Registo individual das reflexões para o portefólio da aluna Carmen

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Registo individual de avaliação das reflexões para o portefólio da aluna Carmen Guilherme
12ºA – Psicologia B – 2013/2014
Os itens em avaliação são os que se seguem:
- Referência aos principais conceitos e teorias estudados no âmbito de cada tema do
programa (0-40 pts)
- Indicação de propostas de atividades a propósito do estudo de um tema (0-50 pts)
- Investigação autónoma de um problema, facto ou fenómeno relacionado com o estudo do
tema em que incide a reflexão (0-80 pts)
- Expressão de opinião pessoal sobre o tema estudado (0-30 pts)
A apreciação global é qualitativa segundo estes parâmetros
NOTA: Utilizar as siglas MB (Muito Bom 18-20), B (Bom, 14-17), S (Suficiente, 10-13), I (Insuficiente, 5-9), e F
(Fraco, 0-4).
A aluna Carmen Guilherme entregou o seu trabalho de reflexão individual
para o portefólio. Escolheu pessoalmente como tema de trabalho o
behaviorismo de John Watson e o seu contributo para a psicologia.
Elaborou uma contextualização exata da teoria behaviorista de Watson e
descreveu no seu significado e alcance os conceitos centrais, Relaciona a teoria
de Watson com a reflexologia de Ivan Pavlov. Integra de modo adequado o
artigo fundador de Watson sobre o behaviorismo no contexto do paradigma
filosófico do positivismo – uma ciência para o ser só deve estudar factos e nada
mais do que os factos. Não é de admirar que dado este princípio, ou postulado,
o behaviorismo deixa cair do estudo científico tudo o que se enquadra nos
processos mentais.
Destaca a teoria de Watson em contraste com a psicologia introspetiva,
modelo criado por Wundt, ainda que não refira este psicólogo. Coloca o estudo
do comportamento observável e a influência do meio ambiente como aspetos
dominantes da conceção teórica de Watson, destacando a posição crítica em
relação à importância dos fatores hereditários na explicação da conduta.
Faz uma comparação interessante com o behaviorismo de Skinner e aponta o
condicionamento operante como um desenvolvimento ainda mais radical do
que a teoria de Watson.
Tenta mostrar que a hereditariedade não é relevante para a explicação dos
processos de comportamento, o que consegue evidenciar a propósito do
distanciamento em relação ao maturacionismo de Arnold Gesell.
Referiu de modo bem enquadrado conceptualmente a observação de dois
vídeos sobre a experiência de Albert e das crianças selvagens, propostas que
são pertinentes.
A bibliografia consultada é referida corretamente. No entanto, no domínio
da avaliação crítica da teoria de Watson existem aspectos que não foram
focados e que são importantes, por exemplo, a ideia de um determinismo
social e cultural para a formação psicológica dos indivíduos assume contornos
bastante problemáticos. Será que somos só produto do meio? E que dizer dos
aspectos cognitivos inerentes aos processos mentais, que são simplesmente
deixados de fora da pesquisa psicológica, por exemplo, a motivação para
aprender. Um outro aspeto pertinente: se somos o produto do meio não
podemos ser considerados livres. Ora, se tudo o que aprendemos se deve ao
meio, de quem é a responsabilidade? Do indivíduo? Ou só da sociedade? Que
lugar existe para a liberdade dos indivíduos num universo determinista como o
que Watson defende na sua teoria behaviorista. Acontece que quem não é livre
não é responsável moralmente pelos seus atos. Assim, e isto é uma
consequência grave dos behavioristas, se ninguém é livre, ninguém é
responsável pelos seus atos. Se um indivíduo é criminoso, não o é por opção de
vida ou por uma escolha livre e consciente, pois houve todo um conjunto de
processos de influência que levou a pessoa a ser criminosa. Logo, os criminosos
não têm de ser presos e castigados, nem há propriamente necessidade de
tribunais. De acordo com Watson, têm de ser reeducados. Isto faz sentido? Há
que melhorar substancialmente a avaliação crítica do impacto do behaviorismo
como explicação correta do comportamento humano. = 18 (dezoito) valores.
A aluna Carmen Guilherme realizou trabalho de pesquisa pessoal sobre o
tema da psicologia do desporto, a propósito da Psicologia Aplicada. Descreveu
de modo sintético mas rigoroso este domínio do trabalho dos psicólogos,
enunciando de forma clara as funções de um psicólogo e em particular as
recomendações para as situações em que os atletas têm de enfrentar lesões.
As propostas de atividades (o vídeo do ex-pugilista Jorge Pina é a todos os
títulos muito relevante para as funções do psicólogo desportivo) e as
referências bibliográficas são corretas e adequadas ao tema trabalhado. O
resultado final é amplamente satisfatório: 20 (vinte) valores.
A aluna Carmen Guilherme realizou um trabalho de pesquisa pessoal sobre o
tema da genética, escolhendo investigar em detalhe a clonagem e as suas
implicações no comportamento e na vida psicológica dos seres humanos. A sua
exposição sobre os principais conceitos da genética é rigorosa e revela
domínio, assim como uma contextualização sintética, mas pertinente, sobre a
história da sua evolução enquanto paradigma científico. A inclusão de uma
hiperligação para um artigo da revista superinteressante é bastante acertada
no seu conteúdo e pretende mostrar como a genética desvenda doenças raras.
A exposição que faz da clonagem, da sua história e principais vantagens para
o campo da medicina e o impacto que poderá acarretar de benefícios para
imensas pessoas que precisam de recorrer à clonagem terapêutica, foi
realizado de modo bastante plausível e ajustado ao seu principal objetivo:
mostrar que há imensas vantagens no campo da produção de tecidos e de
órgãos que podem combater doenças como a diabetes e Parkinson. O
resultado global do trabalho, bem documentado e suportado por uma
bibliografia adequada, assim como as questões e actividades propostas,
representam um excelente exemplo do que deve ser uma pesquisa para
portefólio: 20 (vinte) valores.
Muito Bom
13.11.2013
Muito Bom
2.12.2013
Muito Bom
2.12.2013
A aluna Carmen Guilherme entregou reflexão sobre o tema do cérebro. A
propósito da importância do cérebro para a compreensão do comportamento
humano, a aluna investigou a doença de Alzheimer. Elaborou uma descrição
exaustiva dos conceitos centrais estudados sobre o órgão cerebral, denotando
rigor e clareza. Ressalva-se a questão da dominância cerebral hemisférica cujo
debate foi levado a cabo entre os cientistas e que levou à conclusão de que os
dois hemisférios podem funcionar em separado (uma situação que se revelou
nos chamados «cérebros divididos», isto é, pessoas que sofriam de ataques de
epilepsia tão fortes que a solução radical foi o recurso a uma cirurgia de
separação total dos hemisférios, o seccionamento do corpo caloso:
calosotomia. A noção de unidade funcional do cérebro que coloca a ênfase no
funcionamento holístico e sistémico integrado das suas funções revelou-se
mais adequada para entender a complexidade do cérebro, pelo que a ideia de
dominância cerebral foi cientificamente abandonada). Revelou particular
interesse pelo tema das lesões cerebrais e o teor do documentário Segredos da
Mente. Neste contexto, decidiu investigar a doença de Alzheimer e procedeu à
sua caracterização, quanto às causas, região cerebral afetada e as implicações
diretas (défices) no comportamento dos pacientes.
A abordagem à doença neurológica foi sintética mas exata na descrição e nas
suas implicações. A referência ao vídeo que expõe o testemunho de uma
adolescente cuja mãe sofreu de Alzheimer revelou-se bastante pertinente. As
questões levantadas em torno desta doença incurável e difícil de diagnosticar
foram bem enquadradas. A bibliografia usada foi suficiente. Todos os itens em
avaliação foram preenchidos: 20 (vinte) valores.
O portefólio da aluna Carmen Guilherme foi avaliado em 18.12.2013. A sua
apresentação gráfica é simples e eficiente para localizar a informação relevante
através de um sistema de separadores intuitivo para um acesso rápido do
utilizador. A imagem colocada abaixo da sua apresentação foi bem escolhida. A
afirmação colocada no início do portefólio é interessante mas deve referir o
seu autor. Quanto ao caminho de hiperligação para notícias, é uma boa ideia,
todavia, precisa de ser atualizado e com outras hiperligações complementares
que enriqueçam o portefólio. Uma sugestão: uma hiperligação para o portal
dos psicólogos e para blogues que sejam interessantes para o mundo da
psicologia.
Quanto ao separador dos sumários, que inclui imagem sugestiva, encontra-se
devidamente atualizado.
O separador relativo às quatro reflexões pessoais obrigatórias, a propósito
dos temas estudados nas aulas, está atualizado e é uma boa ideia incluir logo
na sua sequência o relatório descritivo individual das avaliações realizadas ao
longo do processo de construção desses trabalhos, uma ideia a manter nos
próximos períodos e que deve ser atualizada. A imagem foi bem escolhida para
este separador, sugerindo um momento de contemplação reflexiva.
No que se refere ao separador sobre as fichas de trabalho de grupo realizadas
no primeiro período, verifica-se que as oito fichas realizadas em grupo no
primeiro período encontram-se alojadas, remetendo para os enunciados, as
respostas dos alunos e as propostas de correção do professor.
O separador alusivo aos conceitos é um glossário que a aluna construiu ao
longo do período e a propósito dos temas abordados nas aulas, e mais uma vez
Muito Bom
12.12.2013
há pertinência na imagem selecionada. Os subseparadores com os conceitos
dividem-se em genética, cérebro, psicologia aplicada, e a propósito da unidade
introdutória, há um elenco sintético, mas relevante, sobre conceitos
psicológicos estruturantes. O seu significado foi exposto de modo rigoroso e
claro. Fica uma sugestão: para os conceitos apresentados poderá incluir uma
imagem alusiva a cada um deles, por exemplo, para o ADN ou para o neurónio.
Este separador indica algum trabalho de autonomia por parte da aluna,
embora seja uma tarefa relativamente acessível, dado tratar-se sobretudo de
um trabalho de compilação.
No separador sobre «Documentários e filmes», em vez de apresentar a
seguinte frase que passo a transcrever: «É nesta secção que irei falar um pouco
acerca dos documentários e filmes visualizados na disciplina», seria preferível
que escrevesse outro tipo de informação introdutória mais relevante.
Passo a expor.
«Nesta secção apresento informação relevante sobre os documentários
observados nas aulas, que constituem meios interessantes e motivadores para
aprender os conteúdos da disciplina.
No primeiro período, e no contexto da genética, observámos um
documentário, A Jornada do Homem, que reconstitui a migração humana pelo
planeta a partir do estudo dos marcadores genéticos presentes no ADN e prova
que somos todos aparentados. Se a nossa origem genealógica comum deriva
do continente africano, o comportamento e a mentalidade racistas não têm
qualquer valor científico. A genética encarrega-se de prová-lo.
No âmbito do estudo do cérebro, observámos o documentário narrado pelo
neurologista norte-americano Ramachandran, que expõe casos clínicos bizarros
de pessoas que sofreram lesões cerebrais. Este documentário é útil para
compreender o funcionamento do cérebro a partir do estudo dos cérebros não
normais. Uma lesão particularmente interessante é a chamada «visão cega» e
que representa um autêntico paradoxo: como é que alguém que vê não vê?
Por último, não menos interessante, observámos o documentário Clonagem,
também no âmbito da genética, que é uma espécie de «a priori» do
comportamento, e é possível debater questões muito interessantes com
impacto psicológico: por exemplo, o uso terapêutico da clonagem para salvar a
vida de pessoas que precisam de transplante de órgãos urgentemente. Outro
problema discutido passa pela clonagem humana – até que ponto não
permitirá clonagem ser uma tentação de criar o ideal de eugenia e concretizar
uma «raça perfeita»?
Como pode verificar, este tipo de introdução, mais informativo e relevante
para quem lê e consulta, como observador externo, é substancialmente
preferível.
As imagens seleccionadas são pertinentes e adequadas ao teor dos
documentários, assim como as hiperligações.
A explicação, no interior dos separadores, designados por «sinopse», deve ser
então melhor trabalhada e aprofundada – use sem problemas as informações
constantes nas fichas de observação dos próprios documentários, use essa
informação para mostrar detalhes interessantes dos vídeos.
No que diz respeito a este separador, a conclusão do trabalho da aluna é
evidente: pouca reflexão, pouca autonomia, e toda uma panóplia de
informação que pura e simplesmente ficou por esclarecer. Exige-se muito mais
de um trabalho de portefólio. Até este ponto, a avaliação do «produto»
exposto não vai além do mero nível descritivo.
Vejamos agora o último separador, dedicado precisamente a artigos e vídeos
escolhidos pela aluna e que revelam autonomia e capacidade de pesquisa: no
que diz respeito aos artigos, estes foram bem escolhidos e integrados
conceptualmente nas matérias. Todavia, há duas imagens que pertencem a
dois artigos que não abrem ou não são carregadas para se observarem, uma
retificação a operar.
Dado que os artigos se inscrevem no contexto da genética, seria interessante
incluir uma introdução que contextualizasse melhor a sua pertinência. Não
devemos esquecer que a temática da genética refere-se no programa de
Psicologia ao plano do «Antes de Mim», isto é, que fatores existem antes de
uma pessoa ser quem é? Trata-se, portanto, de melhorar o trabalho reflexivo e
de justificação da informação, articulando-a de modo mais consistente com o
teor de cada artigo selecionado. Será igualmente interessante, e uma vez que
estamos a analisar um trabalho de portefólio, que exista uma capacidade
pessoal de reflexão e de problematização mais forte e visível na sua
construção.
Finalmente, o separador dos vídeos inclui um conjunto representativo de
filmes relacionados e bem enquadrados com as temáticas estudadas nas aulas.
No que se refere à doença de Alzheimer, há um erro ortográfico da corrigir, a
saber, «cérebro» (veja-se «Acerca do tema do cérbero estudado (…)»).
Estes dois separadores, artigos e vídeos, podem ser substancialmente
melhorados se for acrescentado valor crítico do seu conteúdo numa
perspectiva de reflexão e problematização.
Sugere-se ainda que o portefólio inclua um separador para os documentos
estruturantes da disciplina e que foram fornecidos desde o início das aulas.
Há que apontar uma lacuna neste portefólio: a ausência de um trabalho de
pesquisa verdadeiramente original, que transcenda o mero caráter obrigatório
das reflexões temáticas. Este aspeto deve ser melhorado no próximo período.
Atendendo a todos os itens em avaliação, este portefólio consegue alcançar
uma classificação razoável, embora exista muito a melhorar: 17,5 (dezassete,
cinco) valores.
A aluna Carmen Guilherme realizou o trabalho obrigatório de reflexão
pessoal acerca de dois temas estudados nas aulas, a saber, a cultura e as
relações interpessoais. Caracteriza de modo exaustivo e pertinente a noção de
cultura, destacando a diversidade de padrões de cultura como fundamento da
diversidade de condutas existentes no mundo humano e que essa diversidade
influencia, pela socialização, as relações interpessoais, ao mesmo tempo que
facilita a integração nos indivíduos no coletivo social. Expõe de modo sintético
alguns dos principais conceitos que configuram a compreensão das relações
interpessoais e revela interesse em pesquisar em concreto a situação da
condição feminina face à diversidade de culturas existentes no mundo.
A exposição encontra-se bem documentada e as referências às atitudes de
preconceito e de discriminação sexista em relação às mulheres é adequada e
bem integrada nos conceitos psicológicos estudados, além de expressar um
juízo de opinião razoável sobre o tema pesquisado. Os itens em avaliação são
integralmente cumpridos: 20 (vinte) valores.
Muito Bom
18.12.2013
Muito Bom
27.3.2014
A aluna Carmen Guilherme elaborou trabalho de reflexão pessoal obrigatória
sobre o tema da memória. Expõe as principais características da memória, as
suas funções e sistemas. Desenvolve tema de pesquisa pessoal ligado à
perceção visual e aponta diversas atividades e questões relevantes, apoiandose numa bibliografia adequada. Cumpre todos os itens em avaliação: 20 (vinte)
valores.
Avaliei a reflexão pessoal obrigatória feita pela aluna Carmen Guilherme
acerca do tema da amizade, inserida no contexto do estudo das relações
interpessoais e de intimidade.
Inicia a sua exposição com uma análise da origem do termo «amizade» e
tipifica as suas diversas vertentes de relacionamento interpessoal. Destaca a
importância das relações amistosas para o equilíbrio e bem-estar da vida
psicológica das pessoas, destacando não só a sua dimensão psicológica, por
exemplo, na resiliência e longevidade, mas sobretudo o valor ético, para
estabelecer vínculos sólidos de relacionamento íntimo e de suporte para a vida.
As propostas de atividades (o filme LOL) estão bem fundamentadas e
articuladas com o tema em estudo e o cunho pessoal dado à sua reflexão foi
valorizado pelo significado presente no conjunto do seu trabalho. A bibliografia
é adequada. Abarca integralmente todos os itens em avaliação: 20 (vinte)
valores.
Avaliei o portefólio digital da aluna Carmen Guilherme em 7.4.2014 e
verifiquei que houve progressos substanciais no domínio da apresentação
gráfica, mais cuidada e a denotar criatividade. A ideia de colocar notícias e o
próprio sítio do portal dos psicólogos é uma excelente ideia, além de incluir
uma referência a Sigmund Freud. O tom informal e descontraído da
apresentação é complementada pela introdução de um vídeo musical dos
Imagine Dragons.
O separador dos sumários está completo até à data de entrega dos
portefólios (há que incluir as últimas lições do período).
O separador relativo às reflexões pessoais é bem cuidado e o discurso
utilizado é rigoroso de um ponto de vista conceptual, e a marca pessoal, que
revela uma apropriação subjetiva e bem fundada nos conceitos da psicologia
está bem evidente na reflexão sobre o tema da amizade.
O separador das fichas de trabalho está completo. Quanto ao separador que
incide sobre os conceitos alusivos aos temas tratados nas aulas do 2º período,
é possível verificar que se encontra com um glossário muito desenvolvido e
rigoroso, primando pela qualidade da expressão escrita.
A sua introdução sintética aos filmes e documentários observados nas aulas é
correta de um ponto de vista dos conteúdos trabalhados e percebe-se de modo
claro qual foi a pertinência da sua observação e articulação com os temas. No
entanto, há lapsos evidentes que devem ser corrigidos a propósito dos filmes
Água e a peça de teatro Arte. Tem de alterar os títulos que são incorrectos. O
título «Água – Às Margens do Rio Sagrado» refere-se à designação brasileira –
em Portugal é apenas «Água». Por outro lado, a peça de teatro de Yasmina
Muito Bom
27.3.2014
Muito Bom
1.4.2014
Reza intitula-se Arte e não «A Arte». Corrija. O mesmo para o filme Memento, e
não «O Memento». Retifique.
Quanto à fundamentação, parece ser ajustada, ainda que em relação ao filme
Memento não pareça ser adequada a descrição que apresenta acerca da
condição neurológica retratada: a amnésia anterógrada. Não é uma doença
psicológica, é uma disfunção neurológica com implicações nas funções
cognitivas associadas à memória e capacidade de aprendizagem de novas
informações, com impacto na vida psicológica da pessoa. Retifique. Retire a
expressão «(…) e como as doenças psicológicas» e reescreva uma frase mais
ajustada ao contexto da lesão cerebral.
A opção pelo filme LOL está justificada de modo sintético e é ajustada ao
tema tratado nas relações interpessoais de intimidade – a amizade.
O separador sobre os artigos foi aumentado para incluir novas pesquisas, por
vezes nem sempre acompanhadas da justificação necessária com os conceitos
da psicologia. Alguns foram incluídos nas reflexões pessoais, mas a sua
exposição é bem feita, embora sintética, mas não parece ser conceptualmente
adequada.
Quanto ao separador designado por «espaço de leitura», é uma boa ideia,
revela originalidade, todavia, os dois primeiros livros escolhidos revelam um
enquadramento no tema da cultura, mas cujo sentido de oportunidade no que
toca aos fundamentos não é o melhor: por exemplo, a noção de preconceito
seria aqui importante, em particular, o preconceito sexista. Também parece ser
interessante relacionar os processos de socialização primária com a formação
de uma mentalidade terrorista, mostrando como a aprendizagem e o sistema
de ensino pode doutrinar no preconceito, no ódio e na violência. Só parece que
o terceiro livro apresenta uma boa articulação com os conceitos e temas
tratados na psicologia.
Seja como for, o portefólio revela progressos. Num juízo global, a avaliação
deste período é francamente superior. A aluna deve proceder aos
reajustamentos indicados e procurar melhorar a dimensão da pesquisa pessoal
e a emissão de um juízo crítico mais articulado com as matérias. O resultado
final desta reflexão é: 18,7 (dezoito, sete) valores.
Muito Bom
7.4.2014
Avaliei o último trabalho de reflexão obrigatório da aluna Carmen Guilherme
e que apostou claramente num discurso objetivo e parcimonioso sobre os
temas da emoção e da inteligência, conseguindo a sua articulação com
indicação de algumas propostas de actividades bem enquadradas
conceptualmente nos termos técnicos do vocabulário da psicologia e com
ligação à área da saúde. O resultado global alcança plenamente os itens em
avaliação: 20 (vinte) valores.
Muito Bom
2.6.2014
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