CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI – FACECAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO CLIENTE: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DO RAMO DE AUTOPEÇAS LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE CAPIVARI/SP. LEONICO JESUS DOS SANTOS Capivari - SP 2014 I CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO CLIENTE: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DO RAMO DE AUTOPEÇAS LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE CAPIVARI/SP. LEONICO JESUS DOS SANTOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Faculdade Cenecista de Capivari – FACECAP, como um dos prérequisitos para obtenção do grau de bacharel em administração, sob orientação: Prof. MS. Valdir A. Vitorino Filho. Capivari - SP 2014 II AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus que me deu a oportunidade da vida e sempre me amparou nas horas em que mais precisei. Agradeço principalmente a minha família, aos professores e colegas de classe pelo incentivo que sempre me deram. E principalmente agradecer ao meu orientador Prof. MS. Valdir A. Vitorino Filho, pelas experiências trazidas em sala de aula e em todo o desenvolver deste trabalho. III SANTOS, Leonico Jesus. Qualidade no atendimento ao cliente. Monografia de Conclusão de Curso. Curso de Graduação em Administração. Faculdade Cenecista de Capivari – CNEC. 57 páginas, 2014. RESUMO O bom atendimento ao cliente tem se tornado um grande diferencial para as empresas, pois é o fator chave para reter e fidelizar clientes. Esta monografia apresenta um estudo de caso feito em uma empresa varejista no ramo de autopeças, tendo como objetivo principal avaliar a qualidade do atendimento da mesma, visto que o serviço de atendimento ao cliente quando perfeitamente aplicado, permite desenvolver estratégias para a atração de novos clientes e o aumento do nível de satisfação dos mesmos. Palavras-chaves: 1) Atendimento. 2) Clientes. 3) Satisfação. 4) Fidelização IV SANTOS, Leonico Jesus. Quality customer service. Monograph Completion of course. Undergraduate course in Administration. Faculty Cenecista Capivary CNEC. 57 pages, 2014. ABSTRACT Good customer service has become a great advantage for companies because it is the key factor to retain and engage customers. This monograph presents a case study done in a retail company in the business of auto parts, with the primary objective of evaluating the quality of care of it, since the service customer care when fully implemented, allows us to develop strategies to attract new customers and increasing the level of satisfaction. Palavras-chaves: 1) Attendance. 2) Customers. 3) Satisfaction. 4) Loyalty V SUMÁRIO INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 9 CAPÍTULO 1. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ............................................................ 10 1.1. Caracterização do Problema ..................................................................................... 10 1.2. Justificativa ................................................................................................................ 10 1.3. Relevância ................................................................................................................ 11 1.4. Objetivos ................................................................................................................... 11 1.5. Estrutura do Trabalho ................................................................................................ 12 CAPÍTULO 2. REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 13 2.1. Conceito de Marketing............................................................................................... 13 2.2. Marketing de Relacionamento ................................................................................... 14 2.3. Conceito de Qualidade .............................................................................................. 16 2.4. Qualidade em Serviços ............................................................................................. 18 2.5. Qualidade no Atendimento ........................................................................................ 19 2.5.1. Tratamento x Atendimento .................................................................................. 20 2.5.2. Perfil do Profissional de Atendimento x Cliente ................................................... 23 2.5.3. O Custo do Atendimento ..................................................................................... 25 2.6. Satisfação do Cliente................................................................................................. 26 2.7. Da Satisfação à Fidelidade ........................................................................................ 29 2.8. Reclamação de Clientes............................................................................................ 31 CAPÍTULO 3. METODOLOGIA ........................................................................................... 33 3.1. Definição de Metodologia .......................................................................................... 34 3.2. Procedimentos para obtenção dos dados.................................................................. 35 CAPÍTULO 4. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ............................................................. 36 4.1. Histórico da Empresa ................................................................................................ 36 4.2. Produtos e Serviços .................................................................................................. 38 4.2.1. Principais Produtos ............................................................................................. 38 4.2.2. Principais Serviços .............................................................................................. 39 4.3. Missão da Empresa ................................................................................................... 40 4.4. Política da Empresa .................................................................................................. 40 4.5. Concorrentes ............................................................................................................. 40 4.6. Fornecedores ............................................................................................................ 41 4.7. Clientes ..................................................................................................................... 41 CAPÍTULO 5 – RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................ 42 5.1. Resultados da Pesquisa ............................................................................................ 42 CAPÍTULO 6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 51 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 53 APÊNDICE .......................................................................................................................... 57 VI LISTA DE FIGURAS Figura 1: Escala da Lealdade.....................................................................................15 VII LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 2: Como você classifica a qualidade no atendimento da empresa?..............43 Gráfico 2: Os atendentes demonstram profissionalismo e educação?......................44 Gráfico 3: Os atendentes demonstram conhecimento do produto?...........................44 Gráfico 4: Referente às entregas, a empresa atende ao combinado?.......................45 Gráfico 5: Os atendentes fornecem as informações com clareza?............................46 Gráfico 6: Suas ligações são atendidas prontamente pelo departamento comercial? ....................................................................................................................................46 Gráfico 7: Havia estoque do produto solicitado?........................................................47 Gráfico 8: O preço do produto solicitado estava de acordo com sua expectativa?...48 Gráfico 9: Como você classifica a satisfação em relação aos produtos?..................49 Gráfico 10: Recomendaria esta empresa a outro consumidor?.................................50 VIII INTRODUÇÃO O tema abordado nesse trabalho é um estudo teórico sobre a qualidade no atendimento ao cliente com uma verificação empírica com um estudo de caso em uma empresa de Autopeças. Segundo o SEBRAE (2014) apud ABDALLA, há décadas o consumidor vem observando as transformações na estratégia de mercado das empresas. Isto vem acontecendo paralelamente à globalização, demandando das empresas o aumento da produtividade, a redução de custos, a padronização da qualidade dos produtos/ serviços e preços mais baixos para o consumidor final. Contundo o atendimento de qualidade ao cliente é o que determinará o crescimento das empresas nos próximos anos e garantirá sua sobrevivência no mercado. É importante perceber que atender o cliente com qualidade não se aplica somente a tratá-lo bem. Mas sim, agregar valor aos produtos e serviços ofertados a fim de superar suas expectativas. Os colaboradores devem estar preparados e manter-se capacitados para um bom atendimento. As empresas devem buscar novas estratégias e produtos com qualidade, pois os consumidores estão buscando inovações, ficando mais exigentes e com isso é indispensável satisfazer suas necessidades e desejos. Para uma melhor abordagem do tema, foi aplicado um estudo bibliográfico com o objetivo identificar os benefícios que a qualidade no atendimento ao cliente traz para a geração de valor, bem como uma pesquisa de campo na empresa COPEL Comércio de Peças para Autos LTDA, situada no município de Capivari/SP. Segundo estágio realizado na COPEL COM. DE PEÇAS PARA AUTOS LTDA, a empresa atua no mercado com peças para caminhões em todos os segmentos, desde pequenas arruelas até eixos de câmbio e embreagem. Comercializa também linha de acessórios para higienização e conservação de veículos. Além de vender peças paralelas, a empresa conta com peças originais (genuína multimarcas) e peças sob medidas (encomenda). (Santos, 2013, p. 9). Este trabalho busca identificar e estudar maneiras de como uma empresa pode alcançar uma estrutura de atendimento ao cliente de qualidade, identificando as principais necessidades de seus clientes, além de obter a vantagem competitiva no mercado. 9 CAPÍTULO 1. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 1.1. Caracterização do Problema Com o mercado cada vez mais competitivo, as empresas vêm adotando a qualidade no atendimento ao cliente como fator diferencial para garantir seu crescimento, sobrevivência e reconhecimento. A satisfação do cliente é a peça chave para que empresas mantenham-se ativas em seu negócio. Atualmente o poder de escolha da compra está nas mãos dos clientes. Se uma empresa não procurar conhecer seu cliente para atender suas necessidades e expectativas, certamente haverá um concorrente que irá fazê-lo. Segundo dados do SEBRAE (2014), as estatísticas indicam que “mais de 90% dos clientes insatisfeitos com uma empresa nunca mais a procurarão e ainda comentarão sobre sua experiência negativa com 10 a 17 pessoas de seu relacionamento”. Um bom relacionamento cliente e empresa são fundamentais para a fidelização dos mesmos a longo prazo. Com base nestes fatores a pergunta problema deste trabalho é: “Qual a importância da qualidade do atendimento no processo de busca da satisfação do cliente?”. 1.2. Justificativa O tema abordado tem como finalidade avaliar como a qualidade no processo de atendimento ao cliente pode agregar valor aos serviços prestados pelas organizações, mostrando de forma clara suas contribuições e a importância na busca pela satisfação das partes envolvidas. Assim como a recuperação e retenção de clientes, maior eficácia das ações de marketing, maior credibilidade da empresa 10 no mercado, fortalecimento da marca, criação de um diferencial competitivo e, principalmente, a concretização da missão da empresa. 1.3. Relevância A relevância deste trabalho é mostrar com base em um “estudo de caso”, quais os benefícios de um bom atendimento ao cliente e quais resultados podem trazer a uma organização. Para obter esses resultados, a excelência no atendimento é fundamental, e deve ser incorporada pelos gestores e colaboradores como cultura da empresa. Este trabalho vem explicar os impactos que um mau atendimento traz a uma organização, destacando que atualmente, com os produtos e serviços cada vez mais semelhantes, fica evidente que ter preço competitivo e produtos de qualidade já não são mais o suficiente para conquistar a preferência do cliente. Até mesmo, ter preço menor e qualidade superior são condições básicas desejadas. Então, o diferencial está na competência profissional, à eficiência, a rapidez e a cortesia de quem atende. É o cliente ter a sensação de conforto, praticidade e satisfação quando compra um produto ou serviço da sua empresa. 1.4. Objetivos Esse trabalho tem como objetivo principal demonstrar como o resultado de um atendimento de qualidade pode alcançar a satisfação do cliente, baseado na empresa alvo desse estudo. Para atingir o objetivo principal deste trabalho segue os seguintes objetivos secundários: Apresentar os conceitos de qualidade, serviços, marketing e atendimento; Reconhecer os aspectos que afetam o nível de satisfação do cliente; 11 Identificar o perfil do profissional de atendimento e o perfil dos clientes; Reconhecer a importância do comportamento assertivo no atendimento; Verificar o nível de satisfação dos clientes com a qualidade no atendimento da empresa alvo. 1.5. Estrutura do Trabalho Este trabalho está organizado em Seis Capítulos. O primeiro capítulo retrata a importância do tema e a identificação da pergunta problema do trabalho. O segundo capítulo é apresentado à revisão bibliográfica, que fornece as referências teóricas necessárias para o estudo de caso. O terceiro capítulo tem a metodologia usada na pesquisa, definindo os procedimentos tomados para a coleta de dados, além de outros detalhes pertinentes. No quarto capítulo é feita a descrição da empresa em estudo. Em seguida no quinto capítulo, a apresentação e discussão dos resultados obtidos através da pesquisa de satisfação realizada no setor de atendimento ao cliente e por fim, no sexto capítulo apresentam-se as considerações finais do estudo, bem como as referências bibliográficas utilizadas na pesquisa. . 12 CAPÍTULO 2. REVISÃO DE LITERATURA Neste capítulo serão apresentados conceitos teóricos, segundo diversos autores, sobre o tema principal: qualidade no atendimento ao cliente. Sendo os principais tópicos abordados definições do que é qualidade no atendimento? Bem como a abordagem do processo de satisfação do cliente e diretrizes para o tratamento de reclamações. 2.1. Conceito de Marketing Marketing tem sido definido de diversas maneiras. Por exemplo, o autor KOTLER (2011, p. 27) define “Marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros”. CHURCHILL; PETER (2000, p.4), classificam como: Marketing é um processo de planejar e executar projetos, com o objetivo de satisfazer o cliente. O estabelecimento, os preços, promoções, distribuição de idéias, produtos e serviços a fim de criar um bom relacionamento, com a finalidade de desenvolver trocas em que as organizações e clientes participem juntamente com as transações que trazem benefícios para ambos. Ainda, segundo Churchill e Peter (2000) é a prática para estimular a venda de produtos e serviços, detectando as oportunidades do mercado, com o objetivo de satisfazer o cliente e obter retorno para determinada marca, empresa ou pessoa. Ou seja, sua finalidade é criar valor e gerar um relacionamento lucrativo entre as partes. Existem vários conceitos, tipos e ferramentas de marketing e são usados para desenvolver trocas que visam lucros ou não, seja ao produto, serviço, pessoa, lugar, causa e/ou organização. 13 2.2. Marketing de Relacionamento O relacionamento cliente e empresa tornam-se cada vez mais crescente à medida que o cliente se sente mais satisfeito com sua compra. Para NICKELS e WOOD (1999, p. 5), “marketing de relacionamento é o processo de estabelecer e manter relacionamento de longo prazo mutuamente benéfico entre organizações e seus clientes, empregados e outros grupos de interesse”. KOTLER (2011, p. 30) explica que marketing de relacionamento é a “prática da construção de relações satisfatórias a longo prazo com partes chaves – consumidores, fornecedores e distribuidores – para reter sua preferência e negócios a longo prazo”. Vavra (1993) define o marketing de relacionamento como o processo de garantir satisfação contínua e reforço aos indivíduos ou organizações que são clientes atuais ou que já foram clientes. Os clientes devem ser identificados, reconhecidos, comunicados, agregados em relação à satisfação e respondidos. O marketing de relacionamento é uma das estratégias de negócios que visa a construir relacionamentos duradouros entre a organização e seus clientes. Kotler (2000) cita que empresas inteligentes tentam desenvolver confiança e relacionamentos ganha-ganha ao longo prazo com seus stakeholders. A evolução do relacionamento entre o cliente e uma empresa, chama-se escala da lealdade. O cliente pode comprar de mais de uma empresa, deve experimentar vários produtos e dependendo de como é tratado, define suas escolhas. A escala de lealdade surge para acompanharmos a evolução do cliente com a empresa, permitindo uma comparação na estratégia de conquista de clientes, bem como a manutenção dos mesmos. 14 Figura 3: Escala da Lealdade Fonte: SEBRAE (2014) Ou seja, a cada degrau da escala, existem classificações para o grau de satisfação do cliente, conforme definido pelo SEBRAE (2014): Clientes prováveis: pessoas ou organizações identificadas como possíveis clientes, mas que desconhecem a empresa e o que ela oferta; Clientes potenciais: indivíduos que já ouviram falar dos produtos ou dos serviços de uma empresa e, portanto, têm algum grau de conhecimento dela, mas ainda não a utilizaram; Clientes experimentadores: consumidores de primeira vez; aqueles que estão testando produtos ou serviços de uma empresa; Clientes repetidores: consumidores que estão iniciando um compromisso mental com a empresa ao repetirem o consumo do produto ou serviço; Clientes fiéis: pessoas que consumem uma variedade de produtos ou serviços de uma empresa durante muito tempo, escolhendo as marcas desta, entre outras concorrentes e, desse modo, demonstrando lealdade; Clientes defensores: clientes que defendem ativamente uma empresa e a recomendam aos seus amigos ou aos colegas de trabalho. 15 Esta escala mostra que, vender mais aos clientes satisfeitos, obtém a confiança e recomendações junto a novos compradores e levam os clientes a tornarem-se fiéis ou defensores. Fidelizar clientes é intensificar o relacionamento entre uma empresa e seus clientes. De modo geral, o esforço de fidelização corresponde às mesmas estratégias em qualquer tipo de empresa. Porém, cada empresa tem suas particularidades e deve adaptar essas estratégias às suas necessidades. SEBRAE (2014). Porém é importante que o profissional de atendimento esteja disposto e empenhado a fazer dos seus clientes experimentadores, clientes fiéis ou defensores. Para fidelizar os clientes, as empresas devem ser capazes de cativar os clientes e surpreender com a qualidade no atendimento. Um atendimento com qualidade cria um relacionamento constante entre o cliente e a empresa. Clientes fiéis são mais frequentes e compram mais. A satisfação do cliente pode ser alcançada no primeiro atendimento, mas a fidelidade só se conquista a longo prazo, pois um cliente satisfeito não recusa as ofertas da concorrência, já um cliente fiel pensa duas vezes antes de trair. O caminho que o cliente percorre entre a satisfação total e a fidelidade é formada por confiança. 2.3. Conceito de Qualidade Segundo a NBR ISO 9000, gestão da qualidade é conjunto de “atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização no que diz respeito à qualidade” (ABNT, 2000, p. 8) O tema qualidade tem sido bastante falado e continuará a ser até que não seja mais necessário falar dela como um meio para se alcançar a excelência e a satisfação dos clientes. 16 Hoje em dia fala-se da qualidade dos alimentos, dos carros, da medicina, da contabilidade, dos serviços em geral. Os nossos serviços e produtos são de qualidade; qualidade assegurada; a melhor qualidade ao menor preço; temos trabalhado, trabalhamos e continuaremos a trabalhar para fornecer a máxima qualidade aos nossos produtos; são slogans que se repetem constantemente na imprensa, nos discursos oficiais, nas universidades ou de uma forma mais abrangente em toda a atividade econômica. (QUALIDADE BRASIL, 2010). A qualidade vem se destacando com mais ênfase entre as empresas, devido a grande diversidade de produtos existentes no mercado e ofertas cada vez atrativas. Ou seja, para poder competir, as empresas precisam vender um produto/ serviço de qualidade ou então não conseguirão sobreviver no mercado. Segundo os autores CARPINETTI et al (2010: p.5), o conceito de qualidade evoluiu ao longo das décadas: Até o início dos anos 50, a qualidade do produto era entendida como sinônimo de perfeição técnica. Ou seja, resultado de um projeto e fabricação que conferiam perfeição técnica ao produto. A partir da década de 50, com a divulgação do trabalho de Joseph Juran (1990) e Feigenbaun (1991), percebeu-se que qualidade deveria estar associada não apenas ao grau de perfeição técnica, mas também ao grau de adequação aos requisitos do cliente. Qualidade então passou a ser conceituada como satisfação do cliente quanto à adequação do produto ao uso. Qualidade é oferecer ao cliente produtos/ serviços conforme especificações, que atendam suas expectativas e que satisfaça suas necessidades. “Um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente”. (CAMPOS, 1999, p.2). Kotler e Armstrong (1998) afirmam que os atributos de qualidade devem ser mensurados da percepção do comprador, obtendo assim, uma vantagem sobre os concorrentes, onde os produtos e serviços oferecidos podem atender melhor às necessidades dos consumidores e suas preferências por qualidade, ou seja, consegue diferenciar um produto ou serviço quando se tem qualidade. 17 Muitas definições são dadas ao termo qualidade, ela pode ser interpretada de diversas maneiras, ou seja, ela pode representar busca da satisfação, a excelência e a fidelização, produtos flexíveis, atendimento aos requisitos, ausência de falhas, etc. Portanto, para que uma empresa ofereça um produto ou serviço de alta qualidade é importante que faça parte de sua filosofia. 2.4. Qualidade em Serviços Para uma empresa diferenciar-se dos concorrentes e destacar-se no mercado, é necessário prestar serviços de alta qualidade a preços justos. O cliente é quem determina se o produto/ serviço é de qualidade, através da satisfação pela compra ou não. Ou seja, vai depender da perspectiva do cliente, de suas necessidades e de como foi atendido. A chave é atender ou exceder as expectativas de qualidade dos consumidores-alvos. Suas expectativas são formadas por experiências passadas, divulgação boca a boca e propaganda da empresa de serviços. Os consumidores escolhem prestadores de serviços nesta base e, após serem atendidos, comparam o serviço recebido com o serviço esperado. Se o serviço percebido ficar abaixo da expectativa, os consumidores perdem o interesse pelo fornecedor. Se o serviço atender ou exceder às expectativas, os consumidores procurarão o fornecedor novamente. (KOTLER, 2011, p. 421) Sendo os serviços intangíveis, a mensuração da satisfação do cliente se torna mais difícil do que a de um produto tangível. Ao escolher um produto, o consumidor é capaz de vê-lo, senti-lo, tocá-lo. Já os serviços são adquiridos a partir da percepção que o consumidor tem da empresa e de seus produtos, cita Kotler (2011). De acordo com a FGV (2012) existem 10 dimensões básicas de qualidade para os serviços: 18 Tangível: aparência das instalações físicas; Confiabilidade: capacidade de executar os serviços; Proatividade: prontidão em ajudar clientes e prover pronto atendimento; Competência: capacitação técnica e habilidades necessárias; Cortesia: polidez no contato pessoal; Credibilidade: honestidade do prestador do serviço; Segurança: sem perigo; Acesso: facilidade de contato; Comunicação: garantia de informação aos clientes; Entendimento ao cliente: esforço para conhecimento dos clientes e entendimento de suas necessidades. 2.5. Qualidade no Atendimento KOTLER (2011, p. 597) introduz que: A venda pessoal funciona como um elo de ligação entre a empresa e os clientes. O vender é a empresa para muitos de seus clientes e ele exerce papel importante ao trazer para sua empresa informações valiosas sobre os clientes. Por essa razão, a empresa precisa empenhar-se ao máximo para planejar sua força de vendas, ou seja, desenvolver objetivos e estratégias, definir estrutura e tamanho e sua remuneração. Segundo a FGV (2012), “uma empresa pode oferecer um pacote de serviços e todos esses componentes serão notados pelo cliente”. Esses fatores formam a base da percepção dos serviços prestados pela empresa. Cabe aos gestores cuidar para que a percepção do cliente seja positiva, visto que os consumidores dispõem de uma grande oferta de produtos e serviços para compra. 19 Muitas das escolhas de compra são feitas a partir da qualidade percebida pelo cliente sobre um produto ou serviço. E o nível de qualidade de um serviço está relacionado ao atendimento às expectativas do cliente. Segundo CARVALHO (1999, p. 233): O atendimento está diretamente ligado aos negócios que uma organização pode ou não realizar, de acordo com suas normas e regras. O atendimento estabelece dessa forma uma relação de dependência entre o atendente, a organização e o cliente. A qualidade dos serviços depende, em grande parte, da mão de obra existente na empresa e é percebida pelo cliente assim que ocorre o primeiro contato entre ele e a empresa prestadora do serviço. Por isso, o profissional de atendimento deve estar capacitado e preparado para exercer suas atividades, pois seus resultados são fundamentais na obtenção de um serviço de qualidade face às exigências do cliente. Excelência no atendimento é fundamental. Não adianta focar, apenas, nos produtos e na propaganda, pois a realidade só é percebida no momento em que interagimos com as pessoas que trabalham nas empresas, atendendo ou não às nossas necessidades e expectativas. A procura do algo a mais deve ser persistente. Um atendimento de qualidade pode, entre outras coisas, decidir o jogo a seu favor quando o cliente não percebe a diferença entre o produto vendido pela sua loja e o exibido na vitrine da loja ao lado. (SEBRAE, 2006). Empresas que direcionam suas atividades em serviços de qualidade no atendimento ao cliente, possuem uma maior credibilidade no mercado e um diferencial competitivo. 2.5.1. Tratamento x Atendimento 20 O mercado está em constantes mudanças. Deste modo, as empresas estão redescobrindo a importância do atendimento com qualidade. Segundo KOTLER (2000, p. 462) “clientes cujas reclamações são resolvidas de modo satisfatório acabam se tornando mais fieis à empresa do que aqueles que nunca ficaram insatisfeitos”. Muitos confundem a definição de tratar bem e atender bem. O termo tratar bem representa que a empresa preocupa-se com o conforto e o bem estar físico e/ou psicológico do cliente. Refere-se ao tratamento gentil que esperamos receber dos colaboradores de qualquer empresa. Já o atendimento, significa que a empresa preocupa-se com a direção e/ou a solução efetiva das necessidades do cliente. Ou seja, diz respeito ao julgamento de valor como um todo. Mas, oferecer um atendimento com cordialidade não é suficiente para construir um bom relacionamento com o cliente. O cliente avalia a empresa desde a sua propaganda, a recepção, layout físico, até receber o produto/ serviço final e compara o que é oferecido, com o que ele espera receber. É importante saber que de nada adianta oferecer um tratamento maravilhoso no momento da venda e perder tudo quando o cliente entra em contato com outras áreas da empresa. É a soma de uma sequência de momentos da verdade experimentados pelo cliente que forma a imagem de satisfação ou insatisfação com o atendimento oferecido. Mesmo quando uma empresa soma inúmeros de atendimentos satisfatórios, basta apenas um mau atendimento para provocar a insatisfação do cliente. (SEBRAE, 2014) Ainda, SEBRAE (2014), não é difícil distinguir o bom, do mau atendente. Existem pessoas que prezam o relacionamento, que se esforçam em atender as necessidades e superar as expectativas do cliente. Pessoas que têm prazer em atender bem. Por outro lado, não é difícil encontrar atendentes mal humorados e despreparados. Pessoas que não têm habilidade ou disposição em lidar com clientes. Quando se trata de serviços, para os clientes, as pessoas que estão prestando o atendimento, representam a empresa. Qualquer insatisfação durante o atendimento, o cliente relacionará a pessoa ao nome da empresa. Ou seja, não será o atendente ruim, mas sim a empresa. Por isto, de nada adiantará as estratégias de 21 marketing como promoções e propaganda, se todo o esforço pode ser invalidado por um único atendente grosseiro ou indiferente. Por isso, é fundamental que os atendentes tenham o perfil e a capacitação adequada. O cliente espera em um atendimento, sentir-se acolhido e ver sua necessidade resolvida. Para que isso ocorra, o profissional de atendimento precisa reunir diversas habilidades, conforme definições (SEBRAE, 2014): Desenvolver a confiança e a fidelidade dos clientes: atender às necessidades dos clientes progressivamente e fazer o que é mais sensato para preservar os interesses desses; Colocar-se no lugar dos clientes: demonstrar sensibilidade em relação aos problemas dos clientes; preocupar-se com eles, demonstrando respeito e reconhecendo os diversos tipos de personalidade de forma a agir adequadamente; Prestar atenção: não apenas ouvir os clientes, mas esforçar-se para entender o real significado do que dizem; Demonstrar empenho pessoal: ser atencioso e prestativo. Mostrar interesse no auto-desenvolvimento, ser confiante e independente no trabalho; Dominar a tensão: ser organizado, calmo e construtivo. Demonstrar tolerância, paciência e controlar as emoções; Trabalhar bem em equipe: cooperar com os outros colegas e manter relacionamentos positivos e produtivos com outros colaboradores, sendo estes do mesmo grupo ou de diferentes áreas da empresa; Manter o profissionalismo: apresentar-se bem, o que inclui boa aparência e zelo na forma de se apresentar e vestir, bem como manter uma atitude profissional para com o cliente; Resolver problemas: ser capaz de resolver uma gama variada de problemas dos clientes, coletando e analisando informações para discutir soluções e chegar a mais adequada delas; Aplicar conhecimentos e habilidades técnicas: saber usar equipamentos de tecnologia de ponta, ferramentas e quaisquer outros recursos disponíveis que facilitem a oferta de um serviço mais rápido e eficaz; 22 Organizar as atividades de trabalho: ter um método eficiente e ordenado de cumprir as tarefas, o que inclui a decisão sobre prioridades e a solução simultânea de vários problemas. Infelizmente, alguns comportamentos indesejáveis que afetam a satisfação do cliente são frequentes. Fatores como apatia, má vontade, frieza, desdém, robotismo, inflexibilidade e irresponsabilidade podem desagradar o cliente e fazer com que este não volte mais. 2.5.2. Perfil do Profissional de Atendimento x Cliente Todo o profissional que desempenha a função de atendente deverá ter competências necessárias para isso. Possuir uma boa comunicação, postura, educação, simpatia e tranqüilidade são comportamentos essenciais esperados pelos clientes. O cliente quando adquiri um produto ou serviço, cria certa expectativa de atendimento. Se for atendido abaixo de sua expectativa, fica frustrado. Se for atendido de acordo com a sua perspectiva, acha normal. Mas se for atendido acima de sua expectativa, fica encantado com o atendimento e a empresa consegue sua fidelidade. Se a empresa quer encantar seus clientes no atendimento, deve colocar o profissional com o perfil correto para essa função. Kotler (2011, p. 597) conceitua que um profissional de vendas deve engajarse no compromisso de venda, ou seja, não apenas vender um produto ou resolver algum problema, mas mostrar ao cliente potencial como melhorar sua rentabilidade. De acordo com Longo (1991, p. 325), as funções do profissional de atendimento podem ser resumidas em definir, orientar, liderar, motivar e controlar. Ou seja, definir os objetivos de marketing e de comunicação a ser alcançados, orientar os setores envolvidos na execução das tarefas, liderar todos os setores da empresa no sentido de buscar a excelência dos resultados, motivar o cliente a aprovar a estratégia da comunicação desenvolvida, controlar as áreas e recursos aprovados através de follow-ups das atividades internas e externas. 23 Segundo o SEBRAE (2014), existem três estilos de posturas de profissionais de atendimento: Comportamento Defensivo: atendentes defensivos ficam elaborando desculpas e procurando culpados enquanto o cliente fala. Não se comprometem e não assumem responsabilidades; Comportamento Assertivo: o profissional de atendimento assertivo é capaz de agir com sinceridade, sem inibição, temor ou agressividade. Sabe ser firme quando necessário. Sabe dizer não de forma apropriada e convincente; Comportamento Agressivo: atendentes agressivos têm dificuldade para ouvir e praticar empatia. Usam gestos exagerados, tom e volume de voz mais intensa. Atacam o cliente e não se importam com a solução do problema. O profissional de atendimento deve estar preparado para atender os diversos perfis dos clientes, sabendo que o maior desafio é lidar com pessoas. É importante perceber, que cada perfil diferente de cliente pede um tratamento adequado. Saber identificar o tipo de comportamento de cada cliente aumentará as possibilidades de o vendedor efetuar vendas de qualidade e fidelizar clientes. BLANCHARD (2003) apud BRAGA (2014) disse “Nada é tão desigual quanto tratamento igual a pessoas desiguais”. Isto acontece com grande parte dos profissionais de vendas e atendimento a clientes, pois adotam uma padronização, com o mesmo diálogo e comportamento com pessoas totalmente diferentes. Hoje em dia, além de oferecer produtos de alta qualidade a preços flexíveis, precisamos atender com qualidade, com cortesia e empatia. Devemos descobrir quais as necessidades dos nossos clientes, o que eles desejam, precisam e esperam de nossos produtos/ serviços, para assim, conquistá-los e torná-los clientes defensores. Classificação de alguns tipos de clientes, Administradores apud Braga (2013): Briguento: usa gestos e tom de voz exagerado; insiste em falar com o proprietário; não tem paciência; acredita que apenas ele tem razão; diz que vai chamar a polícia. Emotivo: são pessoas carentes, se lamentam por qualquer coisa normalmente podem tomar o tempo de quem lhe atender. 24 Racional: são pessoas objetivas, com critérios racionais, que sabe o que quer; sabe o que diz, pois é bem informado, não sendo influenciado com facilidade; confia em si próprio e não gosta de argumentos fracos; observa a qualidade do produto e analisa o preço. Desconfiado: fica na defensiva; faz perguntas para testar o conhecimento do atendente; não dá sua opinião, prefere ouvir a opinião do atendente; solicita informação por escrito; pede referência de outros clientes. Falador: são pessoas que falam demais e sempre se perde nos assuntos, procura obter o máximo da atenção e do tempo de quem o atende. O importante: faz pouco caso da empresa e de seus produtos; é vaidoso; é distante, não olha o atendente nos olhos; faz comentários vazios; não aceita a opinião do atendente. Apressado: quer rapidez no atendimento, não se interessando em relacionamento; não verifica o produto em detalhe; confia nas informações do vendedor. Preocupado com o preço: pergunta logo o preço e acha caro; cria objeções antes da argumentação do vendedor. 2.5.3. O Custo do Atendimento É evidente que todas as pessoas ao realizarem uma compra, querem ser bem atendidas e ao mesmo tempo, sentir-se respeitadas e valorizadas. Para muitos, agregar valor é gastar com extras. Muitos se perguntam quanto custa para agregar valor, mas poucos se dão ao trabalho de saber qual o valor que o seu cliente valoriza. A atual disposição do mercado não concede a nenhuma empresa o luxo de não tentar entendê-lo. Das dificuldades que as empresas enfrentam hoje, muitas delas são derivadas do descaso das mesmas que não se dão o trabalho de parar para pensar e se perguntar o básico. Quem é meu cliente? O que posso fazer para atendê-lo? Qual o meu negócio, produto ou serviço? (SEBRAE apud FARIAS, [S.l.: s.n.]). 25 Não é fácil de mensurar o custo do bom atendimento. Mas, o custo do mau atendimento é muito fácil. Durante um atendimento, se o cliente se avaliar como mal atendido, sua percepção é a de que os preços dos serviços são altos. Quando ele se considera bem atendido, sua percepção é a de que os preços são baixos. Segundo o colunista MEIR (2009), A grande dificuldade é como provar e tangibilizar para as grandes corporações o retorno dos investimentos na prestação de um bom serviço ou atendimento ao cliente. Todas se especializaram em investir em ações de marketing para atrair novos clientes. E esta foi uma receita de sucesso adotada e copiada pela grande maioria das empresas no mundo. Paralelamente, todas classificaram as estratégias de retenção, fidelização e pós-vendas como centros de custos, limitados a contingências orçamentárias. SEBRAE apud FARIAS, [S.l.: s.n.] “O cliente é como uma criança a procura do melhor brinquedo. Aquele que se mexer mais e fizer mais barulho com certeza vai ganhá-lo”. Para as empresas com dificuldades de encontrar uma forma de se diferenciar, investir no capital humano é a melhor saída. Todas as promoções, estratégias de marketing e propaganda de sua empresa podem ser eliminadas por um único atendente grosseiro ou indiferente. O resultado da diferenciação, por mais que gere um custo, aumenta o valor percebido de seu produto ou serviço. 2.6. Satisfação do Cliente Estamos numa era onde a concorrência está cada vez mais acirrada. As empresas necessitam de um diferencial competitivo para manter-se no mercado, conquistar novos clientes, satisfazê-los e, ainda, torná-los fiéis à empresa. 26 A qualidade enquanto adequação ao uso visa garantir que o produto ou serviço em questão atenda aos anseios, expectativas e necessidades básicas do cliente, promovendo assim sua satisfação em relação ao produto ou serviço. Mas como saber o que satisfaz o cliente? A resposta para tal pergunta está no próprio cliente e é a partir de suas respostas que a organização deve tomar decisões e promover ações necessárias para atender sua satisfação. (PALADINI, 2000, [s.n.t.]) Para KOTLER (2000, p. 58), “Satisfação consiste na sensação de prazer ou desapontamento resultante da comparação do desempenho (ou resultado) percebido de um produto em relação às expectativas do comprador.” O cliente ficará satisfeito se suas expectativas forem alcançadas, após a sua compra. Se o desempenho não foi superado, o cliente ficará insatisfeito. Seus concorrentes podem oferecer os mesmos produtos/ serviços e pelo mesmo preço que sua empresa. Porém o que realmente os diferencia, é a oferta de valores agregados a ele. Define o valor como a razão entre o que o cliente recebe e o que ele dá. O cliente recebe benefícios e assume custos. Os benefícios incluem benefícios funcionais e emocionais. Os custos incluem custos monetários, de tempo, de energia e psicológicos. (KOTLER, 2000, p.33). O cliente, quando satisfeito, tende a divulgar que o produto ou serviço é de qualidade, confiável e seguro. Este tipo de propaganda se espalha de maneira informal e rápida. Porém, às vezes, é preciso enfrentar clientes insatisfeitos e agressivos. Um leve descuido é capaz de transformar um pequeno, num problema de proporções enormes. Por isso, o profissional de atendimento deve saber e estar preparado em como se comportar diante de um cliente agressivo, impaciente, insatisfeito e estressado. A verdade é que não existe uma fórmula pronta para lidar com esse tipo de cliente, porém existem algumas dicas importantes para estas situações difíceis, SEBRAE (2014): Personalize o atendimento: Chame o cliente pelo nome ou sobrenome. Utilize pronomes de tratamento tais como Senhor ou Senhora; 27 Demonstre disponibilidade e interesse em encontrar uma solução; Mantenha a calma, não altere seu tom de voz. Controle suas emoções. Seja profissional; Direcione sua energia e empenho contra o problema, não contra o cliente. Coloque-se ao lado do cliente. Faça do cliente um aliado; Deixe o cliente desabafar. Ouça com atenção sem interromper. Faça anotações se necessário. Clientes agressivos querem encontrar alguém que escute suas queixas com atenção; Faça perguntas com cautela. Pergunte para identificar alternativas de solução do problema. Perguntas mal elaborada podem ofender o cliente e intensificar o conflito; Não apresse o cliente. Dê tempo para ele pensar antes de responder; Assuma uma postura firme e assertiva. O cliente deve acreditar que você possui autoridade e competência para resolver o problema. Adotar uma postura do tipo “isso não é comigo” ou “antes eu tenho que consultar meu gerente” só serve para agravar a situação; Não desperdice energia elaborando desculpas criativas. No fundo, toda desculpa não passa de uma desculpa, seja ela boa ou má. Desculpas não confortam ninguém. O que o cliente procura é apenas a solução de seus problemas; Não aponte culpados, nem critique a empresa. Jogar a culpa nas costas de outro colega ou na empresa não ajuda a resolver problema nenhum; Peça desculpas sempre que necessário. Mas cuidado: um pedido de desculpas exagerado pode parecer falso ou sarcástico; A solução deve ser rápida e razoável para as duas partes. Explique com cautela e detalhes o que você fará para solucionar o problema do cliente. Lembre-se que o cliente pode não estar familiarizado com os procedimentos da empresa. E finalmente, não se comprometa com algo que você não pode cumprir. No entanto, é importante entender que durante o processo de satisfação, deve se considerar que cada cliente tem sua personalidade, perspectivas diferentes, 28 onde desejos e gostos podem ser formados através das expectativas de compras anteriores. Para saber se seu cliente está satisfeito, a empresa deve medir e analisar seu processo de desempenho, que tem por objetivo principal, melhorar continuamente a gestão da qualidade e consequentemente a eficácia e eficiência do atendimento. Segundo a NBR ISO 9001: Como uma das medidas do desempenho do sistema de gestão da qualidade, a organização deve monitorar informações relativas à percepção do cliente sobre se a organização atendeu aos requisitos do cliente. Os métodos para obtenção e uso dessas informações devem ser determinados. NOTA – Monitoramento da percepção do cliente pode incluir a obtenção de dados de entrada de fontes, tais como pesquisas de satisfação do cliente, dados do cliente sobre a qualidade dos produtos entregues, pesquisa de opinião dos usuários, análise de perda de negócios, elogios, reivindicações de garantia e relatórios de revendedor. (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2008, p. 12) A avaliação da satisfação do cliente tem dois objetivos. CARPINETTI et al (2010: p.88) define que, O primeiro tem como propósito aferir se a organização está sendo bem-sucedida em sua missão de prover produtos e serviços que atendam satisfatoriamente seus clientes. Segundo, serve para avaliar a eficácia do sistema de gestão para atendimento dos requisitos dos clientes. Conhecer o grau de satisfação do cliente é fundamental para se alcançar o sucesso e consolidar a imagem de uma empresa. A Pesquisa de Satisfação é uma ferramenta, dentre outras, que permite identificar quais os aspectos do atendimento de uma empresa que geram satisfação ou insatisfação dos clientes. 2.7. Da Satisfação à Fidelidade 29 Os objetivos das empresas não estão somente em vender em grandes quantidades seus produtos/ serviços, mas sim que a compra se torne constante, um hábito. Esse processo é chamado de "fidelização", que significa fazer com que os clientes atuais se tornem fiéis à empresa. O que leva o cliente a “não fidelização” com a empresa, é perceber que o produto/ serviço esperado, não condiz com o prometido pela empresa, ou seja, há momentos de discordância e frustrações. É importante destacar que o custo de conquista de um novo cliente é superior ao de manutenção de um cliente já existente. Então, o esforço na retenção de clientes é uma estratégia que irá garantir aumento nas vendas e redução das despesas. Moutella (2014) destaca que clientes fiéis são muito mais propensos a comprar através de mais de um canal (telefone, loja, internet, etc.) e tendem a consumir mais. E quanto mais fiéis, maior a vida útil da carteira de clientes da empresa, menor o custo de recuperação de clientes e maior valor financeiro agregado à marca. “Estima-se que o custo de atrair novos consumidores é cinco vezes o custo de mantê-lo satisfeito. É necessário muito esforço para induzir consumidores satisfeitos a abandonar seus fornecedores atuais”. (KOTLER, 2011, p.58). Cliente fiel é aquele que está envolvido, presente, não muda, mantém consumo frequente, ou aquele que é leal à empresa. Para BROWN (2001, p. 53), A fidelidade do cliente é o resultado real de uma organização criando benefícios para um cliente, para que ele mantenha ou aumente suas compras junto à organização. A fidelidade do cliente é criada, quando ele se torna um defensor da organização, sem incentivo pra tal. Clientes fiéis reclamam quando têm uma experiência ruim, porque querem ver seu problema resolvido. Já os clientes infiéis vão embora sem o menor arrependimento e difamam a empresa. Segundo Kotler (2000), 95% dos clientes insatisfeitos não reclamam, apenas deixam de comprar e contaminam outros treze, enquanto que um satisfeito influencia apenas cinco. 30 2.8. Reclamação de Clientes Segundo o dicionário, reclamação é “protestar ou se queixar a respeito de alguma coisa ou pessoa. Fazer reivindicação ou exigência de algo”. As reclamações dos clientes devem ser recebidas e analisadas com atenção. Muitas vezes, uma reclamação aparentemente sem valor para a empresa, pode ser significante para o cliente e a não tratativa correta pode custar caro à empresa. Por isso, deve-se registrar a reclamação, analisar as causas e quais as ações serão tomadas para a solução da reclamação. Ainda, é importante a comunicação com o cliente, para que ele acompanhe o passo a passo do registro e das tratativas. Sem dúvida, ele se sentirá valorizado passando a depositar confiança na empresa. Um cliente pode alavancar ou derrubar o nome de uma empresa. É importante que os empresários conheçam as deficiências do seu negócio para agir preventivamente, demonstrando respeito pelo consumidor. Mesmo que o cliente não tenha razão em sua queixa, o melhor a fazer é tentar um acordo, pois ele pode partir para os órgãos de defesa do consumidor, ou mesmo para o Judiciário, o que gera multas e gastos maiores, muitas vezes, do que o bem negociado. (COLDIBELI, 2012 apud DOLCI [s.n.t.]) A Norma NBR ISO 10002:2005 (p. 5) fornece princípios e orientações para as empresas implementar um processo eficaz de tratamento de reclamações de clientes. Visibilidade: Convém que a informação sobre como e onde reclamar esteja bem clara ao cliente, ao pessoal e outras partes interessadas; Acessibilidade: Convém que um processo de tratamento das reclamações seja facilmente acessível a todos os reclamantes. Que a informação seja disponibilizada tratando os detalhes sobre como fazer e solucionar as reclamações. Que seja de fácil entendimento e que a informação seja em linguagem clara; 31 Prontidão nas respostas: Convém que o recebimento de cada reclamação seja confirmado imediatamente ao cliente e que sejam encaminhadas prontamente, de acordo com as suas urgências. Os reclamantes devem ser tratados com cortesia e mantidos informados sobre o andamento de suas reclamações durante o processo de tratamento de reclamações; Objetividade: Convém que cada reclamação seja tratada com objetividade, igualdade de empenho e imparcialidade; Isenção de Ônus: O processo de encaminhamento de uma reclamação não pode, de forma alguma, gerar para o cliente qualquer forma de custo; Confidencialidade: As informações levantadas sobre o cliente e sua reclamação devem ser utilizadas apenas e tão somente para o encaminhamento da solução da reclamação e que seja mantida confidencial, a menos que o cliente ou reclamante autorize expressamente a sua revelação; Abordagem com foco no Cliente: A empresa deve estar ativamente comprometida com o tratamento das reclamações de forma eficaz e eficiente. É particularmente importante que isto seja demonstrado e promovido pela direção da empresa com participação de todos os funcionários sem exceção; Responsabilidade: A responsabilidade pelas ações e decisões relacionadas ao tratamento das reclamações devem ser claramente definidas; Melhoria Contínua: O tratamento de reclamações deve ser sistemático e contínuo. Deve fazer parte da política da empresa e servir de alicerce para um esforço de melhoria frequente. Existem empresas que dificultam a abertura de um registro de reclamação, ou ignoram a questão, e estes empecilhos faz com que o cliente acabe desistindo de reclamar. Um cliente insatisfeito, como já abordado durante este trabalho, costuma espalhar sua insatisfação e indignação para outras pessoas. Ainda, se o cliente não registrar sua reclamação, a probabilidade da empresa ter uma reincidência da mesma reclamação, ou gerar novos clientes insatisfeitos, é muito grande. 32 A norma ISO 10002 auxilia também no tratamento de reclamações: Ser aberto às reclamações; Coletar e registrar as informações; Acusar o recebimento da reclamação ao cliente; Avaliar se a reclamação é válida; Resolver o mais breve possível; Informar ao cliente qual providência será tomada em relação a sua reclamação e avaliar a resposta; Quando tudo que era possível já tiver sido feito para resolver a reclamação, informar ao cliente e registrar o resultado; Analisar criticamente com regularidade. As reclamações e sugestões de melhorias obtidas através de registros de clientes devem ser tratadas pelas empresas como propostas de avanço dos seus produtos e seus processos. CAPÍTULO 3. METODOLOGIA 33 3.1. Definição de Metodologia Metodologia é conceituada por GIL (1996) como o processo da pesquisa adotada para elaboração de um determinado assunto, que deve ser seguida para podermos responder os problemas do tema em questão, conseguindo alcançar os objetivos do trabalho de forma clara e objetiva. LAKATOS e MARCONI (2001; p. 83), define método como o “conjunto das atividades sistemáticas e racionais que permitem alcançar os objetivos, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as tomadas de decisões”. Para OLIVEIRA (1999; p. 57), “o método é uma forma de pensar para chegar à natureza de um determinado problema, quer seja para estudá-lo, quer seja para explicá-lo”. Em geral, o método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um dado final ou um resultado desejado. “Nas ciências, entende-se por método o conjunto de processos que o espírito humano deve empregar na investigação e demonstração da verdade” (MORESI, 2003, p.13 apud Cervo e Bervian). Ou seja, o objetivo geral da metodologia é de auxiliar a compreensão do processo de verificação da pesquisa. Pesquisa pode ser definida de diversas formas. Para GIL (1999, p. 42), a pesquisa tem um caráter pragmático, é um “processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”. Demo (1996, p. 34) introduz a pesquisa como um “questionamento sistemático crítico e criativo, mais a intervenção competente na realidade, ou o diálogo crítico permanente com a realidade em sentido teórico e prático”. A pesquisa é realizada quando se tem um problema e não se tem informações para solucioná-lo. Segundo Oliveira (1999; p. 118), uma pesquisa, tendo em vista seus objetivos, pode ser classificada da seguinte forma: Pesquisa Básica: objetiva gerar conhecimentos novos, envolve verdades e interesses universais. 34 Pesquisa Bibliográfica: sua finalidade é conhecer as diferentes formas de contribuições científicas que se realizaram sobre determinado assunto ou fenômeno; Pesquisa Teórica, Aplicada e de Campo: a pesquisa teórica tem como finalidade gerar novas hipóteses, exigindo síntese e reflexão. A pesquisa aplicada tem por objetivo pesquisar, comprovar ou rejeitar hipóteses sugeridas pelos modelos teóricos. Já a pesquisa de campo consiste na observação dos fatos, tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados e no registro de variáveis presumivelmente para posteriores analises. Pesquisa Descritiva: tem por finalidade observar, registrar e analisar os fenômenos sem, entretanto, entrar no mérito do seu conteúdo; Pesquisa Exploratória: ênfase dada à descoberta de práticas ou diretrizes que precisam modificar-se e na elaboração de alternativas que possam ser substituídas. Estudo de caso: é o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como pessoa, uma família, etc. Tem caráter de profundidade e detalhamento. O trabalho de monografia tem por objetivo satisfazer um requisito para obtenção de grau, título ou avaliação acadêmica, é realizado em conclusão de cursos de graduação ou pós-graduação. Mediante a esses esclarecimentos posso definir o trabalho como sendo uma pesquisa descritiva tendo como característica o estudo de caso, seguindo a linha de uma pesquisa de campo, que utilizará a partir de um levantamento de dados, às informações pertinentes e necessárias para alcançar os objetivos propostos no capítulo 1. Para a realização deste estudo foi aplicada uma revisão bibliográfica dos temas que envolvem a qualidade no do atendimento ao cliente. A pesquisa é oriunda de coletas de dados primários, obtidos através do questionário preenchido. 3.2. Procedimentos para obtenção dos dados 35 Para obtenção dos dados foi realizado um estudo de caso da empresa alvo, utilizando um questionário com perguntas fechadas, aplicados aos 10 clientes com maior frequência de consumo da empresa, impressos e entregue pessoalmente para o preenchimento. A pesquisa foi realizada entre os dias 26 de maio à 04 de junho de 2014, com aplicação de 10 perguntas fechadas. Foram utilizadas as escalas de classificação entre péssimo, ruim, bom e excelente em duas questões e demais questões, a escala de sim, parcialmente e não. O questionário foi realizado com base no tema em estudo, com finalidade de avaliar a satisfação dos clientes perante a qualidade no atendimento da empresa. Os resultados obtidos foram demonstrados através de gráficos percentuais e analisados. CAPÍTULO 4. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA 4.1. Histórico da Empresa Segundo estágio realizado na empresa COPEL COM. DE PEÇAS PARA AUTOS LTDA, Santos (2013, p. 7 e 8): 36 A empresa foi fundada em 1984, constituída por três sócios e denominada “Copel Comércio de Peças e Acessórios para Mercedes-Benz”. Suas atividades estavam voltadas à venda de peças pequenas para Mercedes-Benz, com um quadro de colaboradores reduzido, com apenas dois funcionários e de um espaço físico limitado a 80 m2 alugado. Seu processo logístico era realizado com veículos particulares dos sócios. Por um reflexo da necessidade na procura de peças e a busca de agilizar suas entregas, em 1990 a empresa investe na aquisição de seus primeiros veículos. Em 1992, houve a necessidade da ampliação de seus negócios. Alugaram um galpão de 230 m2, situado na Avenida Doutor Rodrigues Alves, n° 382, em Capivari (SP). No mesmo ano, adquiriu um caminhão Mercedes-Benz para transportar peças compradas de seus fornecedores, que reduziu custos com fretes. Ainda em 1992, comprou um terreno ao lado do barracão e construiu uma garagem para o novo caminhão. No exercício de 1992, a empresa enfrentava problemas com a rivalidade entre seus sócios, surgindo então uma separação e passou a constituir de apenas dois sócios. Motivados pelo grande volume de vendas, em 1993, a COPEL comprou um galpão de 230 m2, no intuito de suprir seu estoque onde foram armazenadas as peças maiores e mais pesadas. No início de 1994, planejando construir uma sede própria e expandir sua linha de produtos para Scania e Volvo, a empresa comprou outro terreno, ao lado do galpão de estoque. Alterou sua razão social para “Copel Comércio de Peças para Autos Ltda”. Inaugurada a nova sede em 1997, um galpão de 350 m2, a empresa aumentou seu estoque em torno de 30%. Durante esse ano começou a ocorrer muitas discussões e falta de entendimento entre os dois sócios. Em 2000, a empresa contava com novos fornecedores e com uma estrutura organizacional mais definida, dispondo de departamentos de Vendas, Estoque e Administrativo. No ano de 2002, implantou um sistema computadorizado com a finalidade de dar suporte a todos os funcionários, ganhando com isso mais rapidez funcional. 37 Em outubro de 2006, após muitas negociações entre os sócios, houve um acordo em que o sócio Osmir Aparecido de Almeida comprou a parte de Pedro Baptistella na sociedade, ficando como único sócio da empresa. Nos exercícios de 2009, 2010 e 2011 conseguimos consolidar nossa posição no mercado, com a abertura de filiais nos municípios de Piracicaba e Tietê. A empresa vem trabalhando na credibilidade adquirida no decorrer dos anos, conservando o mesmo conceito de qualidade de seus produtos e com o compromisso de fornecer o melhor atendimento aos seus clientes. Com amplo estoque fornece peças para toda a região de Capivari, com uma equipe altamente capacitada e especializada. 4.2. Produtos e Serviços Ainda segundo o estagio realizado na empresa 2013, p. 9: A Copel atua no mercado com peças para caminhões Mercedes-Benz, Scania, Volvo, Volkswagen e Ford em todos os segmentos, desde pequenas arruelas até eixos de câmbio e embreagem, tudo para caminhão ou utilitário. Comercializa também linha de acessórios para higienização e conservação de veículos. Além de vender peças paralelas, a empresa conta com peças originais (genuína multimarcas), e peças sob medidas (encomenda). 4.2.1. Principais Produtos Adesivos vedadores e colantes; Acessórios; Amortecedores; Barras e terminais de direção; Bombas d’água; 38 Borrachas e guarnições; Canos e tubulações; Componentes elétricos; Conexões; Coxins e suportes rolamentos cardan; Cruzetas; Embreagens; Embuchamentos de manga de eixo; Engates para reboques rodoviários; Escapamentos; Faróis; Filtros; Flexíveis; Hélices para motores; Juntas e retentores; Lâmpadas; Lanternas; Latarias e travessas para chassis; Lonas e pastilhas de freio; Lubrificantes; Peças para câmbio e diferencial; Peças para caminhões Scania e Volvo; Peças para cardans; Peças para freios; Peças para motores; Peças para suspensão; Rolamentos diversos; Tambores de freio e cubos de roda; Entre outros. 4.2.2. Principais Serviços 39 Atendimento a clientes; Bom relacionamento entre os funcionários; Parceria com fornecedores; Entre outros. 4.3. Missão da Empresa Buscando atender o segmento da indústria automobilística de forma competitiva, a COPEL traz como missão: Desenvolver o bem estar dos seus colaboradores; Fornecer produtos com qualidade, rapidez na entrega e bons preços. 4.4. Política da Empresa Manter seu estoque sempre variado e atualizado; Atualizar-se com catálogos digitais e treinamento de seus colaboradores; Estabelecer posição estratégica agressiva, no sentido de sustentar o desenvolvimento contínuo da organização. 4.5. Concorrentes Conforme estágio realizado Santos (2013, p. 15), para a COPEL os concorrentes dividem-se em pequeno e grande porte. A empresa tem vários concorrentes em seu segmento, vários deles são empresas familiares que atuam com linhas reduzidas de produtos. Essas empresas atuam com preços competitivos se valendo de seus custos e despesas reduzidas. Os maiores concorrentes da Copel são: 40 Auto peças Capivari (Capivari); Diesel Truck (Piracicaba); Medauto Auto Peças (Piracicaba); Entre outros. 4.6. Fornecedores A empresa trabalha com vários distribuidores, dentre os principais: DPK COMERCIAL AUTOMOTIVA LTDA; FALSI & FALSI; ROCHESTER AUTO IMPORTADORA LTDA; E demais fornecedores como SUPORTE REI, FAG, REX, DENIGRES, EURORICAMBI, BIAGIO, AF LANTERNA, STAHL, entre outros. 4.7. Clientes Seus principais clientes são: Usina Açucareira Furlan S/A; J. Pilon S/A; Transportadora São João; Anchieta Limpeza; AVR Pré Moldados; Comercial Raia; Padoveze Transportes Entre outros 41 CAPÍTULO 5 – RESULTADOS E DISCUSSÕES 5.1. Resultados da Pesquisa Neste capítulo serão apresentados e discutidos a compilação do resultado da pesquisa, aplicada aos 10 principais clientes da empresa COPEL, com o objetivo de avaliar a satisfação de seus clientes em relação ao atendimento prestado, e também, identificar as necessidades para melhorias, que segue: 42 1. Como você classifica a qualidade no atendimento da empresa? Gráfico 1: Como você classifica a qualidade no atendimento da empresa? Fonte: Dados da pesquisa Dos 10 clientes pesquisados, 6 classificaram o atendimento sendo como excelente e 4 como bom. Não houve pontuações para péssimo ou ruim. Com este resultado, entende-se que o atendimento da empresa COPEL, de uma forma geral, está atendendo a perspectiva de seus clientes. 2. Os atendentes demonstram profissionalismo e educação? 43 Gráfico 2: Os atendentes demonstram profissionalismo e educação? Fonte: Dados da pesquisa Dos 10 clientes pesquisados, 8 qualificaram os colaboradores da empresa como profissionais e educados. Apenas 2 concordaram parcialmente. Não houve pontuações negativas. Nota-se nesta questão que os perfis dos profissionais de atendimento da empresa COPEL, se enquadram nas características básicas para ser um bom atendente, como revisado no item 2.5.2. 3. Os atendentes demonstram conhecimento do produto? Gráfico 3: Os atendentes demonstram conhecimento do produto? Fonte: Dados da pesquisa 44 Ainda analisando o perfil do atendente, ao questionar o conhecimento demonstrado sobre os produtos oferecidos pela empresa, nota-se que 6 dos clientes responderam que os vendedores dominam parcialmente e apenas 4 dos clientes afirmaram que os colaboradores conhecem os produtos vendidos. Este indicador aponta uma sugestão para melhoria, pois é necessário que o atendente conheça os itens em estoque e suas características para auxiliar seu cliente durante a venda, esclarecendo as dúvidas, passando confiança e mostrar o custo-benefício da aquisição. 4. Referente às entregas, a empresa atende ao combinado? Gráfico 4: Referente às entregas, a empresa atende ao combinado? Fonte: Dados da pesquisa Ao analisarmos o gráfico acima, nota-se que 8 dos pesquisados responderam que sim, que a empresa cumpre com os prazos estabelecidos de entrega e apenas 2 responderam parcialmente. Assim como visto no item 2.4, a qualidade na prestação de serviços deve demonstrar e transmitir ao cliente credibilidade e confiança. O cumprimento com os prazos acordados faz com que o cliente sinta-se satisfeito com a compra. Mas, o atraso pode ocasionar uma perda de clientes e denegrir a imagem da empresa. 45 5. Os atendentes fornecem as informações com clareza? Gráfico 5: Os atendentes fornecem as informações com clareza? Fonte: Dados da pesquisa Neste item avaliado, 7 responderam que os atendentes fornecem informações com clareza, porém 3 relataram que fornecem parcialmente. Assim como na questão 3, a busca do melhor conhecimento dos produtos para transmitir de forma clara as informações, quando questionados pelos clientes, é fundamental para um bom atendimento. Mesmo assim, não houve apontamos desfavoráveis. 6. Suas ligações são atendidas prontamente pelo departamento comercial? Gráfico 6: Suas ligações são atendidas prontamente pelo departamento comercial? Fonte: Dados da pesquisa 46 Ao serem interrogados sobre a prontidão no atendimento telefônico, nota-se que apenas 5, dos 10 pesquisados, estão satisfeito com a agilidade no atendimento do departamento comercial. Ainda, 3 responderam estar parcialmente satisfeitos e 2 responderam estar insatisfeitos com a presteza no atendimento telefônico. Hoje, a empresa não possui uma norma ou procedimento para o atendimento telefônico, mas os vendedores procuram atender o mais rápido possível. As empresas devem entender que, não se resume em atender apenas o telefone, mas sim atender o cliente que está ao telefone e que cada ligação atendida é uma oportunidade de venda. Ou seja, para um bom atendimento deve-se evitar deixar o cliente esperando, tanto no atendimento pessoal, como no caso de telefone, pois além de gerar um descontentamento em quem espera, é um fator negativo para a imagem da empresa e gera perda de vendas. O telefone é um excelente instrumento de comunicação com os clientes, mas deve ser utilizado de forma adequada, pois um atendimento ruim pode fazer com que o cliente passe para a concorrência. GODRI (1994). 7. Havia estoque do produto solicitado? Gráfico 7: Havia estoque do produto solicitado? Fonte: Dados da pesquisa 47 O gráfico acima traz a questão sobre o estoque da empresa. Nota-se que houve uma divisão na avaliação, onde 5 confirmaram que ao realizarem um pedido, os produtos estão em estoque, e 5 responderam que os produtos encontram-se parcialmente em estoque. Nenhum apontou negativamente esta questão. Quando o cliente solicita alguma peça que não consta em estoque, a COPEL tem como procedimento, anotar o pedido do cliente e realizar a reposição do item o mais rápido possível, para assim, atender sua necessidade. 8. O preço do produto solicitado estava de acordo com sua expectativa? Gráfico 8: O preço do produto solicitado estava de acordo com sua expectativa? Fonte: Dados da pesquisa Segundo Feigenbaum (1994, p.5), Enquanto os compradores atuais continuam a comprar concentrando sua atenção sobre o preço, ao contrario dos compradores de alguns anos atrás, eles atribuem grande e crescente ênfase à qualidade, exigindo produtos aceitáveis a qualquer nível de preço. É a qualidade, assim como o preço, que motiva as vendas atualmente; e qualidade é o fator que proporciona o retorno do cliente pela segunda, terceira e décima quinta vez. 48 Considerando o resultado do gráfico acima, nota-se que o preço dos produtos vendidos pela empresa COPEL, está atendendo parcialmente a expectativa dos clientes, sendo que apenas 3 clientes estão satisfeitos com o preço dos produtos ofertados. Analisando a citação do autor com este indicador, podemos interpretar que mesmo os clientes estando em sua maioria parcialmente satisfeitos com o preço dos produtos, isto não interfere a sua escolha pela empresa durante a compra, pois já são clientes fiéis à empresa. Assim, podemos afirmar que a qualidade no atendimento hoje, é um fator essencial para a retenção de clientes. 9. Como você classifica a satisfação em relação aos produtos? Gráfico 9: Como você classifica a satisfação em relação aos produtos? Fonte: Dados da pesquisa O resultado mostra que os clientes estão satisfeitos com a qualidade dos produtos vendidos. Dentre os 10 principais clientes, 7 classificaram como produtos bons e 3 como excelente. Não houve classificação ruim ou péssima. 49 10. Recomendaria esta empresa a outro consumidor? Gráfico 10: Recomendaria esta empresa a outro consumidor? Fonte: Dados da pesquisa Ao questioná-los se recomendariam a COPEL a outro consumidor, nota-se que 8 dos clientes responderam que sim e 2 parcialmente. Este resultado é satisfatório, como estudado no item 2.2, onde citamos que, vender mais aos clientes satisfeitos, obtém a confiança e recomendações junto a novos compradores e levam os clientes a tornarem-se fiéis ou defensores. 50 CAPÍTULO 6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho se propôs a buscar no fundamento teórico, como a qualidade é importante no atendimento ao cliente. A qualidade hoje é tratada como um assunto de vital importância pelas empresas, onde compreenderam que se aplicado ao serviço de atendimento, visa à satisfação e fidelização de seus clientes. Ainda, buscou responder a seguinte pergunta problema: Qual a importância da qualidade do atendimento no processo de busca da satisfação do cliente? Para a obtenção da resposta, foi apurado através de uma pesquisa de campo, aplicado a uma amostra dos 10 clientes de maior frequência de consumo da empresa alvo e notou-se que de um modo geral, os clientes estão satisfeitos com o atendimento da empresa, com os produtos oferecidos e que 80% desses recomendariam a outro consumidor. Porém foram observados alguns pontos para melhoria, como uma maior agilidade no atendimento telefônico e melhor conhecimento do produto. Isso significa que ainda há medidas a serem tomadas para assim transmitir mais confiança e aumentar do grau de satisfação de seus clientes. Com este resultado, o objetivo principal do trabalho foi alcançado, pois buscou demonstrar como o resultado de um atendimento de qualidade pode alcançar a satisfação do cliente, fundamentado na empresa alvo desse estudo. Ainda, a pesquisa bibliográfica acrescentou mais conhecimento pessoal para a realização deste trabalho. Baseado na pesquisa, com embasamento teórico, concluí-se que a qualidade no atendimento ao cliente não é apenas importante e estratégica. Mas sim, essencial para as empresas que desejam ampliar sua carteira no mercado competitivo e fidelizar seus clientes. E apesar de ser uma excelente ferramenta, ainda existem empresas que não aplicam nos seus processos, não dão a devida importância ao o que o cliente pensa e necessita. Muitas vezes deixam de tratar suas reclamações ou sugestões, o que leva a perda do cliente e conseqüentemente a melhoria dos processos internos da empresa. Com os apontamos da pesquisa, conseguimos avaliar a percepção dos clientes, suas satisfações e também, perceber os principais pontos de melhorias para num futuro próximo serem resolvidos. 51 E, apesar de algumas limitações durante a pesquisa, como exemplo o número limitado de amostras para apuração dos resultados, seria interessante para as próximas pesquisas, explorar um maior número de clientes, não somente os que consomem com maior frequência, mas sim os de maior faturamento, os que consomem com média frequência, etc., aplicando novas questões, com outras escalas de classificações, para compararmos com este estudo e avaliamos a evolução sobre a percepção da qualidade do atendimento e a satisfação do cliente, que é o fator principal. 52 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT, Norma ISO 9000:2000 – Sistemas de Gestão da Qualidade – Fundamentos e Vocabulário. Rio de Janeiro, 2000 ABNT, Norma ISO 9001:2008 – Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos. Rio de Janeiro, 2008 ABNT, Norma ISO 10002:2005 – Gestão da Qualidade – Satisfação do cliente – Diretrizes para o tratamento de reclamações nas organizações. Rio de Janeiro, 2005 BRAGA, Antonio. 8 perfis de clientes com os quais você precisa aprender a lidar. Disponível em: http://www.administradores.com.br/, acessado em 27 de março de 2014. BROWN, Stanley A. CRM - Customer Relationship Management. São Paulo: Makron Books, 2001. CAMPOS, Vicente F. TQC Controle De Qualidade Total: No Estilo Japonês. 8ª edição. Belo Horizonte: Editora EDG, 1999. CARPINETTI, Luiz C. R; MIGUEL, Paulo A. C; GEROLAMO, Mateus C. Gestão da Qualidade ISO 9001:2008 Princípios e Requisitos. 3ª edição. São Paulo: Editora Atlas S.A, 2010. CARVALHO, Pedro C. Administração Mercadológica. 1ª edição. Campinas: Editora Alínea, 1999. CHURCHILL, Gilbert. A. Jr; PETER, Paul. Marketing: Criando valor para os clientes. São Paulo: Editora Saraiva, 2000. 53 COLDIBELI, Larissa. 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Análise, Planejamento, Implementação e Controle. 5ª edição. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2011. LAKATOS, M. Eva; MARCONI, A. Marina. Fundamentos de Metodologia Científica. 4ª Edição Revista e Ampliada. São Paulo: Editora Atlas S.A, 2001. 54 LONGO, Walter. Atendimento. In: RIBEIRO, J.; ALDRIGHI, V.; IMOBERDORF, M.; BENETTI, E.; LONGO, W.; DIAS, S. Roberto. Tudo o que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve paciência de explicar. 3ª edição. São Paulo: Editora Atlas, 1991. MEIR, Roberto. Atendimento ao cliente: custo ou investimento. Disponível em: http://consumidormoderno.uol.com.br/, acessado em 02 de junho de 2014. MORESI, Eduardo. Metodologia da Pesquisa. Universidade Católica de Brasília. Brasília, 2013 MOUTELLA, Cristina. Fidelização de Clientes como Diferencial Competitivo. Disponível em: http://www.portaldomarketing.com.br/, acessado em 02 de junho de 2014. NICKELS, William G; WOOD, Marian Burk. Marketing, Relacionamentos, Qualidade e Valor. 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Capivari, 2010. VAVRA, Terry G. Marketing de Relacionamento. São Paulo: Editora Atlas, 1993. 56 APÊNDICE Satisfação de Cliente - Pesquisa para o Trabalho de Conclusão de Curso de ADM, da Faculdade - FACECAP. 1. Como você classifica a qualidade no atendimento da empresa? ( ) Péssimo ( ) Ruim ( ) Bom ( ) Excelente 2. Os atendentes demonstram profissionalismo e educação? ( ) Sim ( ) Parcialmente ( ) Não 3. Os atendentes demonstram conhecimento do produto? ( ) Sim ( ) Parcialmente ( ) Não 4. Referente às entregas, a empresa atende ao combinado? ( ) Sim ( ) Parcialmente ( ) Não 5. Os atendentes fornecem as informações com clareza? ( ) Sim ( ) Parcialmente ( ) Não 6. Suas ligações são atendidas prontamente pelo departamento comercial? ( ) Sim ( ) Parcialmente ( ) Não 7. Havia estoque do produto solicitado? ( ) Sim ( ) Parcialmente ( ) Não 8. O preço do produto solicitado estava de acordo com sua expectativa? ( ) Sim ( ) Parcialmente ( ) Não 9. Como você classifica a satisfação em relação aos produtos? ( ) Péssimo ( ) Ruim ( ) Bom ( ) Excelente 10. Recomendaria esta empresa a outro consumidor? ( ) Sim ( ) Parcialmente ( ) Não 57