EDIÇÃO 312 ONLINE Mário Salgado 2 Se não cuidar, vai acabar Foro de Nonoai é um Por Luana Schranck N o último sábado, 22/3, foi o Dia Mundial da Água. Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), a partir da ECO-92, a data intenciona alertar para o problema da escassez que vem se avolumando. Os números assustam: 783 milhões de pessoas vivem sem água potável no mundo. O aumento da demanda, a poluição e o desperdício estão entre os fatores causadores desse rombo na natureza. Longe de ser um dos mais econômicos, um brasileiro gasta, em média, cerca de 5,6 mil litros de água por dia. Nesse cenário de incertezas, o Brasil tem uma posição privilegiada: é aqui que se concentra 12% da água doce do mundo. Mas não mais confortável que os demais: segundo o levantamento feito pela Agência Nacional de Águas (ANA), mais da metade dos municípios brasileiros correm o risco de ficarem sem água até 2015. E 55% das cidades poderão ter problemas com o abastecimento de água, incluindo Porto Alegre. O principal problema de fornecimento urbano de água do país está relacionado às dos prédios do Judiciário condições de infraestrutura dos sistemas de produção e distribuição. “O Brasil está com problemas de abastecimento em mais da metade dos municípios, a escassez está relacionada com a capacidade dos sistemas de produção”, explica a Coordenadora do Programa de Educação e Proteção Ambiental e de Responsabilidade Social (ECOJUS) do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Sônia Maria Pires Jardim de Oliveira. No Judiciário gaúcho, o ECOJUS trabalha com a conscientização promovendo conhecimento por meio de exposições, palestras e eventos. No ano passado, por exemplo, ocorreu o seminário 2013: O Ano Internacional de Cooperação pela Água. Além disso, no próprio Informativo Eletrônico, há dicas semanais para o uso consciente do recurso. Judiciário sustentável Em 2008, com apoio do ECOJUS, o Departamento de Engenharia, Arquitetura e Manutenção (DEAM) do TJRS começou construídos visando à sustentabilidade. Apresenta sistema de aproveitamento de águas pluviais e cinzas para limpeza e descarga nos sanitários um processo de renovação conceitual nos projetos arquitetônicos do Judiciário. As alterações conferiram economia de recursos, como os gastos com energia elétrica e água. Entre as ações sustentáveis estão o Projeto Águas Cinzas – destinado à captação das águas da chuva e dos lavatórios para a utilização da limpeza, descarga nos vasos sanitários e na manutenção predial. Segundo Giovani Lino, Assessor Técnico do DEAM, as cisternas fazem a captação das águas pluviais e um engenhoso sistema hidráulico promove o aproveitamento das águas de “reuso” (como as usadas para lavar