9ª MPU 2010 Modificação estrutural de fármaco através da inserção de cadeias graxas: Estudo da atividade antituberculose RODRIGUES, Marieli. O.*, SOARES, Karina. L., LIMA, Vânia. R., D’Oca, Marcelo. G. M. *[email protected] Palavras Chave: Tuberculose, resistência. Introdução/Objetivos A tuberculose é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de dois milhões de pessoas morrem por ano vítimas de tuberculose (TB) no planeta.¹ As formas multirresistentes da bactéria causadora da TB, M. tuberculosis, aos fármacos utilizados para o tratamento da doença são consideradas grandes desafios científicos no área de doenças infecciosas. 2 A isoniazida (piridina-4-carbohidrazida) é o fármaco sintético antituberculose mais antigo a ser prescrito no tratamento da doença. O uso deste medicamento ao longo dos anos gerou um quadro de resistência de M. tuberculosis ao tratamento.³ Diante desta realidade, fica evidente o alerta para a necessidade de sintetizar novos fármacos mais potentes e menos 4 suscetíveis a resistência bacteriana. O grupo do Laboratório Kolbe de Síntese Orgânica vem investigando a síntese de compostos graxos nitrogenados e sua atividade como agentes antituberculose. 5 Esta pesquisa é desenvolvida em colaboração com o Laboratório de 6 Micobacteriologia, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). A partir desta colaboração, em estudos com amidas graxas sintéticas, observou-se que as mesmas apresentavam potencial antibacteriano semelhante ao de fármacos de primeira linha atualmente empregados para o tratamento da TB, como a isoniazida. Estas informações incentivaram a investigação da modificação estrutural da isoniazida pela inserção de cadeias graxas à molécula, que podem vir a contribuir para o desenvolvimento de novos medicamentos a serem usados no tratamento da tuberculose. Metodologia Síntese da isoniazida através da inclusão de cadeias graxas (Figuras 1 e 2), oriundas dos ácidos palmítico (C16:0), esteárico (C18:0), oleico (C18:1), linoleico (C18:2) e ricinoleico (C18:1,OH ). O O H N N Isoniazida O NH 2 + R O HN HN OH N Figura 1: Esquema de síntese dos derivados graxos da isoniazida. FURG, 19 a 22 de outubro de 2010. R 9ª MPU 2010 Figura 2: Estrutura dos ácidos graxos. Os compostos sintetizados serão Identificados e caracterizados pela determinação do ponto de fusão, FTIR, RMN de ¹H e ¹³C, que serão realizadas em colaboração com o Depto de Química Orgânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A atividade antibacteriana será avaliada em colaboração com o grupo de pesquisa do Prof. Dr. Pedro Eduardo Almeida da Silva, da Faculdade de Medicina da FURG. Resultados e Discussão Os compostos graxos derivados da isoniazida estão sendo purificados, caracterizados e analisados para posterior ensaio da atividade biológica. Considerações Finais ou Conclusão A investigação da modificação estrutural da isoniazida pela inserção de cadeias graxas à molécula podem contribuir para o desenvolvimento de novos medicamentos a serem usados no tratamento da tuberculose. Referências Bibliográficas 1 Organização Pan-Americana da Saúde, Organização Mundial da Saúde, (OPAS/OMS). Site disponível em: http://new.paho.org/bra/index.php (2010). ²World Health Organization (WHO); WHO Library Cataloguing-in-Publication Data; Global tuberculosis control: a short update to the 2009 report.pdf. (2009). 3 Gilani, S. J. Bioorg. Med. Chem. Lett. 20, 4762-4765 (2010). 4 Silva, P. E. A.; Aínsa, J. A. Drugs and drug interactions. In: Palomino, J. C.; Leão, S. C.; Ritacco, V., Eds.; Tuberculosis 2007. From basic science to patient http://www.amedeochallenge.org/ac/tb.htm 5 D’Oca, C. R. M. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande, (2010). FURG, 19 a 22 de outubro de 2010. care. 9ª MPU 2010 FURG, 19 a 22 de outubro de 2010.