1 UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO RAELLANY RODRIGUES DIAS A ANSIEDADE COMO FATOR DE REPROVAÇÃO PARA OBTENÇÃO DA CNH MACEIÓ – AL 2014 2 RAELLANY RODRIGUES DIAS A ANSIEDADE COMO FATOR DE REPROVAÇÃO PARA OBTENÇÃO DA CNH Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito. Orientador: Prof Ms. Alessio Sandro de Oliveira Silva MACEIÓ – AL 2014 3 RAELLANY RODRIGUES DIAS A ANSIEDADE COMO FATOR DE REPROVAÇÃO PARA OBTENÇÃO DA CNH Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito. APROVADO EM ____/____/____ ________________________________________________________ PROF MS. ALESSIO SANDRO DE OLIVEIRA SILVA ORIENTADOR _______________________________________________________ PROF. DR. LIÉRCIO PINHEIRO DE ARAÚJO BANCA EXAMINADORA ________________________________________________________ PROF. ESP. FRANKLIN BARBOSA BEZERRA BANCA EXAMINADORA 4 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus qυе permitiu tudo isso acontecesse, e ао longo da minha vida por ter me dar saúde, força para superar todos os obstáculos e conseguir atingir minhas metas. A minha mãe Roselly heroína qυе mim dar apoio, incentivo nas horas difíceis, de desânimo е cansaço. A esta universidade, sеυ corpo docente, direção е administração qυе oportunizaram а janela qυе hoje vislumbro υm horizonte superior. Agradecer a todos que fazem parte da Autoescola Delmiressse que me receberam de braços apertos e juntos realizamos essa pesquisa. E a todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte dessa minha nova fase, о mеυ muito obrigada. 5 DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho e como tudo que faço na minha vida ao meu “PAI - Raimundo Nonato”, porque sei que onde estiver ficará feliz e por todas as minhas conquistas. Dedico também a minha “MÃE - Roselly” que é uma grande mulher e por sempre acreditar em mim. 6 RESUMO A ansiedade é um estado emocional com componentes psicológicos e fisiológicos, em situações ameaçadoras, quando enfrentada pode levar o indivíduo a emitir resposta de luta, funga ou um mecanismo psicológico de defesa para diminuí-la. Esse estado faz parte do espectro normal das experiências humanas, sendo propulsora do desempenho. Foi através do alto nível de reprovação que surgiu o interesse em aprofundar o conhecimento sobre a temática a ser abordada, pesquisa teve como objetivo Identificar quais os fatores além da ansiedade que influenciam a reprovação dos candidatos na prova prática da Carteira Nacional de Habilitação – CNH, a pesquisa foi realizada na cidade de Delmiro Gouveia- Al na Autoescola Delmirense. Para abordar o referido tema e alcançar os objetivos propostos foi delineada uma metodologia descritiva, visando proporcionar maior familiaridade com o objeto de estudo da pesquisa, com vistas a torná-lo mais explicito tendo caráter qualitativo e quantitativo. Participaram da pesquisa 18 candidato ambos os sexos voluntários, onde foram realizado um questionário semi-estruturado para obter o conhecimento de outros fatores que poderiam influenciar na reprovação dos candidatos a CNH. Verificou que a ansiedade tem um fator primordial mais faram encontrados vários fatores que pode influenciar na reprovação primeiro foi o tempo que os candidatos esperam para ser realizada a prova que devido o numero de vagas que são poucas, segundo há uma distância onde a prova é realizada como o também o local onde é realizada a prova; e os examinadores transmitem muita insegurança e medo pois as vezes tratam os candidatos frios e ignorantes deixando mais nervoso que estão. Palavras-chave: Reprovação, CHN, Examinadores. 7 ABSTRACT Anxiety is an emotional state with psychological and physiological components in threatening situations, that when faced can lead an individual to issue response fight, escape, or a psychological defense mechanism to decrease it. This state is part of the normal spectrum of human experience, being propulsive to performance. It was through the high level of disapproval that came the interest in furthering knowledge about the topic being addressed, the research aimed to identify the factors, beyond anxiety, that influence the reproach of the candidates in the practical proof of the National Driver's License – CNH, the research was conducted in the city of Delmiro Gouveia – AL, at the Auto School Delmirense. To approach the referred theme and achieve the proposed objectives was outlined a descriptive methodology , aiming to provide greater familiarity with the subject matter of the research, in order to make it more explicit with a qualitative and quantitative character. Eighteen candidates participated of the research, volunteers from both sexes, where a semi-structured questionnaire was conducted to obtain the knowledge of other factors that could influence the candidates’ disapproval to their driver’s license. It was found that anxiety is a major factor, but several factors that can influence the failure were found. First there was the long time that candidates wait to make the proof due the reduced number of vacancies, second there is a distance from where the proof is done as well the place where the proof is done; and also the examiners transmit a lot of insecurity and fear, because sometimes they treat the candidates coldly and being ignorant letting the candidates even more nervous than what they already are. Key-words: Disapproval, Driver’s License, Examiners 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Gráfico 01: Dificuldade nas aulas práticas ............................................................ 27 Gráfico 02: Às 20 horas de aula prática eram suficientes para aprenderem a conduzir o carro e ser aprovado ......................................................... 28 Gráfico 03: Sintomas apresentados por os candidatos quando entram no carro. .................................................................................................. 28 Gráfico 04: Dificuldade que candidato encontrou na prova. .................................. 29 Gráfico 05: Estratégias utilizadas para diminuir a ansiedade. ............................... 30 Gráfico 06: Formas de como examinador abordou o candidato na prova. ............ 31 Gráfico 07: Resultados da prova da baliza ............................................................ 31 Gráfico 08: Resultados da prova Final .................................................................. 32 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 13 2.1 Conceito de Ansiedade ..................................................................................... 13 2.2 Fisiologia da Ansiedade ................................................................................... 15 2.3 Diferença entre Ansiedade e Medo ................................................................. 17 2.4 Histórico da Psicologia do Trânsito ................................................................ 18 2.5 Atuação do Psicólogo de Trânsito na Atualidade .......................................... 22 3 MATÉRIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 25 3.1 Ética .................................................................................................................... 25 3.2 Tipo de Pesquisa ............................................................................................... 25 3.3 Universo ............................................................................................................. 25 3.4 Sujeitos da Amostra .......................................................................................... 25 3.5 Instrumentos de Coleta de Dados ................................................................... 25 3.6 Planejamento para Coleta dos Dados ............................................................. 26 3.7 Planejamento para Análise dos Dados............................................................ 26 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 27 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 34 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 35 APÊNDICE ................................................................................................................ 37 10 1 INTRODUÇÃO A ansiedade é um estado emocional com componentes psicológicos e fisiológicos, em situações ameaçadoras, quando enfrentada pode levar o indivíduo a emitir resposta de luta, funga ou um mecanismo psicológico de defesa para diminuíla. Esse estado faz parte do espectro normal das experiências humanas, sendo propulsora do desempenho. Pressão, tensão, ansiedade, medo são sensações que normalmente fazem parte de processos seletivos concorridos, isso acontece devido aos velhos paradigmas que as pessoas carregam ao longo dos anos em relação ao processo de admissão, o humor dos examinadores e muitos outros fatores. As provas práticas do DETRAN para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) são temidas pelos candidatos, às vezes o candidato, com condições suficientes para conseguir passar no exame, acabam fracassando devido ao nervosismo e a ansiedade que toma conta das pessoas no momento da prova prática. Fazer o carro se mover pode ser fácil, mas o difícil é dirigir como manda o Código Brasileiro de Trânsito. Segundo o portal G1 (2012) em cada três candidatos são reprovados nos exames para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Distrito Federal. Dados da Secretaria de Segurança Pública mostram que no primeiro semestre de 2012 o índice de reprovação foi de 34,4% nas avaliações prática. De acordo com dados da secretaria publicados no Diário Oficial do DF, entre janeiro e junho 2012, 53.473 pessoas fizeram o exame prático na capital e 18.397 dos candidatos foram reprovados. Segundo Silva (2011) pelo menos 2,6 mil candidatos à Carteira Nacional de Habilitação (CNH) são reprovados mensalmente no exame de direção veicular em Uberlândia. A média de reprovação atinge 65% dos cerca de 4 mil candidatos que realizam o exame a cada mês no Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG). A média é a mesma registrada em Belo Horizonte. No exame de legislação, o índice de reprovação é de 30%. Em Minas Gerais são 5 milhões de habilitados para 7 milhões de veículos. Foi através de pesquisas e o alto nível de reprovação na autoescola Delmirense que surgiu o interesse em aprofundar o conhecimento sobre a temática a ser abordada e verificar outros fatores que levam a reprovação da prova prática da 11 CNH. Para abordar o referido tema e alcançar os objetivos propostos foi delineada uma metodologia descritiva, visando proporcionar maior familiaridade com o objeto de estudo da pesquisa, com vistas a torná-lo mais explicito. Para a coleta e análise dos dados, utilizou-se uma metodologia qualitativa, com aporte quantitativo, uma vez que esta foi considerada a que melhor possibilitaria Identificar além da ansiedade e outros fatores. De acordo com Richardson e Colaboradores (2011), a abordagem qualitativa de um objeto de pesquisa, além de ser uma opção do investigador, justifica-se, sobretudo por ser uma forma adequada para entender a natureza de um fenômeno social. A pesquisa foi realizada na Autoescola Delmirense na cidade de Delmiro Gouveia – AL, com os candidatos que já estavam no final das aulas práticas. A pesquisa com o tema “A ansiedade como fator de reprovação para obtenção da CNH. Pretendeu alcançar como objetivo geral, Identificar quais os fatores além da ansiedade que influenciam a reprovação na prova prática da Carteira Nacional de Habilitação – CNH e como objetivos específicos: Verificar quantas vezes o candidatos foi submetido à prova pratica até a obtenção da aprovação. Identificar quais as formas que o examinador avaliou o candidato. Descrever as dificuldades encontradas na hora da prova Verificar se a quantidade de aula prática é suficiente para conseguir a aprovação a primeira CNH. Verificar se as aulas estão sendo executadas da maneira que os examinadores avaliam. Partindo dessa percepção e ampliando a visão da psicologia do trânsito que não envolve só a avaliação psicológica, mas estudar os fenômenos que o trânsito envolve. Com isso, pretendeu desenvolver a pesquisa visando Identificar quais os fatores além da ansiedade que influenciam a reprovação na prova prática da Carteira Nacional de Habilitação – CNH. O trabalho a seguir, resultante da pesquisa acima descrita, está estruturado da seguinte forma: Primeira seção está dividida em conceito de ansiedade e a fisiologia da 12 ansiedade, Histórico da Psicologia do Trânsito e Atuação do Psicólogo de Trânsito na Atualidade. Segunda seção consiste nos resultados e discussão dos dados da pesquisa, precedidos pela metodologia definida e executada, com o intuito de responder à problemática: Segundo alguns estudos realizados sobre a ansiedade no processo para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, pode-se perceber que aprovação está relacionada à ansiedade, quanto maior os níveis de ansiedade maiores foram as reprovações. Para finalizar a conclusão da pesquisa, serão feitas considerações acerca dos resultados obtidos. 13 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Conceito de Ansiedade O termo ansiedade deriva-se do grego Anshein, que denota sufocar oprimir, Angústia ou ansiedade são termos correlatos, e associados a manifestações de sintomas corporais que explicam a experiência subjetiva. A ansiedade é um estado emocional com componentes psicológicos e fisiológicos, generalizada ou focada em situações específicas, que leva o individuo a desenvolver respostas eficientes de luta, fuga ou mecanismo psicológico de defesa para diminuí-la. Segundo Andrade e Gerensteins [S. D] diz que: O termo ansiedade abrange sensações de medo, sentimentos de insegurança e antecipação apreensiva, conteúdo de pensamento dominado por catástrofe ou incompetência pessoal, aumento de vigília ou alerta, um sentimento de constrição respiratória levando à hiperventilação e suas consequências, tensão muscular causando dor, tremor e inquietação e uma variedade de desconfortos somáticos consequentes da hiperatividade do sistema nervoso autonômico. Conforme Fadiman e Frager (1982 apud BARROS, HUMEREZ, FAKIH et 2003), a ansiedade acompanha a maior parte das pessoas no processo existencial. Ao sentirem algum sofrimento físico e/ou mental, que exija mudança na vida cotidiana, é esperada uma elevação de seus níveis. A ansiedade é provocada por um aumento inesperado ou previsto de tensão ou desprazer. Pode desenvolver-se em qualquer situação, seja real ou imaginária, quando a ameaça é grande para ser ignorada, dominada ou descarregada. De acordo Barros, Humerez, Fakih, et (2003) Há dois modos para diminuir o nível de ansiedade: um deles é lidar diretamente com a situação, resolvendo o problema e tentando superar os obstáculos, e o outro é fugir das ameaças e criar estratégias, como defesas reais ou imaginárias que possam minimizar seu impacto. Dessa forma, estaremos, também, lutando para proteção da personalidade, por meio do uso dos mecanismos de defesa. Há varias formas de medir a ansiedade como as escalas de ansiedade que medem a ansiedade normal e a patológica para isso é fundamental ter conhecimento os estados e traços de ansiedade e os aspectos que envolve a ansiedade e para isso de acordo com conforme Keedwell e Snaith (1996 apud 14 ANDRADE e GORENSTEIN [S D]), descreve alguns aspectos da ansiedade e a diferença entre estado e traço como: Humor – a experiência de uma sensação de medo não associado a nenhuma situação ou circunstância específica; a apreensão em relação a alguma catástrofe possível ou não identificada; Cognição – preocupação com a possibilidade de ocorrência de algum evento adverso a si próprio ou a outros; pensamentos persistentes de inadequação ou de incapacidade de executar adequadamente suas tarefas; Comportamento – inquietação, ou seja, incapacidade de se manter quieto e relaxado mais do que alguns minutos, andando de um lado para o outro, apertando as mãos ou outros movimentos repetitivos sem finalidade; Estado de hiperalerta – aumento da vigilância, exploração do ambiente, resposta aumentada a estímulos (sustos), dificuldade de adormecer (não devida à inquietação ou à preocupação); Sintomas somáticos – sensação de constrição respiratória, hiperventilação e suas consequências, tais como espasmo muscular e dor (sem outra causa conhecida), tremor; manifestações somáticas de, p.ex., hiperatividade do sistema nervoso autônomo (taquicardia, sudorese, aumento da frequência urinária); Outros – esta categoria residual pode incluir estados como despersonalização, baixa concentração e esquecimento, bem como sintomas que se referem a um desconforto, não necessariamente específico de ansiedade. Segundo o mesmo autor citado a cima, o estado de ansiedade é transitório ou condição do organismo humano que é caracterizada por sentimentos desagradáveis de tensão e apreensão, conscientemente percebidos e por aumento na atividade do sistema nervoso autônomo e podem variar em intensidade de acordo com o perigo percebido e flutuar no tempo. Já o traço de ansiedade refere a diferenças individuais relativamente estáveis na propensão à ansiedade, isto é, a diferenças na tendência de reagir a situações percebidas como ameaçadoras com intensificação do estado de ansiedade e são menos sensíveis a mudanças decorrentes de situações ambientais e permanecem relativamente constantes no tempo. A ansiedade caracteriza-se por um estado psicobiológico desencadeado no ser humano ao se deparar com situações que precisam de atitudes incisivas ou imediatas, este estado, inerente ao ser humano, tem suas reações normatizadas ao término da situações. Em algumas pessoas essas reações se prolongam e, até mesmo, são desencadeadas por situações irreais, promovendo uma ansiedade incontrolável e um medo exagerado.(Viecili, 2011. p 280) Dentre os comportamentos emocionais do individuo, a ansiedade é um fator importante na situação do trânsito por interferir na capacidade cognitiva e perceptual. Segundo Viecili ( 2011. p 282) a ansiedade pode ser entendida com 15 sendo um processo interno do sujeito que pode ser desencadeado por estímulo externo, frente à situação de dirigir as ações realizadas como ao se deslocar, ultrapassar carros, parar, aumentar ao diminuir a velocidade e entre outros ações, são esse ações comportamentos que o motorista terá que adaptar o carro para atingir seu objetivo e colocar o carro para desenvolver bem nas vias. Essa exigências remetem as pessoas à sua historia como outras situações semelhantes que tenham vivenciados, nas quais interagiu com o meio e aprendeu como fazê-lo e por isso desencadeiam maior ou menor grau de ansiedade quando tiver de decidir o que fazer. A resolução n° 80 do CONATRAN (Bona Portão, 1999) lista uma serie de características psicológicas a serem avaliadas aos motoristas ao ato de dirigir. Entre eles estão atenção; percepção; tomada de decisão; motricidade e reação; a cognição; o nível mental, como a ansiedade, excitabilidade; ausência do quadro patológico; controle de agressividade e da ansiedade; equilíbrio emocional; habilidades especificas como tempo de reação; atenção concentrada, rapidez de raciocínio, as relações espaciais. Todas essas características a serem observadas são inter-relacionadas e a ansiedade deve ser analisada como exercendo efeitos sobre ou como recebendo influência das demais características do comportamento. De acordo com Viecili,( 2011. p 283), a concentração a irritabilidade, a fatigabilidade podem influenciar negativamente a tomada de decisão que é uma aspecto importante ao apto de dirigir. Se a percepção e a capacidade de julgamento estiverem comprometidas pela a ansiedade, a reação desse individuo seja reflexa ou voluntária, também ficará comprometida e numa situação na qual exija uma resposta rápida, há uma grande possibilidade de equívocos, como também a memória compromete-se com a ansiedade excessiva levando prejuízos ao individuo como esquecimento, ao branco, fatores indispensáveis no trânsito. 2.2 Fisiologia da Ansiedade Ao se pensar nos sistemas de resposta de luta-e-fuga (ansiedade) é lembrar que todos estão voltados para deixar o organismo preparado para uma ação imediata tendo objetivo de protegê-lo. O sistema nervoso autônomo é a porção do sistema nervoso central que controla a maioria das funções viscerais do organismo. Esse sistema ajuda a 16 controlar a pressão arterial, a motilidade gastrointestinal, a secreção gastrointestinal, o esvaziamento da bexiga, a sudorese, a temperatura corporal e muitas outras atividades. Os sinais autônomos eferentes são transmitidos aos diferentes órgãos do corpo por meio de duas grandes subdivisões chamadas sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático, são exatamente estas duas subsecções que estão diretamente relacionadas no controle dos níveis de energia do corpo e de sua preparação para a ação. Na qual o sistema nervoso simpático é o sistema da reação de luta-e-fuga que libera energia e coloca o corpo pronto para ação; enquanto o parassimpático é o sistema de restauração que traz o corpo a seu estado normal. Um dos efeitos principais do sistema nervoso simpático é a liberação de duas substâncias químicas no organismo: adrenalina e noradrenalina, fabricadas pelas glândulas supra-renais, e são usadas como mensageiras pelo sistema nervoso. Segundo Crake e Barlow (1994), é muito importante observar que a atividade no sistema nervoso simpático é interrompida de duas formas. Primeiramente, as substâncias que serviam como mensageiras — adrenalina e noradrenalina são de alguma formas destruídas por outras substâncias do corpo. Segundo, o sistema nervoso parassimpático que geralmente tem efeitos opostos ao sistema nervoso simpático fica ativado e restaura uma sensação de relaxamento. É importante perceber que, em algum momento, o corpo cansará da reação de luta-ou-fuga e ele próprio ativará o sistema nervoso parassimpático para restaurar um estado de relaxamento. O sistema nervoso parassimpático é um protetor “embutido” que impede o sistema nervoso simpático de se desgovernar. Outra observação importante é que as substâncias mensageiras, adrenalina e noradrenalina, levam algum tempo para serem destruídas. Assim, mesmo depois que o perigo tenha passado e que seu sistema nervoso simpático já tenha parado de reagir, você ainda se sentirá alerta e apreensivo por algum tempo, porque as substâncias ainda estão “flutuando” em seu sistema. Você deve sempre lembrar-se que isto é absolutamente natural e sem perigo. Aliás, isto é uma função adaptativa porque, num ambiente selvagem, o perigo geralmente tem o hábito de atacar de novo, e é útil ao organismo estar preparado para ativar o mais rápido possível a reação de luta-e-fuga. De acordo com Crake e Barlow (1994) a reação de luta-e-fuga está associada atividade do Sistema Nervoso Simpático onde ocorre o crescimento da velocidade e profundidade da respiração, os tecidos precisam mais de oxigênio, as sensações provocadas por este aumento na função respiratória podem, incluir sensações de falta de ar, de engasgar ou sufocar e até mesmo dores e pressões no peito. Uma redução real do fluxo de sangue para a cabeça, sendo uma quantidade insignificante, mas produz uma série de sintomas desagradáveis e que podem incluir 17 tonteiras, visão borrada, confusão, fuga da realidade e sensações de frio e calor fortes. Um aumento na transpiração tornar a pele mais escorregadia para que, dessa forma, fique mais difícil para um predador agarrar um corpo e também para resfriá-lo de modo a evitar um superaquecimento. A ativação do sistema nervoso simpático produz outros efeitos como, por exemplo, as pupilas se dilatam para permitir a entrada de mais luminosidade, o que pode resultar em uma visão borrada, manchas na frente dos olhos e assim por diante. Redução na produção de saliva, procedendo em uma boca seca, redução na atividade do sistema digestivo, o que geralmente produz náuseas, uma sensação de peso no estômago e também constipação ou diarreia. E Por fim, músculos que se tencionam em sintomas de tensão, muitas vezes estendendo-se a dores reais como também a tremores. A ansiedade é um estado emocional com componentes psicológicos e fisiológicos, em situações ameaçadoras, quando enfrentada pode levar o indivíduo a emitir resposta de luta, funga ou um mecanismo psicológico de defesa para diminuíla. Esse estado faz parte do espectro normal das experiências humanas, sendo propulsora do desempenho. A melhor forma de pensar sobre todos os sistemas de resposta ansiedade é lembrar que todos estão voltados para deixar o organismo preparado para uma ação imediata e que seu objetivo primordial é protegê-lo. 2.3 Diferença entre Ansiedade e Medo Medo e ansiedade são os termos mais utilizados, na linguagem do cotidiano como na literatura psicológica. Vários rótulos são utilizados verbalmente para descrever esses dois estados emocional desagradáveis de apreensão ou tensão, seguido por sintomas de ativação fisiológica, esses estados sempre vem seguido de sintomas como, por exemplo, palpitações, dificuldades em respirar, tonturas, suores, sensações de calor e frio ou tremores, desencadeados por uma ameaça real ou antecipada. Embora de medo e ansiedade serem considerados muitas vezes sinónimos, a presença ou ausência de estímulos desencadeadores externos e o comportamento de evitação costumam ser e utilizados para caracterizar e diferenciar os dois estados. Considera-se medo quando existe um estímulo desencadeador externo óbvio que provoca comportamento de fuga ou evitação, enquanto que 18 ansiedade é o estado emocional aversivo sem desencadeadores claros que, obviamente, não podem ser evitados. (Baptista, Carvalho e Lory, [S.D]) Do ponto de vista das teorias das emoções, (BARLOW, 2002; EKMAN & DAVIDSON, 1994; LEWIS & HAVILAND JONES, 2000; PLUTCHIK, 2003) o medo é considerado como uma emoção básica, fundamental, discreta, presente em todas as idades, culturas, raças ou espécies, enquanto que a ansiedade é uma mistura de emoções, na qual predomina o medo. De acordo com Bergamasco, Rossi, Carvalho, Dalri (2004) relataram em um estudo que as diferenças entre os diagnósticos do medo e da ansiedade conclui-se que o medo é resultado de uma ameaça que pode ser localizada e identificada e caracteriza-se pela apresentação de um individuo de uma resposta simpática com aumento do estado de alerta e já com a ansiedade o indivíduo apresenta respostas simpática e parassimpática dependem do nível de ansiedade, porém o mesmo relata sentimentos de incerteza. Para explicar melhor Bergamasco, Rossi, Carvalho, Dalri (2004) classifica alguns fatores que pode ser levado em consideração para fazer o diagnósticos entre ansiedade e medo. Ansiedade são: conflitos inconscientes de valores e metas essenciais da vida, ameaça do autoconceito, ameaça de morte, ameaça ou mudança no estado de saúde, ameaça ou mudança na função do papel, ameaça ou mudança no ambiente, ameaça ou mudança na interação dos padrões, crise situacional ou existencial, contágio ou transmissão interpessoal, necessidades não atendidas. Já o medo pode estar relacionado a: valores culturais relacionados à morte e doença; possibilidades de mudanças fisiológicas como: taquicardia, perda da visão, perda da audição, perda de um membro, paralisia; separação de pessoas significativas, numa situação potencialmente ameaçadora como por exemplo, hospitalização, tratamento prolongado, prisão, etc., barreiras na comunicação, estímulos fóbicos . 2.4 Histórico da Psicologia do Trânsito Tomando como ponto de partida relacionado ao contexto histórico a Psicologia do trânsito surgida na primeira década do século XX nos Estados Unidos. Com o final da Guerra mundial preocuparam-se em desenvolver mecanismos para sustentar a economia mundial, nesse contexto a Europa precisou ser reconstruída e com isso veio aumento de ruas, rodovias mais modernas, indústrias automobilística a partir desse momento a economia de vários países passou a ser sustentada pela 19 indústria automobilística. Devido o aumento das indústrias automobilísticas produzirem mais veículos evidente que aumentou numero significante de acidentes de trânsito. A psicologia do trânsito começou nessa época a ser desenvolvida só no sentido de coletar dados por meio da avaliação psicológica para criar condições futuras pra reduzir acidentes de trânsito. Segundo Hoffman e Cruz (2011) a evolução da psicologia do trânsito no Brasil pode ser estruturada em grandes etapas: Primeira etapa das primeiras aplicações psicológicas à regulamentação da psicologia como profissão em (1924-1962). A psicologia cientifica no Brasil deu-se nas décadas de 1920 e 1930 onde foram iniciadas condições desenvolvimento da psicologia como ciência e profissão; produção cientifica no meio acadêmico das faculdades e universidades no processo de criação no Brasil onde não demorou para criar condições para processos de intervenções nas clínicas psiquiátrica e psicológica e cabe situar que historicamente o trabalho do engenheiro Roberto Mange na seleção e orientação de ferroviários, em são Paulo , que se constituiu um marco potencial ao desenvolvimento da psicologia do Trânsito. Criação de instituições de seleção e treinamento industrial e de trânsito que se destacam como pela a direção de Roberto Mangue o laboratório de psicotécnica na estrada de ferro sorocabana; o instituto de organização racional do trabalho, o centro ferroviário de ensino e seleção profissional e o serviço nacional de aprendizagem industrial e nesse momento também foi criado a companhia municipal de transporte (CMTC) em São Paulo sendo instalado o serviço Psicológico destinado à seleção de condutores de veículos. Posteriormente o Instituto de Seleção e orientação Profissional (ISOP) criado pela a fundação Getúlio Vagas, em abril de 1951, o ISOP começou a examinar os candidatos para a obtenção da Carteira Nacional de habilitação por meio de entrevistas, provas de aptidão e personalidade. Efetivamente, Minas Gerais foi o primeiro estado pioneiro em organizar e sistematizar um serviço de psicologia na área de avaliação de condutores. E em 1962 o CONTRAN estendeu o exame psicotécnico a todos os candidatos a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). E por fim destacando o marco histórico o reconhecimento da psicologia como profissão em 27 de agosto de 1962, destacando o Brasil como o país pioneiro latino-americano a regulamentar a profissão de 20 Psicólogo, como também neste mesmo ano foram ficados o currículo mínimo e o tempo de duração dos cursos de psicologia. Segunda etapa, a consolidação da psicologia do Trânsito – (1963-1985). No que se refere à psicologia como ciência e profissão o conceito de psicologia aplicada como o passar dos anos foi perdendo seu sentido tradicional. Assim o exame das aptidões ou dos interesses (psicotécnicos) é reconhecido como uma das possibilidades de avaliar a personalidade. A aprovação do Código Nacional de Trânsito em 1966, em substituição ao de 1941. O novo código viria ratificar a obrigatoriedade a introdução dos exames psicológicos para a obtenção da carteira de habilitação em todos os Estados brasileiros. Nesse momento histórico veio a criação do Conselho Federal de psicologia (CFP) e dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRP). No fim de 1981 o CRP para obter dados e critérios em relação ao Exame Psicológico para condutores, oferece ao CONTRAN uma proposta de reformulação da normativa vigente à época. Assim com o professor Reinier Rozestranten que a Psicologia do Trânsito começa a criar profundas raízes e a ser amplamente conhecidas no contexto brasileiro e por publicações nacionais e internacionais, participações em congressos e realizações de cursos para os psicólogos dos DETRANS. Terceira etapa, o desenvolvimento e expansão da Psicologia do Trânsito em ações Interdisciplinares - (985-1998). Neste momento foi caracterizado por a mobilização da categoria dos psicólogos do trânsito, aqueles vinculados aos DETRANS e também foi uma esta na qual se produz uma crítica reflexiva sobre os rótulos psicometrista e testólogo que se construíram acerca do psicólogo dos departamentos de Trânsito. Em 1986 o governo do Estado de Santa Catariana introduziu concurso público para psicólogos atuares no DETRAN nas condições regionais de Trânsito. Com a ação conjunta do CFP e CONTRAN veio à resolução 670, de 14 de setembro de 1987 que trouxe na resolução a reivindicações antigas dos psicólogos que atuam na área. E cabem ressaltar alguns fatos relevantes como a criação da Associação Nacional de Psicologia do Trânsito, criação do primeiro curso interdisciplinar de trânsito na Universidade Católica Dom Bosco e anteprojeto de lei propondo novo código de trânsito Brasileiro, enviado em 1993 ao Congresso Nacional. E por fim a quinta etapa com a diversidade de caminhos para ações efetivas 21 as psicologia do trânsito (1998) com início da aprovação do Código de Trânsito Brasileiro de 1997 que entrou em vigor em janeiro de 1998, onde o mesmo proporcionou debate nacional sobre as questões à circulação humana e se constitui num marco importante para os psicólogos repensarem seu papel. Nesta etapa também foram destacados o papel envolvendo as universidades inclusão de disciplinas optativas ou de tópicos especiais na matriz curricular dos cursos de graduação em psicologia e também no que diz respeito ao ensino oferecendo cursos de pós-graduação (lato sensu) em Trânsito, cursos de Psicólogo Perito Examinador de Trânsito ( condição exigida no CTB e Resolução n 80/98 para atuar na avaliação psicológica de candidatos à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, criação de núcleos de estudos e pesquisa sobre psicologia do trânsito. A muitos anos houve varias mudança na resolução sobre a atuação do psicólogo e em 15 de fevereiro de 2008 o CONTRAN publicou a resolução de n° 267 e n 80, que dispõe sobre o exame de aptidão física e mental, a avaliação psicológica, e também dispondo sobre o credenciamento das entidades públicas e privadas e na Resolução de 267 são identificados características psicológica a serem avaliados como: tomada de informação, processamento de informação, tomada de decisão, comportamento, auto - avaliação do comportamento e traços de personalidade além disso a entrevista psicológica como procedimento obrigatório do processo de avaliação psicológica. A avaliação psicológica atualmente deve seguir as determinações da resolução n 267 do CONTRAN, sendo observado na prática que as características avaliadas são a personalidade, atenção, a inteligência e a memória (que foi acrescentada), além da realização da entrevista, ou seja, parece que a avaliação ocorre de forma muito semelhante a de 1953, e aprece que ainda não temos um perfil do motorista. (Rueda 2011, p 110). De acordo Duarte (2011), um fato importante que é desconhecido é o do perfil dos motoristas no Brasil. Em grande parte essa função depende de fatores cognitivos que tornam o ato de dirigir automático, como também deve levar em conta o perfil emocional como causa de comportamento adequado ou não dos motoristas. Nesse sentido, os testes hoje aplicados não abrangem áreas especificas do ato de dirigir, tais como o tempo de reação e dependência-independência do campo, que poderiam levar a uma predicação mais precisa do comportamento do futuro motorista. 22 2.5 Atuação do Psicólogo de Trânsito na Atualidade A avaliação psicológica do trânsito é realizada no Brasil há vários anos, mais precisamente desde meados do século passado. Historicamente encontramos primeiras referências o método psicotécnico com um registro datado de 1903 e proposto por William Stern, só em 1917 é que foi institucionalizada. Em 1925 foi fundando em Recife o “Instituto de Seleção e Orientação Profissional de Pernambuco” com objetivo de operacionalizar a utilização do processo avaliativos. O primeiro registro de obrigatoriedade nos exames psicológicos foi para ingressar nas forças armadas de oficiais alemães em 1927. Segundo Hoffman (1995 apud, MÊA e ILBA 2011) de forma legal a explorações psicológicas nos condutores profissionais vem sendo realizada desde 1992 por a resolução n° 353/62,de 9 de Fevereiro) para todos os condutores. O exame psicológico constava de varias provas perceptivas, nível mental, personalidade e coordenação bimanual, esta última, por meio dos disco de Walter. Na atualidade, a avaliação psicológica possui caráter obrigatório para todos os candidatos a Carteira Nacional de Habilitação e também para os condutores que exercem atividade remunerada, ou seja, aqueles que atuam profissionalmente com o transporte de bens ou pessoas. A eficácia da avaliação psicológica no contexto do trânsito tem sido questionada por pesquisadores devido aos poucos estudos que contemplam a sua relação com o comportamento dos condutores na malha viária no Brasil. Precisamos refletir no quanto a desvalorização dos instrumentos está associada à desvalorização do próprio profissional, haja vista que os psicólogos do trânsito são submetidos a condições limitantes, como remuneração inadequada, impossibilidade de autonomia devido à escolha de seus instrumentos pelos Departamentos Estaduais de trânsito, íntimo grau de importância atribuído à avaliação psicológica no âmbito acadêmico, inadequação da avaliação, interferência de outros setores diversos pouquíssimas pesquisas e produções cientificas na área. (ANNA e BASTOS 2011, p. 118) Segundo Rueda (2011) o momento atual se bem aproveitado de forma séria e ética poderá contribuir de fato para que o psicólogo desenvolva um papel importante dentro do contexto do trânsito brasileiro. Enfim estamos em um momento que com certeza trará mudanças no papel desempenhando pelo psicólogo do trânsito, para que uma vez por todas possa ser chamado de Psicólogo do trânsito, podendo, por 23 escolha própria, realizar uma adequada e correta avaliação psicológica para CNH, e também trabalhar em outros contextos da psicologia do trânsito. Talvez ao pensar dessa forma, possamos começar a pensar no chamado perfil do motorista, que até o momento realmente não temos. Segundo Duarte (2011) o psicólogo do trânsito, pela sua capacidade de compreender os aspectos comportamentais na atividade de dirigir, pode auxiliar outros profissionais na avalição técnica dos problemas decorrentes da situação de trânsito, especialmente na diminuição de acidentes. Apesar do embasamento legal para o exercício dessa especialidade, os papéis funcionais pelos quais ficaram contribuíram para certa desmobilização na construção do conhecimento cientifico sobre o cotidiano do ambiente de Trânsito. Podemos dizer que os psicólogos, em sua maioria, não estão sendo preparados nos cursos de graduação para realizarem avaliação psicológica em todas as áreas e, sobretudo, na área do trânsito, na qual esse procedimento não é tomado como um trabalho sério e importante. Esse despreparo decorre, em boa parte, da deficiente qualidade do corpo docente para um trabalho tão especifico como é a avaliação psicológica de motorista, o que muitas vezes se contata é um acumulo de erros e negligência muitas vezes do próprio psicólogo do trânsito não reconhecendo os testes como seu próprio instrumento de trabalho como valioso, negligenciando na identificação apropriada do seu campo de utilização e na observância de suas normais de aplicação e interpretação. (Duarte, 2011. p. 234) De acordo com Cruz, Hoffmann e klusener (2011) a necessidade de refletir criticamente sobre as condições em que são desenvolvidas as práticas de avaliação psicológica no trânsito e sobre a forma com que elas têm realmente contribuído para o aperfeiçoamento da ciência psicológica e para a qualidade dos serviços prestados à população e uma constatação sempre contemporânea à psicologia do trânsito. A carência de psicólogos e pesquisadores especialistas na área, a desatualização cientifica dos instrumentos e técnicas de exames psicológicos, as dificuldades de responder efetivamente às necessidades sociais sobre o que deve e como devem ser avaliados fenômenos e processos comportamentais em relação à realidade do trânsito mostram um cenário de grandes dificuldades, mas desafiador. As competências profissionais do psicólogo que realiza a avaliação de condutores não se limitam ao domínio dos saberes, mas mobilizam o saber-fazer e, sobretudo, esquemas de pensamento ou de ação cuja codificação nunca é total. De acordo com Cruz, Hoffmann e klusener (2011, p. 147) diz que: 24 A profissionalização dos psicólogos que atuam na avaliação de condutores passa por uma transformação estrutural de suas condutas profissionais, porque as competências deste ofício exigem muito mais que saberes; exigem atitudes sociais e técnicas dirigidas a objetivos cada vez mais significativos em termos de respostas 3e responsabilidades. Anna e Bastos (2011) também faz uma reflexão critica sobre a atuação do psicólogo do trânsito no que pode ser o ponto de partida para uma prática consonante com a proposta da Psicologia como ciência e profissão que permitiria ressaltar a importância do questionamento sobre o que se deseja com esta avaliação, o que de fato está sendo avaliado, em que circunstâncias e se atende a o propósito de uma prestação de serviço ético à sociedade, respeitando as subjetividades e os direitos humanos. Permitiria ainda pensar o que nos falta ou o que falta ao nosso fazer. 25 3 MATÉRIAIS E MÉTODOS 3.1 Ética A pesquisa seguiu-o as exigências éticas e científicas fundamentada segundo determinação do Conselho Nacional de Saúde - CNS nº 196/96 do Decreto nº 93933 de 14 de janeiro de 1987. E, todos os sujeitos foram orientados da ética, do objetivo da pesquisa visto que, não foi necessário identificarem-se ao responder o questionário vindo todos assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a segurança dos mesmos e confiança dos sujeitos a pesquisa. 3.2 Tipo de Pesquisa Para alcançar os objetivos propostos foi esboçada uma metodologia descritiva, visando proporcionar maior familiaridade com o objeto de estudo da pesquisa, com vistas a torná-lo mais explicito. Para a coleta e análise dos dados, utilizou-se uma metodologia qualitativa, com aporte quantitativo. 3.3 Universo Dentro do universo de 22 candidatos, 18 dos candidatos se colocaram voluntários para a pesquisa. 3.4 Sujeitos da Amostra Os sujeitos foram os candidatos submetido à primeira CNH de ambos os sexos da Autoescola Delmirense situada na cidade de Delmiro Gouveia – AL. 3.5 Instrumentos de Coleta de Dados Para análise dos dados foi aplicado um questionário1 semiestruturado aos candidatos voluntários, com intuito de conhecer mais intenso quais os fatores que 1 Apêndice A 26 influencia na prova pratica além da ansiedade. 3.6 Planejamento para Coleta dos Dados A coleta de dados foi realizada no dia 6 de dezembro de 2013, onde pode acompanhar os candidatos a prova até a cidade de Arapiraca para ser aplicado o questionário. 3.7 Planejamento para Análise dos Dados A análise de dados foi realizada através do auxílio estático, quanto a aparte qualitativa recorreu por meio de uma observação sistemática das respostas e das observações realizada nos momentos da prova dos candidatos a CNH. 27 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados obtidos na pesquisa de campo realizada com aplicação do questionário com perguntas semiestruturadas serão apresentados de forma sequenciada. Desta forma a primeira questão relacionou-se a dificuldade do candidato em conduzir o veículo, durante as aulas práticas, Gráfico 01. Gráfico 01: Dificuldade nas aulas práticas Dificuldade de conduzir carro. 0% Sim Não 100% Fonte: Dados da Pesquisa. Delmiro Gouveia/AL. 2013. Os resultados mostram que todos os candidatos aprenderam a conduzir carro na autoescola e não tinham nenhuma dificuldade de fazer a prova. Em seguida, questionou-se sobre o tempo em quantidade de horas, se eram suficientes para prenderem a conduzir um veículo., gráfico 02. 28 Gráfico 02: Às 20 horas de aula prática eram suficientes para aprenderem a conduzir o carro e ser aprovado Às 20 horas são suficientes para aprenderem a conduzir o carro e ser aprovado 11% Sim Não 89% Fonte: Dados da Pesquisa. Delmiro Gouveia/AL. 2013 Verifica-se que a grande maioria (89%) dos candidatos confirmaram que as 20 horas de aulas práticas são suficientes para conduzirem um veículos com segurança e serem aprovados no exame para retirada da CNH. No gráfico 03, apresenta os resultados quanto as diferentes reações/sintomas apresentados pelos candidatos ao entrarem no veículos para fazer o exame da prova prática. Gráfico 03: Sintomas apresentados por os candidatos quando entram no carro. Sintomas apresentados 4% 11% 27% Tremores nas mãos Boca seca Coração acelerado Respiração rápida 23% 8% Frio na barriga Mãos suando 27% Fonte: Dados da Pesquisa. Delmiro Gouveia/AL. 2013. 29 Verifica-se uma diversidade de sintomatologia apresentada pelos candidatos. Onde o coração acelerado e os tremores nas mãos foram os mais constantes com 27% das ocorrências., seguida pela respiração rápida (23%) e frio na barriga (11%) dos candidatos. Esses sintomas foram relativos de indivíduos para indivíduos, uns com baixos níveis de sintomas fisiológicos, outros com altos níveis e outros com níveis intermédio. Neste contexto, pode-se afirmar que o sistema nervoso autônomo é a porção do sistema nervoso central que controla a maioria das funções viscerais do organismo. Esse sistema ajuda a controlar a pressão arterial, a motilidade gastrointestinal, a secreção gastrointestinal, o esvaziamento da bexiga, a sudorese, a temperatura corporal e muitas outras atividades. E, que um dos efeitos principais do sistema nervoso simpático é a liberação de duas substâncias químicas no organismo: adrenalina e noradrenalina, fabricadas pelas glândulas supra-renais, e são usadas como mensageiras pelo sistema nervoso. Sendo que o sistema nervoso autônomo divide-se em dois grandes sistemas chamadas sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático são eles responsáveis pelo controle automático do corpo frente às modificações do ambiente, como também a maioria das funções viscerais do organismo. O gráfico 04 apresenta os resultados das dificuldades encontradas pelos candidatos para retirar a CNH, no momento da prova prática. Gráfico 04: Dificuldade que candidato encontrou na prova. Qual a dificuldade que você encontrou na prova? 6% Não encontrou Encontrou 94% Fonte: Dados da Pesquisa. Delmiro Gouveia/AL. 2013. 30 Verifica-se que 99% dos candidatos relataram não ter nenhuma dificuldade durante a prova, e, apenas 1% relatou um pouco de insegurança no momento que o examinador pediu para que mudasse de macha para terceira. Neste contexto, Barros, Humerez, Fakih et (2003 apud, FADIMAN e FRAGER 1982), explica que o sentirem algum sofrimento físico e/ou mental, que exija mudança na vida cotidiana, é esperada uma elevação de seus níveis. A ansiedade é provocada por um aumento inesperado ou previsto de tensão ou desprazer. Pode desenvolver-se em qualquer situação, seja real ou imaginária, quando a ameaça é grande para ser ignorada, dominada ou descarregada. Por outro lado, percebeu-se que nenhum candidato utilizou estratégia para diminuir a ansiedade presente no momento da prova, conforme demonstram os resultados do gráfico 05. Gráfico 05: Estratégias utilizadas para diminuir a ansiedade. Você utilizou alguma estratégia para diminuir a ansiedade? Qual? 0% sim Não 100% Fonte: Dados da Pesquisa. Delmiro Gouveia/AL. 2013. Neste contexto, Barros, Humerez, Fakih, et (2003) dizem que para diminuir a ansiedade é lidar diretamente com a situação, resolver o problema tentando superar os obstáculos e crias estratégias como defesas reais ou imaginarias que possam minimizar o impacto da ansiedade Em relação ao examinador na primeira parte da prova que foi realizado na baliza, conforme o gráfico 06, verifica-se que todos os candidatos relataram que o examinador foi educado saudou com bom dia e a expressão fácil normal 31 transmitindo segurança. Gráfico 06: Formas de como examinador abordou o candidato na prova. Como o examinador abordou você no momento da prova? 0%0% Examinador foi educado, saudou com bom dia; Atráveis da expressão fácial transmitiu segurança 100% Fonte: Dados da Pesquisa. Delmiro Gouveia/AL. 2013. O gráfico 07 indica que 80% dos candidatos foram reprovados devido à falta de atenção em pequenos erros, não dar seta ao sair da baliza ou entrar na baliza sem dar seta, não olhar ao sair da baliza, não conseguir colocar o carro dentro da baliza. Gráfico 07: Resultados da prova da baliza Resultados da prova da baliza 0% 0% 17% Reprovados devido falta de atenção, nas setas em entar e sair da baliza, não olhar ao sair da baliza e por não alinhar o carro na baliza Foram aprovados 83% Fonte: Dados da Pesquisa. Delmiro Gouveia/AL. 2013. 32 Segundo Viecili (2011) a condução de veículos exige uma série de conhecimentos prévios obtidos pela aprendizagem, tais como: sinalização funções e forma de utilização dos equipamentos do veículo e outros que requer tempo e prática. Considerando as funções cognitivas como a atenção é a preparação onde uma está ligada a outra, estiverem comprometidas por um grau de ansiedade incontrolável a possibilidade de equívoco dessa, aumenta consideravelmente alterando prejuízos na memória levando o sujeito ao esquecimento, ao “branco”, fazendo com que o individuo venha perder o foco da prova onde são fatores importantes para serem aprovados. Na segunda etapa do percurso foram vários examinadores diferentes. O examinador que participou da etapa da baliza não poderia participar da etapa do percurso. Segundo os dados do gráfico 08, verifica-se que 77% dos candidatos foram reprovados relatando mal humor dos examinadores, expressão fácil que transmitia insegurança e medo; os mesmos avaliaram não o desenvolvimento do candidato no carro e sim a parte psicológica de alguns candidatos mesmo que o candidato tenham desenvolvido bem na prova. Gráfico 08: Resultados da prova Final Resultados da prova no percurso 0% 0% Reprovados. Mal humor dos examindores, Expressão facial que transmitia insegurnaça e medo 22% Aprovados 78% Fonte: Dados da Pesquisa. Delmiro Gouveia/AL. 2013. Neste contexto, Viecili (2011) explica que durante o processo o individuo assim com todo é acionado em todas as suas capacidades cognitivas, emotivas, 33 motoras entram em ações a fim de chegar ao seu objetivo. Certo nível de ansiedade é necessário para o mesmo permanecer atento e alerta. 34 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A realização desta pesquisa mostrou algo já esperado, os resultados mostram que a ansiedade é o fator primordial e normal, que existe quando o sujeito está sendo submetido a uma avaliação ou quaisquer situações nas quais se sinta ameaçado. Diante a pesquisa teórica e prática conclui-se que a reprovação tem fatores que influência como biológico-psicológico-ambiente todos esses aspectos são inter-relacionadas em si na qual vai determinar um equilíbrio para que os candidatos possam atingir objetivo da prova. Durante todo o processo da pesquisa, convivendo com os funcionários e os candidatos submetidos à mesma, foi observado e encontrados vários fatores influênciam na reprovação da prova prática da CHN, parte do principio da espera, pois os mesmo passam mais de um mês para poder marcar a prova prática. Outro fator baseia-se na distância, cuja prova é realizada a 105 km de distância, em outra cidade, bem como, a prova é realizada em um local que não transmite conforto aos examinadores, ficando-os mesmos expostos ao sol, deixando-os estressados e de mau humor, como também há um número grande de inscritos em um único dia para realização da prova. Recomenda-se um novo olhar para os candidatos e para os centros de formação, as autoescolas, e os examinadores, pois os mesmos necessitam de apoio para sentir e transmitir segurança e melhorias. Também é importante que formem cursos de capacitação para os examinadores terem o conhecimento do que envolve a ansiedade com também tornarem mais humanizados para que possam transmitir segurança para os candidatos diminuírem a ansiedade. Os centros de formação não preparam os candidatos para a realidade que é o trânsito, os mesmo saem sem saber praticamente nada. As autoescolas não oferecem informações que serão usadas no dia-a-dia. Elas se preocupam em ensinar somente o que é pedido na prova, que se resume a um percurso pequeno e acertar uma baliza em três chances e entre outros detalhes que é exigido durante a prova, entretanto o que dá a prática a experiência é o dia-a-dia e não 20 horas aulas que é a base. Para sanar essas deficiências seriam vistas cursos de direção defensiva e de aperfeiçoamento. 35 REFERÊNCIAS ANNA, Janaina Sant. BASTOS, Priscila. Relações Institucionais: a avaliação psicológica no contexto trânsito. Conselho Federal de Psicologia. 1ª edição. Brasília - DF. 2011. ANDRADE. Laura Helena S. G. GORENSTEIN.Clarice. Aspectos gerais das escalas de avalição de ansiedade. Revista Psiquiatria de Clínica [S D]. Disponível em:< http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol25/n6/ansi256a.htm#1.>. Acesso em: 05/01/2013. ALCHIERI, João Carlos. (ORG). Comportamento Humano no Trânsito. 3 ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011. BARROS, Alba Lucia Botura Leite. HUMEREZ, Dorisdaia Carvalho. FAKIH, Flávio Trevisani. MICHEL, Liliane Marlene. Situações geradoras de ansiedade e estratégias para seu controle entre enfermeiras: estudo preliminar. Rev. Latino-Am. Enfermagem v.11 n.5 Ribeirão Preto set./out. 2003. BAPTISTA, Américo;CARVALHO, Marina; LORY, Fátima. O medo, a ansiedade e as suas perturbações. Psicologia v.19 n. 1-2, 2005. Bona Portâo, S. de (1999). Código de Trânsito Brasileiro – Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997. Coletânia de Legislação de Trânsito e Resoluções do CONTRAN até 84/98 atualizada até 31 de sezembro de 1998, tubarão: copiart. BERGAMASCO, Ellen Cristina; ROSSI, Lídia Aparecida; CARVALHO, Emilia Campos; DALRI, Maria Célia Barcellos. DIAGNÓSTICOS DE MEDO E ANSIEDADE: validação de conteúdo para o paciente queimado. Rev Bras Enferm, Brasília (DF) 2004 mar/abr;57(2):170-7 CRUZ, Roberto Moraes; HOFFMAN, Maria Helena e KLÜSENER, Cristiane Sangoi. Competências Sociais e Técnicas dos Psicólogos que Realizam Avalição de Condutores. In: HOFFMAN, Maria Helena. CRUZ, Roberto Moraes e ALCHIERI, João Carlos.(ORG). n. 3 ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011. Crake e Barlow. Fisiologia E Psicologia Do Medo E Da Ansiedade. Traduzido de por Bernard Rangé1994. Disponível em:<http//http://pospsicopatologia.com.br/paula/Paula_Fisiologia_e_Psicologiado_medo _e_da_ansiedade.pdf.> Acesso em: 10/08/2013. DUARTE, Talzamara de Oliveira. Avaliação Psicológica de Motorista. In: HOFFMAN, Maria Helena. CRUZ, Roberto Moraes e ALCHIERI, João Carlos.(ORG). Comportamento Humano no Trânsito. 3 ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011. G1 DF. Mais de um terço dos candidatos a CNH são reprovados no DF. Disponível em:< http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2012/11/mais-de-um-terco-dos-candidatos-cnh-saoreprovados-no-df.html>. Acesso em: 05/01/2013. Guyton & Hall. Tratado de Fisiologia Médica. Ed. 12. V.2. HOFFMAN, Maria Helena. CRUZ, Roberto Moraes. Síntese História da Psicologia do 36 Trânsito no Brasil. In: HOFFMAN, Maria Helena. CRUZ, Roberto Moraes e ALCHIERI, João Carlos.(ORG). Comportamento Humano no Trânsito. 3 ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011. HOFFMAN, Maria Helena. CRUZ, Roberto Moraes. Síntese História da Psicologia do Trânsito no Brasil. 3 ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011. In: HOFFMAN, Maria Helena. CRUZ, Roberto Moraes e ALCHIERI, João Carlos.(ORG). Comportamento Humano no Trânsito. 3 ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011. RUEDA, Fabián Javier. Psicologia do trânsito ou avaliação psicológica no trânsito faz-se distinção no Brasil?. Conselho Federal de Psicologia. 1ª edição. 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Qual? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 3. Você acha que com 20h aula é suficiente para você consegue aprender a dirigir para ser aprovado na prova prática? Sim ( ) Não( ) ETAPA FINAL ANTES E DEPOIS DA PROVA 1. Como você está se sentindo no neste momento, descreva os sintomas e sinais? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 2. Qual a dificuldade que você encontrou na prova? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 38 3. Como o examinador abordou você no momento da prova? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 4. Você utilizou alguma estratégia para diminuir a ansiedade? Qual? Sim ( ) Não ( ) ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 5. Sim ( 6. Você foi aprovado? ) Não ( ) Onde foi reprovado? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 39 ANEXOS 40