gaspari kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Por que o consagrado repórter e historiador Elio Gaspari, considerado babalorixá geral do jornalismo brasileiro, não enfrenta os verdadeiros fatos, para ancorar suas críticas furadas ao governo Dilma Rousseff, no sentido de que está mais perdido que cego em tiroteio? É fácil formular essa conclusão, como faz, na Folha de São Paulo, nesse domingo, enumerando o que considera barbeiragem da presidenta para enfrentar o "monstro" que despertou nas ruas. Ao "ronco" popular, respondeu com proposta de reforma política, pela via da constituinte exclusiva. Fracassou, disse. Partiu para o plebiscito. Dançou, acrescenta. Se deu mal, da mesma forma, com o programa para mais médicos pelo país afora, o que não é, inteiramente, verdade.E ao ir a São Paulo distribuir dinheiro para o sistema de transporte lançou crítica indireta aos tucanos pela não construção de metrôs de modo a atender satisfatoriamente a população, deixando de fazer o mesmo em relação aos peemedebistas do Rio,onde a oferta metroviária, igualmente, é uma incompetência só etc. Certamente, se Dilma, presente em São Paulo, estivesse dominada pelo espírito de conciliação do papa Francisco, pregador do acercamiento geral das almas dos personagens em cena - Haddad, PT, e Alckmin, PSDB - , a fim de alcançar o entendimento político geral, teria conquistado petistas e tucanos, perdidos no mesmo barco, favorecendo sua caminhada rumo à reeleição em 2014. Sim, a comunicação no Planalto está horrível. Perdeu essa oportunidade histórica, ao agir partidária e paroquialmente em vez de dar uma de estadista. Mas, isso o brilhante Gaspari não viu. Ficou na periferia. O importante, no entanto, é do que ele deliberadamente, foge, para não sujar as mãos na graxa da realidade. Por que não há oferta adequada de serviços públicos de qualidade no País? Entra nessa discussão de cabeça, cara, em vez de ficar formulando platitudes, sacadas literário-jornalísticas, como sempre faz, encantando sua grei. Teria de dizer que a prioridade da política econômica vigente não é atender a população mas a burguesia financeira especulativa que sustenta o modelo político eleitoral corrupto e falido da democracia representativa, bem como a grande mídia oligopolizada na qual escreve suas diatribes inconsequente. Se abrir a boca para dizer isso, perde o espaço. Ele já experimentou esse gosto amargo, quando os Mesquita o demitiram do Estadão por tentar falar a verdade. Ora, falta serviço público, porque a burguesia especulativa, manipulando os cordéis no Congresso - e na grande mídia -, alinhando a elite política, composta pelo PMDB-PSDB, aos propósitos maiores da banca, reserva para si a parte do leão do orçamento público. E essa garantia orçamentária está inscrita, constitucionalmente, em forma de cláusula pétrea, no artigo 166, parágrafo terceiro, item II, letra b da carta magna. Todo os recursos destinados ao orçamento não financeiro, destinados a servirem a população em forma de serviços públics - saúde, educação, transporte, segurança, infraestrutura etc, são sistematicamente contingenciados. Porém, os recursos alocados no orçamento financeiro, como determina aquele artigo, jamais poderão sofrer qualquer tipo de contingenciamento. E para onde vão esses recursos? Para o pagamento do serviço da dívida. Para os credores, tudo. Para o povo, o que sobrar, se sobrar. Eis porque falta oferta de serviços de qualidade à população, que, agora, de saco cheio, vai às ruas protestar. Quem botou esse penduricalho na Constituição? Claro, um homem da bancocracia, escolhido a dedo: Nelson Jobim, o advogado da burguesia financeira tupiniquim. Os professores da Universidade de Brasília, Adriano Benayon, de economia política, e Pedro Resende, da ciência da computação, realizaram trabalho primoroso sobre esse artigo constitucional, mas o poder midiático bancocrático jamais deixou ocorrer sua plena divulgação e consequente discussão crítica. Jobim, primeiro, serviu, em nome dos banqueiros, ao PMDB de Ulisses Guimarães; depois, ao PSDB, na Era FHC, pulando em seguida, para o Supremo Tribunal Federal. Depois da aposentadoria, Lula o levou para o Ministério da Defesa, tornando-se interlocutor privilegiado não apenas da Febraban, mas, também, da Embaixada dos Estados Unidos, como destacou o Wikilieaks. Dilma não o suportou e o despachou. Era, no governo, o homem da Febraban, em sintonia com a embaixada dos Estados Unidos e com os tucanos e peemedebista, destinado a ser o interlocutor político do governo com o Congresso. Dilma não suportou essa jogada. Meteu-lhe o pé no traseiro, quando passou a elogiar os tucanos e a desprezar a própria equipe dilmista. A saída dele, lamentada por Lula, detonou a ira do poder midiático oligopolizado contra o governo Dilma. Desde então, as baterias dos incomodados, bem ancoradas na grande mídia conservadora, se voltaram contra a titular do Planalto. Evidentemente, o brilhante repórter Gaspari não mexe nessa caixa de marimbondo. Dançaria no Globo e na Folha de São Paulo, como dançou no Estado de São Paulo. e, finalmente, ao governo Dilma falta serviços públicos à população, porque a prioridade do sistema político e da economia política em curso não é a de , comandado pela burguesia financeira especulativa, que banca os jornais em que ele escreve - O Globo e a Folha de São Paulo - kkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk