Manejo clínico em pacientes com tétano

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Manejo clínico em pacientes
com tétano
Edilson Sacramento
Caso Clínico
• Idade: 55 anos
• Sexo:
Masculino
• Profissão: Ajudante de pedreiro
História
Queixa principal: dificuldade de abrir a boca e rigidez
muscular
H. M. A: Acompanhante relata que o paciente possui um
ulcera crônica na perna há mais de 6 anos e vem
fazendo
curativos
em
Posto
de
Saúde
e,
constantemente, faz consulta médica, inclusive já
realizou consulta com angiologista. Paciente não é
vacinado
contra tétano. Há 24 horas passou a
apresentar dormência na perna com dificuldade de abrir
a boca. Há menos de uma hora passou a apresentar o
corpo rígido e abalos em todo o corpo.
Exame Físico
• Paciente lúcido, orientado apresentando ulcera
em perna D, trismo, riso sardônico, Hipertonia
muscular generalizada, T: 38,5ºC, espasmos
musculares espontâneos e à estimulação.
Paciente
com
hiper-reflexia.
Aparelho
respiratório e cardio vascular sem alteração.
Figura 1
Evolução
• Evoluiu com contraturas paroxísticas (abalos
tonicoclônicos) de forte intensidade de longa
duração, disfagia, episódio de espasmo de
glote,
taquicardia,
sudorese
profusa,
hipertensão arterial e febre de 39ºC
Chronic ulcers and myasis as ports of
entry for Clostridium tetani
Jiuseppe Benitivoglio Greco; Edilson
Sacramento and José Tavares-Neto
Brazilian Journal of Infectious Diseases
v.5 n.6 Salvador dez. 2001
Manifestações Clínicas – Estudo de 1024 casos
Manifestação
Freq.
%
Trismo
971
94,8
Hipertonia
986
96,3
Contratura
793
77,4
Riso Sardonico
389
38,0
Disfagia
690
67,4
Dor mastigação
360
35,2
Parastesia
49
4,8
Opistotomo
173
16,9
Manifestações Clínicas – Estudo de 1024 casos
Manifestação
Freq.
%
Dores nas pernas
352
34,4
Dor na nuca
467
45,6
Dor abdominal
377
36,8
Dispnéia
126
12,3
Disfagia
690
67,4
Dor nas costas
439
42,9
Febre
341
33,3
Trismo e riso sardônico:
Laboratório
• Diagnóstico clínico
• CPK (creatininofosfoquinase)
Manejo no tratamento do tétano
Internamento em UTI
Admissão em Terapia Intensiva
Local
antes
depois
Japão
40%
10%
Espanha
58,30%
24,6
Venezuela
43,58%
15%
Recife (PE)
35%
12,60%
HCMAIA
38%
26,58
Complicações nos pacientes com
tétano
Frequencia das complicações nos pacientes com tétano
Hospital Couto Maia 2006 - 2011 (N = 79)
Intercorrência
Infecção Respiratória
Infecção por cateter
Insuficiência renal aguda
Sepse
Infarto agudo do miocardio
Úlcera de pressão
Tromboembolismo
Fraturas
Edilson Sacramento & Juliana Almeida
N
47
25
22
22
17
15
2
1
%
59,49
31,65
27,85
27,85
21,52
18,99
2,53
1,27
Manejo no tratamento do tétano
Internamento em UTI
Complicações em pacientes com tétano e ocorrências de óbito
Hospital Couto Maia 2006 - 2011 (N = 79)
Intercorrência
Alta
N
%
Infecção Respiratória
35
76,10
Infecção por cateter
22
88,00
Insuficiência renal aguda
15
68,20
Sepse
16
72,70
Infarto agudo do miocardio
3
17,60
Úlcera de pressão
12
80,00
Tromboembolismo
2
100,00
Fraturas
0
0,00
Edilson Sacramento & Juliana Almeida
Óbito
N
11
3
7
6
14
3
0
1
%
23,90
12,00
31,80
27,30
82,40
20,00
0,00
100,00
Manejo no tratamento do tétano
• IGATH ou SAT
• Debridamento precoce do foco
• O esquema antibiótico utilizado:
 Metronidazol
 Penicilina cristalina
Manejo no tratamento do tétano
• Relaxante muscular:
 Diazepam
 Midazolam
 Baclofeno
Manejo no tratamento do tétano
• Sulfato de Magnésio (MgSO4)
Manejo no tratamento do tétano
• Fisioterapia motora e respiratória.
Manejo no tratamento do tétano
(disautonomia)
• Fentanil
• Morfina
• Beta-bloquiadores (esta associado a morte
súbita)
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