12 questões sobre rinite alérgica “Existem indivíduos, adultos ou

Propaganda
12 questões sobre rinite alérgica
“Existem indivíduos, adultos ou crianças, que apresentam rinite alérgica durante o ano
todo e outros cujas manifestações se concentram em determinadas épocas”, revela Dr. Julio
Miranda Gil (CRM-SP 112.071), otorrinolaringologista, especialista em cirurgia plástica facial,
Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (ABORL-CCF) e
Médico Colaborador do Grupo de Cirurgia Plástica Facial do Hospital das Clínicas.
Rinite alérgica em várias causas, sintomas e tratamentos. É para falar um pouco mais sobre este tipo
de alergia, que entrevistamos o Dr. Julio Gil. Confira abaixo e tire suas dúvidas.
1.O que é rinite alérgica?
Muitas pessoas acham que rinite é o mesmo que rinite alérgica, porém existem vários tipos e
diferenças entre elas. O mais comum nos casos crônicos é a rinite alérgica. Em primeiro lugar,
define-se como rinite a presença, em um paciente, com sintomas de coriza, espirros, coriza hialina
(secreção transparente) e obstrução nasal. Nos casos, já diagnosticados de rinite, dividimos em dois
subgrupos: alérgica e não-alérgica.
A rinite alérgica tem como característica uma inflamação da mucosa do nariz e dos seios da face
com a presença de eosinófilos (um tipo de glóbulos brancos) e IgE (um tipo de Imunoglobulina).
A não alérgica pode se apresentar de diversas formas porém sempre com a mesma inflamação da
mucosa e com a presença de neutrófilos, ao invés de eosinófilos e ausência de um aumento de IgE.
2.Quais os tipos mais freqüentes?
A rinite alérgica pode ser basicamente: sazonal (intermitente) - sintomas presentes por menos de 4
dias por semana - ou persistente - sintomas presentes por mais de 4 dias na semana.
Pode ser dividida também em: Leve, quando os sintomas atrapalham, mas não incomodam muito nas
seguintes áreas: sono, atividades diárias, lazer e esporte, escola ou trabalho; e de Moderada a
Severa, quando os sintomas incomodam muito nas áreas afetadas.
3. Ela é contagiosa ou hereditária?
A rinite alérgica nunca é contagiosa. Normalmente, existe uma história familiar de rinite, ou seja, é
hereditária. Por exemplo, quando os pais têm rinite alérgica, o filho tem 80% de chance de ter rinite
alérgica também. Pode também estar relacionada com baixo nível socioeconômico, como condições
precárias de moradia.
4.Quais os principais sintomas?
Coriza, espirros, coriza hialina (secreção transparente) e obstrução nasal são os mais comuns, porém,
podemos ainda observar lacrimejamento, hiperemia conjuntival, além de perda do olfato e do
paladar, congestão em face, halitose e tosse.
5.Numa crise de rinite, algumas pessoas também sofrem com irritação nos olhos. Por que
isso ocorre?
Porque a mucosa que envolve todo o nariz e os seios da face se comunica com a mucosa dos olhos.
Sendo assim, o nariz é a porta de entrada, porém a alergia ocorre em todos estes lugares.
6.Por que ela fica mais intensa em alguns períodos do dia, como manhã e noite?
Em geral, os pacientes que têm uma piora de dia e à noite são aqueles que estão expostos a algum
alérgeno (algo que desencadeia os sintomas) em sua casa, como pó, pelo de animal, fungos
(umidade), dentre outros.
7.Quais fatores orgânicos que influenciam no seu desenvolvimento?
Os estudos científicos ainda são inconclusivos em relação a isso. Em geral, o desenvolvimento de
rinite alérgica se deve basicamente a hereditariedade e exposição a alérgenos.
8.Quais os agentes externos que pioram os quadros de rinite?
Há várias substâncias que desencadeiam a rinite alérgica. Os mais comuns entre são os ácaros,
fungos, pólen, saliva e secreções de cães e gatos e, ainda, resíduos de insetos. Outras substâncias
como, poluentes e tabaco, deixam o nariz mais sensível e susceptível a crises alérgicas.
9.Como prevenir? Quais os tratamentos mais indicados?
Prevenção sempre é o melhor remédio, portanto as orientações são:
- retirar de casa tapetes, carpetes, cortinas, bichos de pelúcia, livros e tudo que não for de uso
constante. O quarto tem que ter o mínimo de coisas possível;
- procurar morar em locais onde os dormitórios sejam ensolarados e onde bata sol durante o dia.
Nesta hora é sempre bom deixar a janela aberta para arejar o ambiente;
- nunca passar a vassoura, usar somente pano úmido e/ou aspirador;
- não ter animais de estimação - cachorro, gato, periquito, papagaio, etc. Se não houver outra opção,
dê banhos semanais e evite, ao máximo, o contato direto e a circulação nos dormitórios. Dar
preferencia àqueles que não soltam pêlo;
- Evitar áreas de umidade ou mofo, pois elas podem ser a causa de todo o problema;
- usar edredon ao invés de cobertor;
- não usar roupas de lã. Dar preferência a materiais sintéticos ou de algodão.
Sempre tentamos o tratamento mais simples possível em cada situação, mas cada caso deve ser
avaliado individualmente, para que a terapia prescrita seja adequada ao perfil do paciente. Dentre
as opções existem: lavagem nasal com soro fisiológico; sprays nasais de corticóide; antihistamínicos
orais ou nasais; antileucotrienos; corticóides orais e vacina sublingual ou subcutânea.
10.Os sintomas da rinite tendem a piorar em pessoas que possuem alterações anatômicas
nasais, como desvio de septo?
Pacientes que têm rinite e desvio de septo costumam se queixar mais de nariz entupido do que os
outros, podendo precisar de cirurgia para correção. Outras alterações anatômicas podem predispor
a sinusite crônica e de repetição quando associadas à rinite alérgica.
11. Uma pessoa que tem rinite e trabalha num ambiente com ar condicionado constante
deve manter que atitudes para evitar uma crise alérgica?
Deve realizar, pelo menos duas vezes ao dia, a lavagem do nariz com soro fisiológico, além de tomar
muito cuidado com variações bruscas de temperatura. Outra atitude inteligente é manter recipientes
com água espalhados no ambiente, evitando assim que o ar fique muito seco.
12. A rinite pode evoluir para uma sinusite? Por que?
O termo atualmente usado para rinite é o de rinossinusite alérgica, uma vez que o nariz e os seios da
face são cobertos pela mesma mucosa e ficam acometidos da mesma maneira pela alergia. A sinusite
que é conhecida de muitos pode ser tanto esta sinusite alérgica causada pelo quadro de rinite ou,
ainda, pode ser uma sinusite bacteriana crônica causada por uma rinite que não foi tratada
adequadamente - ocorreu um acúmulo de muco nos seios da face, que foi colonizado por bactérias.
Neste caso, deve ser realizado um tratamento específico para a sinusite e depois um controle da
rinossinusite alérgica.
(*) Bibliografia: História, Cultura e Práticas Correntes da Medicina – Editora Nobel – Alfredo Salim
Helito e Paulo Kauffman
Dr. Julio Miranda Gil (CRM-SP 112.071) – otorrinolaringologista especialista em cirurgia
plástica facial
Dr. Julio Gil, sócio-diretor da Clínica Julio Gil, é graduado pela Faculdade de Medicina da USP é
Especialista e Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial
(ABORL-CCF), Médico Colaborador do Grupo de Cirurgia Plástica Facial do Hospital das Clínicas –
USP e membro do corpo clínico dos Hospitais das Clínicas, Israelita Albert Einstein, Samaritano, São
Luiz e Alvorada.
Atuou como Fellow em Cirurgia Plástica Facial pelo Hospital das Clínicas - USP, com especialização
no grupo de Cirurgia Plástica Facial do Hospital das Clínicas, onde realizou cerca de 200 plásticas
de nariz, além de outras cirurgias estéticas e reconstrutivas da face, e também como Fellow
Observer na UCLA - Department of Facial Plastic Surgery and Reconstructive Surgery, Los Angeles serviço de Facial Plastic Surgery and Reconstructive Surgery da UCLA, com o Dr.Jeffrey Rawnsley,
fundador do departamento e referência no estado da Califórnia, pioneiro no uso da técnica "soft
touch", que remodela o nariz suavemente, mantendo a aparência natural.
Download