DEPRESSÃO PÓS-PARTO E OS PREJUÍZOS PARA O BEBÊ POSTPARTUM DEPRESSION AND LOSSES FOR THE BABY 1 Joelma Low Tavares , RESUMO A Depressão Pós-parto (DPP) tem repercussões negativas na qualidade de vida da mulher, na dinâmica familiar, na relação mãe-bebê e no desenvolvimento cognitivo e afetivo da criança. Além do que é problema sério de saúde pública devido a sua alta prevalência e custos sociais, e um assunto pouco abordado, um transtorno freqüentemente negligenciado e, portanto, subdiagnosticado. A prevalência de depressão pós-parto em amostra brasileira é de 20%, sendo este um resultado alto. Objetivos: Esta revisão de literatura tem como objetivos avaliar os prejuízos ao bebê e relação mãe-bebê mais comumente associados com a DPP e verificar como a enfermagem e os profissionais de saúde estão envolvidos e atentos às características que possam constituir uma DPP. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa no banco de dados do Scielo com as expressões depressão pós-parto, relação mãe-filho e enfermagem. Foram avaliados estudos até o ano 2012. Conclusão: A detecção precoce dos fatores de risco envolvidos na DPP é um fator importante para a sua prevenção, assim como a atuação correta da equipe de saúde na medida em que a cronicidade dos sintomas maternos estaria relacionada a maiores prejuízos na interação mãe-bebê. Espera-se que a presente revisão da literatura possa estimular novos estudos e, principalmente, o desenvolvimento de estratégias precoces de intervenção e tratamento. Palavras-chave: Depressão pós-parto. Relação mãe-filho. Enfermagem. ABSTRACT Postpartum Depression (PPD) has a negative impact on quality of life of women, family dynamics, the mother-infant relationship and the cognitive and affective development of children. Besides what is a serious public health problem due to its high prevalence and social costs, and a little discussed subject, a disorder often neglected and therefore underdiagnosed. The prevalence of postpartum depression in a Brazilian sample is 20%, this being a high score. Objectives: This literature review aims to assess the damage to the baby and mother-infant relationship most commonly associated with the DPP and see how the nursing and health professionals are involved and aware of the characteristics that may pose a DPP. Methods: We performed a search in the database with the expressions of Scielo postpartum depression, mother-child relationship and nursing. Studies were evaluated by the year 2012. ____________ 1- Bacharel em Enfermagem, 2- Especialista em Saúde Pública e Saúde da Família, Mestre em Linguística. Conclusion: Early detection of risk factors involved in the DPP is an important factor for its prevention, as well as the right performance of the health team in that chronicity of maternal symptoms was related to higher losses in the mother-infant interaction. It is hoped that this literature review may stimulate further studies and especially the development of strategies for early intervention and treatment. Keywords: Postpartum depression. Mother-child relationship. Nursing. INTRODUÇÃO No momento do nascimento de um filho, a maioria das mulheres experimenta sentimentos diferentes da imagem idealizada de maternidade ditada pela cultura. Assim, estabelece-se um conflito entre o ideal e o vivido e instaura-se um sofrimento psíquico que pode se configurar como uma base para a depressão após o parto (AZEVEDO, 2006). Muitas vezes a criança real está longe daquela idealizada pela mãe durante os nove meses, por não ter ainda o peso ou aparência dos bebês que são estampados em revistas e na televisão. A Depressão Pós-parto (DPP) tem repercussões negativas na qualidade de vida da mulher, na dinâmica familiar, na relação mãe-bebê e no desenvolvimento cognitivo e afetivo da criança (SCHWENGBER, 2003). Podemos imaginar a angústia da mãe, que não se sente capaz de cuidar do recém nascido e da família, despreparada para esse momento de fragilidade materna. Um parto traumático, apesar de pouco conhecido e abordado pelos profissionais de saúde, não é um evento raro e pode trazer conseqüências negativas para a vida conjugal e reprodutiva da mulher e para a relação mãe-bebê (ZAMBALDI, 2009). A DPP pode se manifestar com intensidade variável, tornando-se um fator que dificulta o estabelecimento de vínculo afetivo favorável entre mãe e filho, podendo interferir na qualidade dos laços emocionais futuros (SCHMIDT, 2005). É interessante ressaltar que o bebê humano, diferente de outras espécies, nasce em um estado de total dependência, e esta situação perdura ainda por um longo tempo. Desta forma, o estabelecimento do vínculo mãe-bebê configura-se como um momento crucial para a sobrevivência física e psíquica desta criança. A experiência emocional do parto tem um papel de extrema importância na saúde mental materna, mas, apesar disso, tem sido negligenciada em contextos de saúde (COSTA, 2007). Em muitas situações, a saúde física da mãe é percebida como único ponto a ser considerado. Na pesquisa de Silva (2010), reforça-se a urgência de se compreender o exercício da maternidade, como um processo longo, social e culturalmente construído no dia a dia, por meio de ensinamentos, de vivências e ajuda. Quanto maior o suporte social do marido, menor a prevalência de DPP, ou seja, a mãe que recebe apoio do companheiro e da família, possivelmente se sentirá mais capaz de atender às necessidades que um recém-nascido precisa (CRUZ, 2005). Para Soares (2012), é papel do profissional de saúde estar atento à saúde mental e emocional da mulher no pós-parto. Consistindo em se fazer uma abordagem no sentido de manter suporte emocional, compreensão e auxílio nos cuidados com o bebê, informando a mulher sobre o que está ocorrendo e seja encaminhada para atendimento especializado, caso haja persistência por mais de duas semanas de sintomas, com o intuito de evitar o surgimento de depressão pósparto ou até de psicose puerperal. De acordo com Schwengber (2003), mães deprimidas tendem a serem menos responsivas ao interagirem com seus bebês que, por sua vez, tendem a apresentar mais afeto negativo e menos afeto positivo do que bebês de mães nãodeprimidas. Note-se que a responsividade do bebê também apresenta correlação positiva, ainda que fraca, com o apoio emocional, de informação e material percebido pela mãe (FONSECA, 2010). O grande número de mulheres com sintomas depressivos na amostra de Ruschi (2007) confirma que a depressão no puerpério é problema sério de saúde pública. Esse é um assunto pouco abordado em nosso meio apesar de ter grande importância na saúde pública devido a sua alta prevalência e custos sociais, de acordo com as pesquisas de Zambaldi (2009), Moraes (2006) e Cruz (2005). E afetando tanto a saúde da mãe quanto o desenvolvimento de seu filho segundo Moraes (2006). Em sua pesquisa, Fonseca (2010) comprovou a importância de se considerar a gestação e o puerpério como momentos críticos para o desenvolvimento da criança, merecendo atenção especial dos responsáveis pelas políticas de saúde. A despeito de sua gravidade e de seu impacto para a mulher e para o neonato, a DPP é um transtorno freqüentemente negligenciado e, portanto, subdiagnosticado (CAMACHO, 2006). Os agravos à saúde mental são responsáveis por uma significante parcela da morbidade e mortalidade em todo o mundo. Nesse contexto, os transtornos depressivos unipolares assumem a quarta posição dentre os principais determinantes de carga global de doenças, e nos próximos dez anos a depressão pode se tornar a segunda maior causa de doença. O impacto negativo da síndrome depressiva na saúde humana é ainda mais relevante entre as mulheres (LOBATO, 2011). A identificação dos sinais de depressão pós-parto é fundamental para prevenir problemas que afetam a saúde da mãe e o desenvolvimento do bebê, como também para as relações familiares. Amenizar sintomas como desânimo, culpa ansiedade, alterações do sono, medo, tristeza, entre outros, também seria um resultado a alcançar após a detecção. Como também orientar os profissionais de saúde a ficarem atentos a sinais de depressão pós-parto ajudando desta forma no seu atendimento no pré-natal e período puerperal. Esta pesquisa tem como objetivos confirmar as várias interferências negativas da depressão pós parto na interação mãe/bebê e, verificar como a enfermagem e os profissionais de saúde estão envolvidos e atentos às características que possam constituir uma DPP. Ainda existem poucos trabalhos a seu respeito, e segundo Ruchi (2007) a prevalência de depressão pós-parto em amostra brasileira é de 20%, sendo este um resultado alto, o que justifica um estudo nesta linha em nossa realidade. 1 METODOLOGIA Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, feito através de levantamento bibliográfico utilizando os descritores: depressão pós-parto, relação mãe-filho e enfermagem. O material foi coletado na seguinte base de dados: Scientifc Electronic Library Online (Scielo) sendo encontrados artigos científicos. A pesquisa considerou artigos publicados de 2003 a 2010. Foram achadas 41 publicações e utilizadas 26 que se identificaram com os critérios de inclusão e com o objetivo do estudo. Com os artigos em mãos, deu-se início a um processo de análise e síntese dos mesmos com uma leitura exploratória para reconhecimento dos artigos que interessavam à pesquisa; leitura seletiva para selecionar os que seriam usados no estudo, leitura analítica dos selecionados e por último a leitura interpretativa com o intuito de conferir significado mais amplo aos resultados dados com a leitura analítica. 2 REFERENCIAL TEÓRICO A gestação e o pós-parto são considerados períodos de elevado risco para o surgimento de transtornos psiquiátricos (FIGUEIRA, 2009). Possivelmente, é associada a reações normais diante de determinados sofrimentos e sentimentos de perda. Como síndrome ou doença, a depressão inclui alterações de humor, cognitivas, psicomotoras e vegetativas (CRUZ, 2005). A palavra depressão no seu uso habitual pode significar tanto um estado afetivo normal, quanto um sintoma, uma síndrome e uma (ou várias) doença(s) (CRUZ, 2005). O primeiro quadro, que se caracteriza por um distúrbio de labilidade transitória de humor, atinge cerca de 60% das novas mães entre o terceiro e o quinto dia após o parto, porém geralmente tem remissão espontânea. Já as psicoses puerperais apresentam sintomas acentuados, os quais freqüentemente requerem tratamento intensivo e, por vezes, hospitalização. A incidência desse quadro, de acordo com os autores, é de apenas dois a quatro casos em cada mil partos, ocorrendo entre as duas primeiras semanas após o parto (SCHWENGBER, 2003). Sabe-se, também, que algumas mulheres não preenchem os critérios diagnósticos de DPP, mas apresentam sintomas proeminentes de incapacitação funcional, que podem ser classificados como transtornos mentais comuns (TMC). Os TMC provocam ruptura no funcionamento normal do indivíduo (CRUZ, 2005). A depressão comumente associada ao nascimento de um bebê refere-se a um conjunto de sintomas que iniciam geralmente entre a quarta e a oitava semana após o parto, atingindo de 10 a 15% das mulheres (SCHWENGBER, 2003). Mesmo com os critérios classificatórios, o diagnóstico da DP nem sempre é fácil e inequívoco, já que o quadro clínico pode variar na apresentação e intensidade dos sintomas (CRUZ, 2005). Em muitos casos, confunde-se a insegurança comum às mães, especialmente de primeiro filho, com sintomas de depressão, o que pode retardar o diagnóstico e posterior tratamento. A revisão da literatura mostra que os quadros depressivos maternos no período pós-parto e ao longo do primeiro ano de vida da criança apresentam algumas particularidades, variando quanto à época de seu surgimento, sua incidência e em relação à severidade dos sintomas (SCHWENGBER, 2003). Em função disso, o tempo de permanência do diagnóstico de depressão materna tem impulsionado a realização de pesquisas sobre a qualidade da interação mãe-bebê em períodos posteriores do desenvolvimento infantil, como, por exemplo, a partir do final do primeiro ano de vida, neste período, filhos de mães deprimidas tendem a mostrar menos engajamento na exploração de objetos e menos demonstração positiva de afeto; e algumas dessas mães tendem a ser mais introspectivas, enquanto outras se apresentam menos envolvidas ao interagir com seus filhos (SCHWENGBER, 2003). Uma vez que a depressão pós-parto nem sempre é percebida adequadamente pelos familiares e mesmo pelos profissionais de saúde, fica aqui um registro sobre a intensidade do sofrimento envolvido nessa situação (FRIZZO, 2010). O sofrimento da mãe, resultante do fato de não se sentir compreendida em suas necessidades e também incapaz de corresponder às expectativas dos familiares pode levar ao agravamento deste quadro. Sabe-se que fatores biológicos, obstétricos, psicológicos e sociais podem contribuir para a precipitação deste quadro que, por vezes, tem uma apresentação atípica, na medida em que a tristeza e a angústia da mãe tendem a ser minimizadas diante dos cuidados intensivos dispensados ao bebê (SCHWENGBER, 2003). Destarte, a depressão assume no pós-parto uma situação emocional fragilizada, sendo necessário alertar que a dor por elas sentida e narrada assume o sinal do que o corpo sente, do que a mente experimenta. Ato contínuo, o sofrimento é o reflexo imediato desta dor (NETO, 2005). Sabe-se que os primeiros meses após o parto caracterizam um período bastante sensível para a realização de intervenções com esse objetivo, tendo em vista a gama de sentimentos experimentados pela mãe após o nascimento do bebê (SCHWENGBER, 2003). Os estudos revisados indicam que a depressão pós-parto tem etiologia multifatorial, atingindo um significativo número de mulheres no pós-parto (SCHMIDT, 2005). Provavelmente, embora não completamente conhecida, a DPP tem etiologia multifatorial (FIGUEIRA, 2009). Há evidências de associação entre a DPP e prejuízo no desenvolvimento emocional, social e cognitivo da criança. (SCHMIDT, 2005). Em algumas situações, os índices de ansiedade pós-parto das mães podem ser justificados, como é o caso de recém-nascidos com malformações, quando as características da criança e as perspectivas sobre sua condição de vida futura podem ser um fator preponderante no surgimento dos sintomas maternos (PEROSA, 2010). A história de distúrbios psiquiátricos na família e presença de problemas de saúde foram associados com a depressão. Mulher com história de aborto espontâneo, parto normal e com mais de 8 semanas de puerpério também apresentaram uma maior prevalência de depressão segundo Cantilino (2010) em seu artigo Transtornos Psiquiátricos no Pós-parto. Ruschi (2007) conclui que os inúmeros estudos epidemiológicos sobre depressão pós-parto confirmam a complexidade do tema ao demonstrar divergência de etiologias propostas. Diversas condições de vida exercem papel fundamental no desenvolvimento do transtorno depressivo, sobretudo os fatos indesejáveis, além de fatores sociais. Enfim, pode-se dizer que a etiologia da depressão puerperal não se determina por fatores isolados, mas, sim, por uma combinação de fatores psicológicos, sociais, obstétricos e biológicos (SILVA, 2010). No Brasil, a última publicação, de base populacional sobre o tema, realizada em Pelotas-RS, com 410 mulheres, divulgada em de Moraes (2006), destacou uma prevalência de 19,1. Outra publicação anterior, desenvolvida em São Paulo-SP, em 2005, identificou uma prevalência de 37,1% em uma amostra de 70 puérperas (CRUZ, 2005). Na pesquisa de Silva (2010) concorda com a maior pesquisa brasileira já publicada sobre o tema de Moraes (2006) que revela que as mulheres, acometidas por DPP são casadas, com idade entre 20-29 anos, com menos de oito anos de escolaridade e inseridas nas classes sociais C e D. Zambaldi (2008) observa nos relatos de caso que os sintomas depressivos se iniciaram entre 10 dias e 4 semanas após o parto. Em uma amostra brasileira, Ruschi et al.(2007) encontraram os seguintes fatores associados à depressão materna: menor escolaridade, maior número de gestações, maior paridade, maior número de filhos vivos e menor tempo de relacionamento. O mesmo autor aponta que 39,4% de uma amostra de 292 mulheres foram consideradas deprimidas, com base na Escala de Depressão Pósnatal de Edimburgo (EPDE). A variação nas prevalências provavelmente se deve a fatores metodológicos e contextuais como também concorda Moraes (2006). Considerando a alta prevalência do transtorno em nosso país, a reavaliação desta, associada a um estudo detalhado das interações na díade mãe-bebê, pode trazer relevantes contribuições para área onde encontra uma prevalência de sintomatologia depressiva bastante superior à média mundial (10% a 15%) e próxima às taxas mais altas referidas para o Brasil (entre 32,9% e 37,1%) (FONSECA, 2010). Poder-se-ia também especular que mulheres deprimidas teriam menor motivação para procurar serviços de saúde por causa de seus sintomas depressivos e estariam dessa forma sub-representadas na amostra total (FIGUEIRA, 2010). A alta prevalência de depressão pós-parto encontrada reforça seu significado como problema de saúde pública, exigindo estratégias de prevenção e tratamento (MORAES, 2006). A prevalência de depressão pós-parto referenciada na literatura varia entre 6,5% e 27,5%. Essa amplitude de valores deve-se fundamentalmente a diversidade nas metodologias de investigação, em termos dos instrumentos adotados, como já foi dito por outros pesquisadores, para o diagnostico de depressão pós-parto e dos critérios de avaliação, mas também as amostras consideradas (COSTA, 2007). As evidências apontadas pela literatura indicam a importância da avaliação precoce da depressão já durante a gestação. Uma vez diagnosticado o quadro depressivo da gestante, viabiliza-se a realização de intervenções, sendo um dos objetivos principais o de apoiá-la neste momento importante de transição. Contudo, é importante assinalar que a presença da depressão em um determinado momento após o nascimento do bebê, por si só, não permite a realização de um prognóstico preciso a respeito de suas implicações na qualidade da interação que se estabelecerá entre a díade nos meses subseqüentes (SCHWENGBER, 2003). Ainda segundo Schwengber (2005), o diagnóstico da depressão da mãe após o nascimento do bebê representa a possibilidade da realização de intervenções multidisciplinares tão logo os sintomas sejam detectados. Nesse sentido, apontam para a importância da avaliação precoce da depressão, tendo em vista a possibilidade da realização de intervenções multidisciplinares, sendo um dos objetivos principais o de apoiar a díade mãe-bebê nesse momento importante de transição. As medidas de tratamento ainda são amplamente discutidas, devendo-se levar em consideração a relação risco–benefício, sendo, assim, o bom senso do médico um aliado importante quanto à escolha do tratamento nesses casos (CAMACHO, 2006). Compatível com uma percepção de etiologia predominantemente psicossocial, as intervenções preferidas foram suporte social e emocional da família e do parceiro. Quando a ajuda profissional é necessária, a preferência é por psicoterapia. (MAGALHÃES, 2006). Sintomas obsessivo-compulsivos na DPP tornem o tratamento mais difícil e demorado, sendo necessárias mais pesquisas nessa área (ZIMBALDI, 2008). Visando à elaboração de estratégias preventivas que tenham por objetivo diminuir a morbidade das crianças de mães com DPP, é fundamental o desenvolvimento de pesquisas correlacionando alterações neurológicas, endócrinas e comportamentais (MOTTA, 2005) O acompanhamento cuidadoso de mães, em especial as de baixa renda, por meio de ação integrada que leve em conta as variáveis associadas à depressão, pode prevenir graves problemas pessoais e familiares que decorrem da DPP (MORAES, 2006). Se levarmos em conta as condições de saúde e acompanhamento das gestantes e puérperas em nossa realidade brasileira, especialmente a nordestina, poderemos inferir o quanto é urgente um programa neste sentido. A utilização da Escala Pós-natal de Edimburgo (EPDS) é uma estratégia interessante de rastreamento de DPP e TMC. Este e outros instrumentos podem ser utilizados por obstetras, enfermeiros e demais profissionais de saúde, no puerpério, possibilitando a identificação de casos de DPP e/ou TMC, com posterior encaminhamento para o médico da equipe ou especialista, que determinará o tratamento adequado, de acordo com a intensidade dos sintomas (CRUZ, 2005). Assim, a manutenção do equilíbrio com base no auxílio mútuo entre puerpéra e família é relevante para o tratamento, além de favorecer o desenvolvimento psicossocial da criança. (SILVA, 2010). Deve-se, portanto, avaliar cada caso com especial atenção, a fim de estabelecer-se a melhor estratégia de tratamento para cada situação em particular, da maneira mais precoce possível (CAMACHO, 2006). Mais do que isso, o atendimento precoce à mãe deprimida representa a possibilidade da prevenção do estabelecimento de um padrão negativo de interação com o bebê, o qual pode trazer importantes repercussões para o seu desenvolvimento posterior (SCHWENGBER, 2003). 4 DISCUSSÃO De acordo com Ramos (2007), a presença de sintomas depressivos no pós-parto está relacionada a prejuízos na interação da mãe com seu bebê, seus resultados chegaram a conclusões gerais semelhantes à de outros estudos, associando significativamente depressão pós-parto e redução da qualidade da interação mãe-bebê. Os fatores de risco relacionados à DPP mais citados pelas entrevistadas foram os seguintes: sintoma depressivo durante a gravidez, histórico anterior à gestação de depressão, auto-estima limitada, problemas conjugais, ausência de parceiro e instabilidade financeira (SILVA, 2010). Escolaridade materna e aceitação da gravidez também se se destacaram na pesquisa de Fonseca (2010). Além disso, parece haver um impacto menor da depressão materna na relação mãe bebê e no desenvolvimento da criança quando outros fatores de risco não estão associados, como baixo apoio marital ou da família mais ampla e baixo status socioeconômico (MOTTA, 2005). Os resultados apontaram para um aumento na chance de ocorrência de DPP quando a renda decresce, sendo que as puérperas com renda familiar de até um salário mínimo tiveram maior chance de depressão (MORAES, 2006). Os resultados revelam alguns preditores significativos da depressão pósparto: depressão pré-natal, baixa auto-estima materna, estresse relacionado com os cuidados ao bebe, ansiedade pré-natal, circunstancias de vida adversas, baixo suporte social, dificuldades na relação matrimonial, historia anterior de depressão, dificuldades temperamentais do bebê, estatuto marital, estatuto socioeconômico e gravidez não planejada/ não desejada segundo Costa (2007). Ruschi (2007) justifica dizendo que são fatores determinantes de esgotamento físico e mental e instabilidade emocional materna, facilitadores da depressão. Costa (2007) acrescenta que não existe apenas um fator preditor da ocorrência de depressão pós-parto, mas antes um conjunto de variáveis que, quando presentes, permitem predizê-la. Já Ruschi (2007) diz que o Brasil é um país em que muitas mulheres são analfabetas ou com dificuldades na leitura e compreensão de textos, com isso ressalte-se que essas mulheres, podem ter maior probabilidade de apresentar a doença, por não contarem com meios que as ajudem buscar informações com facilidade. Assim, os estudos revisados indicam que o estado depressivo da mãe pode repercutir negativamente nas primeiras interações com o bebê e, com isso, no desenvolvimento da criança. (SCHWENGBER, 2003). A sutileza com a qual os sintomas maternos algumas vezes se apresentam, no entanto, não torna menos importantes suas implicações para a díade mãe-bebê, mesmo as formas mais brandas de depressão materna podem afetar o bebê, uma vez que ele consegue perceber as mínimas deficiências na contingência no comportamento materno (SCHWENGBER, 2003). Embora mecanismos genéticos possam ter um papel nessa associação, torna-se claro que devemos considerar a qualidade da interação mãe-criança e a qualidade da maternidade como contribuintes importantes para o padrão de desenvolvimento neurológico, neuroendócrino e psicológico do indivíduo (MOTTA, 2005). O impacto negativo da DPP é significativo não apenas para a paciente e a família, mas também para o recém-nascido (FIGUEIRA, 2009). Nos depoimentos da pesquisa de Silva (2010), as alterações emocionais mais mencionadas pelas mães foram o aumento do nervosismo, tristeza e choro fácil; estas alterações, segundo elas eram reflexo da cobrança delas consigo mesmas com vistas a alcançar uma postura de tranqüilidade e paciência, sendo o choro foi a alteração emocional mais marcante do puerpério. Na amostra de Lopes (2010), 35,7% dos bebês apresentaram alteração no padrão de sono e pode-se perceber que a alteração no sono dos bebês mantevese associada com a sintomatologia depressiva da mãe. Motta (2005) em sua revisão demonstra que a mãe deprimida freqüentemente tem um padrão de cuidado do bebê não suficientemente bom, principalmente quando a depressão se estende por vários meses. A interrupção precoce da amamentação exclusiva, que era mais prevalente entre os antigos lactentes e cerca de 60% maior entre aqueles com as condições de vida insatisfatória. Desmame precoce foi mais comuns entre crianças prematuras.Os resultados deste estudo mostram que filhos de mães com sintomas de depressão pós-parto apresentam um risco acrescido de desmame precoce, nos primeiros dias de vida e nos dois meses seguintes. Sintomas de depressão pósparto imediatas podem levar à interrupção precoce da amamentação devido ao sentimento de baixa auto-estima e autoconfiança, o que pode gerar uma percepção exagerada das dificuldades da mãe na amamentação (HASSELMANN, 2008). A preferência por sexo da criança, apoio do pai e o fato de pensar em interromper a gravidez foram as variáveis associadas significativamente com DPP (MORAES, 2006). Como mostram as investigações, as interações que se estabelecem entre bebês e mães deprimidas caracterizam-se por um menor nível de atividade e sincronia do que aquelas estabelecidas na ausência dos sintomas da depressão materna, mães com indicadores de depressão apresentariam mais acentuadamente impressões e sentimentos negativos em relação aos bebês e sobre a maternidade do que aquelas sem indicadores de depressão. Embora se mostraram menos satisfeitas com o desenvolvimento do bebê, com o desempenho do papel materno e com o apoio recebido do companheiro e de outras (SCHWENGBER, 2005). Ao se analisar a presença da depressão no seio familiar é preciso entender que a depressão afeta todos os membros da família, mesmo indiretamente, e em graus variados (SILVA, 2010). Fatores sociais como a falta de apoio conjugal e familiar influenciam fortemente na etiologia e manejo da DPP (SCHWENGBER, 2003). Mesmo assim, o desconhecimento dos familiares sobre o problema da DPP, infelizmente, predominou, como se observa no discurso de alguns familiares estudados por Silva (2010). Assim sendo, é crucial o apoio familiar, terapêutico e social para que mães deprimidas possam exercer sua maternidade adequadamente (MOTTA, 2005). Silva (2010) reforça ainda a urgência de se compreender o exercício da maternidade, como um processo longo, social e culturalmente construído no dia a dia, por meio de ensinamentos, de vivências e ajuda. Na análise dos seus resultados, Fonseca (2010), entende uma correlação positiva do apoio social sentido pela mãe: quanto mais a mãe se sente amparada afetiva e materialmente pelo ambiente social, mais ela é capaz de organizar a atividade da criança e prover regras e estímulos de acordo com a necessidade individual e da faixa etária. É possível que as dificuldades na comunicação prejudiquem a percepção de apoio da esposa, uma vez que a ajuda do companheiro pode ter um efeito protetor na saúde mental da mãe (CRUZ, 2005). Diante do que já foi discutido até o momento, a atuação preventiva das equipes multidisciplinares nesse período pode proporcionar à nova mãe o apoio de que necessita para enfrentar os eventuais episódios de depressão (SCHWENGBER, 2005). Outros estudos apontam para a importância de uma exibição especial para saúde mental materna no pós-o parto, bem como outras condições de saúde e qualidade de vida para essas mulheres, a contribuição dos resultados para o desenvolvimento de atividades de promoção de saúde em relação à depressão pósparto e encorajamento para aleitamento exclusivo(HASSELMANN, 2008). No puerpério, a ocorrência de depressão alerta, também para o significado da intervenção dos profissionais de saúde, não só no âmbito da saúde da gestante, mas, em geral, no da saúde da mulher, sobretudo dentro de programas voltados à função reprodutiva aliados às ações de saúde mental (SILVA, 2010). Mais do que o tipo de parto, a qualidade da experiência emocional de parto e dos cuidados proporcionados pela equipe de saúde parece influenciar no ajustamento materno após o parto, uma vez que uma experiência de parto mais difícil do que o esperado relaciona-se com depressão, na semana que se segue ao parto (COSTA, 2007). O não reconhecimento desses transtornos por esses profissionais que assistem as mulheres no periparto pode trazer prejuízos para elas e cronificar seu sofrimento psíquico (ZAMBALDI, 2009). Considerando a dificuldade da puérpera de acessar os serviços de saúde mental, demonstra se a necessidade de um instrumento para encaminhamento adequado para as consultas psiquiátricas (CRUZ, 2005). Lopes (2010) sugere que a equipe multiprofissional deve investigar rotineiramente os comportamentos de sono dos bebês e dar atenção à saúde mental das mães, a fim de identificar os problemas precocemente. Após o parto, esta equipe deve estar apta para encorajar a mulher a falar da sua experiência do parto e pesquisar sinais de transtornos afetivos (ZAMBALDI, 2009). Desta forma, torna-se possível proporcionar informação fidedigna para que o profissional esteja atento as características que possam constituir um risco para a psicopatologia materna segundo Costa (2007) e Frizzo (2010), bem como a possíveis intervenções com essas mulheres (FRIZZO, 2010). O que justifica a capacitação dos mesmos para o reconhecimento precoce da depressão pós-parto, tendo como auxílio instrumentos como a EPDS, pela sua eficácia e praticidade (RUSCHI, 2007). Assim, o cuidado de enfermagem integral deve começar no pré-natal com a avaliação da auto-estima, da rede de suporte social e da satisfação das futuras mães. Além disso, o enfermeiro deve possuir habilidades, como perspicácia, observação e empatia ao direcionar seu cuidado na superação das dificuldades inerentes à DPP (SILVA, 2010). Nesse sentido, os profissionais que atuam na área da saúde precisam estar atentos para a importância de intervenções que tragam benefícios à relação mãe bebê (SCHWENGBER, 2003). CONCLUSÃO Pode-se concluir que as precárias condições socioeconômicas da puérpera e a não aceitação da gravidez são os fatores que mais influenciam o aparecimento de depressão no puerpério. Para finalizar, é importante ressaltar que o apoio social percebido pela mãe, além de apresentar correlação positiva com a estruturação materna e com a responsividade do bebê, funciona como fator protetor para sintomas depressivos. Considera-se, por isso, relevante a reavaliação da qualidade dos cuidados proporcionados pela enfermagem, no sentido de proporcionar melhores experiências para as mães, bebês e familiares. O papel fundamental desempenhado pela enfermagem nas Unidades Básicas de Saúde (USF) na saúde mulher e da criança nos cuidados especiais de mulheres com depressão pós-parto, na prevenção e promoção da saúde mostra o nível de importância dos enfermeiros na saúde pública brasileira. Diante do percebido, acredita-se ser prioritário, para os enfermeiros, o desenvolvimento de investigações qualitativas mais bem delimitadas e com um grupo maior com vistas a se alcançar uma compreensão maior do problema da depressão pós-parto, inclusive, com rastreamento da depressão materna e atendimentos psicoterapêuticos individuais e grupais, assim como palestras e orientações educativas voltadas às temáticas de interesse das mães que vivenciam o período puerperal. Fundamentados nas devidas informações, será possível estabelecer medidas interventivas de impacto na promoção da saúde das puérperas doentes ou com fatores de risco para depressão no puerpério. Pode-se pensar que a detecção precoce dos fatores de risco envolvidos na DPP, realizada mediante o acompanhamento das gestantes, seja um fator importante para a prevenção da própria DPP e das repercussões na interação mãe filho. Quanto às limitações do estudo, em primeiro lugar, ao referir-se à depressão pós-parto, não esta se falando de diagnóstico de depressão, mas de sintomas depressivos referidos pelas próprias participantes dos artigos citados. Nesse sentido, faz-se necessária a realização de estudos que utilizem uma abordagem longitudinal a respeito da depressão pós-parto, a qual leve em conta os diversos fatores que podem contribuir para o seu prolongamento ou remissão. Tem-se dado importância crescente ao tema, e pesquisas recentes têm focado também o prejuízo que essas patologias podem ocasionar não só à saúde da mãe, mas também ao desenvolvimento do feto, ao trabalho de parto e à saúde do bebê. Embora haja um consenso acerca das implicações do estado depressivo da mãe para a relação mãe-bebê, alguns estudos sugerem que o tempo de duração da depressão pós-parto deve ser levado em consideração na avaliação de seus efeitos aversivos, na medida em que a cronicidade dos sintomas maternos estaria relacionada a maiores prejuízos na interação mãe-bebê. Espera-se que a revisão da literatura possa estimular novos estudos e, principalmente, o desenvolvimento de estratégias precoces de intervenção que considerem as particularidades dos quadros depressivos observados a partir do nascimento de um bebê. REFERÊNCIAS AZEVEDO, Kátia Rosa; ARRAIS, Alessandra da Rocha. O mito da mãe exclusiva e seu impacto na depressão pós-parto. Psicologia: Reflexão e Critica, Porto Alegre, v. 19, n. 2, p. 269-276, 2006. CAMACHO, Renata Sciorilli et al. Transtornos psiquiátricos na gestação e no puerpério: classificação, diagnóstico e tratamento. 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