J Bras Nefrol 2002;24(1):40-7 40 Revisão: Papel do infiltrado inflamatório na fibrose túbulo-intersticial e evolução das glomerulopatias Role of inflammatory infiltrate in tubulointerstitial fibrosis and on the outcome of glomerulopathies Márcia C Riyuzoa e Vitor Soaresb* a Disciplina de Nefrologia Pediátrica do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp). b Disciplina de Nefrologia do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp). Botucatu, SP SP,, Brasil. Resumo Infiltrado inflamatório túbulo-intersticial. Linfócitos T. Síndrome nefrótica. Progressão de lesão renal. Tubulointerstitial inflammatory infiltrate. T lymphocytes. Nephrotic syndrome. Progression of renal lesion. As alterações túbulo-intersticiais têm sido consideradas as responsáveis pela progressão das doenças renais. As principais lesões encontradas, entre as lesões túbulo-intersticiais, são a presença do infiltrado túbulo-intersticial de células mononucleares e a fibrose túbulo-intersticial do parênquima renal. O infiltrado inflamatório túbulo-intersticial de célula mononuclear é evento precoce e está associado à queda de filtração glomerular. Os linfócitos e os monócitos predominam no infiltrado intersticial. Linfócitos T CD4+ associam-se à diminuição da função renal. Os autores descrevem os fatores (proteinúria, secreção de fatores quimiotáticos e de fatores de crescimento celular) que determinam o aparecimento do infiltrado túbulo-intersticial de célula mononuclear, principalmente de linfócitos T, e os mecanismos pelos quais o infiltrado inflamatório contribui para a progressão da lesão renal e terapêuticas relacionadas à inibição de proliferação de células T. Abstract Tubulointerstitial alterations have been considered responsible for the progression of chronic renal disease. Among the major tubulointerstitial lesions are presence of tubulointerstitial mononuclear cell infiltrate and tubulointerstitial fibrosis of the renal parenchyma. Tubulointerstitial mononuclear cell infiltrate is an early event and is associate to decreased glomerular filtration rate. The lymphocytes and monocytes predominate in the interstitial infiltrate. T lymphocyte CD4+ is associated with decreased renal function. The etiological factors of tubulointerstitial mononuclear cell infiltrate (proteinuria, secretion of chemotaxis factors and cell growth factor), mainly lymphocytes, and relevant mechanisms for inducing chronic renal disease and the therapeutic related to inhibition of T cell proliferation are described. *In memoriam 7-1367tubulo.p65 40 26/04/02, 11:19 Infiltrado inflamatório na fibrose túbulo-intersticial – Riyuzo MC & Soares V I n t r o d u ç ã o Os túbulos urinários, junto com o interstício cortical renal circunvizinho, representam a porção principal do parênquima renal, aproximadamente 95%.1 A importância do túbulo-interstício tem sido reconhecida nas últimas duas décadas, principalmente relacionada aos eventos que determinam a evolução crônica das glomerulopatias.2-4 As alterações do compartimento túbulo-intersticial, associadas ao comprometimento da função renal, foram consideradas pouco importantes até o final dos anos 60. No período entre 1968 a 1979, estudos relataram a existência de melhor correlação entre a diminuição da filtração glomerular e a extensão das lesões túbulo-intersticiais do que ao grau de lesão glomerular, sugerindo que os eventos principais que determinam a evolução crônica das glomerulopatias provavelmente ocorram no túbulo-interstício.5,6 Na última década, vários investigadores descreveram que os principais eventos que determinam a progressão das glomerulonefrites não ocorrem nos glomérulos, mas no compartimento do túbulo-interstício renal.4,7 Observou-se correlação negativa entre o aumento do volume intersticial com fibrose e o declínio da taxa de filtração glomerular.4,8 Tem sido relatado que ambos, a extensão da fibrose intersticial7 e o infiltrado intersticial celular mononuclear, correlacionam-se bem ao grau de prejuízo da função renal em vários tipos de glomerulonefrites humanas e experimentais.4,7,9,10 Tendo em vista a importância do túbulo-interstício na evolução das glomerulopatias, no presente trabalho serão abordados os aspectos relativos ao infiltrado inflamatório túbulo-intersticial e a conseqüente lesão fibrótica que caracterizam as doenças renais crônicas. Patologia do compartimento túbulo-interstício O interstício do rim compreende os espaços extravascular e intertubular do parênquina renal; 1 é constituído pelas membranas basais da cápsula de Bowman, dos leitos vasculares e dos túbulos.3 Células estão presentes no espaço túbulo-intersticial, podendo ser células residentes como as dendríticas e os macrófagos , células carregadas de lipídeos e células fibroblastóides, assim como monócitos e linfócitos que infiltram o local nas situações de doença renal humanas e experimentais.1,11-21 7-1367tubulo.p65 41 J Bras Nefrol 2002;24(1):40-7 41 Além do infiltrado túbulo-intersticial, a expressão de lesões fibróticas nas doenças crônicas intersticiais usualmente associa-se ao declínio da função renal.8 Tem-se relatado que os processos no interstício cortical renal que ocasionam o aumento da produção do colágeno I e/ou III, com conseqüente fibrose túbulointersticial, resultam em retenção glomerular de substâncias usualmente eliminadas com a urina.6,22,23 Dessa maneira, os achados de interstício cicatrizado têm sido investigados detalhadamente em modelos animais de doença renal proteinúrica e também em biópsias renais humanas. Eventos precoces incluem o influxo ao interstício de células inflamatórias, compreendendo macrófagos e linfócitos T. Isto é seguido por deposição de proteínas da matriz extracelular, para formar tecido cicatricial. O resultado final dessas alterações é a esclerose do interstício e a atrofia tubular.3 Fatores que determinam o aparecimento do infiltrado túbulo-intersticial A Tabela 1 resume os fatores que determinam o aparecimento do infiltrado túbulo-intersticial. Evidências na literatura sugerem papel relevante da presença da proteinúria como estímulo à presença do infiltrado inflamatório e ao desenvolvimento da fibrogênese do parênquima renal.3,8,9,24-29 A associação entre proteinúria, presença de infiltrado inflamatório e o desenvolvimento de lesão túbulo-intersticial foi descrita nos modelos experimentais de glomerulonefrite induzida por aminonucleosídeo da puromicina,14,15,17 de nefrite induzida por albumina do soro bovino,19,30 de glomerulonefrite induzida por adriamicina,16-18 de modelo acelerado da glomerulonefrite antimembrana basal glomerular13 e na nefrite de Heymann.21 Redução da proteinúria, seguindo terapia farmacológica ou dietética, esteve associada a menor dano túbulo-intersticial e à demora no desenvolvimento da doença renal em modelos experimentais de glomerulopatias e nas glomerulopatias humanas.19,28,31,32 A inflamação intersticial pode ser uma reação à obliteração isquêmica de capilares peritubulares que segue a obsolescência do tufo glomerular ou pode refletir a resposta das estruturas tubulares à sobrecarga protéica.19,24-30 A proteinúria altera a biologia da célula tubular, pois as células tubulares reabsorvem proteínas presentes no fluido tubular e são, dessa forma, vulneráveis a qualquer efeito adverso da proteinúria.3,24-29 Tais efeitos podem resultar ou da quantidade de proteína no fluido tubular ou da ação de uma proteína, biologi- 26/04/02, 11:19 42 Infiltrado inflamatório na fibrose túbulo-intersticial – Riyuzo MC & Soares V J Bras Nefrol 2002;24(1):40-7 Tabela 1 Fatores relacionados ao infiltrado túbulo-intersticial Fatores 1.Proteinúria3,8,9,24-29 Albumina Transferrina/ferro Lipoproteínas LDL/HDL 2.Substâncias quimiotáticas9,24,28,33 Citoquinas Complemento ativado (MAC) Lípides Endotelina- 1(ET-1) Mecanismos Citotoxicidade para célula tubular devido ao aumento da atividade da enzima lisossomal e do catabolismo das proteínas reabsorvidas. Lesão da célula tubular ocasiona: 1. Aumento da produção de amônia e quimioatração de células. 2. Ativação do complemento pela amônia. 3. Deposição tubular do complexo C5b-9 (MAC). 4. Produção e liberação de substâncias quimiotáticas: MCP-1, RANTES, ET-1, lipídeos. Infiltração de macrófagos e linfócitos por meio de: A) Papel das citoquinas na migração dos leucócitos: 1. Facilita as interações transitórias entre proteínas selectinas específicas e seus ligantes de carboidratos nos leucócitos, ao longo da parede do vaso microvascular. 2. Ativa leucócitos, possibilitando adesão firme à superfície endotelial mediada por moléculas integrinas. 3. Altera forma dos leucócitos, facilita diapedese e migração para o espaço intersticial B) Produção de citoquinas quimiotáticas: MAC induz produção de IL-1 e TNF C) Função direta de quimioatração Exercida por lipídeos e ET-1 camente ativa, que não está normalmente presente na urina, apenas após a lesão glomerular.24-30 As conseqüências da proteinúria na célula tubular estão relacionadas à produção de substâncias responsáveis pelo recrutamento de células inflamatórias. Foi descrita a ocorrência do aumento da atividade da enzima lisossomal na célula tubular, com aumento do catabolismo da proteína reabsorvida e aumento da produção de amônia que ativa o complemento pela via alternativa, resultando em deposição tubular do complexo de ataque à membrana (MAC), com conseqüente infiltrado de célula inflamatória, células T e monócitos e fibrose intersticial.24,33 A lesão da célula tubular resulta na liberação de substâncias quimioatraentes, citocinas e proteínas de matriz extracelular no interstício. Como resultado, há acúmulo de macrófagos que também secretam citocinas para recrutar e estimular fibroblastos. O aumento da matriz extracelular causa cicatriz do interstício.9 Recentes evidências têm relatado que células tubulares podem produzir um número de moléculas pró-inflamatórias capazes de iniciar e influenciar o curso da inflamação e da cicatrização intersticial.9,34 Diferentes estudos in vitro relataram que células tubulares humanas apresentaram expressão de RNAm para interleucina-6 (IL-6), fator de crescimento B derivado e plaquetas (PDGF-B), fator estimulante de colônia granulócito macrófago (GM-CSF), proteína 1 quimioatraente para monócitos (MCP-1), além de aumento da produção do fa- 7-1367tubulo.p65 42 tor de transcrição fator nuclear κB (NF-κB).9,28 Assim, observa-se que a célula tubular, em resposta a determinados estímulos (por exemplo, proteinúria), produz mediadores que influenciarão a patogenia da inflamação no interstício. Outros estímulos, como aumento de glicose, fator de necrose tumoral (TNF), lipopolissacárideos, interleucina 1 (IL-1), proteína 1 quimioatraente para monócito (MCP-1), interleucina 6 (IL-6), fator beta transformador do crescimento (TGF β), endotelina e óxido nítrico, fazem com que a célula tubular expresse moléculas envolvidas na resposta imune como MCH I e II e ICAM-1, que contribuem para a persistência do infiltrado inflamatório celular.9,28 A Tabela 2 apresenta o resumo do envolvimento de substâncias quimiotáticas para linfócitos e monócitos em diversos estudos in vitro e nas glomerulopatias humanas e experimentais. Mecanismos pelos quais o infiltrado inflamatório contribui para a progressão da lesão renal Os processos inflamatórios, imunologicamente mediados ou não, são apenas uma das vias que podem desencadear a síntese de matriz e a formação de fibrose.3 A indução de fibrose e a distorção tecidual podem ser separadas em três fases: (1) de indução, envolvendo a secreção de citoquinas; (2) deposição de matriz glicoprotéica; e (3) secreção de colágeno por células transformadas em fibroblastos.3 Como descrito, as principais células inflamatórias 26/04/02, 11:19 Infiltrado inflamatório na fibrose túbulo-intersticial – Riyuzo MC & Soares V J Bras Nefrol 2002;24(1):40-7 encontradas no infiltrado intersticial das diversas glomerulopatias humanas e experimentais são macrófagos/monócitos e linfócitos T. Monócitos e linfócitos produzem substâncias que participam do processo de fibrogênese.2-4,8,9,28 A Tabela 3 apresenta o resumo das substâncias produzidas pelos monócitos e linfócitos que participam no processo de fibrogênese. Tem-se relatado a existência de boa correlação entre o número de células T CD4+ e a função renal; nenhuma correlação foi detectada com monócitos/macrófagos CD14+.10 Linfócitos e macrófagos foram observados no infiltrado inicial; os linfócitos persistiram em maior número em relação aos macrófagos à medida que ocorreu a progressão da doença renal nos modelos de nefropatia por adriamicina16-18 e na nefropatia por aminonucleosídeo da puromicina.14,15 Os achados sugerem que os linfócitos podem apresentar papel relevante no processo de fibrogênese tecidual. Os linfócitos T sintetizam e secretam TGFβ, substância com importante função fibrogênica.10 O TGFβ estimula a produção de colágeno por fibroblastos, fibronectina e proteoglicana e inibe as enzimas que degradam a matriz.10 Recentemente, relatou-se que o TGFβ-1 aumentou a permeabilidade à albumina de glomérulos isolados de ratos via radicais hidroxila e superóxido.59 Como já descrito, evidências sugerem papel da proteinúria na progressão da lesão renal. Com relação à perpetuação da lesão túbulo-intersticial, há evidências de que, à medida que a lesão glomerular progride, os néfrons remanescentes necessitam de maior consumo de oxigênio em decorrência do aumento do metabolismo.59 Uma das conseqüencias metabólicas da demanda aumentada de oxigênio, nas células tubulares, é a geração de espécies reativas de oxigênio que pode exercer efeito tóxico nas células tubulares e nos fibroblastos.34 Assim, as considerações acima sugerem que o TGFβ-1 possa exercer papel relevante na evolução crônica das glomerulopatias. A Tabela 4 apresenta os mecanismos pelos quais o linfócito T modula as respostas dos fibroblastos, contribuindo para a fibrose intersticial do parênquima renal. A expressão de antígenos de histocompatibilidade da classe II (MCH II) pelos monócitos ou macrófagos, linfócitos B, linfócitos T ativados e pelas células tubulares renais pode estar associada à fibrose intersticial; com freqüência, a expressão de antígenos MCH II é acompanhada pelo aumento da expressão de antígenos MCH I e da molécula de adesão intercelular ICAM-1,10 dessa forma contribuindo para a persistência do infiltrado túbulo-intersticial. ICAM-1 é uma glicoproteína de superfície celular, cujo ligante específico é o antígeno associa- Tabela 2 Substâncias quimiotáticas e tipo de células no infiltrado inflamatório Substância 1. CitoquinasMCP-1 Modelo estudado a) In vitro: células tubulares humanas35,36 e de ratos:37 Cultura celular humana35 Incubação com albumina e transferrina37 Exposição albumina soro bovino37 Exposição isquemia36 b) Glomerulonefrite experimental:38,39 - por aminonucleosídeo de puromicina38 - por albumina soro bovino39 c) Biópsias renais humanas:40,41 Glomerulonefrite membranosa Glomerulonefrite membranoproliferativa Glomeruloesclerose focal Nefrite intesticial aguda Nefropatia por IgA Cultura célula tubular humana35 Cultura célula tubular humana35 Cultura célula tubular de murídeo42 In vitro: células tubulares de ratos:43 Incubação com albumina ligada a lípides In vitro: células tubulares humanas44 Exposição à HDL e à albumina IL-6 GM-CSF RANTES 2. Lipídios 3.Endotelina- 1 7-1367tubulo.p65 43 43 26/04/02, 11:19 Tipo de célula inflamatória Monócito Monócito/ Linfócito Monócito Monócito/ LinfócitoT Monócito Monócito/ LinfócitoT Monócito/Macrófago Monócito 44 Infiltrado inflamatório na fibrose túbulo-intersticial – Riyuzo MC & Soares V J Bras Nefrol 2002;24(1):40-7 do ao linfócito (LFA-1) presente em vários leucócitos. Assim, a célula do epitélio tubular tem a capacidade de atuar como célula apresentadora de antígenos, podendo estimular células T e contribuindo para a resposta inflamatória. Pode-se considerar que a ativação de células infiltrantes (monócitos/linfócitos), com interação com células tubulares renais, resulta na produção de citoquinas, e os fatores de crescimento celular, com conseqüente proliferação e ativação dos fibroblastos, com produção e deposição de matriz extracelular, especialmente dos colágenos tipos I e III, caracterizando a fibrose intersticial. Implicações para a terapêutica Os estudos, quanto às estratégias terapêuticas para prevenir a progressão da lesão renal, são, na maioria, realizados em modelos experimentais ou in vitro. Estudos experimentais envolvendo a redução de células T por irradiação de corpo inteiro ou do tecido linfóide, por drenagem de ductos torácicos ou pela utilização de drogas como prednisolona ou ciclofosfamida revelaram a ocorrência da redução do processo inflamatório com melhor evolução da glomerulonefrite.15,62-64 Além da diminuição do número de leucócitos ou linfócitos, intervenções terapêuticas têm sido realizadas para inibir substâncias que são importantes no processo de infiltração intersticial de linfócitos e macrófagos. A inibição das moléculas de adesão com a utilização de anticorpos para LFA-1 e para ICAM-1 provou ser efetiva na redução da deposição de matriz celular na doença antimembrana basal glomerular em ratos.65 As drogas que atuam na inibição da ação de linfócitos T, nas doenças glomerulares humanas, são as utilizadas no tratamento da rejeição de transplante renal. Poucos relatos existem com relação ao tratamento das glomerulonefrites, sendo descrito recentemente um estudo utilizando nova droga imunossupressora, o micofenolato de mofetil, que resultou em redução da proteinúria ou estabilização da creatinina sérica.66 Tendo em vista o papel do infiltrado inflamatório na evolução crônica das glomerulopatias, propõe-se que pesquisas relacionadas à inibição do estímulo à infiltração inflamatória no túbulo-interstício, principalmente associada aos linfócitos T, devam ser desenvolvidas, para auxílio na terapêutica, na tentativa de postergar a progressão da doença renal para o estágio terminal. Tabela3 Substâncias produzidas por monócitos e linfócitos na fibrogênese. Substância TGF-β PDGF FGF IL-1 IL-4 IL-2 IFN-δ FsF-1 ThF Célula produtora Monócito45,46 Linfócito10 Monócito50 Monócito49 Linfócito47 Monócito52 Linfócito53 Linfócito55,56 Linfócito55,56 Linfócito57 Linfócito T helper58 Mecanismos Quimioatração, proliferação para fibroblastos, produção de colágeno47,48 Inibe enzimas que degradam matriz49 Quimioatração para fibroblastos51 Proliferação de fibroblastos47 Diferenciação e proliferação de fibroblastos52 Quimioatração, proliferação para fibroblastos, produção de colágeno tipos I/III, fibronectina10,54 Estimulação de macrófagos para produção de TGF-β, PDGF, IL-147 Estimulação de macrófagos para produção de TGF-β, PDGF, IL-147 Ativação de fibroblastos57 Diminuição da secreção do colágeno tipo IV58 Tabela 4 Linfócito T como modulator do fibroblasto intersticial. Substância produzida pelo linfócito T IL-2 e IFN-δ55,56 ThF58 e IFN-δ60 IL-4,34,53 TNF-α,34 TGFβ,10,34 FsF-157 7-1367tubulo.p65 Célula-alvo Resposta da célula-alvo Ação no fibroblasto Macrófago Epitelial tubular Secreção de IL-1, TNF-α, PDGF, TGF-β, FGF34,50 Diminue secreção colágeno IV58 Aumenta expressão de MCH II34,60 Secreção de: PDGF, IL-6, TGF-β, Angiotensina II34 Aumenta proliferação53 Secreção fibronectina61 Secreção colágeno I,III54 Fibroblasto 44 26/04/02, 11:19 Infiltrado inflamatório na fibrose túbulo-intersticial – Riyuzo MC & Soares V R e f e r ê n c i a s 1. Lemley KV, Kriz W. anatomy of the renal interstitium. Kidney Int 1991;39:370-81. 2. D´Amico G. Role of interstitial infiltration of leukocytes in glomerular diseases. Nephrol Dial Transplant 1988;3:596-600. 3. Kuncio GS, Neilson EG, Haverty T. Mechanisms of tubulointerstitial fibrosis. Kidney Int 1991;39:550-6. 4. Nath KA. Tubulointerstitial changes as a major determinant in the progression of renal damage. 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