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Shemot - Nomes
Escrito por Mário Moreno
Qua, 22 de Dezembro de 2010 09:38
O livro de Êxodo tem início com as palavras “Estes pois são os nomes...”, pois Moshe inicia o
relato mostrando aqueles que entraram no Egito da família de Ia´aqov e nos informa que foram
setenta pessoas (Ex 1.5). O verso nos explica que estas pessoas são
“Todas as almas, pois, que procederam dos lombos de Ia´aqov, foram setenta almas...”
(Ex 1.5). A palavra “lombos” em hebraico é
yarek
significa “coxa, lombo, partes íntimas”. A “coxa” simboliza a parte firme do homem e a fonte da
vida! Esta palavra deixa claro que as pessoas em questão são todos descendentes físicos de
Ia´a qov. Eles são de fato as sementes do povo de Israel, um povo que procedeu dos
patriarcas e que neste caso desce ao Egito com setenta pessoas, representando as setenta
nações que existiam no mundo naquela época. Podemos afirmar que todas as nações da terra
“desceram” ao Egito para de lá serem “libertas” pelo Eterno!
A este relato segue-se a seguinte informação: “Os filhos de Israel frutificaram e aumentaram
muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu
deles”
Êx 1.7. Isso parece-nos impressionante à
primeira vista, porém já é o início do cumprimento da promessa que D-us havia feito à Avraham
quando lhe prometeu que o povo que descenderia dele seria um grande povo! (Gn 22.17)
Vejamos alguns aspectos aqui: a palavra "frutificar" no hebraico é parã, que significa “crescer
em quantidade e em influência”. Isso nos mostra que a promessa do Eterno estava em pleno
andamento e isso de duas formas diferentes: em quantidade e em influência! Parece que o
Eterno estava além de multiplicando seu povo, colocando-os em posições de destaque a fim de
cumprir seus propósitos através dessas pessoas. Mas isso não é tudo: havia também a
"multiplicação", que em hebraico é
rabã
, que significa “ser grande, tornar-se grande, ser numeroso, tornar-se numeroso” e isso
refere-se também ao sentido quantitativo! Ainda somos informados que o povo fora “fortalecido
grandemente”. A palavra “fortalecido” em hebraico é
´atsan
e significa “ser forte, ser poderoso, ser grande, ser numeroso”. Percebemos que mesmo no
“cativeiro” – vivendo numa terra estranha – os judeus se davam muito bem e já naquela época
destacavam-se em todas as áreas e isso vai trazer um grande “incômodo” aos egípcios, como
também acontece em nossos dias. Muitos são aqueles que “reclamam” da influência dos
judeus em todo o mundo, sentem-se “acuados” por eles serem um povo que espalha sua
influência até hoje em todas as áreas de nossa sociedade!
Mas este fato pareceu ter sido um incômodo aos egípcios, pois a partir desse momento na
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história, o Faraó começa a preocupar-se e tem início um plano para “subjugar” o povo de
Israel. Faraó notou que o povo de Israel era “...demais e mais poderoso do que nós” (Ex 1.9).
Novamente neste verso somos informados que os hebreus eram mais “poderosos” que os
egípcios. A palavra "poderoso" em hebraico é
´atsûm
, e significa “poderoso, numeroso”. Esta palavra tem em sua raiz a origem de outras palavras
que estão relacionadas com aquilo que vemos aqui. A palavra
´otsen
, significando “poder”, a palavra
´otsamâ
, significando “força” e a palavra
´etsem
significando “osso”. A estratégia de domínio consistia no seguinte:
“Eia, usemos sabiamente para com ele, para que não se multiplique, e aconteça que, vindo
guerra, ele também se ajunte como os nossos inimigos e peleje contra nós, e suba da terra”
(Ex 1.10). Faraó encarrega homens para serem os exatores sobre o povo e os oprimia (afligia)
para que continuassem a ser seus servos! A palavra "aflição" em hebraico é
‘anah
e significa “gemido, suspiro, grito sufocado” Refere-se ao sofrimento de ordem física e mental.
Isso nos dá a entender que a aflição do povo não era somente o fato de estarem sendo
forçados à trabalhar! Mas havia ainda o peso de serem escravos, o que lhes impunha um fardo
mental e isso os pressionava a fim de sentirem-se cada vez piores!
Mas as estratégias egípcias não contavam com a atuação do Eterno D-us, pois “...quanto mais
o afligiam, tanto mais se multiplicava e tanto mais crescia, de maneira que se enfadavam dos
filhos de Israel”
(Ex 1.12). O que acontecia aqui é que o sofrimento e a opressão funcionavam como “adubos”
para o bem do povo hebreu. Novamente são usadas aqui as palavras
rabã
, que significa “ser grande, tornar-se grande, ser numeroso, tornar-se numeroso” para definir o
termo “multiplicavam-se” e
parã
, que significa “crescer em quantidade e em influência” para definir o termo “crescia”. Então, no
verso seguinte diz-se que
“E os egípcios fizeram servir os filhos de Israel com dureza...”
(Ex 1.13), onde a palavra "dureza" é
perek
, e significa “severidade, dureza”. Os egípcios não tinham misericórdia do povo de Israel e os
tratavam de forma áspera, dura, severa, mas nem isso era capaz de deter o seu avanço!
Parecia que quanto mais duramente eram tratados mais eles se adaptavam e se desenvolviam!
O povo de D-us sempre foi e é um povo que recebe o seu “treinamento” no Egito através da
severidade de tratamento dos egípcios e de sua dureza. Assim eles são forjados para
resistirem aos piores inimigos e permanecerem em pé! Isso aconteceu também na história da
igreja que, ao ser duramente perseguida pelos governantes mundiais e pelas autoridades
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“eclesiásticas” durante as épocas passadas e presentes teve seus momentos de maior
vitalidade e crescimento, pois é aí, na perseguição que se conhece quem são os verdadeiros
servos do Eterno e quem está realmente comprometido com a Sua causa! Este evento é o
prenúncio de que o Eterno dará aos filhos de Israel uma festa para lembrarem-se de que Ele é
o Senhor!
Como essa estratégia (da dureza da servidão) não deu certo – e o povo continuava a crescer -,
então Faraó agora ordena que os meninos judeus sejam mortos pelas parteiras hebréias! (Ex
1.15,16). Elas porém sentem de D-us, que em hebraico é yare, e significa “temor, reverencia”.
Elas tinham este sentimento porque conheciam ao Criador a quem serviam. Aqui D-us é
chamado de Elohim que significa “D-us Criador”! Neste ponto vemos que a astúcia do inimigo
tem a finalidade de interromper o ciclo de nascimentos dos homens de D-us! Se ele
conseguisse matar as crianças (principalmente os homens) não haveria futuro para a nação!
Assim Satanás tenta, novamente, “matar” nossas crianças e jovens, tentando desviá-los do
chamado que lhes está sendo proposto pelo Eterno.
Isso tudo contribuiu para que o povo de Israel continuasse a crescer e aumentar em número! A
partir de então o próprio Faraó dá ordem para que, das crianças nascidas entre os hebreus, os
homens fossem lançados no rio, mas as mulheres deveriam ser guardadas e criadas
normalmente.
Nasce o Libertador de Israel
Mas o Criador não havia perdido o controle da história e através da união de duas pessoas da
tribo de Levi (a tribo que seria definida como tribo sacerdotal). Nasce então um menino (que
deveria ser jogado no rio, caso Faraó fosse atendido!), que é escondido por sua mãe e após
três meses de vida é levado para o rio onde “casualmente” a filha de Faraó está para
banhar-se! A “coincidência” é tão grande que ela vê a criança, ordena que uma criada a
apanhe e quando o vê recebe uma “sugestão” de uma menina hebréia para que ele seja-lhe
por filho adotivo! É lógico que esta menina hebréia, que é a irmã de Moshe, chama sua própria
mãe para ser “voluntária” e criar o menino! Nesse episódio há ainda o lado profético que nos
apresenta um homem hebreu (judeu) que nasce no Egito (que é uma figura do mundo) e seu
nascimento tem uma finalidade: resgatar o povo que está no Egito, porém que pertence à D-us!
O nome deste menino é também profético: ele se chama MW-S em etimologia egípcia e Mosh
eh
,
em hebraico. Em egípcio o seu nome significa “tirado das águas”, mas em hebraico o sentido é
de “aquele que tira para fora”! Isso nos mostra duas coisas: ele foi tirado das águas (que na
Bíblia representa uma multidão, o povo) a fim de tirar o povo escolhido de D-us para fora do
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Egito! Estava sendo então profetizado o futuro ministério deste menino! Já no nascimento de
Moshe temos também um paralelo tremendo com o ministério de Ieshua, que nasceu para ser
“aquele que tira para fora”, fazendo assim com que nós sejamos “tirados para fora” do mundo e
do domínio das trevas, e sendo agora aceitos como Filhos do D-us Eterno em Ieshua!
Algumas vezes tomamos atitudes que não compreendemos, e estas atitudes trazem resultados
que não nos satisfazem. Porém, lembremo-nos que o Eterno tem tudo sob seu controle! Isso
significa que, aconteça o que acontecer, D-us fará tudo para nos abençoar e nos beneficiar em
qualquer situação! Assim ocorreu também com Moshe, que após tentar ajudar um de seus
irmãos hebreus, mata um egípcio e depois descobre que todos já sabem que ele cometeu um
crime. Sua primeira reação é fugir! Ele vai então para a terra de Midian, onde novamente
acontece algo que mudará sua vida! Ele ajuda as filhas de um homem chamado Reuel (D-us é
Amigo) e logo após elas contam ao seu pai que um homem egípcio as havia ajudado. Reuel
então manda chamar este homem e dá a ele uma de suas filhas como esposa! Não nos parece
algo estranho? Moshe sai fugido do Egito e quando chega à Midian cai nas graças de um
homem que se torna seu sogro! Moshe é agora agraciado com uma família! Ele, que estava
solitário e chegara como um fugitivo, agora estabelece-se na terra e inicia o processo de
edificação de sua própria família!
Mas, quando o rei do Egito morre, os filhos de Israel suspiram por livramento de sua condição
de escravos! O povo forte do Senhor agora já desfalece por causa da dureza da servidão
egípcia! Mas o interessante é que Elohim ouviu o clamor de seu povo, e em 2.24 está escrito: “
Então ouviu Elohim o seu gemido, e lembrou-se Elohim de seu concerto com Avraham, com
Itzhaq e com Ia´aqov”
. Aqui percebemos que, quando a Escritura nos fala sobre "lembrar-se" ela refere-se à palavra
zakar
, que significa “pensar, meditar, dar atenção a alguma coisa”. O clamor dos israelitas fez com
que o Eterno desse atenção à eles por causa de sua promessa (concerto) que fizera com os
patriarcas Avraham, Itzhaq e Ia´aqov! A palavra que lhes fora dita não poderia deixar de ser
cumprida! Então era chegada a hora de livrar seu povo da escravidão do Egito!
Moshe é chamado
O chamado para a execução dos planos de D-us acontece nos lugares e nos momentos mais
inusitados para nós. Ainda que achemos que o Senhor não nos vê entre a multidão, quero
dizer-lhe algo: Ele te conhece e sabe tudo o que se passa contigo!
Com Moshe não foi diferente: num dia de trabalho normal, num local onde nada de novo
poderia ocorrer, ali mesmo o Senhor - Há Shem (IHVH) aparece a Moshe e faz-lhe o seu
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chamado! O Eterno aparece a Moshe em Horebe. A palavra “Horebe” em hebraico vem da raiz
hareb
que significa “secar, estar em ruínas, estar devastado, desolar”. É interessante que este lugar é
chamado de “monte de D-us”. E a palavra usada aqui para D-us é Elohim!
“E apareceu-lhe o anjo do IHVH em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis
que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia” (Êx 3:2). A palavra “apareceu-lhe” em
hebraico é
ra´a e significa “ver, olhar,
inspecionar”. O milagre visto por Moshe foi o ponto de contato entre ele o
malak
(mensageiro) Adonai! Este personagem aparece-lhe numa sarça (um arbusto sem folhas, mas
com muitos galhos que nasce no deserto) e dali fala-lhe sobre sua missão!
O Senhor – IHVH – agora diz a Moshe que havia visto a aflição de seu povo. “E disse o IHVH:
Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu
clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores”
(Êx 3:7). Novamente o verbo “ver” em hebraico é
ra´a
e significa “ver, olhar, inspecionar”. Ele explica a Moshe que o povo clama por livramento e que
Ele havia descido para livrá-los. A palavra livrar em hebraico é
natsal
, que significa ”livrar, resgatar”. Isso nos mostra que o povo estava sob o forte domínio de um
senhorio e que alguém mais forte do que eles deveriam vir a fim de resgatá-los!
O Criador informa a Moshe o seguinte: “Vem agora, pois, eu te enviarei a Faraó, para que tires
meu povo [os filhos de Israel] do Egito”
(Ex 3.10). O
chamado de D-us consistia em que Moshe se dispusesse para que Ele o enviasse a Faraó! A
palavra enviar em hebraico é
shalah
e significa “enviar, mandar embora, soltar”. Este fato nos mostra que Moshe iria a Faraó com a
autoridade que lhe seria delegada pelo Criador! Que grande privilégio! Nesta tradução faltaram
os termos “filhos de Israel”, o que foi certamente interpretado pela palavra usada para definir
“povo”, que é o termo hebraico
´am
que é usado deforma exclusiva como “povo” para definir os filhos de Israel.
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O chamado que Moshe recebia nesse momento era algo que aconteceu mesmo antes daquele
momento, pois ele, assim como outros, ouvia ressoar em seus ouvidos: “Assim veio a mim a
palavra do IHVH, dizendo: antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da
madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta"
(Jr 1:4,5). Esse era o chamado de Moshe: ser profeta! Isso significa que o Eterno lhe designara
o ser seus olhos e ver antes de acontecer, o ser sua boca e falar antes que a aquela palavra
sequer pudesse estar cumprida! Isso poderia trazer muitas conseqüências para Moshe, pois
ele, de antemão, conheceria os desígnios do Eterno e muitas vezes veria que seu povo não os
compreenderia...
Mas Moshe se apresenta diante do Criador como um homem pequeno e impotente para tão
grande chamado! Ele argumenta com o Eterno que, na primeira vez lhe diz: “Certamente eu
serei contigo; e isso te será por sinal de que te enviei: quando houveres tirado o povo do Egito,
servireis a Elohim neste monte”
(Ex 3.12). Isso deveria ser o bastante para que Moshe logo obedecesse, porém não foi assim!
Aqui o Eterno deu a certeza a Moshe de que Ele pessoalmente seria com Moshe para ratificar
seu chamado. Mas isso envolvia a fé de Moshe e o mesmo precisaria exercitar essa fé indo até
Faraó para ver o que o Eterno faria!
Novamente Moshe argumenta com o Criador, agora lhe perguntado por sua identidade: o que
ele diria aos filhos de Israel quando lhes perguntassem sobre o nome do Criador? O Criador
então lhe responde: o meu nome é EHEIRR ACHER EHEIRR (Eu me torno aquilo que me
torno)! A tradução exata desta frase nos mostra que o Eterno se tornaria para eles o seu
livramento! Não era isso que eles mais ansiavam? Aqui está revelada a mais bela faceta do
Criador: a de que Ele se preocupa em se apresentar ao homem conforme sua necessidade!
Agora Moshe novamente argumenta falando da incredulidade de seu povo quanto ao seu
chamado! A resposta do Criador é surpreendente: “O que é isso em tua mão? E ele disse-lhe:
uma vara!”
(Ex 4.2). A palavra aqui
traduzida por vara é
matteh, e
significa “vara, bordão, haste, tribo”. A vara é um símbolo da liderança e da autoridade
conferida a alguém! A vara de Moshe seria um instrumento físico através do qual ele
demonstraria sua autoridade e sua liderança ao povo de Israel.
D-us mostra a Moshe como utilizar-se da recém-adquirida autoridade! Sua vara transforma-se
numa cobra ao ser lançada ao chão e D-us mostra a ele que tudo com o Eterno funciona de
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forma diferente! A vara que se torna cobra deve ser pega de novo pela cauda! Todos nós
sabemos que uma cobra deve ser capturada pela cabeça, de frente. Este animal quando
capturado pelas costas, vira-se rapidamente e morde aquele que tenta fazer isso! Por isso a
forma como O Eterno faz isso acontecer é diferente, para ainda assim demonstrar que isso não
é um truque, mas sim um milagre! No capítulo 4.8 está escrito: “E acontecerá que, se eles não
te crerem, nem ouvirem a voz do primeiro sinal, crerão à voz do derradeiro sinal”
. A palavra “sinal” em hebraico é
‘ot
, e significa “sinal, maravilha, milagre”. Isto também servia para atestar e confirma a vocação
de um profeta! Por isso o Eterno age assim com Moshe! Ele estava levando seu povo a crer
nos sinais, e além disso estava também firmando Moshe como um grande profeta em Israel!
Moshe, preparado porém ferido!
Resolvido o problema da autoridade, Moshe agora argumenta quanto à sua eloquência!
Novamente há uma discussão entre ele e o Eterno, que reafirma sua condição de Criador
dizendo a Moshe que Ele havia criado a boca e que assim estaria apto a milagrosamente fazer
de Moshe seu instrumento! Mas isso não adiantou. Moshe resiste e acaba recebendo Aron
como seu porta-voz! O texto é claro quando nos diz: “Então disse Moshe ao IHVH: Ah, meu
IHVH! eu não sou homem eloqüente, nem de ontem nem de anteontem, nem ainda desde que
tens falado ao teu servo; porque sou pesado de boca e pesado de língua. E disse-lhe o
Senhor: Quem fez a boca do homem? ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o
cego? Não sou eu, o IHVH? Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que
hás de falar. Ele, porém, disse: Ah, meu IHVH! Envia pela mão daquele a quem tu hás de
enviar”
(Êx 4:10-13).
Isso nos mostra um aspecto na personalidade de Moshe: ele parecia estar ferido em sua
personalidade e precisava de “apoio” quando enviado em sua missão. Ele já passara por um
momento de forte rejeição e parecia não querer ver esta experiência repetida, de forma que
busca em Aron um “reforço” para irem à Faraó falar em nome do Eterno!
O Senhor diz a Moshe, inclusive, como dirigir-se à Faraó: “Então dirás a Faraó: Assim diz o
IHVH: Israel é meu filho, meu primogênito”
(Êx 4:22). Duas coisas merecem ser destacadas aqui: a palavra “dirás” em hebraico é o verbo
amar
que significa “ordenar, emitir uma palavra de ordem”. Isso significa que o Eterno – que se torna
aquilo que seu povo precisa d´Ele – está ordenando a Faraó que deixe seu povo ir!
A missão de Moshe e Aron tem início e eles vão a Faraó para ordenar-lhe que deixe o povo de
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D-us sair a fim de sacrificar-lhe no deserto. Isso causa um impacto sobre Faraó, que pergunta
à eles: “Quem é o IHVH?” (Ex 5.2) Fica claro que este homem não tinha nenhum
conhecimento do Criador e nem do seu poder. Por isso tem início uma “disputa” entre poderes
que visam demonstrar quem é o maior: o Senhor ou Faraó?
A visita de Moshe a Faraó traz conseqüências indesejáveis ao povo de Israel: ele aumenta a
carga de trabalho sobre o povo, que queixa-se à Moshe e Aron da sobrecarga de trabalho! A
resposta do Criador novamente é surpreendente: “Então disse o IHVH a Moshe: verás o que
hei de fazer a Faraó; porque por uma mão poderosa os deixará ir, sim, por uma mão poderosa
os lançará da terra”
(Ex 6.1). Aqui o Eterno
diz a Moshe qual será o fim de tudo: a libertação final dos israelitas!
Nós devemos aprender uma lição muito importante aqui: quando o Eterno diz que fará algo,
somente Ele é capaz de cumprir o que foi dito! O sofrimento de seu povo haveria de chegar ao
fim, mas isso aconteceria no tempo determinado, depois que Faraó reconhecesse quem é o
Senhor! É necessário que aqueles que nos rodeiam vejam e saibam que é o Senhor quem
comanda nossas vidas e que é dele que vem o nosso livramento!
Assim como aconteceu com o povo hebreu, acontecerá conosco também, pois o Eterno nos
preparará para sermos libertos do poder das trevas e, após envergonhar nossos inimigos nos
fará sair do Egito com todas as suas riquezas!
Que Ele cumpra sua palavra em nós!
Baruch Há Shem!
Mário Moreno
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