Novembro/2010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO COMISSÃO DE EXAMES DE RESIDÊNCIA MÉDICA Processo Seletivo para Residência Médica - 2011 21 - Áreas de Atuação em Pediatria No de Inscrição Nome do Candidato Caderno de Prova ’21’, PROVA DISSERTATIVA No do Caderno MODELO1 MODELO ASSINATURA DO CANDIDATO No do Documento 0000000000000000 de interesse público, solicitamos que autentique digitalmente a capa do caderno, nos espaços indicados ao lado. Na hipótese de, por qualquer motivo, não autenticá-la digitalmente, queira registrar sua assinatura, por três vezes, nas linhas abaixo. POLEGAR DIREITO Objetivando garantir a lisura do processo de seleção, o que é do seu próprio interesse e AUTENTICAÇÃO DIGITAL 00001−0001−0001 P R O VA D I S S E R TAT I VA INSTRUÇÕES - No campo indicado coloque sua assinatura. - Não assine a prova em nenhum outro local, nem por qualquer forma a identifique. A identificação implica anulação da prova. - Esta prova consta de 6 (seis) questões dissertativas. - Não será permitida nenhuma espécie de consulta. - Para o rascunho e para a redação definitiva da prova, utilize apenas os espaços do caderno a eles destinados. - Escreva com letra legível e a tinta, usando caneta de tinta azul ou preta; evite o uso de corretivo. - O caderno não deve ser desgrampeado. Nenhuma folha do caderno deve ser destacada. - A duração da prova é de 4 horas. - Ao término da prova entregue ao fiscal o material recebido. - Proibida a divulgação ou impressão parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados. 000X000 NÃO ASSINE ESTA FOLHA UFESP-Programa2-16-21-Dissertativa 2 000X000 Em hipótese alguma será considerada a redação escrita nesta página. Questão 1 Quais são as manifestações clínicas e laboratoriais da doença de celíaca na infância? Como deve ser a investigação diagnóstica? NÃO ASSINE ESTA FOLHA UFESP-Programa2-16-21-Dissertativa 3 000X000 REDAÇÃO DEFINITIVA Questão 1 Quais são as manifestações clínicas e laboratoriais da doença de celíaca na infância? Como deve ser a investigação diagnóstica? NÃO ASSINE ESTA FOLHA UFESP-Programa2-16-21-Dissertativa 4 000X000 Em hipótese alguma será considerada a redação escrita nesta página. Questão 2 Qual a fisiopatologia da crise vaso-oclusiva em uma criança com doença falciforme? Quais os princípios do tratamento? NÃO ASSINE ESTA FOLHA UFESP-Programa2-16-21-Dissertativa 5 000X000 REDAÇÃO DEFINITIVA Questão 2 Qual a fisiopatologia da crise vaso-oclusiva em uma criança com doença falciforme? Quais os princípios do tratamento? NÃO ASSINE ESTA FOLHA UFESP-Programa2-16-21-Dissertativa 6 000X000 Em hipótese alguma será considerada a redação escrita nesta página. Questão 3 Com relação à infecção respiratória pelo vírus influenza H1N1, liste sete grupos de risco para os quais estão indicados uso do oseltamivir na faixa etária pediátrica. NÃO ASSINE ESTA FOLHA UFESP-Programa2-16-21-Dissertativa 7 000X000 REDAÇÃO DEFINITIVA Questão 3 Com relação à infecção respiratória pelo vírus influenza H1N1, liste sete grupos de risco para os quais estão indicados uso do oseltamivir na faixa etária pediátrica. NÃO ASSINE ESTA FOLHA UFESP-Programa2-16-21-Dissertativa 8 000X000 Em hipótese alguma será considerada a redação escrita nesta página. Questão 4 Qual a conduta no caso de um menino de 7 anos com estatura no percentil 5% para a idade, com exame físico normal, cuja mãe relata que o mesmo sempre foi baixo? NÃO ASSINE ESTA FOLHA UFESP-Programa2-16-21-Dissertativa 9 000X000 REDAÇÃO DEFINITIVA Questão 4 Qual a conduta no caso de um menino de 7 anos com estatura no percentil 5% para a idade, com exame físico normal, cuja mãe relata que o mesmo sempre foi baixo? NÃO ASSINE ESTA FOLHA UFESP-Programa2-16-21-Dissertativa 10 000X000 Em hipótese alguma será considerada a redação escrita nesta página. Questão 5 Cite as medidas preventivas para redução da transmissão do vírus HIV da mãe para o concepto. NÃO ASSINE ESTA FOLHA UFESP-Programa2-16-21-Dissertativa 11 000X000 REDAÇÃO DEFINITIVA Questão 5 Cite as medidas preventivas para redução da transmissão do vírus HIV da mãe para o concepto. NÃO ASSINE ESTA FOLHA UFESP-Programa2-16-21-Dissertativa 12 000X000 Em hipótese alguma será considerada a redação escrita nesta página. Questão 6 Descreva o quadro clínico e radiológico da síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido. NÃO ASSINE ESTA FOLHA UFESP-Programa2-16-21-Dissertativa 13 000X000 REDAÇÃO DEFINITIVA Questão 6 Descreva o quadro clínico e radiológico da síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido. NÃO ASSINE ESTA FOLHA UFESP-Programa2-16-21-Dissertativa 14 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO COMISSÃO DE EXAMES DE RESIDÊNCIA MÉDICA Processo Seletivo para Residência Médica − 2011 Programa 21 − Áreas de Atuação em Pediatria Critério de Correção da Prova Dissertativa As respostas registradas nos gabaritos são apenas índices norteadores para a correção, pois serão consideradas outras variáveis além daquelas requeridas semanticamente, as quais só poderão ser elencadas após análise de amostra aleatória de provas, visando reajuste do gabarito. Serão consideradas variáveis como a consistência interna do texto, organização da resposta integrada ao conteúdo, clareza e, se necessário, avaliação comparativa de desempenho. Todas as análises serão realizadas de maneira cega, sendo que os códigos de identificação ficarão sob responsabilidade da instituição aplicadora do exame. Questão 1 A doença celíaca pode se apresentar em diferentes formas clínicas: clássica, não-clássica e assintomática. A forma clássica, que se inicia nos primeiros anos de vida, caracteriza-se por diarreia crônica, vômitos, irritabilidade, falta de apetite, déficit de crescimento, distensão abdominal, diminuição do tecido celular subcutâneo e atrofia da musculatura glútea. As formas não-clássicas têm quadro mono ou paucissintomático, como, por exemplo: baixa estatura, anemia por deficiência de ferro refratária à ferroterapia oral, artralgias ou artrites, constipação intestinal, hipoplasia do esmalte dentário, osteoporose, esterilidade, aumento das enzimas hepáticas, estomatite aftosa recorrente, distúrbios neurológicos (convulsões e calcificação intracraniana, ataxia cerebelar, neuropatia periférica), distúrbios psiquiátricos (depressão). A forma assintomática, comprovada fundamentalmente entre familiares de 1o grau de pacientes com doença celíaca, foi reconhecida após o desenvolvimento de marcadores sorológicos para a doença celíaca. Marcadores sorológicos. Os anticorpos antigliadina (IgG, IgA), antiendomísio (IgA) e antitransglutaminase (IgA) tecidual apresentam alta sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de doença celíaca. Entretanto, é importante destacar que nenhum desses testes é patognomônico da doença celíaca. Histopatologia do intestino delgado É imprescindível a realização da biopsia de intestino delgado, obtida no duodeno distal, por meio de cápsula de biopsia por sucção (Watson) ou de pinça de biopsia de endoscopia digestiva alta. As vilosidades intestinais desapareceram na sua totalidade, atrofia total, ou estão reduzidas a pequenos esboços, observa-se a hiperplasia críptica com aumento da atividade mitótica, há aumento do número de linfócitos intraepiteliais e a celularidade da lâmina própria está aumentada, às custas de linfócitos, macrófagos e alguns eosinófilos, destacando-se a quantidade de células plasmáticas. Recuperação clínica com dieta de exclusão nas formas sintomáticas. Questão 2 A anemia falciforme é causada por uma mutação no gene da hemoglobina, ocorrendo a troca de um ácido glutâmico por uma valina na posição 6 da cadeia da betaglobina. Devido a esse defeito básico a molécula da hemoglobina, quando submetida à hipoxemia, sofre polimerização e adquire a forma de foice, produzindo efeitos sobre a membrana das hemácias que causam: lesão oxidativa, desidratação celular, disposição assimétrica anormal dos fosfolípides e aumento da aderência às células endoteliais, responsáveis pela hemólise e vaso-oclusão. A crise vaso-oclusiva dolorosa é a manifestação clínica mais comum e determina, com frequência, a procura pelo serviço de emergência. O paciente apresenta dor em membros, articulações, abdome, região dorsal, resultante de lesão isquêmica do tecido, que pode ser desencadeada pelo frio, desidratação, infecção, hipóxia. O tratamento varia de acordo com a intensidade da dor, a saber: − Dor Leve: paracetamol, dipirona ou ibuprofeno; − Dor Moderada ou Grave: codeína, tramadol ou morfina, de acordo com a necessidade. Tratamento de suporte: a. Manter o paciente confortavelmente aquecido; b. Em casos de vômitos, administrar antieméticos e hidratação basal; c. Realizar massagem e calor no local da dor; d. Evitar a hiperhidratação: o portador de doença falciforme tem água corporal aumentada, principalmente nos que possuem algum grau de cardiopatia, pois podem desencadear edema agudo de pulmão. Questão 3 Idade < 2 anos Imunossupressão Hemoglobinopatias Diabetes mellitus Obesidade Cardiopatias Pnemopatias Doenças renais Doenças crônicas Questão 4 Estatura dos pais (alvo) Dados perinatais Histórico pessoal de saúde Questão 5 − Realizar sorologia para HIV na primeira consulta do pré-natal e no início do 3o trimestre. − Realizar teste rápido para HIV, no momento do parto, em gestantes que não realizaram a sorologia para HIV durante a gestação. − Terapêutica antirretroviral na gestação objetivando diminuir a carga viral, a partir da 14a semana de gestação. − Terapêutica antirretroviral durante o trabalho de parto e parto. − Parto cesáreo eletivo. − Na reanimação do recém-nascido, na sala de parto, manipulá-lo delicadamente, para diminuir a chance de infecção periparto. − Realizar o primeiro banho do recém-nascido o mais precocemente possível, com o objetivo de remover o sangue e as secreções contaminadas. − Suspender o aleitamento materno. − Terapêutica antirretroviral para o recém-nascido nas primeiras seis semanas de vida. − Encaminhar o recém-nascido para acompanhamento ambulatorial especializado para esclarecer o diagnóstico da infecção perinatal pelo HIV e manter a terapêutica antirretroviral. Questão 6 Quadro clínico − desconforto respiratório de início logo após o nascimento: − taquipneia; − gemido expiratório; − batimento de asa do nariz; − retração da caixa torácica; − cianose. − piora progressiva dos sintomas até 36 a 48 horas de vida. − melhora do desconforto após 72 horas de vida. Quadro Radiológico − infiltrado rreticulogranular difuso (vidro moído) distribuído uniformemente nos campos pulmonares. − presença de broncogramas aéreos. − aumento do líquido pulmonar. Referência Bibliográfica: Miyoshi MH, Kopelman Bl. Síndrome do Desconforto Respiratório Neonatal. In: Kopelman Bl et al. Diagnóstico e Tratamento em Neonatalogia. Editora Atheneu, 2004. Pg. 67-78.