desenvolvimento sustentável - Faculdades Integradas Simonsen

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Meio ambiente e qualidade de vida____________________________________________Capítulo 15
CAPÍTULO 15
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
.
Você já parou para pensar no que significa a palavra
“progresso”? Pois então pense: estradas, indústrias,
usinas,cidades, maquinas e muito outras coisas que ainda
estão por vir, e que não conseguimos nem a menos
imaginar. Algumas partes desse progresso todos são muito
boas, pois melhoram a qualidade de vida dos seres
humanos de uma forma ou de outra, como transporte,
comunicação, saúde, etc. Mas analise: será que tudo isso
de bom não tem um preço? Será que para ter toda essa
facilidade de vida, nós humanos, não pagamos nada?
Modelo de desenvolvimento que permite às gerações presentes atender
suas demandas de energia e matéria-prima, sem que isto ponha em risco a
possibilidade das gerações futuras atenderem suas próprias necessidades.
O desenvolvimento sustentável não é um estado fixo de harmonia. É, antes,
um processo de mudanças em que as alterações na exploração dos
recursos, gestão dos investimentos e orientação do desenvolvimento são
geridas de uma forma coerente com as necessidades futuras e presentes.
(Nosso Futuro Comum / ONU Comissão Mundial para o Ambiente e
Desenvolvimento)
O atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios; se,
por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a
miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam dia-a-dia. Diante desta
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constatação, surge a idéia do Desenvolvimento Sustentável (DS), buscando conciliar
o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e, ainda, ao fim da
pobreza no mundo.
Desenvolvimento sustentável se refere principalmente às conseqüências
dessa relação na qualidade de vida e no bem-estar da sociedade, tanto presente
quanto futura. Atividade econômica, meio ambiente e bem-estar da sociedade
formam o tripé básico no qual se apóia a idéia de desenvolvimento sustentável. A
aplicação do conceito à realidade requer, no entanto, uma série de medidas tanto
por parte do poder público como da iniciativa privada, assim como exige um
consenso internacional. É preciso frisar ainda a participação de movimentos sociais,
constituídos
principalmente
na
forma
de
ONGs
(Organizações
Não-
Governamentais), na busca por melhores condições de vida associadas à
preservação do meio ambiente e a uma condução da economia adequada a tais
exigências.
O DS tem seis aspectos prioritários que devem ser entendidos como metas:
A satisfação das necessidades básicas da população (educação,
•
alimentação, saúde, lazer, etc);
A solidariedade para com as gerações futuras (preservar o
•
ambiente de modo que elas tenham chance de viver);
A participação da população envolvida (todos devem se
•
conscientizar da necessidade de conservar o ambiente e fazer cada um a
parte que lhe cabe para tal);
A preservação dos recursos naturais (água, oxigênio, etc);
•
A elaboração de um sistema social garantindo emprego,
•
segurança social e respeito a outras culturas (erradicação da miséria, do
preconceito e do massacre de populações oprimidas, como por exemplo os
índios);
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A efetivação dos programas educativos.
•
Qualquer processo de desenvolvimento só será válido se for baseado nesses
princípios. A falta de sustentabilidade pode levar a sucessos imediatos, mas
fatalmente comprometerá o futuro. Qualquer país que provoque a exaustão de seus
recursos naturais em nome da riqueza a curto prazo, causará dano à sua população.
Se o recurso for fundamental e não reposto, quer pela impossibilidade física, quer
pela falta de meios financeiros, é possível que a pobreza se instale em regiões
outrora prósperas de forma irremediável.
Quando o próprio processo de industrialização ou de urbanização resulta em
dano ambiental, como a contaminação do ar ou de mananciais, mas ao mesmo
tempo promove o desenvolvimento, a tendência é ignorar que o custo ambiental
onerará a população por longos períodos, dezenas de anos. Um dia, a recuperação
ambiental exigirá imensos gastos que passarão a onerar a população, que poderia
ter aqueles recursos destinados a investimentos em outras áreas de maior retorno
social ou econômico. O custo ambiental será sempre cobrado à população, seja sob
a forma de perda de qualidade de vida, seja pelo aumento de gastos públicos ou
privados.
Esses custos só se eliminam, ou se minimizam, se os planos e programas de
ação contiverem a idéia de desenvolvimento sustentável, a noção de que o
desenvolvimento perde sentido se for realizado às custas do esgotamento dos
recursos naturais e em detrimento das gerações vindouras. Para se ter uma melhor
idéia do que significa o uso exaustivo da natureza, pode-se lembrar que a cada ano
são destruídos 20 milhões de hectares de florestas e perdidos 25 bilhões de
toneladas de húmus, por causa da erosão, desertificação, salinização ou qualquer
outro processo de uso degradante do solo. A salinização de solos atinge mais de
900 milhões de hectares em todo o mundo. A principal causa é a irrigação mal feita:
a utilização de água em excesso ou de água proveniente de reservatórios já
salinizados. No Nordeste brasileiro, região mais pobre do país, mais de 4 milhões de
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hectares de áreas agricultáveis acham-se em processo de salinização. A terra tornase estéril onde mais se precisa dela.
Segundo o Relatório Brundtland (relatório elaborado pela Comissão Mundial
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento - faz parte de uma série de iniciativas,
anteriores à Agenda 21, as quais reafirmam uma visão crítica do modelo de
desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações
em desenvolvimento), uma série de medidas devem ser tomadas pelos Estados
nacionais:
a) limitação do crescimento populacional;
b) garantia de alimentação a longo prazo;
c) preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
d) diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias que
admitem o uso de fontes energéticas renováveis;
e) aumento da produção industrial nos países não-industrializados à base de
tecnologias ecologicamente adaptadas;
f) controle da urbanização selvagem e integração entre campo e cidades
menores;
g) as necessidades básicas devem ser satisfeitas. No nível internacional, as
metas propostas pelo Relatório são as seguintes:
h) as organizações do desenvolvimento devem adotar a estratégia de
desenvolvimento sustentável;
i) a comunidade internacional deve proteger os ecossistemas supranacionais
como a Antártica, os oceanos, o espaço;
j) guerras devem ser banidas;
k) a ONU deve implantar um programa de desenvolvimento sustentável.
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Algumas outras medidas providenciais para a implantação de um programa o
mínimo adequado de desenvolvimento sustentável são: uso de novos materiais na
construção; reestruturação da distribuição de zonas residenciais e industriais;
aproveitamento e consumo de fontes alternativas de energia, como a solar, a eólica
e a geotérmica; reciclagem de materiais aproveitáveis; não-desperdício de água e de
alimentos; menor uso de produtos químicos prejudiciais à saúde nos processos de
produção alimentícia. Realizar um programa de desenvolvimento sustentável exige,
enfim, um alto nível de conscientização e de participação tanto do governo e da
iniciativa privada como da sociedade.
O desenvolvimento sustentável é a chave de um progresso que possibilita o
uso dos recursos naturais renováveis com bom senso, sem promover seu
esgotamento. O seu emprego por todos os países depende em grande parte da
cooperação internacional, de modo que as técnicas que o viabilizam sejam de amplo
conhecimento e não apenas daqueles que as desenvolveram.
Uma interação equilibrada homem-meio ambiente se apóia a idéia do
desenvolvimento sustentável. Trata-se de um conceito vital que deve ser
considerado em toda política de expansão, principalmente naqueles países ou
regiões onde ainda há muito a preservar, onde os descuidos do passado, o excesso
de população, o modelo de industrialização, as atividades agropecuárias e o
extrativismo não destruíram totalmente os ecossistemas locais.
Projetos de desenvolvimento que não levem em conta a sustentabilidade
ambiental devem ser desconsiderados, pois na realidade não são projetos de
desenvolvimento, na medida em que não se comprometem com o futuro. Podem ser
no máximo considerados ações de curto prazo, que podem redundar em pobreza,
dano ambiental e eliminação de espécies a médio ou a longo prazos.
Os maiores obstáculos à formulação e implementação de projetos de
desenvolvimento sustentável são a ignorância acerca da importância do meio
ambiente, a crença de que os recursos naturais são inesgotáveis, a ambição de
resolver problemas estruturais em curto prazo, e, por fim, a pobreza, a tradicional
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falta de recursos financeiros para promover investimentos eficazes do ponto de vista
ambiental.
Na tentativa de chegar ao DS, sabemos que a Educação Ambiental é parte
vital e indispensável, pois é a maneira mais direta e funcional de se atingir pelo
menos uma de suas metas: a participação da população.
 TESTE SEUS CONHECIMENTOS:
1. O que você entendeu por Desenvlvimento Sustentável?
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2.Quais os maiores obstáculos para implementação do Desenvolvimento
Sustentável?
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