Abordagem sindrômica das DSTs Tamara Paz (R1) Orientadora: Dra. Juraci DST - conceito Doença infecciosa adquirida por meio do contato sexual, que pode ser causada por vírus, bactéria ou protozoário. Glossário Temático DST e AIDS – Ministerio da Saúde 2006 Abordagem sindrômica Úlcera genital Corrimento vaginal e cervicite Dor pélvica Verrugas genitais Notificação compulsória AIDS HIV na gestante e neonatal Sífilis Corrimento uretral (homem) Abordagem sindrômica FLUXOGRAMA DIAGNÓSTICO PRECOCE TRATAMENTO IMEDIATO Abordagem sindrômica Avaliação Terapêutica Aconselhamento individual e em grupo Abordagem dos parceiros sexuais Exames? Avaliação Sinais e sintomas Fatores de risco Parceiro com sintoma Paciente com múltiplos parceiros, sem proteção Paciente acredita ter sido exposto a DST Paciente proveniente de áreas de alta prevalência de gonococo e clamídia Exames complementares Aconselhamento Vacinação para hepatite B Triagem sorológica: sífilis, HIV, HBV, HCV Enfatizar adesão ao tratamento Importância do uso de preservativo Abordagem dos parceiros sexuais Comunicação por cartão Comunicação por aerograma Comunicação por busca ativa Úlcera genital Herpes genital Sífilis recente Cancro mole Donovanose Herpes Genital - - 1 episódio: Aciclovir 200 mg, 4/4 hs, 5x/dia ou 400 mg, VO, 8/8 horas, por 710 dias Valaciclovir 1g 12/12h, 7-10 dias Fanciclovir 250mg 8/8h, 7-10 dias Recorrência: Aciclovir 400 mg, VO, 12/12 horas Fanciclovir 250mg 12/12 horas Valaciclovir 500mg 1 vez ao dia Herpes Genital - Recidiva (6 ou mais episódios/ano): Aciclovir 400 mg, 12/12 hs, por até 6 anos Valaciclovir 500 mg por dia por até 1 ano Gestante: tratar o primeiro episódio em qualquer trimestre da gestação Lesões mais extensas ou complicações: - Aciclovir 5 a 10 mg por Kg de peso EV de 8/8 horas, por 5 a 7 dias, ou até resolução clínica. Manter terapia oral ate completar 10 dias de tratamento. Sífilis e cancro mole Reação de Jarish-Herxheimer Quadro clínico: cefaléia, febre, mialgia Primeiras 24 horas do tratamento Principalmente na sífilis recente Tratamento: anti-pirético Gestante: risco de trabalho de parto prematuro e sofrimento fetal Lesões com mais de 4 semanas - Associar tratamento para Donovanose: Doxiciclina 100 mg, VO, 12/12 horas por, no mínimo, 3 semanas ou até cura clínica; Outras opções: • Sulfametoxazol/Trimetoprim (800 mg e 160 mg), VO, 12/12 horas • Azitromicina 1 g VO semanal - Ausência de melhora clínica nos primeiros dias de tratamento: considerar adição de gentamicina 1 mg/kg IV 8/8 horas. Gestante: eritromicina 500 mg, VO, de 6/6 horas. Considerar a adição da gentamicina desde o início. Não é necessário tratar o parceiro. Corrimento uretral, vaginal e cervicite Uretrite/cervicite gonocócica Uretrite/cervicite não gonocócica Tricomoníase Candidíase Vaginose bacteriana Corrimento vaginal – sem microscopia Corrimento vaginal – com microscopia Tratamento – uretrite/cervicite • Falha terapêutica ou recidiva: - micoplasma, ureaplasma, T. vaginalis - tratamento:Eritromicina (estearato) 500 mg, VO, 6/6 horas por 7 dias + Metronidazol 2 g,VO,dose única Leucorréia Tricomoníase: - Metronidazol 2g VO DU ou Tinidazol 2g VO DU Tratamento alternativo: Metronidazol 500mg 12/12h – 7 dias Vaginose Bacteriana: - Metronidazol 500mg 12/12h por 7 dias - Metronidazol creme vaginal 0,75% 1 vez ao dia por 5 dias - Clindamicina creme vaginal 2% à noite por 5 dias Tratamento alternativo: Tinidazol 2g VO 1X/dia – 2 dias; Tinidazol 1g VO 1X/dia – 5 dias; Clindamicina 300mg 12/12h por 7 dias, Óvulos de Clindamicina 300mg ao deitar – 3 dias. => Gestante (após 1 trim/amamentação): Metronidazol VO ou Clindamicina VO Leucorréia Candidíase: - Via vaginal: Miconazol creme vaginal 2% à noite por 7 dias ou Clotrimazol creme vaginal 1% à noite por 7-14 dias ou Tioconazol creme vaginal 6,5% DU ou Nistatina 100.000 UI via vaginal à noite por 14 dias. - Via oral: Fluconazol 150mg VO DU => Gestante (após 1 trim/amamentação): tratamento igual Dor pélvica DIP PRINCIPAIS AGENTES: - Chlamydia trachomatis - Neisseria gonorrhoeea FAIXA ETÁRIA: 15 e 25 anos Tratamento ambulatorial da DIP Cefoxitima 2g IM DU + Probenecid 1g VO DU OU Cefotaxima Tratamento hospitalar Indicações: abscesso tubo-ovariano quadro grave: sinais de peritonite, náusea, vômito ou febre > 39 gestantes imunocomprometidas (controverso) ausência de resposta adequada ao tratamento ambulatorial nas primeiras 72h Intolerância ou baixa adesão ao tratamento ambulatorial Tratamento hospitalar • Regime A: Cefoxitina 2g EV 6/6hh + Doxicilina 100mg EV ou VO 12/12h • Regime B: Clindamicina 900 mg EV 8/8h + Gentamicina 2mg/kg EV, seguido de dose de manutenção 1,5mg/kg EV 8/8h • Regime alternativo: Ampicilina/Sulbactam 3g EV 6/6h + Doxicilina 100mg EV ou VO 12/12h => A TERAPIA PARENTERAL DEVE SER SUBSTITUÍDA 24H APÓS A MELHORA CLÍNICA, SENDO CONTINUADA POR VO COM DOXICILINA 100MG 12/12H ATÉ COMPLETAR 14 DIAS DE TRATAMENTO. Tratamento cirúrgico Indicações: Falha do tratamento clínico Presença de massa pélvica que persiste ou aumenta, apesar do tratamento clínico Suspeita de rotura de abscesso tubo-ovariano Hemoperitônio Abscesso em fundo de saco de Douglas A abordagem cirúrgica deve ser a mais conservadora. Verrugas genitais Condilomatose vulvar HPV 90% tipo 6 e 11 assintomática, dor ou prurido local diagnóstico geralmente é clínico biópsia? Tratamento verrugas genitais Aplicado pela paciente: Imiquimode 5% creme Podofilina 0,5% solução Aplicado pelo médico: Ácido tricloracético Crioterapia com nitrogênio líquido Podofilina 10-25% Remoção cirúrgica Bibliografia Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST Ministério da Saúde 2006 - 4 edição M. Fábio - Abordagem Sindrômica das Doenças Sexualmente Transmissíveis – J Bras. Doenças Sexualmente Transmissíveis 12 (4):4049 – 2000 Schorge, John O. - Ginecologia de Williams – Artmed 2011 Leigh F. Johnson, Leontine Alkema, and Rob E. Dorrington - A Bayesian approach to uncertainty analysis of sexually transmitted infection models - Sex Transm Infect. 2010 June ; 86(3): 169–174 Sexually Transmitted Diseases Treatment Guidelines, 2010 Department of health and human services Centers for Disease Control and Prevention (www.cdc.gov/mmwr) Práticas de atendimento a DST nas farmácias do Distrito Federal, Brasil: um estudo de intervenção - Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(3):577-586, mar, 2008 OBRIGADA!