folheto informativo

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APROVADO EM
08-11-2004
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO
ISONIAZIDA LABESFAL Comprimidos
Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros: o medicamento pode ser-lhes
prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Composição:
Comprimidos a 50 mg:
Cada comprimido contém 50 mg de isoniazida (INH).
Comprimidos a 100 mg:
Cada comprimido contém 100 mg de isoniazida (INH).
Comprimidos a 300 mg:
Cada comprimido contém 300 mg de isoniazida (INH).
Forma farmacêutica e apresentação:
Comprimidos de Isoniazida Labesfal doseados a 50 mg (embalagens de 100 e 500 mg – embalagens
hospitalares), 100 mg (embalagens de 20, 30 e 60 comprimidos e embalagem hospitalar de 100
comprimidos) e a 300 mg (embalagens de 20, 30 e 60 comprimidos e embalagem hospitalar de 100
comprimidos).
Categoria fármaco-terapêutica:
1.1.12 - Medicamentos anti-infecciosos. Antibacterianos. Antituberculosos.
Titular da autorização de introdução no mercado:
LABESFAL- Laboratórios Almiro, S.A.
Campo de Besteiros - PORTUGAL
Indicações terapêuticas:
Na profilaxia da tuberculose, como terapia mono-fármaco.
A administração diária de 4 a 8 mg/Kg durante um ano mostrou-se uma profilaxia efectiva em grupos de
alto risco.
Na terapia de todas as formas de tuberculose, em regimes que incluem a isoniazida.
Contra-indicações:
- Hipersensibilidade conhecida à isoniazida ou a qualquer um dos excipientes.
- Insuficiência hepática grave, durante a qual se recomenda não utilizar a isoniazida.
Efeitos indesejáveis:
A isoniazida é geralmente bem tolerada nas doses habitualmente recomendadas. No entanto, pacientes
que são inactivadores lentos da isoniazida parecem ter uma maior incidência de alguns efeitos adversos.
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Os efeitos secundários mais frequentes são aqueles que afectam o sistema nervoso e o fígado.
Efeitos no Sistema Nervoso Central (SNC) : A neuropatia periférica é o efeito tóxico mais comum. Esta
neuropatia periférica é dependente da dose e ocorre mais frequentemente nos indivíduos mal nutridos e
nos indivíduos predispostos a neurite (ex.: alcoólicos e diabéticos), sendo geralmente precedida de
parestesias dos pés e das mãos.
Outros efeitos neurotóxicos, que não são usuais com as doses convencionais são convulsões,
encefalopatia tóxica, contracções musculares, ataxia, letargia, zumbidos, euforia, alterações da memória,
alterações de comportamento, labilidade emocional, tonturas e psicose tóxica.
Efeitos hepáticos: Transaminases séricas elevadas (AST, ALT), bilirrubinémia, bilirrubinúria, icterícia e
hepatite ocasionalmente severa e por vezes fatal.
Ocasionalmente, ocorre degeneração hepática progressiva, com os respectivos sintomas. Neste caso o
fármaco deve ser imediatamente interrompido. A frequência da degeneração hepática progressiva
aumenta com a idade.
Efeitos de hipersensibilidade : Febre, erupções cutâneas (mobiliforme, maculopapular, purpúrica ou
exfoliativa), linfadenopatia, vasculite e, raramente, hipotensão.
Efeitos hematológicos : Agranulocitose, eosinofilia, trombocitopenia, anemia hemolítica, sideroblástica
ou aplástica e metemoglobinemia.
Outros efeitos : Náuseas, vómitos, distúrbios gástricos, xerostomia, deficiência da piridoxina, pelagra,
hiperglicémia, acidose metabólica, retenção urinária e ginecomastia nos homens, depressão, psicose,
estados confusionais, hiperactividade, nistagmo, disartria, coagulação intravascular disseminada,
pancreatite, nefrite intersticial, porfiria, hipertermia, hipocalcámia, neurite óptica, síndrome de StevenJohnson, urticária, rash, edema, fototoxicidade, síndrome "lúpus like", rabdomiólise e síndroma reumático
com artralgia.
Observou-se irritação no local da injecção intramuscular.
Interacções medicamentosas e outras:
A isoniazida é um inibidor do metabolismo hepático de vários fármacos, o que pode potenciar a
toxicidade de alguns fármacos tomados concomitantemente:
- Anti-epilépticos:
- Carbamazepina: aumento das concentrações séricas do anticonvulsivante e
sintomas de toxicidade da carbamazepina, incluindo ataxia, cefaleias, vómitos, visão
turva, tonturas e confusão.
- Fenitoína: a isoniazida inibe o metabolismo hepático da fenitoína, resultando num
aumento das concentrações plasmáticas de fenitoína e consequentemente, toxicidade em
alguns doentes.
Antituberculosos:
- Cicloserina: existem evidências de efeitos adversos a nível do sistema nervoso;
- Vacina da BCG: a isoniazida inibe a multiplicação de BCG, deste modo a vacina
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BCG pode não ser eficaz se administrada concomitantemente com isoniazida;
- Benzodiazepinas: aumento do efeito da benzodiazepinas que sofrem metabolismo oxidativo
(Diazepam e triazolam);
- Anticoagulantes orais: Warfarina, diminuição do efeito anticoagulante;
- Rifampicina o uso destes fármacos com a isoniazida pode diminuir os níveis sanguíneos dos
mesmos, diminuindo os seus efeitos;
- Teofilina: a isoniazida pode aumentar a concentração plasmática de teofilina;
- Dissulfiram: dificuldades de coordenação e episódios psicóticos.
- Insulina: A isoniazida (250 - 400 mg, diariamente) antagoniza a acção hipoglicémica da
insulina e eleva os níveis sanguíneos de açúcar.
- Alimentos ricos em tiramina (queijo e peixe): a isoniazida com o consumo destes alimentos,
pode causar elevação dos valores tensionais, taquicárdia e rubor facial.
Interacções que afectam a isoniazida
- Álcool: O metabolismo da isoniazida pode ser aumentado em alcoólicos crónicos. Pode
provocar uma aumento do risco de neuropatias periféricas e de problemas hepáticos.
- Antiácidos: Os antiácidos contendo alumínio diminuem a absorção gastrointestinal da
isoniazida; A isoniazida deve ser administrada pelo menos uma hora antes do antiácido.
- Corticosteroídes: A prednisolona pode causar um decréscimo significativo nas concentrações
plasmáticas de isoniazida em ambos os acetiladores (lentos e rápidos) mas o efeito é mais pronunciado
em acetiladores lentos.
- A isoniazida não deve ser administrada com comida; uma vez que a sua biodisponibilidade é
significativamente reduzida quando administrada com comida.
- Vitamina B6: As necessidades de piridoxina podem estar aumentadas nos doentes submetidos a
terapêutica com isoniazida.
Interferências com Testes Clínicos
A isoniazida pode originar falsos positivos nos testes de determinação da glicose na urina, com sulfato de
cobre.
Precauções especiais de utilização:
Hepatotoxicidade
A toxicidade hepática possível com a isoniazida (especialmente nos três primeiros meses de tratamento e
sobretudo em associações com a rifampicina e a pirazinamida) leva a uma vigilância regular das funções
hepáticas: dosagem das transaminases ou de outros testes de citólise, semanal no primeiro mês, depois
mensal nos meses seguintes.
Uma elevação superior a três vezes o normal deve levar à paragem temporária ou definitiva da isoniazida.
Neuropatias Periféricas
- Exame clínico neurológico regular.
- Particular prudência na administração em indivíduos alcoólicos.
- Administração de piridoxina (Vit. B6) que previne ou faz diminuir os casos raros de neuropatias
provocadas pela isoniazida.
Insuficiência Renal Grave
Redução da dose em 50% em doentes com insuficiência renal cujos valores da clearance da creatinina
sejam inferiores a 10 ml/minuto.
Insuficiência Hepática
A função hepática deve ser avaliada antes do início do tratamento com isoniazida e deve ser tido especial
cuidado nos pacientes com história de doença hepática prévia ou anamnése de porfíria. Recomenda-se a
monitorização frequente da função hepática nestes.
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Alcoolismo
A isoniazida deve ser administrada com precaução em pacientes com alcoolismo.
Epilepsia
A isoniazida deve ser administrada com precaução nos doentes epilépticos uma vez que pode desencadear
convulsões.
Crianças e Recém-nascidos
A hepatotoxicidade é menor neste grupo do que em adultos. No entanto, já se verificou hepatotoxicidade
quando se administram doses elevadas de isoniazida (da ordem dos 20 mg/Kg particularmente quando é
usada em combinação com rifampicina, o que pode levar à icterícia.
O risco de hepatotoxicidade aumenta muito (cerca de 17 vezes) nas crianças com doença grave (como a
tuberculose meníngea).
Idosos
A idade não tem efeito apreciável no tempo de semi-vida de eliminação da isoniazida, nos pacientes
idosos. O risco de danos tóxicos no fígado provocados pela terapia com isoniazida ou isoniazida rifampicina aumenta com a idade em ambos os sexos.
Efeitos durante a gravidez e lactação:
Não existem estudos detalhados durante a gravidez.
Não se têm registado casos de crianças nascidas com defeitos em mulheres que recebem isoniazida, não
estando por isso contra-indicado o uso de isoniazida na gravidez.
A estimativa do fármaco consumido nas crianças, via leite materno, de mães que ingerem 300 mg de
isoniazida por dia, indica que as crianças recebem 0,75 – 2,3 % mg/Kg (2,2 – 6,9 mg) ou 0,64 – 2,0
mg/Kg do fármaco. Estas quantias não são mais de 20 % da dose terapêutica usual (10 mg/Kg) não
constituindo risco para crianças em lactação.
Efeitos sobre a capacidade de condução e utilização de máquinas:
Não se encontram referências.
Lista de excipientes:
Comprimidos de 100 e 300 mg:
Contem glucose.
Posologia e modo de administração:
A dose standard de isoniazida em adultos é de 300 mg diários ou 15 mg/kg, 2 ou 3 vezes por semana,
num máximo de 900 mg/semana. Em crianças é de 10 mg/kg, com uma dose máxima de 300 mg ou 20-30
mg/kg, 2 vezes por semana, num máximo de 900 mg/semana.
No tratamento de qualquer tipo de tuberculose deve ser dado com qualquer outro fármaco antituberculose aos quais os microrganismos são sensíveis.
Os fármacos mais utilizados (e úteis) para associar à isoniazida são rifampicina, etambutol e
pirazinamida.
Per os: regra geral, 5 mg.Kg-1/dia no adulto e 10 mg.Kg-1/dia na criança, ao princípio do tratamento.
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A medição da concentração sérica, à 3ª hora, de isoniazida activa (taxa sérica eficaz entre 1 e 2 µg/ ml)
permite ajustar a posologia a cada doente.
- Redução da dose em 50% em doentes com insuficiência renal cujos valores da clearance da creatinina
sejam inferiores a 10 ml/minuto.
- A administração de isoniazida responde a certos princípios gerais do tratamento da tuberculose: noção
de tratamento bem conduzido e bem seguido que é, com a negativação durável dos exames
bacteriológicos, o critério de melhoras essencial.
- O tratamento será administrado após a prova bacteriológica da tuberculose, permitindo o estudo do
antibiograma, particularmente em casos de recaída.
- Para ser eficaz o tratamento deve englobar:
- Associação de vários antituberculosos, os mais activos, numa toma única quotidiana em jejum;
- Associação de 3 antibióticos de largo espectro até se obter o resultado do antibiograma ou, não
o tendo, durante 3 meses para evitar o aparecimento de uma resistência adquirida;
- A duração total não deve ser nunca inferior a 9 meses.
Na profilaxia da tuberculose a posologia recomendada é:
- Adultos: 5 mg/kg/dia, com um máximo de 300 mg/dia
- Crianças: 10 mg/kg/dia, com um máximo de 300 mg/dia.
A ranhura apresentada nos comprimidos doseados a 50 mg não se destina à divisão em metades para
administração de uma delas por toma.
Sobredosagem:
Ingestão aguda por adultos de 6 - 10 g de isoniazida (20 - 33 comprimidos de 300 mg cada) está
uniformemente associada a toxicidade severa e mortalidade significativa.
Toxicidade aguda do sistema nervoso central notou-se em adultos e crianças. Os indivíduos expostos
usualmente mostram uma sensibilidade acrescida a estímulos auditórios ou visuais.
Vários sintomas podem aparecer incluindo: náuseas, vómitos, diarreias e efeitos atropínicos (pupilas
dilatadas, sensibilidade visual acrescida à luz, taquicardia e retenção urinária). Estupor ou coma podem
ocorrer espontaneamente.
Com hora e meia a 3 horas após a ingestão, hiper-reflexos ou sem reflexos podem ocorrer com resistência
a anti-convulsiovantes como a fenitoína (difenilhidantoína) e barbituratos.
Envenenamento grave pode conduzir a hipotensão, cianose e morte. Distúrbios metabólicos graves que
acompanham cetoacidoses diabéticas podem ocorrer.
Esta toxicidade é rara desde que a dose não exceda os 17 mg/Kg mas ocasionalmente ocorre para doses
menores.
Tratamento:
No tratamento da sobredosagem por isoniazida, deve ser assegurada uma via de ventilação e estabelecida
imediatamente uma adequada troca respiratória. As convulsões podem ser controladas com a
administração I.V. de diazepam ou barbituratos de curta-acção e uma dosagem de cloridrato de piridoxina
igual à quantidade de isoniazida ingerida.
Geralmente são dadas 1-4 g de cloridrato de piridoxina por via I.V. seguidas por 1 g I.M. todos os 30
minutos até que a totalidade da dose seja administrada. Se as convulsões são controladas e a
sobredosagem for recente (2 a 3 horas) deve proceder-se à lavagem gástrica. Devem ser efectuadas
determinações de: gases sanguíneos, electrólitos séricos, glucose e determinações BUN.
Assim que possível, deve ser iniciada uma diurese osmótica forçada depois de uma sobredosagem por
isoniazida, para aumentar a clearance renal do fármaco e deve ser continuada várias horas após melhoria
clínica para assegurar a clearance completa do fármaco e prevenir recaídas.
Comunique de imediato ao seu médico ou farmacêutico qualquer efeito indesejável detectado que
não conste deste folheto.
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Conservar a temperaturas inferiores a 25ºC.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Medicamento sujeito a receita médica.
Não utilizar o medicamento findo o prazo de validade indicado na embalagem.
Novembro/2004
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