FACULDADE 7 DE SETEMBRO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PALOMA NOGUEIRA QUINDERÉ PEDRO MARIANO CHAVES PAMPLONA O COMPORTAMENTO DOS ESTUDANTES DE FORTALEZA NAS MÍDIAS SOCIAIS MÓVEIS FORTALEZA - 2013 PALOMA NOGUEIRA QUINDERÉ PEDRO MARIANO CHAVES PAMPLONA O COMPORTAMENTO DOS ESTUDANTES DE FORTALEZA NAS MÍDIAS SOCIAIS MÓVEIS Artigo científico apresentado à Faculdade 7 de Setembro, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientadora: Moreira Ma. FORTALEZA - 2013 Profa. Roseilda Nunes RESUMO Este artigo fundamenta-se numa pesquisa qualitativa que teve por objetivo analisar como os estudantes estão utilizando e respondendo aos estímulos de marketing nas redes sociais móveis. As mídias sociais tem se tornado um poderoso canal de marketing. Os consumidores estão presentes por lá produzindo todos os tipos de conteúdo sobre marcas e empresas. Existe uma grande vantagem e uma grande desvantagem para as empresas quando seus clientes usam as mídias sociais. É preciso aproveitar essa vantagem e minimizar essa desvantagem. Para isso, precisamos conhecer o comportamento do consumidor dentro delas, seu processo de pesquisa, decisão de compra e reposta ao produto. Através da pesquisa foi identificado que Facebook e Instagram possuem uma grande fatia do mercado na amostra estudada. a qualidade do produto, preço, inovações e bom atendimento são os fatores que mais levam os consumidores a compartilharem os produtos e marcas entre si nas redes sociais. São nesse aspectos que as empresas precisam investir para gerarem boa reputação nas internet. PALAVRAS-CHAVE: Comportamento do consumidor. Decisão. Mídias sociais. ABSTRACT This article is based on a qualitative research that, aims to analyze how students are using and responding to marketing stimulus in mobile social networks. Social media has become a powerful marketing channel. The consumers are there producing all kinds of content about brands and companies. There is a great advantage and a great disadvantage for companies when their customers use social media. It has to take advantage of the benefits and minimize the drawbacks. In order for this to happen, we need to know the consumer behavior into them, their research process, purchase decision and response to the product. Through the research it was identified that Facebook and Instagram have a large market share in the sample. The product quality, price, innovation and good service are the main factors that lead consumers to share products and brands to each other on social networks.These are the aspects that companies need to invest to generate good reputation in the internet. KEYWORDS: Consumer behavior. Decision. Social Media. 3 1INTRODUÇÃO As mídias sociais realmente se tornaram um poderoso canal de marketing. Os consumidores estão presentes por lá produzindo todos os tipos de conteúdo sobre marcas e empresas. Muitos empresários, gerentes e funcionários ainda não entendem a dinâmica dessas novas mídias e não sabem como identificar os novos padrões de comportamento dos consumidores. Hoje muito tem se falado em marketing em tempo real, onde os consumidores emitem suas opiniões ao mesmo tempo em que estão consumindo o produto. Responder em tempo real será um grande diferencial para as empresas. Existe uma grande vantagem e uma grande desvantagem para as empresas quando seus clientes usam as mídias sociais. É preciso aproveitar essa vantagem e minimizar essa desvantagem. Para isso, precisamos conhecer o comportamento do consumidor dentro delas, seu processo de pesquisa, decisão de compra e reposta ao produto. A grande vantagem é que as informações produzidas pelos consumidores ficam gravadas para sempre nas mídias sociais. Sabendo usá-las vocês poderá identificar padrões de comportamentos, obter insights de marketing, identificar tendências e usar todo o conteúdo do seu público para planejar suas ações de marketing. Você poderá entender o comportamento do consumidor através das mídias sociais. A grande desvantagem parte do mesmo princípio, tudo fica registrado para sempre nas mídias sociais. As reclamações, fotos e vídeos sobre sua empresa estarão na rede de forma permanente. Por isso é de fundamental importância conhecer os hábitos de uso das mídias sociais do seu público. Quais eles usam? Como reclamam? O que eles esperam das empresas nas mídias sociais? As empresas cada vez mais precisarão saber como e onde responder aos clientes da forma mais rápida possível, e de preferência em tempo real. Por esse motivo, estaremos estudando e pesquisando sobre o comportamento do consumidor nas mídias sociais, principalmente no uso de aparelhos móveis. Segundo Gabriel (2010, p. 202) redes sociais, também, são costumeiramente chamadas de mídias sociais, “porque muito dos conteúdos gerados por seus usuários ficam armazenados neles”. Portando podemos dizer que toda rede social 4 na internet é um mídia social, pois seus usuários estão gerando e armazenando conteúdo. Outra grande tendência atual é a possibilidade de levar a internet e as mídias sociais com você a todos os lugares. A tecnologia mobile está crescendo cada vez mais e as empresas também precisam evoluir junto com ela. A mobilidade está relacionada ao acesso constante e disponível 24 horas durante 7 dias na semana de internet e principalmente mídias . Com isso os elogios e reclamações sobre serviços são feitos em tempo real hoje. Fotos dos seus produtos são enviadas para as redes sociais em tempo real. Críticas e dicas são deixadas no Twitter e Facebook em tempo real. Seus produtos e serviços podem ser achados por geolocalização, assim como os da concorrência. Os clientes hoje possuem muito mais poder do que ontem. A mídia não está apenas nas mãos das empresas, agora o cliente é um produtor de mídia em qualquer lugar, a qualquer hora e sem censura. As empresas precisam saber como monitorar, usar e obter vantagens com as mídias sociais. O consumidor está se comportando diferente e possui uma grande aliada em mãos, as mídias sociais. Novas estratégias de marketing precisam ser feitas com base nesse novo comportamento. Novos canais de marketing precisam ser usados para entender e se aproximar desses consumidores. Engel et al (2000, p. 618) definem o comportamento do consumidor como “ações diretamente envolvidas em obter, consumir e dispor de produtos e serviços, incluindo os processos de decisão que procedem e seguem estas ações”. As necessidades dos consumidores e a capacidade de satisfazer essas necessidades mudam de acordo com as influências, mas a pesar de suas limitações, o ciclo de vida pessoal é um ponto de partida útil para identificar de que maneira as necessidades mudam, para assim, utilizar disso como boas influências no processo de compra. Este trabalho contará a seguir com um contexto teórico sobre marketing, comportamento do consumidor e redes sociais, metodologia usada na pesquisa e a análise e conclusões sobre os resultados observados. Este trabalho tem por objetivo geral analisar como os estudantes estão utilizando e respondendo aos estímulos de marketing nas redes sociais móveis. Para isso vamos investigar as mídias sociais mais usadas em aparelhos móveis por estudantes na cidade de Fortaleza; analisar o grau de confiança que os 5 consumidores dão ao conteúdo dessas mídias sociais; identificar os fatores que levam o cliente recomendar um produto ou serviço nas suas mídias sociais; e avaliar os resultados convertidos em compras sob a perspectiva dos jovens universitários das ações de marketing nas mídias sociais móveis. 2REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Marketing: contexto e conceitos Entender o comportamento dos consumidores é uma arma poderosa para qualquer estratégia de marketing. Conhecer o seu público alvo e saber como ele se comporta é um enorme passo para conquistar e manter clientes. Antes de tudo precisamos ir para a definição de marketing, compreendo essa área não só como a divulgação de produtos e marcas, mas como toda uma filosofia de vida para as empresas. O marketing possui várias definições de vários autores renomados e todas elas nos levam a pensar num marketing holístico que envolve todos os processos da empresa com o objetivo de conquistar e manter clientes felizes e satisfeitos. Para Kotler (2006, p. 4), “marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros”. Outras definições são bem importantes para entendermos o marketing dentro das organizações. Sandhusen (2003, p. 9) definiu o marketing como “o desenho de sistemas justos e eficientes para direcionar o fluxo de bens e serviços de uma economia, dos produtores aos consumidores, e realizar os objetivos da sociedade”. Como essa definição podemos ver o marketing presente em toda a cadeia de produção, vendas, divulgação e entrega de produtos e serviços ao cliente. É muito importante percebermos o marketing em todas as áreas e processos de uma organização, pois tudo o que se faz, se faz com o objetivo de servir aos clientes e gerar valor para ambas as partes, empresa e cliente. Com essas definições podemos agora entender como as empresas podem trabalhar suas estratégias de marketing. Identificar necessidades, criar desejos e atender bem sua demanda é o desafio de toda organização. E para isso existe o marketing. Com esses objetivos em mente as empresas começaram a trabalhar o 6 marketing com algumas orientações diferentes. Essas orientações foram evoluindo com o tempo até chegar ao marketing que estamos fazendo hoje, mas ainda conseguimos identificar aspectos de cada tipo de orientação e algumas empresas ainda estão presas a antigas estratégias. Muito dessa evolução deve-se ao estudo do comportamento do consumidor e do conhecimento sobre suas necessidades e desejos. Na época da revolução industrial e das grandes fábricas a orientação das empresas era apenas para a produção. Pensava-se que o consumidor se importava apenas com o produto em si, na sua distribuição e preço. Isso motivou a indústria a produzir em altas escalas, fazendo produtos iguais, baratos e que pudessem ser encontrados em vários lugares. Hoje essa é uma orientação muito comum em pequenas e médias empresas e até usada por grandes empresas para expandir o sua participação de mercado. O consumidor também evoluiu com o tempo e junto com ele seus desejos. As empresas perceberam que agora os consumidores se importavam não só com preço e distribuição, mas com a qualidade, desempenho e inovação dos produtos. A orientação agora era no desenvolvimento de produtos superiores ao da concorrência. É importante dizer que uma orientação não anula a outra, pois um produto, mesmo sendo melhor não ganhar mercado se não for produzido e distribuído de forma eficiente para cobrir a demanda. Com a evolução da tecnologia e globalização os produtos foram ficando parecidos. Fazer um produto melhor e mais inovador não era suficiente, já que o concorrente também tinha qualidade e inovava em outras áreas. A orientação passou para a venda, criando grandes departamentos comerciais e gerando uma grande força de vendas. Quanto menos procurado é o produto, maior aumenta a força de venda sobre ele. Defendendo essa orientação Sergio Zyman, ex vice presidente de marketing da Coca-Cola dizia que o objetivo do marketing era vender mais coisas para mais gente por mais dinheiro, a fim de se obter mais lucro. A partir da década de 50 o marketing começou a se tornar o que é hoje. A orientação passou a estar no cliente e em como satisfazer seus desejos. Segundo Kotler (2006, p. 14) Agora não se tratava mais de achar os clientes certos para o seu produto, mas os produtos certos para os seus clientes. A produção e distribuição começaram a ser pensadas levando em consideração o comportamento do 7 consumidor e o conceito de vendas foi separado do conceito de marketing. Theodore Levitt, professor de Havard, elaborou uma excelente comparação entre a orientação de venda e a orientação de marketing, ou do cliente. A orientação para o marketing mudou a filosofia de negócio de várias empresas, evoluindo para o que chamamos hoje de marketing holístico. Essa orientação mais atual trata o marketing como sendo a filosofia de negócios de toda a empresa, onde tudo é importantes para alcançar os objetivos de marketing. O marketing deve estar em todos os lugares, desde os funcionários, estrutura física, até a sociedade e consumidores. Kotler (2006, p. 15) define essa nova orientação como “o desenvolvimento, o projeto e a implementação de programas, processos e atividades de marketing, com o reconhecimento da amplitude e das interdepências de seus efeitos”. O marketing holístico pode ser separado em quatro grandes áreas: marketing interno, marketing integrado, marketing de responsabilidade social e marketing de relacionamento. Começando pelo marketing de relacionamento, essa área tem o objetivo de manter relacionamentos duradouros e geradores de valor para ambas as partes com clientes, fornecedores, distribuidores e outros parceiros de marketing. Quando focamos no relacionamento com o cliente fica claro que o estudo do comportamento do consumidor é essencial para a construção de um relacionamento agradável entre empresa e consumidor. Entender o que o consumidor quer e como ele age para conseguir é o primeiro e mais importante passo para a construção de relacionamento de fidelidade. O marketing holístico busca se relacionar bem com todos, sejam clientes, fornecedores ou parceiros. Segundo Kotler (2006, p.17) “a tarefa do profissional de marketing é delinear atividades de marketing e montar programas de marketing totalmente integrados para criar, comunicar e entregar valor aos consumidores”. Essa é a missão com o profissional que trabalha com marketing integrado. Vamos dar uma atenção especial a essa área, pois ela tem importância fundamental no desenvolver deste trabalho. Todas as atividades de marketing de uma empresa podem assumir várias formas e por isso são chamadas de mix ou composto de marketing. McCarthy classificou todas essas ferramentas de marketing em quatro grupos e os chamou de os quatros Ps do marketing: produto, preço, praça e promoção. Dentro desses quatro existem diversas ferramentas de marketing, ou seja, o mix de marketing que ajudam 8 aempresa a alcançar seus objetivos. Cada um desses Ps deve ser planejado visando sempre o consumidor. As estratégias de produto envolvem vários aspectos como variedade, qualidade, design, características, marca, embalagens, tamanhos, serviços, garantias, devolução, etc. Somente com o conhecimento das necessidades, desejos e comportamentos de compra do consumidores é possível traçar uma estratégia assertivas de desenvolvimento de produtos. Conhecer seu público é fundamental para criar seus produtos. Já vimos isso antes na orientação para o marketing. As estratégias de preço envolvem a precificação dos produtos, políticas de descontos, concessões, prazos e formas de pagamento, condições de financiamento, etc. De novo, o conhecimento do comportamento do consumidor é fundamental. É preciso conhecer o perfil e o comportamento econômico do seu público, calcular sua demanda e só depois definir uma estratégia assertiva de preços. As estratégias de promoção estão relacionadas a divulgação dos seus produtos e não apenas com a queda de preços como muitos pensam. Essas estratégias envolvem as promoções de vendas, publicidade e propaganda, força de vendas, relações públicas, etc. Aqui, mas do que nunca é necessário conhecer o comportamento e perfil dos consumidores. Onde eles vão? O que assistem? Quais são suas influências de compra? Em quem eles acreditam? Essas são perguntas que precisam ser respondidas para a definição de uma boa estratégia de promoção. As estratégias de praça estão ligadas a fatores geográficos e envolvem os canais de entrega e troca, cobertura das atividades, variedades, locais, estoque, transporte, filiais, etc. Aqui não poderia ser diferente, é preciso conhecer o comportamento de locomoção dos consumidores para agir assertivamente e ampliar reduzir sua área de atividade. Podemos perceber claramente que o marketing integrado depende das informações sobre o comportamento do consumidor. As mídias sociais nos dão ótimas informações sobre isso e vamos ver mais a frente como ela tem mudado esse comportamento de uma forma brutal. 9 2.2 Comportamento do Consumidor Segundo Engel et al (2000, p. 87), entender o comportamento do consumidor é imprescindível para entender suas implicações para a retenção de clientes, um dos maiores desafios de marketing. Para comercilizar produtos e serviços de forma a manter clientes e gerar lucro para as organizaçoes, os profissionis de marketing precisam entender porque os consumidores compram certos produtos e não outros (CHURCHILL; PETER, 2007, p. 146). Engel et al (2000, p. 618) definem o comportamento do consumidor como “ações diretamente envolvidas em obter, consumir e dispor de produtos e serviços, incluindo os processos de decisão que procedem e seguem estas ações”. As necessidades dos consumidores e a capacidade de satisfazer essas necessidades mudam de acordo com as influências, mas a pesar de suas limitações, o ciclo de vida pessoal é um ponto de partida útil para identificar de que maneira as necessidades mudam, para assim, utilizar disso como boas influências no processo de compra. Cada consumidor reage de forma distinta sob estímulos idênticos. A estrutura do conhecimento opinião ou crença, acerca do ambiente e de si próprios, leva os consumidores a agir cada um de maneira desigual. Pessoas originárias da mesma subcultura, classe social e ocupação podem ter diferentes estilos de vida, portanto, tipos de consumos diferentes. Ao profissional de marketing, exige-se, está atento as características de seus clientes para assertividade no ataque dos mesmos. Kotler e Armstrong (1999, p. 97) ressaltam que o comportamento do consumidor não é estático e sofre mudanças causadas por fatores sociais, culturais, pessoais e psicológicas. Consumidores arranjam empregos, se casam, têm filhos, se divorciam, se aposentam, se mudam e ficam doentes e estas mudanças afetam suas decisões. Centrando-se no processo de compra e consumo, Churchill e Peter (2007, p. 146-152) e Engel et al (2000, p. 87-171) estabelecem que se trata de um processo incluido passos que partem do reconhecimento de uma necesidade até avaliaçao pós-consumo. 10 Engel et al (2000, p. 624) definem necessidades como “a diferença percebida entre um estado ideal e o estado presente, suficiente para ativar o comportamento”. Para Engel et al (2000, p. 87-171) e Churchill e Peter (2007, p. 146-152), o reconhecimento dela é o passo inicial do processo de compra para os consumidores. O reconhecimento pode vir a acontecer em virtude de estímulos internos (por exemplo, fome e cansaço) ou externos (por exemplo, em decorrência da observação de uma propaganda) e que leva o consumidor a querer satisfazer a necessidade. Engel et al (2000, p. 87-171) e Churchill e Peter (2007, p. 146-152) colocam que, depois de reconhecida a necessidade, os consumidores procuram informações sobre como satisfazê-la. O consumidor pode procurar essas informações em várias fontes: fontes alojadas na lembrança da pessoa; consulta a outras pessoas, como amigos e familiares; por meio de embalagens, vendedores e propagandas; reportagens na mídia sobre produtos; por manuseio, odor, sabor ou teste entre outras. A decisão de comprar um produto ou serviço é um momento importante para consumidores. Isto significa que as estratégias de marketing devem ser inteligentes, eficazes e direcionadas ao mercado-alvo de acordo com o conhecimento percebido da maneira que cada consumidor obtém seus produtos ou serviços. Dentro deste contexto, uma análise das influências no processo de compra dos consumidores finais - o que pensam, como agem, quem influencia suas decisões - passa a ter uma importância fundamental. 2.2.1 A Tecnologia e o Processo de decisão Vimos na introdução que redes sociais não é um conceito novo. O que mudou foi a forma como elas são estruturadas e vivenciadas. A tecnologia da informação foi a principal transformadora dessas redes, que evoluíram de simples grupos sociais para grandes redes sociais mundiais na internet. Todos nós vivemos em várias redes sociais e elas com certeza influenciam nosso comportamento de compras. Família, amigos, trabalho, faculdade, Facebook, Twitter, ou qualquer outra rede social que você esteja inserido exercerá alguma influência sobre seus desejos, alterando seu comportamento como consumidor. 11 Segundo Gabriel (2010, p. 196): Podemos definir rede social como estrutura social formada por indivíduos (ou empresas), chamado de nós, que são ligados (conectados) por um ou mais tipos específicos de interdependência, como amizade, parentesco, proximidade/afinidade, trocas financeiras, ódios/antipatias, relações sexuais, relacionamento de crenças, relacionamento de conhecimento, relacionamento de prestígio, etc. O comportamento do consumidor muda ao longo da evolução das redes sociais. O processo de compra fica cada vez mais complexo com a evolução das redes sociais. Quanto mais complexas as redes, mas complexos os fatores que levam a decisão de compra. O consumidor da revolução industrial possuía redes sociais pequenas e restritas. Se relacionava com parentes, amigos e colegas de trabalho. Se relacionava com empresas apenas por meio de cartazes ou rádio, sempre lendo e ouvindo as características dos produtos. O processo de compra era menos, menos complexo. O consumidor escolhia o produto que estava disponível e pelo menor preço. Não havia muita influência por parte da rede, já que todos conheciam o produto da mesma forma e não existia o relacionamento entre empresas e público. A tecnologia avançou e os meios de comunicação em massa começaram a surgir. As redes sociais aumentaram em tamanho e complexidade. Agora já era possível manter relacionamento por telefone e receber notícias e propagandas pela televisão. Isso tudo aliado a entrada das empresas dentro dessas redes sociais. Os produtos se diversificaram e agora o consumidor escolhia o que comprar com base nos seus desejos e sobre o que ele via na televisão. As redes sociais ainda não tinham tanta influências, os meios de massa dominavam a cabeça do consumidor. Chegamos a era moderna e as redes sociais se tornaram grandes redes com a chegada da internet, celulares e computadores. Com tantas informações vindas de várias fontes o consumidor ficou mais consciente. Seus desejos ainda surgem pelo que ele vê nos meios de massa, mas ele passou a consultar suas redes sociais sobre produtos e empresas. Agora o consumidor conversa com família, amigos próximos e colegas de trabalho sobre o que comprar. Essa mudança tornou as ações de marketing ainda mais complexas, tornando o marketing direto, relações públicas, merchandising e publicidade ainda mais necessários. 12 Com o avanço da internet foram criadas plataformas e sites de redes sociais e os mecanismos de busca como o Google. Agora todas as redes sociais do mundo, incluindo pessoas e empresas podem estar conectadas. O consumidor agora tem um mundo de informações nas suas mãos sobre qualquer produto de vários consumidores. E a grande diferença está na produção de mídia, antes só as empresas produziam material sobre seus produtos e serviços, hoje todos nós podemos. Cada consumidor com acesso as redes sociais produz conteúdo sobre o mercado, e isso alterou completamente o comportamento do consumidor, deixandoo ainda mais complexo. É por causa dessa produção e propagação de mídia que também chamamos as redes sociais de mídias sociais. O conceito de mídias sociais está ligado ao conteúdo gerado e compartilhado dentro das redes sociais, como textos, imagens, vídeos, etc. Twitter, Facebook e Orkut são redes sociais e mídias sociais, pois são feitos de pessoas que geram e propagam conteúdo sobre diversos tipos de assuntos, produtos e marcas. Para Gabriel (2010, p. 202) “eventualmente, esses sites são chamados de mídias sociais, porque muitos dos conteúdos gerados por seus usuários ficam armazenados neles. Nesse contexto, de forma mais ampla, faz sentido que sejam chamados de mídias sociais”. Segundo Cipriani (2011) o novo consumidor tem sete características de comportamento fortemente influenciadas pelas redes sociais. O novo consumidor utiliza novos canais online e novas ferramentas de comunicação. Ele confia bem mais em recomendações feitas por amigos reais e amigos on-line, blogueiros e estranhos. Tende a comprar mais on-line do que off-line. Quer dar opinião sobre com o produto deveria ser ou reclama sobre o suporte on-line do cliente. Espera um novo tipo de experiência com a sua marca, principalmente relacionamento. Lê e cria críticas a produtos e publica opiniões sobre eles nas redes sociais. E por fim, procura suporte para se conectar a pessoas parecidas ou que têm as mesmas ideias. Todas essas novas características mudaram muito o processo de compra do consumidor. Os processos de pesquisa, seleção e escolha estão agora sobre forte influência das redes sociais e seus diversos tipos de conteúdo sobre qualquer produto. O consumidor tem uma variedade enorme de mídia sobre um determinado 13 produto. Ele pode estar conectados com a própria marca, com um fã clube da marca, com consumidores do produtos, com pessoas que não gostam do produtos, com blogueiros que testam o produto e com amigos, parentes e afins. Ele pode ler textos, assistir vídeo e ver fotos do produto. Ele praticamente pode testar o produto antes de usar e saber a opinião de milhares de pessoas que já o usaram. Cipriani (2012, p. 49) destaca: A tomado de decisão depende das nossas características e personalidade individual, e também da nossa capacidade cognitiva de percepção daquilo que estamos vivenciando. Ambos influenciam no processo de comparação positiva ou negativa das opções que são encontradas. Com a internet conseguimos buscar e acessar informações mais facilmente e em maior quantidade, o que nos apresenta múltiplas possibilidades de escolha. A participação e a colaboração de outras pessoas on-line temperam ainda mais a nossa cognição na busca pelo que queremos. Não bastando toda essa mudança provocada pelas mídias sociais elas evoluíram mais ainda. A tecnologia móbile surgiu e permite que redes sociais como Twitter e Facebook estejam na palma da mão de todos os consumidores. Agora eles têm uma variedade de mídia sobre os produtos e produzem mídia em qualquer lugar a qualquer hora. Os smartphones e a internet móbile causaram essa grande mudança. O comportamento do consumidor agora precisa ser estudado desde sua pesquisa, seleção e escolha até suas repostas aos produtos e serviços. Hoje isso tem acontecido em tempo real e os consumidores estão pesquisando e produzindo mídia sobre os produtos ao mesmo tempo. Com o móbile surgiram redes sociais como o Foursquare e Instagram. O Foursquare é uma rede de geolocalização que permite achar amigos, empresas e serviços perto da sua localização atual. Ele também permite o consumidor fotografar e deixar dicas sobre o estabelecimento que visitou. O instagram é uma rede de compartilhamento de fotos que tem sido muito usada para compartilhar na rede aquilo que você está comprando ou consumindo, falando bem o mal. O comportamento móbile precisa ser entendido e é isso que esse trabalho busca fazer. 14 2.2.2 Expectativa, satisfação e valor para o cliente Para entender o que é satisfação, é preciso entender o conceito de expectativa, pois ela depende do desempenho do produto e das expectativas do consumidor. Se o desempenho faz jus às expectativas, o comprador fica satisfeito (KOTLER; ARMSTRONG, 1999, p. 6). Lovelock e Wright (2001, p. 103-173) centrando-se em empresas de serviços estabelecem que as expectativas do cliente envolvam os seguintes elementos: o serviço desejado, o serviço adequado, o serviço previsto e uma zona de tolerância. A partir do entendimento de como as expectativas são formadas, faz-se necessário definir a satisfação. A satisfação pode ser entendida sob uma perspectiva pontual, definida por Engel et al (2000, p. 178) como “avaliação pósconsumo de que uma alternativa escolhida pelo menos atende ou excede as expectativas” e por Kotler e Armstrong (1999, p. 6) como “o ponto em que o desempenho do produto ou serviço corresponde ou supera as expectativas do comprador”. O simples acompanhamento da frequência de comportamento de compra do consumidor mostra-se insatisfatório como um indicador da satisfação dos clientes, pois a simples repetição de compra desconsiderada fatores como a conveniência, mudanças econômicas, inercia e o grau de competitividade de um determinado mercado (OLIVEIRA et al, 2004). O valor total para clientes “é o total de valores de produto, serviços, pessoais e de imagem que o comprador recebe de uma oferta de marketing” (KOTLER; ARMSTRONG, 1999, p. 518). Quanto maior o valor para o cliente, mais satisfeito com a compra ele ficará. As expectativas dos clientes variam de acordo com cada pessoa, estando ligadas às suas estruturas de referência, e conforme aspectos situacionais (CHUCHILL; PETER, 2007, p. 14; OLIVEIRA et al, 2004). Churchill e Peter (2007, p. 15-18) definem os valores funcionais e sociais da mesma forma, porem tem uma classificação distinta para os valores sensoriais e emocionais. Enxergam valores sensoriais e emocionais como benefícios pessoais experimentais. Benefícios pessoais seriam os bons sentimentos que os clientes 15 experimentam pela compra, propriedade e uso de produtos ou pelo recebimento de serviços. Churchill e Peter (2007, p. 14) colocam ainda que o cálculo de custos versus benefícios não ocorrem de maneira extremamente precisa, como se os consumidores fossem maquinas de calcular. Para ele, a avaliação de valor é feita de maneira pouco estruturada e considerando mais atentamente as opções compradas anteriormente que outras opções. Apenas em algumas situações, como compras organizacionais e importantes, os clientes avaliariam atentamente uma série de benefícios e custos em suas decisões. O desafio para Churchill e Peter (2007, p. 14) de identificar a forma de avaliação de valor, agregada ao fato de que diferentes clientes podem avaliar o mesmo produto de maneiras distintas e podem mudar seu julgamento ao longo do tempo e em diferentes situações, justifica a dificuldade dos profissionais de marketing em atrair novos clientes e a necessidade de reter os atuais. 2.3 Mídias e marketing móvel O termo comum “mobile” vem do inglês que significa móvel. A tecnologia mobile, portanto, é aquela que permie que ela seja usada em movimento, ou não só apenas num local específico. Anos atrás era preciso uma linha telefônica para acessar a internet de casa. Um computador de cada vez, até onde o fio do telefone chegasse. Evoluímos para a internet banda largar e depois para a internet sem fio. Agora poderíamos acessar a internet de computadores diferentes num raio específico e limitado de distância. Eis que surgiu e se difundiu a internet móvel. E junto com ela os aparelhos smartphones e tablets. Agora podemos acessar a internet, ver fotos e vídeos, acessar e comentar em redes sociais em qualquer lugar. Basta ter um plano de internet móvel, que não custa caro atualmente. Martha Gabriel (2010, p. 159) explica o grande fator do sucesso do móbile: “O futuro é móbile porque a natureza humana é móbile e as tecnologias digitais não apenas estão eliminando todas as restrições que nos impedem de exercitar nossa mobilidade instintiva, mas também estão alavancando-as”. 16 Existem várias tecnologias móbile, mas a que mais tem influenciado nossa maneira de usar aparelhos móveis são os aplicativos móveis. “Aplicativos móveis são programas computacionais específicos instalados nos dispositivos móveis como celulares, PDAs, etc” (Gabriel, 2010, p. 186). Apesar de já existirem há anos eles só foram alavancados depois do lançamento do iPhone. O sistema simples da Apple que permitia baixar, instalar e usar esses aplicativos simples e rapidamente mudou o cenário e difundiu ainda mais o móbile. Existem aplicativos para quase tudo. Inclusive e obviamente para o uso de redes sociais. Toda rede social tem sua versão móvel para celulares e tables. Em outras palavras todas possuem seus aplicativos móveis. Algumas inclusive são de uso quase ou exclusivamente móveis, como é o caso do Instagram, rede social de compartilhamento de fotos. Vamos analisar neste trabalho o uso dos aplicativos das redes sociais mais importantes atualmente, focando na influência que eles possuem no comportamento do consumidor. 3 MÉTODO A pesquisa deste trabalho busca descrever o padrão de comportamento dos novos consumidores que estão usando as mídias sociais móveis. O objetivo é identificar quais as mídias sociais mais usadas, como os consumidores procuram produtos e opiniões e como eles estão respondendo ao produtos e serviços. Para isso será usado o método de pesquisa descritivo. Segundo Roesch (2009, p.137): Pesquisas de caráter descritivo não procuram explicar alguma coisa ou mostrar relações causais, como pesquisas de caráter experimental. Censos, levantamentos de opinião pública ou pesquisas de mercado procuram fatos descritivos; buscam informações necessárias para ação ou predição. 3.1 CARACTERIZAÇÃO E ESTRATÉGIA DA PESQUISA Para essa pesquisa foi estudado o comportamento do consumidor dos estudantes universitários de Fortaleza e a pesquisa foi feita com uma amostra desses consumidores fortalezenses que usam redes sociais móveis. Para Roesch (2009) o propósito da amostra é construir um subconjunto da população que é representativo nas principais áreas de interesse da pesquisa. O universo da 17 pesquisa foram todos os consumidores de Fortaleza estudantes universitários. A população foram todos os consumidores estudantes usuários de redes sociais e a amostra contou com aqueles que responderam a pesquisa através das redes sociais, oitenta e nove no total. 3.1.1 Elaboração do Instrumento de Pesquisa Por se tratar de uma pesquisa de comportamento do consumidor com caráter de entrevista e com qualitativos foi usado o questionário como instrumento de coleta de dados. “O questionário não é só um formulário, ou um conjunto de questões listadas sem muita reflexão. O questionário é um instrumento de coleta de dados que buscar mensurar alguma coisa” (ROESCH, 2009, p. 142). Foram utilizadas perguntas fechadas de múltipla escolha. Algumas perguntas com apenas uma opção para ser respondida e outras perguntas com a possibilidade de duas opções. Em algumas perguntas os consumidores também poderiam usar o campo aberto para responder outra opção que não esteja relacionada como item de resposta. O questionário foi construído por uma ferramenta online do site http://pt.surveymonkey.com/ e contou com oito perguntas fechadas de múltipla escolha. A ferramenta disponível na internet através do site permite a formulação de vários tipos de questionário de forma rápida e simples. Usamos essa ferramenta para melhor propagar a pesquisa e alcançar o público que desejamos. 3.1.2 Aplicação do Instrumento de Coleta de Dados A coleta de dados foi realizada totalmente online através de um link divulgado nas redes sociais Facebook e Twitter. O link enviou o usuário até a página online contento todas as perguntas do questionário. Os dados de cada questionário respondidos foram armazenados automaticamente e tratados em tempo real pela ferramenta descrita acima. Assim nos certificamos que todos que responderem serão realmente usuários de redes sociais, atingindo nosso público alvo. O link foi direcionado para o público de estudantes universitários de Fortaleza. O questionário do apêndice A esteve 18 disponível por dois dias na internet para ser acessado através de links no Facebook e Twitter. 4 RESULTADOS DA PESQUISA Começamos a pesquisa traçando o perfil dos consumidores que participaram. A primeira pergunta foi sobre o gênero sexual dos participantes. Gráfico 1: Gênero sexual Fonte: Dados da pesquisa Das 89 pessoas que responderam ao questionário de pesquisa 45 (50,6%) são homens e 44 (49,4%) são mulheres. A pesquisa ficou bem equilibrada nesse aspecto. Na segunda pergunta indagamos sobre a faixa etária dos consumidores. 3.4% 6.7% 3.4% Menor de 17 anos 10.1% Entre 17 e 26 anos Entre 27 e 36 anos 76.4% Entre 37 e 46 anos Acima de 46 anos Gráfico 2: Faixa Etária Fonte: Dados da pesquisa O total de 89 respostas se dividiu nas seguintes faixas etárias: 3 pessoas menores de 17 anos. 68 entre 17 e 26 anos. 9 pessoas entre 27 e 36 anos. 3 pessoas entre 37 e 46 e 1 pessoas acima de 47 anos. A grande maioria dos entrevistados, portanto, ficou entre jovens e adultos de 17 a 36 anos. 19 Para finalizar esse perfil do consumidor perguntamos em qual faixa de renda familiar cada um deles se encaixa. 2.2% Menor ou igual a 1 salário 38.2% Entre 1 e 4 salários 28.1% Entre 5 e 8 salários 31.5% Acima de 9 salários Gráfico 3: Renda Familiar Fonte: Dados da pesquisa A renda familiar ficou assim dividida. 2 pessoas com renda menor ou igual a 1 salário. 25 pessoas entre 1 e 4 salários. 28 pessoas entre 5 e 8 salários e 34 pessoas acima de 9 salários. As Classes A, B e C ficaram bem representadas na pesquisa. Percebe-se que elas são as que mais utilizam a internet e redes sociais. Maioria ficou entre classes A e B. A quarta pergunta respondeu nosso objetivo de identificar as redes sociais mais usadas pelo nosso público alvo em Fortaleza. 100.0% 98.9% 73.0% 80.0% 60.0% 40.0% 18.0% 20.0% 15.7% 4.5% 0.0% Facebook Twitter Instagram Foursquare Pinterest Gráfico 4: Redes sociais móveis mais usadas Fonte: Dados da pesquisa Essas foram os resultados e as redes sociais mais usadas pelos consumidores em seus aparelhos móveis. Eles puderam escolher duas opções para dizer quais são as mais usadas por eles no dia a dia em seus tablets e smartphones. 20 Como já esperávamos o Facebbok foi o grande campeão entre os usuários. Quase 100% das pessoas disseram que ele é uma das duas redes sociais que mais usam. Em segundo lugar o Instagram obteve 73% de respostas e superou por muito Twitter e Foursquare. Para alguns essa informação poderá ser nova, mostrando a força que o Instagram possui hoje frente a redes sociais que já foram maiores meses atrás. O pinterest ficou em último, pouco utilizado, mas com respostas suficientes para não ser descartado de primeira. A pesquisa mostrou que as empresas devem olhar para Facebook e Instagram como campos de investimento nas redes sociais, pois lá estão a maioria dos consumidores. As próximas perguntas avaliarão se os investimentos valem a pena ou não nessas redes. Para avaliar se o investimento em marketing nessas redes pode ser rentável foi analisado o grau de confiança que os consumidores dão para recomendações de produtos feitas pelos perfis das próprias empresas. 100.0% 80.0% 53.9% 60.0% 32.6% 40.0% 20.0% 7.9% 5.6% 0.0% Muita confiança Confiança moderada Pouca confiança Nenhuma confiança Gráfico 5: Grau de confiança em empresas Fonte: Dados da pesquisa Os resultados nos mostraram que 7,9% dos consumidores disseram ter muita confiança nessas divulgações. A maioria representada por 53,9% das respostas afirmou ter confiança moderada, enquanto 32,6% disse ter pouca confiança. A minoria com 5,6% disse não ter confiança nenhuma. A pesquisa nos mostra que mesmo com perfis de empresas os usuários de redes sociais possuem alguma confiança na divulgação de produtos. Fizemos a mesma pergunta sobre o grau de recomendações feitas por outros usuários amigos. confiança para as 21 100.0% 80.0% 58.4% 60.0% 40.0% 22.5% 16.9% 20.0% 2.2% 0.0% Muita confiança Confiança moderada Pouca confiança Nenhuma confiança Gráfico 6: Grau de confiança em amigos Fonte: Dados da pesquisa Os resultados mostraram que 16,9% disseram ter muita confiança no que os amigos recomendam. Se compararmos com o resultado anterior veremos que o número de muita confiança cresceu o dobro das empresas para os amigos. Número muito importante para nossas conclusões. A maioria também disse ter confiança moderada, com 58,4% das respostas. 22,5% disseram ter pouca confiança e apenas 2,2% disseram não ter confiança nenhuma. Um comparativo direto com a pergunta anterior nos mostra que além de confiarem nas empresas a maioria das pessoas confia ainda mais em seus amigos nas redes sociais Para complementar a pergunta passada e também responder um de nossos objetivos perguntamos aos consumidores quais os fatores que mais os fazem recomendar ou compartilhar produtos e serviços nas redes sociais móveis. 100.0% 80.0% 77.5% 60.0% 40.4% 39.3% 40.0% 36.0% 27.0% 20.0% 10.1% 11.2% 0.0% Qualidade Bom Estrutura do atendimento local Gráfico 7: Fatores de compartilhamento Fonte: Dados da pesquisa Variedade Preço Inovações Promoções 22 Vimos que os usuários de redes sociais confiam mais nas recomendações dos amigos, portanto, veremos agora quais os fatores que mais levam as pessoas a recomendarem e compartilharem produtos e serviços com seus amigos nessas redes sociais. Aqui eles puderam escolher duas opções e a grande vencedora com 77,5% foi a qualidade. Os consumidores compartilham aquilo que é bom e bem feito. Com percebemos no gráfico abaixo outros fatores importantíssimos são preço, inovações e bom atendimento. Esses fatores estão na frente inclusive de promoções e sorteios. Para finalizar a pesquisa perguntamos se realmente os usuários visitam e compram os produtos e serviços recomendados e compartilhados nessas redes sociais móveis. 100.0% 80.0% 52.8% 60.0% 37.1% 40.0% 20.0% 6.7% 3.4% 0.0% Constantemente Eventualmente Raramente Nunca Gráfico 8: Frequência de compras ou visitas Fonte: Dados da pesquisa Esses foram os resultados para a frequência com que os consumidores visitam ou compram após visualizarem recomendações nas redes sociais móveis: A pesquisa nos mostrou que a maioria dos jovens universitários de Fortaleza, principalmente das classes A, B e C visitam e comprar produtos recomendados em redes sociais eventualmente. Nosso público ainda não tem o costume de fazer isso sempre ou constantemente, mas a maioria já comprar influenciados pelas redes sociais, eventualmente ou raramente. A minoria com apenas 3,4% disse que nunca compra. 23 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Depois de passar por algumas fases o marketing realmente chegou ao foco no consumidor. Num mercado globalizado e de alta concorrência fica claro que aquele que melhor tratar seu cliente e melhor atrair o consumidor vencerá. Isso envolve muitos aspectos além do produto em si. Além disso, hoje podemos afirmar que o marketing não só foca no consumidor, mas como está em parte nas mãos desse consumidor. Todos eles agora também são produtores de conteúdos e mídias. Qualquer um pode ser tornar um influenciador ou formador de opinião. Tudo graças a internet e suas redes sociais. Esse é um fenômeno que vale ser estudado ainda mais a fundo. O comportamento do consumidor mudou bastante. A maior diferença hoje é que deixamos de ser apenas passivos e nos tornamos ativos em relação a produtos e serviços. Agora podemos em tempo real compartilhar nossas experiências, desejos, expectativas, análises, elogios e reclamações com milhares de outros consumidores. O boca a boca de antes foi multiplicado em milhares de vezes pelas redes sociais e todas as empresas precisam dar atenção a esse novo fator. Outra grande mudança é que não temos mais a televisão e o rádio como unãnimes em audiência. Para nosso público jovem de estudantes universitários os aparelhos móveis como tablets e smartphones podem ser mais utilizados que a televisão por exemplo. Esses aparelhos estão conosco em todo lugar e passamos muito tempo durante o dia olhando para suas telas e claro, para o conteúdo delas. E isso tem influenciado nosso modo de viver e comprar. A pesquisa foi elaborada para mostrar os empresários e funcionários responsáveis pelo setor de marketing das empresas cearenses que as redes sociais em aparelhos móveis podem realmente alavancar marcas e vendas. Através da pesquisa foi identificado que Facebook e Instagram possuem uma grande fatia do mercado na amostra estudada. Essas são as duas redes sociais mais usadas em aparelhos móveis pelos estudantes universitários das classes A, B e C de Fortaleza. Elas devem ser estudadas e utilizadas como canal de marketing. Uma informação muito importante é o comparativo da confiança dos consumidores entre os perfis de empresas e os amigos. Ficou claro que a maioria dos pesquisados tem uma certa confiança em perfis organizacionais e eles não 24 devem ser descartados. Mas o que ficou ainda mais claro é que os pesquisados confiam mais nas outras pessoas. Em indicações de amigos. Por isso é importante concluir que além de investir nessas redes sociais é muito importante também investir na própria empresa, produto ou serviço. Além de usarem, confiarem e compartilharem é importante para as empresas terem o conhecimento se todo esse esforço nas redes sociais se converterá em vendas. Para direcionar esse investimento descobrimos que a qualidade do produto, preço, inovações e bom atendimento são os fatores que mais levam os consumidores a compartilharem os produtos e marcas entre si nas redes sociais. São nesse aspectos que as empresas precisam investir para gerarem boa reputação nas internet. Quando você mesmo fala de você isso pode gerar dúvida, mas quando outros consumidores falam para outros consumidores amigos sobre você isso gera um grande poder de influência. Concluímos também que essa influência não fica só nas redes sociais. A maioria dos consumidores visita ou comprar produtos após recomendações nas redes sociais. Ainda não de forma constante, mas já temos um bom índice de pessoas que compram sim influenciados pelas redes sociais móveis. Influenciados pelo que estão dizendo nelas sobre as empresas, produtos e serviços. A pesquisa e este trabalho deixa um direcionamento para os empresários em geral de Fortaleza sobre o comportamento do consumidor influenciado pelas redes sociais móveis. Elas merecem nossa atenção. Elas são as mídias do presente e do futuro. Ficou provado por meio dessa pesquisa que os consumidores estão usando, compartilhando e comprando através delas. Através do conteúdo que empresas e principalmente os próprios consumidores produzem e compartilham nelas. Enquanto estudantes de administração, empreendedores, executivos, funcionários ou autonômos não podemos ignorar as redes sociais móveis. Devemos antes estudá-las e compreendê-las melhor para melhor atuar nelas e assim atrair e fidelizar mais clientes, aumentando o poder da marcar e a rentabilidade das empresas. Sugerimos então novas pesquisas sobre o uso e a influência dessas redes. Com mais perguntas e detalhes para que nós administradores conheçamos ainda mais como os consumidores estão agindo e comprando através delas. 25 REFERÊNCIAS CHURCHILL, G. A.; PETER, J. P. Marketing: Criando Valor Para os Clientes. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. CIPRIANI, F. Estratégia Em Mídias Sociais. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier; São Paulo: Deloitte, 2011. ENGEL, J. F.; BLACKWELL, R. D.; MINIARD, P. W. Comportamento do Consumidor. Rio de Janeiro: Livros técnicos e Científicos Editora S.A, 2000. GABRIEL, M. Marketing na Era Digital. Ed. São Paulo: Novatec , 2010 KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing.12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. LOVELOCK, C.; WRIGHT, L. Serviços: Marketing e Gestão. São Paulo: Saraiva, 2001. OLIVEIRA, S. M. C. Redes Neurais Aplicadas ao Reconhecimento e Classificação de Padrões em Séries Financeiras, São Paulo, 2002. Dissertação (Mestrado em Administração) – Programa de Pós-Graduação em Administração. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Universidade de São Paulo. ROESCH, S. M. A. Projetos de Estágio e de Pesquisa em Administração. 3. Ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2009. SANDHUSEN, R. L. Marketing Básico. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. 26 APÊNDICES Apêndice A – Instrumento de Pesquisa – Questionário Fechado 1. Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino 2. Faixa Etária: ( ) Menor de 17 anos ( ( ) Entre 17 e 26 anos ) Entre 37 e 46 anos ( ( ) Entre 27 e 36 anos ) Acima de 46 anos 3. Renda Familiar ( ) Menor ou igual a 1 salário ( ( ) Acima de 9 salários ) Entre 5 e 8 salários ( ) Entre 1 e 4 salários 4. Quais as duas redes sociais você mais usa em seus aparelhos móveis como smartphones e tablets? ( ) Facebook ( ( ) Pinterest ) Twitter ( ( ) Instagram ( ) Foursquare ) Outra: ___________________ 5. Qual o grau de confiança que você dá a recomendações de produtos nessas redes sociais por perfis das próprias empresas? ( ) Muita confiança ( ( ) Confiança moderada ( ) Pouca confiança ) Nenhuma confiança 6. Qual o grau de confiança que você dá a recomendações de produtos nessas redes sociais por perfis dos seus amigos? ( ) Muita confiança ( ( ) Confiança moderada ) Nenhuma confiança ( ) Pouca confiança 27 7. Quais os dois fatores que mais te levam a recomendar/compartilhar um produto ou serviços nessas redes sociais? ( ) Qualidade do produto/serviço ( ( ) Variedade de ofertas ( ) Outro: _____________________ ) Bom atendimento ( ) Estrutura do local ( ) Preço ( ) Inovações (novidades) 8. Você costuma visitar a empresa e/ou comprar seus produtos após ver divulgações (texto, foto, vídeo, etc.) deles nessas redes sociais? ( ) Constantemente ( ) Nunca ( ) Eventualmente ( ) Raramente