A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO USO DA

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A representação Social do Uso da Maconha
Pelo Grupo Rastafári
Costa, J. A. S.; Filho, J. P. S.
Encontro de Ensino Pesquisa e Extensão da FAFICA,
XIV Edição, 2015. p. 136-146 - ISSN 2447-7478
http://eepe.tmp.br/publicacoes/
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A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO USO DA MACONHA PELO GRUPO
RASTAFÁRI
Janbergue Antonio Silva da Costa – UNIFAVIP
Jason Pereira da Silva Filho – UNIFAVIP
Resumo: Com as discussões relacionadas ao uso da maconha, cada vez mais
presentes no ambiente acadêmico, o estudo busca identificar, sem apriorismos, as
particularidades de um movimento cultural, por meio da observação do papel do
uso da maconha em sua identidade, sob um olhar da psicologia social. Levando
em consideração a mestiçagem e diversidade de etnias-raças em nossa cultura,
que sempre coexistiram através da tirania social. O grupo a ser estudado é
denominado de rastafári, que foi originado na década de 1930, como forma de luta
contra a marginalização dos jamaicanos, possuindo uma conotação religiosa por
tratar como divindade o imperador da Etiópia, Haile Selassie I; por ser um
movimento de origem caribenha, a centralização e unificação não fazem parte das
características do movimento. Como vários outros conceitos que surgiram em uma
área e ganham sua teoria em outra, com a representação social não foi diferente,
ganhando seu espaço na Psicologia Social, com teorias desenvolvidas por
Moscovici, e aprofundadas por Jodelet, que serão os teóricos norteadores do
estudo. O movimento rastafári, por sua filosofia de busca de uma ligação entre o
homem e a natureza, possui alguns comportamentos peculiares, entre eles o
estudo destaca o uso da maconha (também chamada de ganja ou cannabis), de
forma medicinal ou recreativa, um dos motivos pode ser a proibição do consumo
de bebidas alcoólicas, por ser considerado algo babilônico, ligado ao sistema
capitalista, tido como opressor, escravista.
Palavras-Chaves: Representação Social. Movimento Rastafári. Uso da Maconha.
INTRODUÇÃO
A discussão sobre a maconha, no ambiente acadêmico, vem se tornando
mais frequente, pela temática está ganhando visibilidade em diferentes âmbitos da
sociedade, como recentemente, com o julgamento da descriminalização do porte
de drogas, ganhando destaque, a maconha.
Esta visibilidade pode ser ligada a movimentos sociais criados em torno de
diferentes questões ligadas à cannabis, como também é chamada. Por exemplo, o
movimento social intitulado: marcha da maconha; que realiza várias ações ligadas
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à temática da legalização da maconha no Brasil, tendo destaque a organização de
passeatas em grandes centros urbanos.
A viabilidade do estudo esta no que é apresentado até o momento, e pela
discriminação que o sujeito usuário da maconha sofre em relação aos usuários de
outras drogas, quando recebe um tratamento muito mais agressivo por parte da
sociedade e do Estado, que é representado, por muitas vezes, pelos órgãos da
segurança pública.
Para seu desenvolvimento, o estudo utiliza a abordagem qualitativa, para
a análise critica dos materiais coletados através do método de pesquisa
denominado: pesquisa bibliográfica, que foi usado com o intuito de selecionar os
materiais que passaram por tratamento analítico, em fontes com reconhecimento
no meio científico, com acesso online, como a plataforma Scielo (GIL, 1999).
O estudo busca identificar, as particularidades de um movimento cultural,
por meio da observação do papel do uso da maconha em sua identidade, sob um
olhar da psicologia social. Sendo dividido em dois momentos.
Em primeiro momento, serão apresentados aspectos relacionados ao
movimento rastafári, seus costumes, suas filosofias e propósitos. Após, uma
reflexão sobre representação social, sob o olhar da psicologia social.
O MOVIMENTO RASTAFÁRI: COSTUMES E MODO DE VIDA
Com a globalização e a criação de padrões de consumos, sendo um fator
mais frequente nas sociedades capitalistas. Em diferentes partes do mundo o
modo de vida é muito ligado ao consumo, e na contra mão disto está o movimento
rastafári, com uma filosofia de vida voltada à natureza, e a relação desta com o
homem (PRESTA, 2015).
A origem do movimento rastafári é ligada à Etiópia, pela influência
salomônica cristã, e pela ancestralidade de Haile Selassie, que nasceu em 1892, e
foi o Imperador tido como foco para a criação da cultura na Jamaica (SOUZA,
2012).
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Nesta vertente de resistência, estão as artes dos rastafáris, com formas
diferentes dos padrões, que é voltado a mercantilizarão das artes; tendo como
fundamento a promoção da subsistência dos autores e a transmissão de ideias ou
sentimentos (PRESTA, 2015).
Destacando os adeptos que mesmo não vivendo em comunidades,
buscam comprar de outros participantes do movimentos produtos feitos a partir de
materiais sustentáveis, buscando o equilíbrio da natureza (SOUZA, 2012).
Como forma de buscar a ligação entre o homem e a natureza, todo o
modo de vida é adaptado, como a alimentação, sendo restrito o consumo de
determinadas comidas, por ser considerado um atentado contra a natureza
(PRESTA, 2015).
A estética também sofre adaptações com esse processo, onde os sujeitos
não devem cortar os cabelos, sob o fundamento que isto seria contra as forças da
natureza, esse quesito é conhecido como dreadlook (PRESTA, 2015).
E para funções medicinais e recreativas, é utilizada a maconha (também
chamada de ganja e/ou cannabis), por ser uma folha originada da natureza para
suprir as necessidades, quando, por exemplo, tem efeitos antibióticos e/ou antiinflamatórias (PRESTA, 2015).
A definição entre negros e brancos é apontada pela ancestralidade
africana, e não pelo tom de pele, sendo o branco ligado à figura do sistema
capitalista, do colonizador, do explorador; enquanto que o negro é relacionado
com o explorado, com o que sofre dificuldades sociais e econômicas em
decorrência dos acontecimentos (SOUZA, 2012).
Entre as figuras que se destacaram, pelo uso da maconha, está Robert
Nesta Marley, mais conhecido como Bob Marley, nascido em 1945, que não só se
destacou pelo uso aberto da maconha, mas também pelos seus posicionamentos
políticos
e
religiosos,
e
por
ter
conseguido
o
reconhecimento
destas
características, pelas autoridades jamaicanas, que ao mesmo tempo que
reconheceram, o proibiam, por considerá-lo uma ameaça ao poder (RABELO,
2006).
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Entre as restrições à alimentação, estão as seguintes comidas: carne,
bebidas alcoólicas, produtos feitos a partir de farinha de trigo e bebidas originadas
por animais ou provenientes de plantas (RABELO, 2006).
Com a formação das famílias pelo modelo patriarcal, e a luta das
mulheres, o contexto familiar rastafári passou por algumas transformações que
buscaram acabar com as heranças de desigualdades de gêneros, porém
permanecendo o repúdio ao casamento religioso, por ser tido como algo
babilônico. O termo “babilônia” é ligado ao sistema capitalista, aos padrões
colocados nas sociedades que aderiram ao citado sistema, e é algo repudiado,
considerado contrário ao seguido (RABELO, 2006).
O movimento rastafári, com sua forma e ações, pode ser tido como um
importante auxiliar no resgate da cultura afrodescentes para países, e um modo
contestador dos sistemas excludentes vigentes (PRESTA, 2015).
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E O MOVIMENTO RASTAFÁRI
Embora seja interessante, não existem muitos trabalhos que procuraram
vincular a ideologia do movimento rastafári com o estudo das representações
sociais. Tentaremos, portanto, realizar uma aproximação sobre essa temática.
Uma das maneiras pela qual se pode perceber esse movimento, é como
um reflexo “invertido” de certa forma da nossa cultura, deformado do real,
representando um conjunto abstrato de ideias, representações e valores
determinados/pré-estabelecidos pela sociedade (ARRUDA, 2002).
Abstrato no sentido de indicar/induzir todo e qualquer conjunto de ideias
que pretenda pormenorizar fatos observáveis não vinculando essa explicação às
condições sociais, históricas ou concretas, nos quais os fatos foram retirados.
A psicologia social aborda as representações sociais na esfera do seu
campo, do seu objeto de estudo, a relação individuo e a sociedade, embora não
muito estabelecido no modelo clássico da psicologia. Ela se refere como os
indivíduos, os grupos, e sujeitos sociais, constroem seu conhecimento por meio do
seu registro social e/ou cultural. Sendo mais objetivo, como se dá a conhecer e
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construir o conhecimento e realidade dessa sociedade que, sem dúvida, perpassa
pela comunicação (ARRUDA, 2002).
A TRS (Teoria das Representações Sociais), partindo da premissa de
diferentes formas de se conhecer e comunicar, guiadas por diferentes objetivos,
formas móveis, definindo as duas em nossa sociedade como: a consensual e a
científica, cada uma formando seu próprio universo.
A diferença entre elas não vem do isolamento, e não significa hierarquia; o
universo consensual é aquele que se constrói na conversação informal, na vida
cotidiana, em outras palavras, o senso comum, enquanto o universo retificado se
constitui no âmbito cientifico, com sua linguagem e hierarquia interna. Portanto, as
duas, apesar de serem contrarias por conter diferentes propósitos, se provam
eficazes e indispensáveis para a vida humana (ARRUDA, 2002).
Como vários outros conceitos que surgiram em uma área e ganham sua
teoria em outra, com a representação social não foi diferente, ganhando seu
espaço na Psicologia Social, com teorias desenvolvidas por Moscovici, e
aprofundadas por Jodelet.
Falar sobre a representação social é buscar compreender a maneira de
como um grupo humano levanta um conjunto de saberes que expressam a
identificação de um grupo social, as representações que formam sobre uma
variedade de objetos, e principalmente os indicadores culturais de cada um.
Sendo interessante observar a ampliação junto ao arranjo e o objeto do
sujeito, onde se acomoda ao repertório do mesmo, repertório esse que, por sua
vez, também se modifica. A representação deste modo, não é uma imitação da
realidade, nem mesmo um interesse mediano que conduz o objeto para próximo
do nosso cognitivo.
Um grande diferencial dessa teoria é sua vantagem de descrever, poder
mostrar uma realidade, um fato que existe, tornando familiar algo muitas vezes
taxado como “estranho”, esse processo no qual procuramos classificar ou
encontrar um lugar para o não familiar é chamado de Ancoragem, que exerce um
papel essencial na aprendizagem/estudo das representações sociais assim como
no desenvolvimento da consciência, podendo assimilar a identidade particular e
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personalizada por meio de diferentes pessoas constituintes de grupos sociais
diferenciados.
Outro processo de classificação é a Objetivação, onde é procurada a
transformação do concreto ou visível em uma realidade, alinhando um conceito a
uma imagem, essa passando de signo a uma cópia da realidade. Concretiza-se a
partir de um processo figurativo e social, onde passa a compor o núcleo central de
uma alguma representação determinada.
Muitos autores distinguem a ideia desse núcleo central, sendo ele o
“simbolismo” crucial da representação, não se limitando a um papel especifico, e
que a pertinência de característica essencial, por meio do núcleo central, se
mostra no fato dele ser o elemento de determinante significado de uma
representação, que ao mesmo tempo colabora para sua organização interna.
É preciso ressaltar que o núcleo central, por si, é determinado pela
natureza e pelo sistema de valores e normas sociais que representam nesse
objeto, a ideologia do grupo. Ainda, nesse núcleo, se observa o campo de domínio
onde as representações sociais se solidificam e consolidam, por meio de
vinculações de ideias, homogeneização de mensagens, nas quais são mediadas
as realizações de ações concretas de grupos resistentes a mudanças.
Diante da teoria apresentada, a representação social vem com um olhar
de modificação do sujeito e do objeto na medida em que ambos são
transformados no processo de elaboração ao objeto.
A representação é um processo que torna conceito e percepção
equivalentes, uma vez que se produzem reciprocamente. Desse modo,
percebemos o quanto essa teoria se diferencia de outras tradições da Psicologia
Social, onde se preocupam sobre fenômenos psicológicos como percepção,
pensamento ou aprendizagem como objetos isolados, pensados ou adquiridos na
sociedade, e na cultura em que ocorrem, onde se torna facilmente alvejado pela
crítica. Esta que também ataca o fato de que a teoria sugere metodologias
variáveis e pouco concretas (MOSCOVICI, 2003).
As respostas as críticas através de Moscovici, garantem tratar-se de uma
fluidez proposital, visando o desenvolvimento, a hipótese e a capacidade dos
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pesquisadores, tendo em mente que a importância maior seria desvendar e não a
verificar, fazendo sua comprovação.
Concomitantemente, ao trabalhar com essa teoria, observamos que a
representação social, no contexto da psicologia, bem como na sociologia, é uma
opção de grande plasticidade, que busca capturar um fenômeno instável.
Perceber uma representação social pode ser considerado como fácil,
porém defini-la, não; muitos grupos necessitam de expressões como: construtos
significativos ou formas simbólicas, para serem reconhecidos pela sociedade,
criando uma ideologia (OLIVEIRA, 2004).
São numerosas as ideologias existentes na nossa sociedade, todas
produzindo efeitos e implicações psíquicas distintas e com características
singulares ou próprias, pertencentes, à identidade de cada um.
A representação social deve ser estudada articulando tanto elementos
afetivos como elementos mentais e sociais, unificando, a cognição, linguagem e
comunicação, as relações sociais que comprometem as representações e o fato
material, social e ideal a propósito do elas vão intervir futuramente (JODELET,
1989).
A representação social pode ser observada nas formas de pensamento de
classe aos fenômenos de apoio, do meio ou do grupo pertencente. Participar de
uma ideia, uma língua, também é afirmar uma conexão social e uma identidade.
Esta função é evidente, não somente na esfera religiosa ou política, mas também
na formação de grupos, como por exemplo, o rastafári.
O estudo da representação social complementa-se em um todo, ao buscar
a estruturação desse princípio, seus organizadores socioculturais, modos, padrões
normativos ou esquemas cognitivos. A arrecadação de conteúdo para este tipo de
abordagem na maioria das vezes é feita através de múltiplas metodologias, que
podem ser entrevistas, questionários, observações ou pesquisas documentais.
Sua larga compreensão tenta conduzir os diversos casos e movimentos
da elaboração da representação, ainda que dificilmente, pode abranger todos eles
em uma única pesquisa. O único exemplo, até hoje, de tal façanha foi o trabalho
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sobre a representação da loucura, realizado por Denise Jodelet (1989), que tem
um trecho apresentado a seguir:
Já mostrei (1985) que numa comunidade rural onde vivem
em liberdade os doentes mentais, a população construiu um
sistema de representação da loucura que lhe permite não
apenas administrar sua interação cotidiana com estes
últimos, mas também se defende da presença que julga
perigosa para sua imagem e sua integridade. Temendo ser
assimilada aos doentes e não podendo aceitar que sejam
integrados como parte do tecido social, desenvolve-se uma
representação da loucura postulando uma insuficiência no
controle cerebral, no funcionamento orgânico e mental,
criando um obstáculo que impede a retomada de uma
atividade e de um lugar social normais. (JODELET, 1989, p.
15).
O que vemos atualmente? Um espaço de pesquisa novo que se amplia,
com: uma multiplicação de objetos sobre representação ligados ao rastafári,
abordagem metodológica que se diversifica, embate o estudo especifico,
problemáticas visando a centralização de alguns aspectos sobre os fenômenos
representativos; paradigmas que se propõem a ser esclarecidos, sob certos
ângulos, a dinâmica representacional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, deste modo, um movimento essencialmente inacabado e
sugestivo, esperamos o entendimento da abordagem das representações sociais
e sua singularidade/originalidade. Tornando visível o modo pelo qual a psicologia
e as ciências sociais tratam a representação, tal como as divergências. Mostrando
objetos comuns e ao mesmo tempo, estudos subjetivos, padronizando um modelo
de cultura e de sujeito que está distante, do ser rastafári, nascendo assim o
processo de exclusão social.
Estudos do conteúdo/contexto do pensamento, o procedimento do saber
declarativo (saber o quê e como); criticar essa ciência em termos de "estrutura" e
de "criação”. Sempre remetendo às condições sociais de produção, de movimento
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e o intuito das representações, suas características estruturais psicológicas e
judiciárias, mencionando um debate radical. A representação social não pode ser
refletida segundo o modelo predominante de tratamento da informação comum.
É decorrente desta perspectiva que as pesquisas sobre as representações
sociais se abrem ao público, onde cada um coopera com uma pedra para a
construção/edificação de uma ciência psicológica e social do conhecimento. O
contexto social de grupos, partindo de um aspecto de rixa, seja ela o aspecto
cultural, a étnica, ordem sexual, ou de outros segmentos, precisa de uma
reestruturação.
Novas formas devem ser permitidas, inventar alternativas, buscar em
outros locais a possibilidade do convívio e experiências com êxito com o
“estranho”. Os riscos de redução? Não seria muito cedo? Pelo caminho que
percorremos, é necessário enveredar a reflexão a partir de que a diferença da
cultura rastafári possa ser um pouco conhecida/exaltada.
O silêncio de suas diferenças não faz mais parte desse dinamismo, como
muitos outros grupos estão em situação semelhante ou igual. Aderindo a terras
autônomas, abordando cada vez mais, à sua maneira ao modo semelhante do
psicológico e do social, uma multiplicidade de objetos de representação como
temas de observação; abordagens metodológicas que se diversificam e emendam
campos de estudos particulares; dos fatos representativos sobre as incertezas,
que visam centrar mais perto alguns aspectos específicos; a cultura rastafári é
apenas mais uma das culturas implantadas no caleidoscópio das diferenças, tudo
isto germina novas sementes para organizar um campo autônomo e dotado de
ferramentas sólidas e outros possíveis trabalhos sobre.
Obtendo a surpresa de um universo em aumento na essência do qual se
estrutura o saber. O oposto do modelo social/informático, confinando toda a
energia científica sob um mesmo arquétipo, o modelo das representações sociais
incentiva a diversidade e a invenção, levanta o desafio do complexo, não
acabando antes de explorar sua produtividade. Sendo o grupo muitas vezes
discriminado pelo uso da maconha, por toda a história que a sociedade tem com a
planta, porém tendo ignorado seus aspectos culturais.
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REFERÊNCIAS
ARRUDA, Angela. Teoria das representações sociais e teorias de gênero.
Cadernos de pesquisa, n. 117, 2002, p. 127-147.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social, 5. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
JODELET, Denise. REPRÉSENTATIONS SOCIALES: un domaine en expansion.
In D. Jodelet (Ed.) Les représentations sociales. Paris: PUF, 1989, pp. 31-61.
Tradução: Tarso Bonilha Mazzotti. Revisão Técnica: Alda Judith Alves Mazzotti.
MOSCOVICI, Serge. REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: investigações em
psicologia social. Rio de Janeiro: Vozes, 2003. Tradução: Pedrinho A.
Guareschi.
OLIVEIRA, Márcio S. B. S. de. REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E SOCIEDADES: a
contribuição de Serge Moscovici. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 19,
n. 55, 2004, p. 180-186.
PRESTA, Gustavo Antoniuk. Transgressão e resistência nas estéticas do
Rastafári. Ciclos, v. 2, n. 4, 2015, p. 191-204.
RABELO, Danilo. RASTAFÁRI: Identidade e hibridismo cultural na Jamaica, 19301981 (VOLUME I). 2006. 565 f. Tese (Doutorado em História). Universidade de
Brasília. Brasília. Disponível em: <http://unisal.br/wpcontent/uploads/2013/03/Disserta%C3%A7%C3%A3o-Keila-Kumakura-deSouza.pdf> Acesso em: 25 jul. 2015.
SOUZA, Keila Kumakura. SER E VIVER RASTAFÁRI: Escola, cultura e inclusão.
2012. 91 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Centro Universitário Salesiano
de São Paulo – UNISAL. Americana. Disponível em:
<http://repositorio.unb.br/handle/10482/6447> Acesso em: 20 jul. 2015.
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