perfil epidemiológico dos casos de tétano acidental

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44ª JORNADA MARANHENSE DE ENFERMAGEM E 74ª SEMANA BRASILEIRA DE ENFERMAGEM
SEÇÃO MARANHÃO
15 a 16 de Maio, 2013 – auditório do Hospital Universitário Presidente Dutra e dia 17 auditório do Instituto
Florence de Ensino Superior
FORMULÁRIO DE SUBMISSÃO DE RESUMO
ESCOLHA SUA OPÇÃO DE APRESENTAÇÃO:
Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE TÉTANO ACIDENTAL NOTIFICADOS
NO MARANHÃO
Relator:
Tássia Marília Castelo Branco Freire Cuba¹
Autores:
Tássia Marília Castelo Branco Freire Cuba¹
Evellyn Ferreira de Alemida²
Raimundo de Assunção Sousa Neto²
Dorlene Maria Cardoso de Aquino³
Instituição:
Resumo:
RESUMO:
Introdução: O Tétano Acidental é uma doença infecciosa aguda não contagiosa, causada pela ação de exotoxinas
produzidas pelo Clostridium tetani, que provocam um estado de hiperexcitabilidade do sistema nervoso central.
Clinicamente, a doença manifesta-se por febre baixa ou ausente, hipertonia muscular mantida, hiperreflexia e
espasmos ou contraturas paroxísticas espontâneas ou ocasionados por vários estímulos, tais como sons,
luminosidade, injeções, toque ou manuseio. Em geral, o paciente mantém-se consciente e lúcido. Não há
transmissão direta ou indireta. A infecção ocorre pela introdução dos esporos em solução de continuidade da pele
ou mucosas (ferimentos superficiais ou profundos de qualquer natureza). Apesar de ser uma doença prevenível,
satisfatoriamente, uma vez que se dispõe de uma vacina eficiente e barata, continua a atingir e a matar
adolescentes, adultos e, principalmente, idosos. O tétano caracteriza-se mais como doença relacionada a riscos
ambientais e comportamentais do que como doença transmissível; como tal, não se apresenta de forma epidêmica
na comunidade, embora ainda seja uma causa importante de morbimortalidade na maioria dos países do mundo
em desenvolvimento. No Brasil, considera-se a região Nordeste um local onde a desigualdade socioeconômica
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sobrepuja um perfil diferenciado de adoecer e morrer da sua população, contribuindo de forma importante nas
estatísticas nacionais. Nesta região, concentra-se cerca da metade dos casos de tétano neonatal e um terço do
tétano acidental. Tais índices sugerem a necessidade de medidas mais efetivas de vigilância e controle constante
da doença. A Enfermagem tem como um dos seus papéis a educação e a promoção da saúde, para tanto se faz
necessário conhecer o perfil epidemiológico das pessoas acometidas por este agravo, e através desses dados,
desempenhar ações que contribuam para a prevenção do Tétano Acidental. Objetivos: O presente estudo teve
como objetivo descrever as características epidemiológicas dos pacientes com tétano acidental notificados à
Secretaria do Estado de Saúde do Estado do Maranhão, no período de 2007 a maio 2013. Metodologia: Trata-se
de estudo descritivo, tomando como área de investigação o Estado do Maranhão. Foram coletadas as informações
referentes aos casos notificados pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, pelo
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) nos anos de 2007 a 2013. As variáveis de interesse
analisadas foram: sexo, raça, faixa etária e escolaridade. Foram considerados apenas os casos confirmados de
Tétano Acidental. Resultados: Foram analisados 86 casos confirmados notificados de Tétano Acidental. Entre os
86 casos confirmados, observou-se predomínio do sexo masculino (94,2%). Quanta a raça/cor, a maior frequência
foi da raça parda com 63,9%, seguidos da preta (22,1%),branca (4,6%), e indígena (2,3%); em 5,8% das fichas(5
casos) esta informação foi considerada “ignorados/branco”. Em relação a faixa etária, foram registrados casos em
todas as faixas, sendo as mais acometida as de 20 a 39 anos (40,7%) e de 40 a 59 anos 30,2%,. No que se refere à
escolaridade, registraram-se 10,4% de analfabetos, 19,7% de 1ª a 4ª série, 3,4% com 4ª série completa do ensino
fundamental, 10,4% de 5ª a 8ª série, 8,1% com ensino fundamental completo, 2,3% com ensino médio
incompleto, 3,4% com ensino médio completo, 1,1% com ensino superior incompleto, por fim 37,2% foram
considerados “ignorados/branco” e 3,4% “não se aplica”. Com base nos dados analisados constatou-se que o
perfil epidemiológico das pessoas acometidas por Tétano Acidental são homens, pardos, de 20 a 39 anos, com até
a 4ª série de ensino fundamental completa. Conclusão: Mesmo com a profilaxia contra o tétano disponível
gratuitamente, nos serviços de saúde pública do País, observa-se uma ocorrência acentuada da doença em todo
Estado. O perfil epidemiológico encontrado mostra-nos maior acometimento de pessoas em idade ativa de
trabalho, do sexo masculino, raça/cor parda e menor escolaridade. Cabe nestes achados, cabe a Enfermagem
traçar estratégias para ampliar a cobertura vacinal, trabalhar com campanhas de prevenção contra o Tétano
Acidental, enfatizando as medidas de controle e prevenção de agravos em casos de acidentes que possam levar a
contaminação. Os profissionais de saúde como um todo, devem empenhar-se na educação da comunidade para a
prevenção deste agravo e buscar o diagnóstico precoce como uma das medidas para o tratamento adequado a estes
pacientes.
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Florence de Ensino Superior
Descritores: Enfermagem; Vigilância em Saúde; Saúde Coletiva; Tétano Acidental.
Palavras-chave:
Identificação profissional:
E-mail do relator:
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