestres.
REVISTAS
Veja
Brasileiros ignoram riscos
doenças em outros países.
16/01/2009
REVISTAS
Veja
Aquecimento global
aves migratórias.
15/04/2009
Fonte: Autoria própria, 2009.
de
Os meses de férias são, para muitos, a oportunidade
de conhecer outros países ou mesmo revisitá-los.
ameaça
PARIS, França (AFP) - O aquecimento global deve
ampliar as distâncias percorridas pelas aves
migratórias entre a África e o norte da Europa, com
conseqüências devastadoras para estas espécies.
23
3.2 Monitoramento de aves migratórias e do vírus da influenza aviária no Rio
Grande do Sul
No Brasil as medidas de prevenção, controle e erradicação de doenças exóticas ou
emergenciais estão amparadas por legislações em vigor como o art. 63 do Regulamento
do SDSA (Decreto nº 24.548, de 3 de julho de 1934 e a Instrução Normativa nº 32, de 13
de maio de 2002, da Secretaria de Defesa). Estas legislações regulamentam o
monitoramento, notificação e controle de doenças emergentes como influenza aviária,
incluem as seguintes medidas:
a. notificação obrigatória, ao serviço veterinário oficial, da ocorrência de
sintomatologia sugestiva para a doença de Newcastle e influenza aviária, em
qualquer espécie de ave;
b. colheita de material procedente de atendimentos à suspeitas e seu envio ao
laboratório oficial;
Para atender estas questões o Estado do Rio Grande do Sul, juntamente com os
órgãos federais e estaduais, das instituições: DPA/SEAPA-RS (Departamento de
Produção Animal – Secretaria da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul) e SFA-RS/
MAPA (Superintendência Federal de Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul –
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), vêm realizando trabalhos de
monitoramentos, desde 2002, em sítios de aves migratórias e residentes.
Os dois principais sítios de maior concentração de aves migratórias no Estado é o
Parque Nacional da Lagoa do Peixe (PNLP) e a Estação Ecológica do Taim (TAIM),
ambas unidades de conservação do Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio).
Estes sítios foram selecionados por serem os de maior concentração de aves
silvestres, principalmente as aquáticas (pertencentes às Ordens Anseriformes – como
patos, gansos, marrecos, cisnes, e Charadriiformes – por exemplo, maçaricos, batuíras,
gaivotas) são reservatórios naturais do vírus da influenza aviária.
O trabalho de vigilância ativa em aves migratórias e residentes é constituído do da
estrutura de acampamento (figuras 2) montagem de barracas e preparação do trailer
laboratório, local onde é realizado o trabalho de colheita de material.
24
As aves são capturadas com redes especiais (rede de neblina ou rede de canhão)
(figuras 3) em seguida é coletado o material biológico das aves capturadas nas redes, o
material colhido é suabe traqueais e suabes cloacais (figura 5) para a pesquisa do vírus
da Influenza Aviária, em seguida, receberão uma anilha metálica do CEMAVE e uma
bandeirola colorida, que identifica o país onde foi realizado o anilhamento (figuras 4). O
Brasil utiliza a cor azul, para identificar as aves capturadas. Durante o anilhamento as
aves também são identificadas quanto à espécie e coletam-se dados biométricosbiológicos, tais como peso, sexo, idade e, plumagem. Após o anilhamento, coleta de
material biológico e anotação dos dados coletados será feito à soltura das aves (figuras
6). As imagens a baixo mostram algumas estratégias de organização do trabalho de
monitoramento no PNLP.
Figura 2 – Acampamento sendo montado no monitoramento de 2007.
Fonte: Superintendia Federal da Agricultura do RS. Monitoramento de Aves migratórias do Parque Nacional
da Lagoa do Peixe.
Figura 3 – Rede de neblina, método de captura utilizada em aves migratória.
Fonte: Superintendia Federal da Agricultura do RS. Monitoramento de Aves migratórias do Parque Nacional
da Lagoa do Peixe.
25
Figura 4 – Aves migratória, sendo anilhada, pelo CEMAVE..
Fonte: Superintendia Federal da Agricultura do RS. Monitoramento de Aves migratórias do Parque Nacional
da Lagoa do Peixe.
Figura 5 – Coleta de amostra de suabe de cloaca de ave migratória, pelo SFA-RS.
Fonte: Superintendia Federal da Agricultura do RS. Monitoramento de Aves migratórias do Parque Nacional
da Lagoa do Peixe.
Figura 6 – Momento da soltura das aves migratórias, pelo SFA-RS.
Fonte: Superintendia Federal da Agricultura do RS. Monitoramento de Aves migratórias do Parque Nacional
da Lagoa do Peixe.
4. AS AVES E SUA IMPORTÂNCIA NA NATUREZA
As aves têm um importante papel no meio ambiente rural e urbano: ajudam no
controle de pragas, que atacam as plantações e as cidades; polinizam flores e espalham
sementes, auxiliando na reprodução das plantas; servem como ótimos indicadores da
qualidade dos ambientes, pois indicam rapidamente qualquer impacto ambiental; além de
nos encantar com sua beleza e seus sons.
São reconhecidas aproximadamente 9.000 espécies de aves no mundo. O Brasil
abriga uma das mais diversas avifaunas do mundo, com o número de espécies estimado
em mais de 1.690 (CRBO, 2003; IUCN, 2004; NatureServe, 2004).
Isto equivale à aproximadamente 57% das espécies de aves registradas em toda
a América do Sul. Mas de 10% dessas espécies são endêmicas ao Brasil, fazendo deste
país um dos mais importantes para investimentos em conservação (SICK, 1993, p. 127).
Os dois biomas de maior distribuição das aves brasileiras são a Amazônia e a
Mata Atlântica. Estima-se que 92% das aves brasileiras são espécies residentes, sendo
apenas 8% espécies migrantes. As principais ameaças do presente e do futuro para “as
aves” é a perda e a fragmentação de habitats, seguida pela captura excessiva e ilegal. As
intervenções humanas afetaram, significativamente, as espécies de aves que habitam os
ecossistemas naturais brasileiros.
A resposta das aves à essas alterações varia desde aquelas que se beneficiam
com as alterações do habitat e aumentam suas populações (exemplo: bem-te-vi), até
aquelas que foram extintas da natureza (exemplo: arara-azul-pequena). Na região
neotropical, o Brasil é o país com o maior número de espécies de aves ameaçadas
(COLLAR, 1997, p. 138).
27
As aves silvestres, principalmente as aves aquáticas, são reservatórios naturais
do vírus da influenza aviária A, onde o mesmo encontra-se altamente adaptado. Porém,
influenza A é ocasionalmente transmitido do principal reservatório as aves migratórias
para aves domésticas para mamíferos, incluindo a espécie humana, podendo provocar
infecção passageira ou epidemias, as chamadas “zoonoses”.
Zoonoses, segundo Ministério da Saúde, (2006) são doenças de não humanos
para humanos, bem como aquelas transmitidas do homem para os animais. Os agentes
que desencadeiam essas afecções podem ser microorganismos diversos, como bactérias,
fungos, vírus.
A influenza aviária é considerada uma zoonose, o que representa preocupação
permanente aos agentes de saúde pública, uma vez que alguns subtipos, tais como
H5N1, H9N2, H7N7 e H7N2 já foram transmitidos diretamente de aves domésticas para
humanos
Este trabalho teve como objetivo geral formar multiplicadores do conhecimento
entre a relação “Aves e Influenza Aviaria” e, como objetivos específicos destacam-se:
a)
avaliar o conhecimento dos professores e estudantes quanto aos
mecanismos de contágio da Influenza Aviaria, através da aplicação dos
questionários investigativos;
b)
descrever a importância de se trabalhar através da contextualização de
temas divulgados nos meios de comunicação, em relação à divulgação
na mídia sobre assuntos como a Influenza Aviária.
c)
instigar os estudantes do Ensino Médio a importância da conservação
do habitat escolhido pelas aves e, o que isto, representa para o controle
sanitário do vírus da Influenza Aviária;
d)
discutir as ações preventivas quanto aos aspectos relacionados às
condições para ocorrência desta doença no Rio Grande do Sul
28
4.1 As aves migratórias
Ao redor do mundo, diversos locais tornaram-se famosos pelas concentrações de
aves em migração atraindo a atenção, tanto de pessoas envolvidas no trabalho de
conservação e turistas interessados em ver de perto um fenômeno que encanta a espécie
humana há milênios (NASCIMENTO, 1995, p. 3).
A migração das aves é um mistério que sempre fascinou o homem, quer seja
pelas distâncias percorridas e capacidade de seguirem as mesmas rotas a cada estação
do ano. Segundo o CEMAVE, são consideradas migrações os deslocamentos realizados
anualmente, repetidamente, de forma estacional, por determinada população animal, que
se desloca de um ponto A (área de reprodução) para um ponto B (áreas de alimentação,
descanso, troca de penas etc.), em uma determinada época do ano, retornando
posteriormente ao ponto A, e assim, completando o ciclo biológico.
É comum confundir o termo migração com outros tipos de deslocamentos não
estacionais, associados à resposta rápida a alterações ambientais, como por exemplo,
chuvas ou secas prolongadas ocorrências de incêndios, redução ou aumento na
disponibilidade de alimento, dentre outros fenômenos. Há décadas, pesquisadores do
mundo inteiro estudam os mecanismos de orientação das aves migratórias, traçando as
rotas percorridas e avaliando as correntes de vento das quais elas se utilizam, bem como
examinando a anatomia, comportamento e ecologia de cada espécie, tudo isso para
ajudar a desvendar os segredos que cercam esses pequenos animais, que conseguem
realizar em poucos dias viagens tão longas, muitas das vezes tendo que enfrentar
condições bastante adversas, como a escassez de alimentos, tempestades, frio,
degradação dos ambientes, etc.
As migrações podem ser ainda restritas ao território nacional ou ter suas rotas
incluindo vários países. Os habitats selecionados ao longo de suas rotas são diversos e
estão relacionados aos hábitos alimentares, disponibilidade de recursos e táticas de
forrageamento, devido à distribuição não-contínua desses recursos, as espécies
migrantes se concentram em áreas especificas.
29
Esses locais têm importância fundamental para a conservação dessas espécies,
uma vez que, ao realizarem grandes migrações, elas necessitam de “áreas chave” para
trocarem as penas, se alimentarem e adquirir as reservas energéticas necessárias para a
continuação das longas viagens, retornando posteriormente as áreas de reprodução
(CEMAVE,. 2006. Informação n. 35).
Segundo dados do CEMAVE/IBAMA, são conhecidas 172 espécies de aves
migratórias no Brasil, das quais 102 são consideradas do Hemisfério Norte e 70, do
Hemisfério Sul, listadas no (anexo 1).
Algumas espécies realizam migrações de longa distância que chegam alcançar
aproximadamente, entre ida e volta de 16.000 a 22.000 Km de distância.
4.2 As rotas das aves migratórias
O Brasil começa a receber aves migratórias, com a chegada da primavera que,
em seu ciclo anual e sazonal, migram para a região Neotropical (da qual o Brasil faz
parte), oriundas principalmente do Canadá e Estados Unidos.
Isto ocorre fundamentalmente porque, nos trópicos, há maior abundância de
alimentos, em contraste com o rigoroso outono e inverno dos países do hemisfério norte,
nos quais os territórios, em grande parte, ficam cobertos por gelo o ano inteiro.
Assim, as aves migratórias fazem do Brasil seu ponto de invernada, ou seja, ficam
no Brasil durante a nossa primavera e verão. Algumas espécies permanecem em nosso
País durante todo este período; outras têm no Brasil um ponto de parada e continuam
suas migrações até o extremo sul do continente sul-americano. Neste período
descansam, realizam a troca de penas e se alimentam, refazendo-se de um esforço de
migração que é extremamente desgastante.
Existem oito principais rotas mundiais de aves migratórias, sendo estudas por
pesquisadores do mundo, conforme ilustra a (figura 7).
1) Rota Americana do Mississipi;
2) Rota Americana do Pacífico;
3) Rota Americana do Atlântico;
30
4) Rota do Atlântico Oeste;
5) Rota do Mar Negro/Mediterrâneo;
6) Rota Leste-Africana/Oeste-Asiático;
7) Rota Asiática Central leste;
8) Rota Leste-Asiático/Australiana.
Figura 7 – Rotas das aves migratórias.
Fonte: United Nations Food and Agriculture Organization 2005. Disponível em: <http://
www.portogente.com.br/.../influenzaaviaria.php>. Acesso em: 18. mai.2009.
O monitoramento das aves migratórias aquáticas na América no Norte indica que
60% das aves jovens estão infectadas com o vírus da Influenza Aviária. Essas aves ao
migrarem, podem excretar grandes quantidades de vírus através das fezes, o que resulta
em pesadas contaminações em lagos e bebedouros naturais, infectando outras espécies
de aves mantendo, assim, o ciclo do vírus (MORAES ; SALLE, 2000, p. 284).
As principais rotas utilizadas por aves migratórias que chegam no Brasil, são
provenientes do Hemisfério Norte, conforme mostra imagem a baixo (figura 8):
31
Figura 8 – Rotas das aves migratórias do Hemisfério Norte.
Fonte: Fonte: CEMAVE – Centro Nacional de Pesquisa para a Conservacao das Aves Silvestres
5.
UNIDADE DE CONSERVAÇÃO NO RIO GRANDE DO SUL
No Brasil duas áreas destacam-se com mais importantes, como pontos de parada
e invernada para milhares de aves migratórias, correspondendo na parte norte, as regiões
do Salgado Paraense e Reentrâncias Maranhenses, e ao sul, as lagoas costeiras do Rio
Grande do Sul. Particularmente na região da costa gaúcha o Parque Nacional da Lagoa
do Peixe, a cerca de 240 Km de Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul
(NASCIMENTO, 1995. p. 5).
Situado entre os paralelos 31.00’S 50.54W e 31.20S 51.10W. O Parque encontrase situado entre o Oceano Atlântico e a Lagoa dos Patos, com limites abrangendo os
municípios de Tavares, Mostardas e São José do Norte. Possui uma das poucas lagoas
de água salobra e salgada em todo litoral brasileiro (NASCIMENTO, 1995. p. 6).
O Parque Nacional da Lagoa do Peixe foi criado por sugestão do Instituto
Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), a partir de estudos realizados pelo
CEMAVE, para a proteção das aves migratórias e dos ecossistemas litorâneos
encontrados no parque. Em 06 de novembro de 1986, o Governo Federal reconheceu
pelo Decreto nº 93.546 como unidade de conservação e patrimônio nacional. Em abril de
1991, à Wetlands for the Américas – Rede Hemisférica de Reservas para Aves
Limínicolas, descreveu como “Reserva de Importância Internacional”. Em junho de 1993,
quando da adesão do Brasil como parte contratante à (Convenção de Ramsar), relativa à
conservação de ambientes aquáticos de importância internacional, (figura 9) o Parque foi
incluído como mais uma área sob os auspícios deste Tratado, ratificando uma vez mais
seu valor (NASCIMENTO, 1995, p. 17).
33
Alem da lagoa propriamente dita, outros habitats compõem o Parque, com
cordões de dunas de areia, fixas e móveis, além de banhados de água doce ou salobra,
mais ou menos dispersos nas áreas de campos, pequenas lagoas temporárias, e
formações florestais de restinga.
O que disponibiliza uma oferta rica e abundante o ano inteiro de invertebrados,
constituindo uma importante fonte de alimento para as espécies migratórias.
Segundo levantamento realizado em 1995 pelo CEMAVE/IBAMA foram catalogas
185 aves residentes e migratórias no sítio de migração do Parque Nacional da Lagoa do
Peixe, sendo descritas 48 espécies de aves migratórias visitantes do hemisfério norte e
do hemisfério sul. Conforme o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos o PNLP
apresenta a maior concentração de aves migratórias do país em quantidade de
biodiversidade.
Segundo Bernardes (1990, p. 89) existe três espécies ameaçadas de extinção.
Segundo lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, essas espécies necessitam de
maiores estudos para o estabelecimento de seu status populacional.
As maiorias das espécies visitantes do Parque são particularmente relacionadas a
um tipo especifico de ambiente, seja ele aquático ou de mata. As espécies de ambientes
aquáticos são: maçaricos, batuíras, trinta-réis, gaivotas, marecas, cisnes, flamingos; e as
ligadas à mata, tais como: João-tenen, curutiê, mariquita, pula-pula, entre outras.
As unidades de conservação de proteção integral fiscalizadas pelo ICMBio. São
aquelas que têm como objetivo básico preservar a natureza, livrando-a, o quanto possível,
da interferência humana; nelas, como regra, só se admite o uso indireto dos recursos
naturais, isto é, aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição, com
exceção dos casos previstos na Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação
(SNUC). Conforme mostram os mapas nas (figura 9 e 10).
a) estações ecológicas;
b) reservas biológicas;
c) parques nacionais;
d) monumento nacional;
e) refúgio de vida silvestre.
34
Figura 9 – Áreas protegidas pelo ICMBIO.
Fonte: ICMBIO, 2008.
35
Figura 10 – RAMSAR (Zonas úmidas de importância internacional)
Fonte: CEMAVE – Centro Nacional de Pesquisa para a Conservacao das Aves Silvestres
5.1 Iniciativas para a conservação e pesquisa no ensino
Finalmente, ressaltamos a necessidade de um programa integrado para a
pesquisa e conservação das espécies de aves ameaças no Brasil, principalmente às
espécies migrantes que necessitam do nosso país para completarem o seu ciclo
biológico.
A perda e a fragmentação do habitat é uma das principais ameaçadas, seguidas
pela captura excessiva, o tráfico internacional de aves e de animais silvestres, entre
outros fatores, ainda são atividades fortes no Brasil (LAÇAVA, 2000; RENCTAS, 2002).
36
A maioria dos espécimes capturados ilegalmente é liberada em locais impróprios
(fora de sua distribuição geográfica natural) e sem nenhuma avaliação do seu estado
sanitário. O problema do tráfico de animais silvestres requer o cumprimento das leis nos
países de origem e nos países de destino, principalmente nos Estados Unidos, Arábia
Saudita, Japão e Europa (MARINI ; GARCIA, 2005, p. 98).
O maior problema enfrentado pelos ornitólogos brasileiros é a carência de
informações sobre a biologia básica das espécies raras e o crescente número de
espécies ameaçadas.
Nossos conhecimentos sobre a biologia e ecologia das espécies de aves
brasileiras foram sintetizados por Sick (1985; versão em inglês, 1993; edição revisada e
ampliada em português, 1997), mas informações básicas sobre muitas espécies são
escassas ou inexistentes.
Grandes iniciativas de conservação dos ecossistemas já estão ocorrendo, através
de várias ações que visão a preservação da mata atlântica, entre outros programas e
projetos desenvolvidos, todos tende os mesmos objetivos (BRASIL, MMA, 2003):
1. Promover a biodiversidade na mata atlântica;
2. Promover o uso sustentável e justo de seus recursos naturais, e
3. Promover medidas para a restauração.
O Brasil necessita de um Plano Nacional para a Conservação das aves que
possibilite organizar e definir as prioridades; definir as necessidades para a pesquisa
futura e a capacitação de pessoal; estabelecer prioridades nacionais para a conservação
e manejo das espécies ameaçadas e áreas importantes para a conservação; e promover
políticas públicas para melhorar a proteção das aves (MARINI ; GARCIA, 2005, p. 100).
5.2 Educação sanitária enfoque ambiental
A ação do homem sobre a natureza tem privilegiado o processo de produção e os
interesses econômicos há séculos, caracterizando-se assim por um modo de agir
destrutivo.
37
Hoje a humanidade desperta para novos paradigmas, onde não cabe a visão do
homem como dono da natureza, mas sim como parte dela, portanto, responsável pelo
cuidado e preservação do mundo que o sustém.
Só avivando este profundo vínculo com a Terra e todos os seres vivos é possível
promover saúde de forma permanente, pois os caminhos que levam à destruição da
natureza levarão também ao fim da espécie humana (COSTA, 2004, p. 115).
A sociedade vive um período marcado por evidencias de fatos e fenômenos
sociais que desnudam uma complexa e dinâmica realidade. O avanço cientifico e
tecnológico, inexplicável e de difícil compreensão, trouxe consigo novos e maiores
desafios para o homem.
Conforme Angnes e Bellini (2006, p. 89) a grande dificuldade tem sido manter-nos
atualizados e, ao mesmo tempo, desenvolver marcos conceituais e abordagens que nos
permitam compreender o mundo em que vivemos e situar, dentro deste.
Neste contexto, busca-se através deste trabalho investigar a realidade em estudo
para melhor agir os professores em sala de aula, numa tentativa religar conhecimentos
relevantes que convertam em benefícios à sociedade (ANGNES ; BELLINI, 2006. p.
31grifo do autor).
Hoje em dia, todo mundo aprende em casa e na escola que deve lavar as mãos
antes das refeições, escovar os dentes, tomar banho e se vacinar.
Sabemos que essas medidas de higiene e prevenção ajudam a manter as
doenças longes. Mas nem sempre foi assim !
No Brasil, foi durante as décadas de 1930 e 1940 que o Estado pôs em prática a
idéia de educar a população para a saúde. O governo passou a se preocupar com a
implementação de políticas públicas de educação sanitária (TEIXEIRA. 2006, p. 137).
A educação sanitária e ambiental tem um enfoque estratégico voltado para a
gestão pública regulatória do saneamento básico e prevenção de algumas doenças, de
maneira que o processo pedagógico deve ser pautado no ensino contextualizado,
abordando o tema da questão em questão, no olhar abrangente, que transcenda à
dimensão biologia do problema (NAIME ; GARCIA, 2004, p. 98).
"Denominação dada à prática educativa que objetiva a induzir a população a
adquirir hábitos que promovam a saúde e evitem a doença" (FORATTINI, 1992, p. 64 grifo
do autor).
38
A problemática da Educação Ambiental (EA) não se constitui um tema recente
nas agendas públicas dos governos, no entanto pouco se tem realizado na
implementação concreta de programas, diretrizes e políticas com o propósito de incentivála e promovê-la, tanto no âmbito da educação formal quanto no da educação informal,
conforme demonstra a gif (figura 11).
Figura 11 – Gifs da Influenza Aviária x Educação Sanitária.
Fonte: Disponível em: http://www.viviansbrussi.blogspot.com/2007_06_24_archive.html. Acesso em: 24 mar.
2009.
O Brasil vem realizando esforços neste sentido desde a segunda metade dos
anos 90 e ganhando força na agenda pública no início da atual década; uma prova desta
afirmação é o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA), lançado no início do
governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Analisando os dados para o Brasil como um todo, é possível identificar que a
ampla maioria das escolas brasileiras que oferecem EA apresenta como local de
funcionamento o prédio escolar, pesquisas revelam que tanto para o ano de 2001 quanto
para o ano de 2004 (90,3% e 92%, respectivamente). O fato de as escolas funcionarem
em local exclusivamente destinado para o uso escolar é muito significativo, pois relata
uma condição favorável para desenvolver atividades da escola. É importante mencionar
que esta prevalência do prédio escolar como local privilegiado de funcionamento é
verificada tanto no nível de escolas estaduais, municipais e federais.
39
Uma das funções mais importantes da escola é seu poder de influência e
transformação da comunidade em que está inserida. Por outro lado, é na temática
ambiental que a escola poderia apresentar um impacto significativo na sociedade,
mediante a criação de canais de comunicação com a população que possibilitem a
discussão e reflexão sobre o papel dos cidadãos quanto ao meio ambiente.
Três dimensões: a dos saberes, a do saber ser e a do saber fazer. A
dimensão dos saberes está relacionada aos conhecimentos transmitidos e
adquiridos na educação formal e informal e ao saber teórico-técnico (o que
fazer) e metodológico (como fazer), formalizado e prático. O “saber ser” tem
a ver com os valores e o perfil pessoal e cultural de cada indivíduo, com a
capacidade de se comunicar e agir em grupo e de aprender e de “aprender
a aprender”. O “saber fazer”, por sua vez estaria relacionado à habilidade de
aplicar, na prática pessoal e profissional, os conhecimentos e outras
competências adquiridas (BRASIL, 1996, p. 58).
O parecer CNE/CES nº. 67/2003, que trata do Referencial para as Diretrizes
Curriculares Nacionais (DCN) dos cursos de graduação corrobora as orientações
propostas, afirmando que a formação em nível superior é um processo contínuo,
autônomo e permanente, realizado através de sólida formação básica e formação
profissional fundamentada na competência teórico-prática, de acordo com o perfil de um
formando adaptável às novas e emergentes demandas. (BRASIL, 2003).
Para tanto, torna-se necessário preparar o futuro graduado para enfrentar os
desafios das rápidas transformações da sociedade, do mercado de trabalho e das
condições de exercício profissional. Os cursos cada vez mais, procuram ter em vista a
formação de um profissional em permanente preparação, com progressiva autonomia
profissional e intelectual, apto a superar os desafios do exercício profissional, da produção
de conhecimento e do domínio de tecnologias. Mas para que tudo isto, possa se
concretizar-se torna-se preciso:
Uma espécie de ‘desregulamentação’, de flexibilização e de uma
contextualização dos projetos políticos pedagógicos dos cursos de
graduação, para que as instituições de ensino superior atendessem, mais
rapidamente, e sem amarras anteriores, à sua dimensão política, isto é,
pudessem essas instituições assumir a responsabilidade de se constituírem
respostas às efetivas necessidades sociais – demanda social ou
necessidade social -, expressões estas que soam com a mesma
significação da sua correspondente ‘exigência do meio’, contida no art. 53,
inciso IV, da atual LDB 9.394/96 (BRASIL, 2003, p. 7).
40
Portanto, faz-se necessária a compreensão do tema a definição de alguns
conceitos utilizados no decorrer da abordagem no tema “Aves e Influenza Aviária”,
acredito que a região deverá ter atenção especial no sentido de incrementar as ações de
educação sanitária informando a população local (principalmente no ambiente escolar) do
que vem a ser a influenza aviária, qual a importância da doença, a implicação na saúde
humana, desestimular a criação de aves nestes locais e incentivar a criação de outros
tipos de animais em substituição à criação de aves domésticas, para convivência
harmônica entre as espécies (figura 13).
Desta forma, está aí garantida a responsabilidade de, ao conhecer, não apenas
satisfazer desejos individuais, mas sim propor alternativas, novas práticas de ensino,
novos caminhos nas ações de educação sanitária e ambiental. (ANGNES, 2006, p. 19).
Conforme
Camargo
(2004,
p.
428).
Desenvolvimento
sustentável
é
o
desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a habilidade
das gerações futuras às suas necessidades.
A expressão ecodesenvolvimento aos poucos foi sendo substituída por
desenvolvimento sustentável, embora ainda seja bastante utilizada em diversos países
europeus, asiáticos e latino-americanos, como informa Sachs (2003, p. 32).
Surge pela primeira vez em 1980 no documento denominado World Conservation
Strategy, produzido pela UICN e World Wildlife Fund (WWF) a idéia de desenvolvimento
sustentável, tendo como base a estratégia mundial para a conservação da natureza. O
objetivo da conservação é o de manter a capacidade do planeta para sustentar o
desenvolvimento, e esse deve, por sua vez, levar em consideração a capacidade dos
ecossistemas e as necessidades das futuras gerações (BARBIERI, 2005, p. 123).
A conservação estabelece, entre outros pontos, os seguintes compromissos para
os estados signatários: identificar e monitorar os componentes importantes da diversidade
biológica para conservação e o uso sustentável; promover a conservação in situ e ex sutu,
esta de preferência no próprio país de origem, adotando medidas para recuperar e
proteger as espécies ameaçadas, regulando e administrado coleções de recursos
biológicos, protegendo e encorajando o seu uso de acordo com as práticas culturais
tradicionais que se apresentem sustentáveis (MATTOS, 1991, p. 25).
Como Barbieri (1997, p. 59), discutindo a relação entre desenvolvimento
sustentável, pilares estruturais (figura 12).
41
Figura 12 - Desenvolvimento sustentável: o conceito e a realidade.
Fonte: LEÃO, 1999, p. 14.
Figura 13 - Grandes eventos - avanços institucionais e políticos.
Fonte: LEÃO, 1999, p. 19.
42
A biodiversidade é talvez a questão que mais coloca em evidencia o confronto de
interesses entre os países ricos do Norte e os demais ilustrados na (figura 14).
Figura 14 - Grandes eventos - avanços institucionais e políticos (mundo e Brasil).
Fonte: LEÃO, 1999, p. 19.
5.3 Como trabalhar o assunto em sala de aula
Após uma breve pesquisa, de como este assunto é destacado pelos meios de
comunicação, pode-se constar que a melhor maneira de se trabalhar o assunto seria
através de reportagens em jornais e revistas.
Quando Paulo Freire diz que “o homem deve aprender a falar sua própria palavra
e não apenas repetir a do outro”, ele nos fala objetivamente de uma Escola preocupada
apenas em repassar o conhecimento, reprodutora de padrões ultrapassados, de
preconceitos, enfim pouco preocupada com a formação integral do indivíduo,
principalmente no que diz respeito à sua capacidade de crítica e reflexão (CAVALCANTE,
1999, p. 36).
Neste sentido tanto o jornal como o livro e revistas possibilitam uma leitura
transformadora, na qual o educando pode encontrar o sentido de sua subjetividade, de
sua capacidade de mudança e significado.
43
No momento em que o professor se propõe em trabalhar com o jornal, ele está
oferecendo-lhe a oportunidade de comunicar-se com a sua comunidade. A partir de uma
questão, outras vão surgindo e provocando o envolvimento com que é lido e visto que a
leitura produz também uma busca de identificação, porque realiza uma série de
projeções. Infelizmente, ainda nos deparamos com as velhas propostas pedagógicas que
entendem o estudante como um receptáculo de informações, que na realidade na maioria
das vezes nem sequer são arquivadas na memória, indo mesmo para o lixo porque não
têm utilidade e sentido.
Segundo Cavalcante (1999, p. 55) é preciso que se perceba que padrões rígidos
têm sido quebrados, ainda que com muita resistência, para que se conceba a Educação
como veículo dinâmico de transformação social.
Surgem no meio de muitas divergências, educadores que compreende o ato de
educar como um processo global. No enfoque de questões da atualidade através de
reportagens de jornais e outros meios de comunicação.
O jornal como veículo de informação e formação tem se preocupado com a
questão educacional com muita freqüência, inclusive sistematizando a utilização da
informação em sala de aula. Segundo pesquisas, a prática de trabalhar com o jornal na
escola já vêm sendo desenvolvidos desde o século passado nos Estados Unidos e em
vários países da Europa, gerando resultados muito positivos.
Segundo Jean Piaget, diz que um estudante que adquire certo conhecimento
através da livre investigação e do esforço espontâneo será capaz de retê-lo, no futuro ele
terá adquirido uma metodologia que pode ajudá-lo o resto da vida.
Quando aprendemos a fazer algo, estamos aptos a executar seqüências fáceis de
afetividade, reconhecimento, decisão e ajuste sem ter, como se diz, “que pensar a
respeito”. Nosso ato espontâneo de conhecer-na-ção geralmente nos permite dar conta
de nossas tarefas. No entanto nem sempre é bem assim. Uma rotina comum produz um
resultado inesperado, um erro teima em resistir à correção, ou, ainda que ações comuns
produzam resultados comuns, há algo nelas que nos parece estranho, porque passamos
a vê-las de outra maneira. Todas essas experiências, agradáveis e desagradáveis,
contém um elemento de surpresa (SCHON, 2000, p. 32 grifo do autor).
44
Para que possamos aceitar um ensino prático e reflexivo, teríamos que abrir
espaço para novos métodos de ensino-aprendizagem, não somente trabalhando com
livros didáticos, mas também com outros meios, por exemplo, o jornal e a revista.
Este tipo de metodologia de trabalho, ajuda a requalificar o professor como
profissional e como protagonista. Essa modificação nos métodos tradicionais de ensinar,
fortalece a autonomia e valoriza a prática do professor.
O jornal é, certamente, um veículo fundamental na escola por ser possibilitador de
muitos caminhos, além de ser sedutor porque representa a vida no seu cotidiano, dizendo
respeito à experiência real. Alguns objetivos de se trabalhar em sala de aula com jornais e
revistas:
a. desenvolver a capacidade dos alunos para observar lugares, ambientes,
pessoas, gestos característicos no ato da leitura;
b. aprender a organizar e fazer entrevistas;
c. transformar entrevistas num texto, como artigo, reportagem;
d. usar o trabalho para performances dramáticas, numa atividade lúdica e
criativa;
e. estabelecer um primeiro contato com a riqueza de assuntos dos jornais e
revistas;
f. despertar a curiosidade dos alunos por esses impressos;
g. etc.
Segundo Faria (2001, p. 106) os principais métodos de se trabalhar em sala de
aula, com jornais e revistas, são:
1.O professor prepara a classe para a pesquisa, explicando os objetivos e dá uma
idéia geral do assunto, a ser pesquisa;
2.A classe indica os lugares onde se lêem jornais e revistas e o professor
completa a lista, se for o caso. A lista é escrita no quadro negro e copiada no
caderno;
3.Organizam-se as equipes com as reportagens de jornais e revistas,
selecionando quais delas serão utilizadas na pesquisa;
4.Cada equipe começa uma pesquisa avançada do tema proposto, o grupo
procura classificar o conteúdo do jornal ou revista e destacar o que lhe interessa
ou não, justificando suas opiniões. Anotam as conclusões para apresentação oral;
45
5.Após uma análise sobre o tema, cada equipe expõe oralmente à classe seu
projeto. Neste momento os colegas e o professor intervêm completando o que for
necessário ou interessante fazer.
Segundo Gil (1987, p.19), ao perguntar “Por que se fazer pesquisa?”, informa que
são muitas as respostas, desde “por razoes de ordem intelectual e razoes de ordem
prática”, especificando que as primeiras estão ligadas ao desejo e à satisfação do
pesquisador em conhecer um fenômeno e as últimas, ao desejo de conhecer, de “fazer
algo de maneira mais eficiente ou eficaz”.
Amparados por este autor, é possível afirmarmos que a realização destas
pesquisas “no ambiente escolar” busca fortalecer a função das autoridades sanitárias a
fim de produzir e difundir conhecimento e instrumentos que conduzissem a melhores
políticas. Sobre o campo educativo, é importante ter, pelo menos, dois tipos de olhares.
Há um primeiro olhar imediato, próximo, de curto alcance e o segundo um olhar profundo
mais amplo. O olhar que nos ajuda a resolver esses problemas cotidianos que chegam a
nos obcecar e não nos permitem levantar os olhos para questões do presente visando o
futuro.
A velocidade da mudança cientifica e tecnológica e a enorme, quantidade de
informação que gera, que é preciso processar, questionam a ênfase que a escola da
modernidade dava aos processos de instrução e transmissão. Essa análise precisa ser
deslocada para os processos de produção de conhecimento como aprender e de
reconstrução de conhecimento reelaboração crítica (IMBERNÓN, 2000, p. 190).
Tendo a escola um papel relevante na formação de cidadãos, como sujeitos
políticos, para uma democracia substantiva que os exige protagonistas, ativos e
organizados: formar governados que possam ser governantes. A Escola tem que
significar o espaço de busca e de encontro, representando e refletindo a realidade da
maneira mais ampla possível.
Na Escola o educando passa metade do seu dia e esse período precisa gerar
interesse, provocação para o descobri e desvelar as coisas do mundo. O único sentido de
educar é, justamente, o de provocar e favorecer o conhecimento construído a partir das
expectativas e necessidades do indivíduo. Sabe-se que somente o conhecimento que é
construído a partir de uma necessidade e de uma demanda real pode dizer respeito à
experiência concreta de apreensão de mundo.
6.
CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA
6.1 Levantamento bibliográfico do tema
Primeiramente foi feito um levantamento bibliográfico na biblioteca do Unilasalle,
internet e artigos científicos. A pesquisa serviu como base de levantamento de dados para
o conhecimento das zoonoses apresentadas no projeto e metodologias mais adequadas a
projetos de educação ambiental em saúde pública na escola. A medologia deste trabalho
basea-se em três etapas, contemplando a contextualização do tema “Influenza Aviária”:
1. Pesquisas em sites de buscas na internet;
2. Análise de livros didáticos de biologia para o ensino médio;
3. Questionário investigativo destinados a professores e alunos do ensino médio.
6.1.1
Pesquisas em sites de buscas na internet;
A pesquisa em sites de busca na internet (Google, Yahoo, Alltheweb e Microsoft),
contendo palavras chaves: influenza aviária, H5N1, gripe do frango, reportagens de
influenza aviária, medidas de controle sanitário, Rio Grande do Sul e influenza aviária.
6.1.2 Análise de livros didáticos de biologia para o Ensino Médio;
Médio;
Em segundo momento, para o desenvolvimento deste trabalho, onde realizada
uma análise de livros didáticos de biologia, destinados ao ensino médio.
47
O conteúdo analisado foi “citologia, seres vivos (vírus e aves) e ecologia e meio
ambiente”, para verificar se algum destes tópicos de ensino contempla o conteúdo
“influenza aviária”.
Os livros analisados seguiram alguns critérios como: apresentação de
experimentos, dinâmicas, contextualização de assuntos e interdisciplinaridade, atendendo
os requisitos dos PCNEM e ao PNLEM. Serão analisados os seguintes livros didáticos:
a) * Livro 1: LOPES, Sonia. Bio: volume único. São Paulo: Saraiva, 2004.
b) * Livro 2: LAURENCE, J. Biologia: ensino médio, volume único. São Paulo:
Nova Geração, 2005.
c) Livro 3: CHEIDA, Luiz Eduardo. Biologia integrada. São Paulo: FTD, 2002.
d) Livro 4: MACHADO, Sídio. Biologia: de olho no mundo do trabalho. São
Paulo: Scipione, 2003.
* Livros de biologia recomendados pelo catálogo do Programa Nacional do Livro para Ensino Médio
(PNLEM) de 2009. O catálogo traz 9 opções de obras didáticas de Biologia que foram recomendadas para
aquisição pelo governo federal.
Em um terceiro momento, após a pesquisa em sites de buscas na internet e
análise dos livros didáticos, foi aplicado o questionário investigativo, para verificar se o
conteúdo é contextualizado em sala de aula. Após a aplicação dos questionários será
realizado um comparativo da compilação dos resultados, descrevendo como o assunto
era trabalho em sala de aula pelos professores, seguindo-se da avaliação do
conhecimento dos alunos quanto aos mecanismos de contágio da doença e por fim
contribuir para ações de educação ambiental e sanitária, na elaboração um guia didático
como tema transversal, em sala de aula.
6.1.3
Aplicação do questionário investigativo
Durante o período dos estágios supervisionados pude notar que o conteúdo “aves
e influenza aviária” não era trabalho nas escolas e que os próprios professores tinham
pouco conhecimento sobre o assunto, tema ao qual se faz de extrema importância, devido
à possibilidade desta doença se tornar novamente uma pandemia a nível mundial.
48
Mediante a estas constatações, dar-se a importância da aplicação do questionário
na tentativa de copilar os conhecimentos pré-estabelecimentos entre professores e
acadêmicos de Ciências Biológicas Licenciatura e estudantes do ensino médio. Modelo
de questionário (apêndices 1 e 2).
O questionário foi desenvolvido constando as principais duvidas sobre o assunto
como o seguinte organograma (figura 15):
Figura 15 – Organograma da estrutura elaboração do questionário investigativo.
Fonte: Andréia Borges, 2009.
Neste trabalho de aplicação do questionário foi utilizado uma abordagem
qualitativa. Através da técnica de análise do conteúdo, que apresenta as características
de objetividade, sistematização e interferência, aplicadas à análise de materiais escritos
ou verbais, usada para mensurar as variáveis da pesquisa.
Essa técnica foi utilizada para o tratamento do material fornecido nas perguntas
que computam o questionário (ANGNES ; BELLINI, 2006, p. 125).
Os resultado obtidos nesta pesquisa, cuja amostra é altamente significativa,
revelam o perfil de alguns professores de Ciências Biológicas que encontramos em nossa
sociedade.
E o questionário foi aplicado em 5 escolas de Ensino Médio de Porto Alegre e
também para os alguns acadêmicos de Ciências Biológicas Licenciatura do Centro
Universitária Unilasalle, Canoas, RS.
7.
RESULTADOS
7.1 Resultado em sites de busca na internet
Qualquer segmento do conhecimento humano hoje, não pode prescindir de uma
constante busca de informação. Ela, a informação, impulsiona o conhecimento científico.
A ciência é estabelecida a partir do desenvolvimento científico e tecnológico, beneficiando
a sociedade no seu cotidiano.
A informação científica e tecnológica se disseminava, até pouco tempo, apenas
em formatos impressos, disponíveis em unidades especializadas de informação.
Atualmente, a grande maioria das fontes está disponível em meios eletrônicos como a
Internet, porém o ambiente eletrônico não possui recursos que facilitem, de maneira
eficiente e eficaz o acesso à informação.
Hoje vivemos numa realidade de fragmentos de conhecimento. Onde os indivíduos
controlam as ações de partes e não mais do todo. Neste ponto de vista o conhecimento
pressupõe a preocupação com a eficiência financeira, melhor performance, o objetivo de
se tornar líder de mercado, o fazer mais com menos, e o ajuste a contingências
quaisquer. Conhecimento não é igual à informação. O conhecimento, e o valor construído
diariamente quando o focalizamos, é igual à análise e à ação em cima da informação.
Definitivamente, a Internet está na moda. No Brasil, há uns poucos anos, ela era
apenas um canal de comunicação a respeito do qual só uns poucos estudantes,
professores e pesquisadores tinham conhecimento. Hoje, é artigo de capa de revista e
uma multidão de brasileiros aguarda ansiosa pela abertura do chamado "acesso
comercial" à Rede. Mas o que se pode realmente esperar de uma conexão à Internet?
50
Através de páginas web classificadas como sites de busca da web, este sistema de
tecnologia permite a milhares de pessoas possuem acesso instantâneo a uma vasta
gama de informação online em hipermídia. Comparado às enciclopédias e bibliotecas
tradicionais, a WWW permitiu uma descentralização da informação e dos dados. Isso
inclui a criação ou popularização de tecnologias como páginas pessoais, weblogs e redes
sociais, no qual qualquer um com acesso a um navegador (um programa de computador
para acessar a WWW) pode disponibilizar conteúdo.
Tendo em vista que uma das características da Internet é possibilitar a qualquer
pessoa, teoricamente, ali disponibilizar informações, estas carecem de utilização
cuidadosa, principalmente as fontes que estão se tornando instrumento de uso constante
de estudantes e profissionais.
Após analisar o fluxo de informações que trafegam pela Internet, em sites de
busca com palavras chaves “influenza aviária, gripe do frango, H5N1, Rio Grande do Sul
e influenza aviária, aves migratórias, rotas de aves migratórias, monitoramento de aves
migratórias, educação sanitária e educação ambiental”. Pode-se constatar um mundo de
informações sobre o assunto pesquisado, em páginas da internet, como de jornais on-line,
revistas on-line, artigos científicos, entre outros, conforme mostra a (quadro 3).
Quadro 3 – Lista de sites de buscas utilizados para pesquisa na internet.
Site de
busca
Endereço eletrônico
Google
http://www.google.com.br
Yahoo
http://www.yahoo.com.br
Assunto pesquisado
influenza aviária
gripe do frango
H5N1
Rio Grande do Sul e influenza aviária
aves migratórias
rotas de aves migratórias
monitoramento de aves migratórias
educação sanitária
educação ambiental
Total de páginas
páginas
influenza aviária
gripe do frango
H5N1
Rio Grande do Sul e influenza aviária
aves migratórias
rotas de aves migratórias
monitoramento de aves migratórias
educação sanitária
educação ambiental
Total de páginas
páginas
Nº de páginas
disponível
261.000
136.000
6.210.000
14.400
400.000
14.500
12.000
1.450.000
2.350.000
10,847,900.00
1.630.000
759.000
21.100.000
47.100
1.220.000
19.200
25.600
3.490.000
18.400.00
30,130,900.00
51
influenza aviária
gripe do frango
H5N1
Rio Grande do Sul e influenza aviária
aves migratórias
rotas de aves migratórias
monitoramento de aves migratórias
educação sanitária
educação ambiental
Total de páginas
Microsoft
http://www.microsoft.com/pt/br influenza aviária
gripe do frango
H5N1
Rio Grande do Sul e influenza aviária
aves migratórias
rotas de aves migratórias
monitoramento de aves migratórias
educação sanitária
educação ambiental
Total de páginas
Fonte: Autoria própria, 2009.
Alltheweb
http://www.alltheweb.com
188.000
732.000
8.320.000
30.100
149.000
148.800
25.200
3.320.000
18.000.000
30,887,900
212.000
203.000
424.000
41.100
179.000
5.400
4.310
407.000
66.900
1,094,610
Pode-se verificar através da pesquisa em sites de buscas que os maiores
números de páginas, por “palavras chaves”, foram 50% para H5N1, e 30% para educação
ambiental, fato que sugere que estes assuntos são os mais pesquisados e com maior
número de páginas por informação. Os dados podem visualizados na figura 16 abaixo:
Percentual de Páginas por assunto
3%
influenza aviária
2%
gripe do frango
30%
H5N1
Rio Grande do Sul e influenza aviária
aves m igratórias
rotas de aves m igratórias
50%
12%
m onitoram ento de aves m igratórias
educação s anitária
educação am biental
0%
0%
3%
0%
Figura 16 – Análise de sites de buscar por palavras chaves.
Fonte: Andréia Borges, 2009.
52
7.2 Resultado da análise de livros didáticos
O livro 1 foi selecionado por apresentar experimentos e sugestões de dinâmicas e
mais utilizado na escola pública, adotado pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul,
conforme PNLEM.
O livro 2 foi escolhido, por trazer sugestões de dinâmicas, experimentos e estar
adequado ao PCNEM e mais utilizado na escola pública adotado e doado pelo governo do
Estado do Rio Grande do Sul, conforme PNLEM.
O livro 3 foi analisado, por apresentar experimentos, leituras complementares,
exercícios e desta forma estar adaptado ao PCNEM.
O livro 4 foi selecionado, por abordar experimentos e leituras complementares.
Após a seleção de livros, foi feita a análise de cada um deles visando encontrar
textos, dinâmicas, etc. que abordagem o tema influenza aviária. Sendo assim foram
observadas: a clareza, a praticidade dos experimentos e dinâmicas, a explicação dos
procedimentos, o custo benefício, objetivo e conclusões a respeito, conforme resultados
no (quadro 4).
Quadro 4 – Lista de livros didáticos de Biologia do ensino médio analisados.
Livro
Capítulo e/ou Unidade
Livro 1:
Capítulo 4: Introdução a Citologia e superfície das células;
LOPES, Sonia. Bio: volume Capítulo 13: Vírus;
único. São Paulo: Saraiva, 2004. Capítulo 25: Chordata II Aves.
Capítulo 39: Relação entre seres vivos de uma comunidade e ecologia
da população.
Livro 2:
Capítulo 7: Introdução à Citologia e membranas celulares;
LAURENCE, J. Biologia: ensino Capítulo 13: Os seres vivos e os vírus;
médio, volume único. São Paulo: Capítulo 29: Aves.
Capítulo 4 e 5: Ecossistemas e populações e Relação entre os seres
vivos.
Livro 3:
Unidade 1: Citologia;
CHEIDA, Luiz Eduardo. Biologia Unidade 4: Biodiversidade e vírus;
integrada. São Paulo: FTD, 2002. Unidade 5: Filo Chordata: aves
Unidade 10: Ecologia.
Livro 4:
MACHADO, Sídio. Biologia: de
olho no mundo do trabalho. São
Paulo: Scipione, 2003.
Fonte: Autoria própria, 2009.
Capítulo 4: Introdução à citologia;
Capítulo 13: Vírus;
Capítulo 21: Os tetrápodos: aves
Unidade 7: Ecologia e educação ambiental
53
Em todos os capítulos analisados, não havia nenhuma informação sobre o
assunto pesquisado.
Nos capítulos de citologia os autores poderiam abordar o assunto quanto
descrevesse os ácidos nucléicos, proteínas, etc.
Nos capítulos de seres vivos, conteúdo de vírus e aves, os autores poderiam
abordar o assunto quanto descrevesse os tipos de vírus de DNA e em aves
exemplificando os tipos de zoonoses que estes animais podem transmitir a outros grupos
de animais.
Nos capítulos ecologia e meio ambiente os autores poderiam abordar o assunto
quando descrevesse saúde ambiental, relacionar o reaparecimento de determinadas
doenças (como influenzas) com a ocupação desordenada dos espaços urbanos e a
degradação ambiental. As perturbações na biosfera: perturbações naturais e produzidas
por ação humana. E diversidade ameaçada.
Diversos capítulos apresentaram, ao final, as leituras complementares, que criam
oportunidades de discussões produtivas para a inserção social do estudante, como
também propiciam uma análise crítica dos impactos sociais desencadeados pela
produção do conhecimento em Biologia. Essa característica vantajosa da obra pode
converter-se em resultados, se bem trabalhada pelos professores. Os textos também
estimulam o questionamento pelos estudantes, propõem atividades diversificadas e
convidam à análise, a partir do conhecimento biológico, de questões relevantes e com
forte inserção social. Os alunos são incentivados a escrever textos e a realizar pesquisas
em interação com colegas e professores de outras disciplinas.
Após uma análise breve dos livros didáticos, pode-se constatar que o conteúdo
“influenza aviária”, não é abordado nestes livros didáticos. Nos aspectos pedagógicometodológicos, as obras normalmente contextualizaram os conhecimentos científicos,
trazendo-o para o cotidiano do aluno, a partir de exemplos de sua realidade, porém
infelizmente não contempla o assunto analisado.
54
7.3 Resultado da aplicação do questionário investigativo
Através dos resultados do questionário pode-se notar que muitos professores,
sentem dificuldade em viabilizar para o seu educando um modo de apreender o
conhecimento mais equilibrado e sensível.
Desta maneira, torna-se necessário que haja uma verdadeira reformulação dos
padrões educativos, é preciso que se invista na formação de professores sensibilizados
para uma abertura permanente, capazes de introjetar na sua prática uma vivência mais
significativa do processo ensino-aprendizagem.
Os questionários foram respondidos por 30 professores de cinco escolas Estaduais
de Ensino Médio, do município de Porto Alegre - RS. Os professores que responderam o
questionário são de diversas áreas do conhecimento (biologia, geografia, história, física,
química, literatura, português, matemática, educação física, pedagogia, sociologia e filosofia).
E por de 233 alunos de turmas do 1, 2 e 3 anos do ensino médio.
Todos os resultados apresentados a seguir nas figuras, encontram-se copilados
em grupos 1 (professore) e grupo 2 (alunos). Desse modo, entendo estar prestando
atenção às respostas das perguntas dos questionários, além de contribuir para que o
conhecimento seja estabelecido com transparência e a partir dos resultados
apresentados.
Foram utilizados os seguintes fatores como parâmetros para a comparação das
respostas em relação às perguntas dos questionários, ilustrados nas tabelas (1 a 16) e
nas figuras (17 a 32).
55
A pergunta nº 3 dos itens citados abaixo qual deles você costume ler?
(questionário professor pergunta n. 6), através dos resultados obtidos, pretendesse
verificar quais os costumes de leitura utilizado por professores e alunos.
Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão
ilustrados na tabela 1 e na figura 17.
Tabela 1 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 3.
Opções
Jornal
Revista
Outro
Fonte: Autoria própria, 2009.
Professor
Total
%
25
53.2
16
34
6
12.8
Aluno
Total
183
44
35
TOTAL
%
69.8
16.8
13.4
208
60
41
Figura 17 – Gráfico dos dados costumes de leitura dos entrevistados . Legenda: 1
professores e 2 alunos.
Fonte: Autoria própria, 2009.
56
A pergunta nº 4, nesses últimos anos, em especial, os conhecimentos biológicos
têm, por essa via, estado presentes em nossa vida com uma freqüência incomum, dado o
avanço dessa ciência em alguns de seus domínios. Você acha importante contextualizar
temas atuais veiculados na mídia, trazendo-os para a sala de aula ? (questionário
professor pergunta n. 7), através dos resultados obtidos, pretendesse verificar qual a
importância da contextualização no ambiente escolar.
Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão
ilustrados na tabela 2 e na figura 18.
Tabela 2 Análise comparativa dos resultados pergunta nº 4.
Opções
Sim
Não
Em branco
Fonte: Autoria própria, 2009.
Professor
Total
%
29
96.7
1
3.3
0
0.0
Aluno
Total
199
20
14
TOTAL
%
85.4
8.6
6.0
228
21
14
Figura 18 – Gráfico dos dados da importância da contextualização de temas atuais.
Legenda: 1 professores e 2 alunos.
Fonte: Autoria própria, 2009.
57
A pergunta nº 5, você já trabalhou alguma vez, com o tema “Influenza Aviária e/ou
Gripe do Frango”, em sala de aula? (questionário professor pergunta n. 8), través dos
resultados obtidos, pretendesse verificar se o assunto já havia sido trabalhado em sala de
aula pelo(s) professor(s).
Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão
ilustrados na tabela 3 e na figura 19.
Tabela 3 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 5.
Opções
Sim
Não
Em branco
Fonte: Autoria própria, 2009.
Professor
Total
%
5
16.7
25
83.3
0
0.0
Aluno
Total
32
198
3
TOTAL
%
13.7
85.0
1.3
37
223
3
Figura 19 –Gráfico dos dados trabalhando com o tema em sala de aula. Legenda: 1
professores e 2 alunos.
Fonte: Autoria própria, 2009.
58
A pergunta nº 6, você acha interessante e importante este assunto? (questionário
professor pergunta n. 9), através dos resultados obtidos, pretendesse verificar o interesse
pelo assunto.
Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão
ilustrados na tabela 4 e na figura 20.
Tabela 4 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 6.
Opções
Sim
Não
Em branco
Fonte: Autoria própria, 2009.
Professor
Total
%
29
96.7
1
3.3
0
0.0
Aluno
Total
203
24
6
TOTAL
%
87.1
10.3
2.6
232
25
6
Figura 20 – Gráfico dos dados interesse pelo assunto. Legenda: 1 professores e 2 alunos.
Fonte: Autoria própria, 2009.
59
A pergunta nº 7, se você tivesse a oportunidade de trabalhar e/ou estudar com o
tema “Influenza Aviaria”. Você trabalharia? (questionário professor pergunta n. 10),
através dos resultados obtidos, pretendesse verificar o interesse em trabalhar o assunto.
Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão
ilustrados na tabela 5 e na figura 21.
Tabela 5 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 7.
Opções
Sim
Não
Em branco
Fonte: Autoria própria, 2009.
Professor
Total
%
30
100
0
0.0
0
0.0
Aluno
Total
197
34
2
TOTAL
%
85
15
1
227
34
2
Figura 21 – Gráfico dos dados oportunidade de trabalhar com o assunto. Legenda: 1
professores e 2 alunos.
Fonte: Autoria própria, 2009.
60
A pergunta nº 8, se você fosse trabalhar e/ou estudar o assunto, em qual fase do
currículo, você acha que deveria ser abordado? (questionário professor pergunta n. 11),
através dos resultados obtidos, pretendesse verificar em que fase do currículo escolar o
assunto poderia ser trabalhado pelo professor.
Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão
ilustrados na tabela 6 e na figura 22.
Tabela 6 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 8.
Opções
Professor
Aluno
TOTAL
Total
6
%
5.1
Total
21
%
8.6
27
Seres vivos (vírus, aves)
22
56.4
162
66.7
184
Ecologia e meio ambiente
8
20.5
53
21.8
61
Outro
3
7.7
7
2.9
10
Citologia
Fonte: Autoria própria, 2009.
Figura 22 – Gráfico dos dados das disciplinas para trabalhar o assunto. Legenda: 1
professores e 2 alunos.
Fonte: Autoria própria, 2009.
61
A pergunta nº 9, como você trabalharia e/ou estudaria o tema? (questionário
professor pergunta n. 12), através dos resultados obtidos, pretendesse verificar qual o
melhor método para trabalhar com o assunto.
Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão
ilustrados na tabela 7 e na figura 23.
Tabela 7 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 9.
Opções
Professor
Aluno
TOTAL
Total
29
%
47.5
Total
97
%
34.2
126
Revistas
15
24.6
28
9.9
43
Livro didático
9
14.8
75
26.4
84
Televisão
4
6.6
68
23.9
72
Outro
4
6.6
16
5.6
20
Jornais
Fonte: Autoria própria, 2009.
Figura 23 – Gráfico dos dados maneira de trabalhar o assunto. Legenda: 1 professores e
2 alunos.
Fonte: Autoria própria, 2009.
62
A pergunta nº 10, você acha que o professor de biologia, poderia trabalhar este
assunto, através da educação ambiental e sanitária? (questionário professor pergunta n.
14), através dos resultados obtidos, pretendesse verificar a importância do trabalho do
professor de biologia na contextualização deste assunto.
Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão
ilustrados na tabela 8 e na figura 24.
Tabela 8 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 10.
Opções
Professor
Aluno
TOTAL
Sim
Total
28
%
93.3
Total
198
%
85.0
226
Não
2
6.7
35
15.0
37
Fonte: Autoria própria, 2009.
Figura 24 – Gráfico dos dados dos professores que biologia trabalhando com o assunto.
Legenda: 1 professores e 2 alunos.
Fonte: Autoria própria, 2009.
63
A pergunta nº 11, o que é a influenza aviária? (questionário professor pergunta n.
15), através dos resultados obtidos, pretendesse verificar qual o nível de conhecimento
dos professores e alunos sobre o que é a doença.
Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão
ilustrados na tabela 9 e na figura 25.
Tabela 9 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 11.
Opções
Professor
Aluno
TOTAL
A
Total
19
%
63.3
Total
76
%
32.6
95
B
4
13.3
64
27.5
68
C
0
0.0
28
12.0
28
Em branco
7
23.3
65
27.9
72
Fonte: Autoria própria, 2009.
Figura 25 – Gráfico dos dados pergunta o que é influenza aviária. Legenda 1: A: os vírus da influenza são
agrupados em 3 tipos, designados A, B e C. Os vírus da Influenza B e C não são preocupantes para a
saúde humana. Apenas os vírus da Influenza A podem causar pandemia. B: os vírus da influenza são
agrupados em 2 tipos, designados A e B. O vírus da Influenza A não é preocupante para a saúde humana.
Apenas o vírus da Influenza B pode causar pandemia. C: os vírus da influenza são agrupados em 2 tipos,
designados A e C. O vírus da Influenza A não é preocupante para a saúde humana. Apenas o vírus da
Influenza C pode causar pandemia. Em branco (resposta em branco). Legenda 2: 1 professores e 2 alunos.
Fonte: Autoria própria, 2009.
64
A pergunta nº 12, como ocorre a transmissão entre as espécies? (questionário
professor pergunta n. 16), através dos resultados obtidos, pretendesse verificar o nível de
conhecimento dos professores e alunos de como a doença é transmitida.
Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão
ilustrados na tabela 10 e na figura 26.
Tabela 10 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 12.
Opções
Professor
Aluno
TOTAL
A
Total
2
%
6.7
Total
29
%
12.4
31
B
21
70.0
147
63.1
168
C
2
6.7
34
14.6
36
Em branco
5
16.7
23
9.9
28
Fonte: Autoria própria, 2009.
Figura 26 – Gráfico dos dados da transmissão entre as espécies. Legenda 1: A:
mamíferos para aves. B: Aves para mamíferos. C: Mamíferos para mamíferos. Em branco
(resposta em branco). Legenda 2: 1 professores e 2 alunos.
Fonte: Autoria própria, 2009.
65
A pergunta nº 13, qual das espécies abaixo é considerada reservatório natural do
vírus da Influenza Aviária? (questionário professor pergunta n. 17), pretendesse verificar
qual o nível de conhecimento dos professores e alunos sobre a espécie reservatória da
doença.
Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão
ilustrados na tabela 11 e na figura 27.
Tabela 11 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 13.
Opções
Professor
Aluno
TOTAL
Total
26
%
86.7
Total
168
%
72.1
194
Mamíferos (em geral)
0
0.0
28
12.0
28
Suínos (exclusivamente)
1
3.3
25
10.7
26
Em branco
3
10.0
12
5.2
15
Aves
Fonte: Autoria própria, 2009.
Figura 27 – Gráfico dos dados da espécie reservatório natural do vírus. Legenda: 1
professores e 2 alunos.
Fonte: Autoria própria, 2009.
66
A pergunta nº 14, você acha que a doença pode ser transmitida através do
consumo de carne de aves e ovo? (questionário professor pergunta n. 18); pretendesse
verificar qual o nível de conhecimento dos professores e alunos a transmissão da doença
via alimentos de origem de aves.
Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão
ilustrados na tabela 12 e na figura 28.
Tabela 12 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 14.
Opções
Professor
Aluno
TOTAL
Sim
Total
4
%
13.3
Total
83
%
35.6
87
Não
23
76.7
141
60.5
164
Em branco
3
10.0
9
3.9
12
Fonte: Autoria própria, 2009.
Figura 28 – Gráfico dos dados do consumo de carne e transmissão do vírus. Legenda: 1
professores e 2 alunos.
Fonte: Autoria própria, 2009.
67
A pergunta nº 15, você acha que já foram diagnosticados casos de influenza
aviária no Brasil? (questionário professor pergunta n. 19), pretendesse verificar qual o
nível de conhecimento dos professores e alunos sobre notificações de caso(s) da doença
no país.
Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão
ilustrados na tabela 13 e na figura 29.
Tabela 13 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 15.
Opções
Professor
Aluno
TOTAL
Sim
Total
6
%
20.0
Total
131
%
56.2
137
Não
19
63.3
79
33.9
98
Em branco
5
16.7
23
9.9
28
Fonte: Autoria própria, 2009.
Figura 29 – Gráfico dos dados “casos diagnosticados” no Brasil. Legenda: 1 professores e
2 alunos.
Fonte: Autoria própria, 2009.
68
A pergunta nº 16, COMO VOCÊ GOSTARIA DE RECEBER, maiores
informações sobre este assunto? (questionário professor pergunta n. 20), pretendesse
verificar qual o nível de interesse dos professores e alunos em receber informações sobre
o assunto.
Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão
ilustrados na tabela 14 e na figura 30.
Tabela 14 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 16.
Opções
Professor
Aluno
TOTAL
Total
24
%
52.2
Total
107
%
41.8
131
Folder
9
19.6
29
11.3
38
Livro
6
13.0
29
11.3
35
Vídeo
7
15.2
91
35.5
98
Palestra
Fonte: Autoria própria, 2009.
Figura 30 – Gráfico dos dados do recebimento de informações sobre o assunto. Legenda:
1 professores e 2 alunos.
Fonte: Autoria própria, 2009.
69
A pergunta nº 17, em sua opinião qual dos órgãos é ou seria responsável pela
veiculação destas informações? (questionário professor pergunta n. 21), pretendesse
verificar qual dos órgãos citados no questionário seria o provável responsável pela
informação do assunto.
Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão
ilustrados na tabela 15 e na figura 31.
Tabela 15 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 17.
Opções
Professor
Aluno
TOTAL
Total
12
%
35.3
Total
114
%
45.2
126
Secretaria da Agricultura
2
5.9
10
4.0
12
Secretaria do Meio ambiente
5
14.7
34
13.5
39
Todas as opções acima
15
44.1
94
37.3
109
Secretaria da Saúde
Fonte: Autoria própria, 2009.
Figura 31 – Gráfico dos dados do(s) órgão(s) responsáveis pela informação do assunto.
Legenda: 1 professores e 2 alunos.
Fonte: Autoria própria, 2009.
70
A pergunta nº 18, você acha importante que medidas de controle sanitário,
sejam tomadas pelos Órgãos competentes, quanto a este asssunto? (questionário
professor pergunta n. 22), pretendesse verificar se os professore e alunos acham que as
medidas preventivas sejam adotadas na prevenção desta doença no país.
Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão
ilustrados na tabela 16 e na figura 32.
Tabela 16 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 18.
Opções
Professor
Aluno
TOTAL
Sim
Total
29
%
96.7
Total
214
%
91.8
243
Não
0
0.0
17
7.3
17
Em branco
1
3.3
2
0.9
3
Fonte: Autoria própria, 2009.
Figura 32 – Gráfico dos dados da importância de medidas de controle sanitário. Legenda:
1 professores e 2 alunos.
Fonte: Autoria própria, 2009.
71
Os resultados comprovam que o assunto “influenza aviária” não é trabalhado no
ambiente escolar. Apesar de 97% dos professores acharem o assunto interessante.
Talvez o assunto não seja trabalhado pela falta de conhecimento e/ou material didático
indisponível no sistema educacional brasileiro. O total de 100% dos professores
responderam que se tivessem a oportunidade de trabalhar com o assunto, eles
trabalhariam. Destes 47,5% trabalharia utilizando reportagens em jornais; 24,6%
reportagens em revistas; 14,8% reportagens na televisão; 6,6% livro didático e 6,6% outro
meio de comunicação.
Comparando as respostas dos professores “a maneira de trabalhar o assunto”
neste sentido tanto o jornal como a revistas, possibilitam uma leitura transformadora, na
qual o mediador e o educando, podem encontrar o sentido de sua subjetividade, de sua
capacidade de mudança e significado.
Na pergunta, você acha que o professor de biologia, poderia trabalhar este
assunto, através da educação ambiental e sanitária, 93,3% responderam que sim.
Resultados que comprovam e requerem que o professor de biologia, conheça o assunto,
e que seja capaz de transmitir este conhecimento a seus alunos.Para que conhecimentos
equivocados sobre o assunto, possam ser reconstruídos, a partir da contextualização no
ambiente escolar.
Apenas 63,3% dos professores souberam responder o que é a influenza aviária;
70% como ocorre a transmissão; 86,7% reservatório natural do vírus; 76,7% que o
doença pode ser transmitida através do consumo de carne de frango e ovos e 20% haja
que o vírus já chegou no Brasil.
Após análise dos resultados pode-se constatar que o “assunto” em questão é de
interesse tanto por parte de professores quanto por parte dos alunos entrevistados.
Como já vimos, a proposta pedagógica deste trabalho é articulada de intenções
educativas onde se definem as competências, os conteúdos, os recursos e os meios. A
proposta da aplicação dos “questionários investigativos”, dar-se então, por meios de
intenções elucidativas, as competências a serem desenvolvidas nortearão a escolha,
tratamento, recorte, participação dos conteúdos que darão conta de tornar viável o que foi
anteriormente consensuado.
72
7.4 Considerações Finais
O presente estudo levanta mais questões do que respostas e vai, eu espero,
fornecer base para novos trabalhos sobre os problemas ornitológicos de cujo sanitário do
Rio Grande do Sul.
A obtenção de informações mais acuradas sobre a situação atual de espécies em
perigo de extinção, por se tratar de uma questão prioritária, é necessário, porém, agir com
urgência para preservar e estabelecer outras reservas naturais, para conservação das
espécies e subespécies que migram em nosso Estado no monitoramento de controle
sanitário da influenza aviária.
As aves migratórias desconhecem as fronteiras políticas entre os países, viajam
em grandes bandos e param em poucos locais para descansar e se alimentar. Dessa
forma, é fundamental, que essas áreas mantenham sua capacidade original de suprir
alimentos em quantidades adequadas. A degradação desses ambientes ou da excessiva
exploração de seus recursos pelo homem pode comprometer a sobrevivência de bandos
inteiros, inclusive ameaçados de extinção algumas espécies.
Por esse motivo, é necessária uma política governamental integrada de
conservação, com muita cooperação e esforços conjunto entre países que também são
passagem ou áreas de origem-destino das aves, pois eventuais degradações em
qualquer ponto de sua rota, pode impedir que completem sua jornada, comprometendo
assim todas as estratégias de conservação. Vale destacar as medidas sanitárias no
controle de aves migratórias que o Estado do Rio Grande do Sul, vem desenvolvendo.
Trabalho pioneira no Brasil em monitoramento deste sítio de aves de importância mundial.
Espera-se que mais ações necessárias sejam empreendidas, pelos Órgãos
executores, no desenvolvimento de atividades especificas de manejo e conservação nas
áreas de risco definida, proteção da sanidade animal e proteção da saúde humana.
Prevendo estratégias de detecção precoce e atuações no sentido de minimizar a
possibilidade de disseminação do vírus da Influenza Aviária de alta patogenicidade no
território nacional.
73
Sendo assim, devem-se ponderar os benefícios oriundos de tais atitudes e
comportamentos, integrando o conhecimento sistematizado e a realidade dos atores
sociais envolvidos, levando a um processo de sensibilização, comprometimento e
consciência ambiental, com ênfase na aprendizagem sobre o tema tratado, permitindo o
desenvolvimento de competências: análise, decisão, planejamento e pesquisa, ou seja, o
que os atores sociais necessitam para o pleno exercício da cidadania.
Percebeu-se que o jornal pode ser um elo entre a realidade empírica e o ensino
formal, pois não apenas pode enriquecer a prática pedagógica, mas principalmente,
permite a contextualização do currículo escolar, inserindo o estudante na vida. Através da
leitura do jornal, não somente nos informamos das coisas que acontecem no mundo, mas
também vamos ampliando nossa capacidade de reflexão.
Vivemos um momento de anciã e desejo de que algo seja transformado nos
parâmetros educacionais. A escola conservadora sobrevive, mas tem a clareza de que, se
não mudar a sua conduta, dificilmente conseguirá manter-se no mercado. Partindo da
valorização dos conhecimentos pré-existentes através da interdisciplinaridade e
contextualização. A resposta pode estar na capacidade de ousar, temos que tentar a fim
de poder descobrir qual é melhor caminho para realizarmos satisfatoriamente aquilo em
que acreditamos.
A necessidade de ensinar o conhecimento leva à necessidade de modificá-lo e
essa modificação é chamada de transposição didática. Ao entrarem para a escola, os
objetivos de conhecimento – o saber científico ou as práticas sociais – convertem-se em
“objetivos de ensino”, isto é, em conteúdo curricular (MELLO, 2008, p.2 grifo do autor).
É preciso modificar o saber para que este se transforme em objetivo de ensino
ensinável, isto é, em condições de ser aprendido pelo aluno. Todo professor faz isso
permanentemente, embora sem sempre o faça de forma eficaz.
“O grande desafio do professor é possibilitar ao aluno desenvolver as habilidades
necessárias para a compreensão do papel do homem na natureza” (BRASIL, MEC, 2006,
p. 18).
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Versão 22/03/2005. Disponível em: <http://www.ib.uso.br/cbro>. Acesso em: 04. abr.
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Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 1996.
BRASIL. Congresso Nacional Brasileiro. Decreto nº 24.548, de 3 de julho de 1934.
Aprova o Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal. 1934.
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Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 2003.
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WORLD, COMISSION ENVIRONMENT AND DEVELOPMENT. Our Common Future.
Oxford University Press: 1987.
79
APÊNDICE A – Questionário investigativo professor
QUESTIONÁRIO INVESTIGATIVO PROFESSOR
DADOS PESSOAIS E PROFISSIONAIS
1) Dados de Identificação:
Sexo:  Masculino  Feminino
Idade:____________________
2) Marque o seu nível de escolaridade:
 Ensino Superior completo.
 Ensino Superior incompleto.
 Especialização/Pós-graduação.
 Mestrado.
 Doutorado.
 Pós-doutorado.
3) Você é professor de qual disciplina ?
 Biologia
 Geografia
 História
 Física
 Química
 Literatura
 Português
 Matemática
 Educação Física
 Outro. Qual ?._________________
4) Quantos anos você é professor?
 1 a 5 anos.
 5 a 10 anos.
 Mais de 10 anos.
5) Pergunta destina-se a acadêmicos de Ciências Biológicas Licenciatura:
 Você já trabalha ou trabalhou como professor de biologia em alguma escola.
 Prática somente em estágios supervisionados.
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS E GERAIS
6) Dos itens citados abaixo qual deles você costume ler ?
 Jornal.
 Revista (Qual (is)._____________________________)
 Outro. Qual ?._________________
7) Nesses últimos anos, em especial, os conhecimentos biológicos têm, por essa via, estado presentes em
nossa vida com uma freqüência incomum, dado o avanço dessa ciência em alguns de seus domínios. Você
acha importante contextualizar temas atuais veiculados na mídia, trazendo-os para a sala de aula ?
 Sim.  Não.
8) Você já trabalhou alguma vez, com o tema “Influenza Aviária e/ou Gripe do Frango”, em sala de aula:
 Sim.  Não.
9) Você acha interessante e importante este assunto?
 Sim.  Não.
10) Se você tivesse a oportunidade de trabalhar com o tema “Influenza Aviaria”. Você trabalharia?
 Sim.  Não.
80
11) Se você fosse trabalhar com o tema, em qual fase do currículo, você abordaria o assunto.
 Citologia.
 Seres vivos (vírus, aves).
 Ecologia e meio ambiente.
 Outro. Qual ?._________________
12) Como você trabalharia o tema?
 Através de reportagens em jornais.
 Através de reportagens em revistas.
 Através de reportagens na televisão.
 Através de livro didático que contenha este assunto.
 Outro. Qual ?._________________
13) Você utiliza livro didático. Qual ?
______________________________________________
14) Você acha que o professor de biologia, poderia trabalhar este assunto, através da educação ambiental e
sanitária?
 Sim.  Não.
15) O que é a influenza aviária?
 Os vírus da influenza são agrupados em 3 tipos, designados A, B e C. Os vírus da Influenza B e C não são
preocupantes para a saúde humana. Apenas os vírus da Influenza A podem causar pandemia.
 Os vírus da influenza são agrupados em 2 tipos, designados A e B. O vírus da Influenza A não é preocupante para a
saúde humana. Apenas o vírus da Influenza B pode causar pandemia.
 Os vírus da influenza são agrupados em 2 tipos, designados A e C. O vírus da Influenza A não é preocupante para a
saúde humana. Apenas o vírus da Influenza C pode causar pandemia.
16) Como ocorre a transmissão entre as espécies?
 Mamíferos para aves.
 Aves para mamíferos.
 Mamíferos para mamíferos.
17) Qual das espécies abaixo é considerada reservatório natural do vírus da Influenza Aviária?
 Aves
 Mamíferos.
 Suínos
18) Você acha que a doença pode ser transmitida através do consumo de carne de aves e ovos?
 Sim.  Não.
19) Você acha que já foram diagnosticados casos de influenza aviária no Brasil?
 Sim.  Não.
20) COMO VOCÊ GOSTARIA DE RECEBER, maiores informações sobre este assunto?
 Palestra, destinada à educação sanitária e ambiental.
 Folder, destinado à educação sanitária e ambiental.
 Livro, destinado à educação sanitária e ambiental.
 Vídeo, destinado à educação sanitária e ambiental.
21) Em sua opinião qual dos Órgãos é ou seria responsável pela veiculação destas informações?
 Secretaria da Saúde.
 Secretaria da Agricultura.
 Secretaria do Meio Ambiente.
 Todas as opções acima.
22) Você acha importante que medidas de controle sanitário, sejam tomadas pelos Órgãos competentes, quanto
a este asssunto?
 Sim.  Não.
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APÊNDICE B – Questionário investigativo aluno
QUESTIONÁRIO INVESTIGATIVO ALUNO
DADOS PESSOAIS E PROFISSIONAIS
1) Dados de Identificação
Sexo:  Masculino  Feminino
Idade:____________________
2) Marque o seu nível de escolaridade:
 Ensino Médio completo.
 Ensino Médio incompleto.
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS E GERAIS
3) Dos itens citados abaixo qual deles você costume ler ?
 Jornal.
 Revista (Qual (is)._____ _________________________)
 Outro. Qual ?._________________
4) Nesses últimos anos, em especial, os conhecimentos biológicos têm, por essa via, estado presentes em
nossa vida com uma freqüência incomum, dado o avanço dessa ciência em alguns de seus domínios. Você
acha importante contextualizar temas atuais veiculados na mídia, trazendo-os para a sala de aula ?
 Sim.  Não.
5) Algum professor já trabalhou alguma vez, com o assunto “Influenza Aviária e/ou Gripe do Frango”, em sala
de aula:
 Sim.  Não.
5.1) Se você respondeu (sim) em qual disciplina?________________________________________
6) Você acha interessante e importante este assunto?
 Sim.  Não.
7) Se você tivesse a oportunidade de estudar o assunto “Influenza Aviaria” você estudaria?
 Sim.  Não.
8) Se você fosse estudar o assunto, em qual fase do currículo, você acha que deveria ser abordado?
 Citologia.
 Seres vivos (vírus, aves).
 Ecologia e meio ambiente.
 Outro. Qual ?._____________________________________
9) Como você acha que o assunto deveria ser trabalhado pelo professor ?
 Através de reportagens em jornais.
 Através de reportagens em revistas.
 Através de reportagens na televisão.
 Através de livro didático que contenha este assunto.
 Outro. Qual ?._____________________________________
10) Você acha que o professor de biologia, poderia trabalhar este assunto, através da educação ambiental e
sanitária?
 Sim.  Não.
11) O que é a influenza aviária?
 Os vírus da influenza são agrupados em 3 tipos, designados A, B e C. Os vírus da Influenza B e C não são
preocupantes para a saúde humana. Apenas os vírus da Influenza A podem causar pandemia.
 Os vírus da influenza são agrupados em 2 tipos, designados A e B. O vírus da Influenza A não é preocupante para a
saúde humana. Apenas o vírus da Influenza B pode causar pandemia.
 Os vírus da influenza são agrupados em 2 tipos, designados A e C. O vírus da Influenza A não é preocupante para a
saúde humana. Apenas o vírus da Influenza C pode causar pandemia.
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12) Como ocorre a transmissão entre as espécies?
 Mamíferos para aves.
 Aves para mamíferos.
 Mamíferos para mamíferos.
13) Qual das espécies abaixo é considerada reservatório natural do vírus da Influenza Aviária?
 Aves
 Mamíferos.
 Suínos
14) Você acha que a doença pode ser transmitida através do consumo de carne de aves e ovos?
 Sim.  Não.
15) Você acha que já foram diagnosticados casos de influenza aviária no Brasil?
 Sim.  Não.
16) COMO VOCÊ GOSTARIA DE RECEBER, maiores informações sobre este assunto?
 Palestra, destinada à educação sanitária e ambiental.
 Folder, destinado à educação sanitária e ambiental.
 Livro, destinado à educação sanitária e ambiental.
 Vídeo, destinado à educação sanitária e ambiental.
17) Em sua opinião qual dos órgãos é ou seria responsável pela veiculação destas informações?
 Secretaria da Saúde.
 Secretaria da Agricultura.
 Secretaria do Meio Ambiente.
 Todas as opções acima.
18) Você acha importante que medidas de controle sanitário, sejam tomadas pelos Órgãos competentes, quanto
a este asssunto?
 Sim.  Não.
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APÊNDICE C – Fotos da aplicação do questionário investigativo
Figura 33 – Foto da aplicação do questionário em turma do 3ª ano do ensino médio.
Fonte: Andréia Borges, 2009.
Figura 34 – Foto da aplicação do questionário em turma do 3ª ano do ensino médio.
Fonte: Andréia Borges, 2009.
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ANEXO 1 – - Lista das Espécies de Aves Migratórias Ocorrentes no Brasil.
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89
Fonte: Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (2005). Lista das aves do Brasil. Versão 22/03/2005.
Disponível em: <http://www.ib.uso.br/cbro. Acesso em: 13 jan. 2009.
Legenda:
VN = Visitante do Hemisfério Norte,
VS = Visitante do Hemisfério Sul,
AM = ameaçada de extinção,
* = espécie referenciada na lista secundária do CBRO,
+ = espécie considerada extinta.
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