______________________________________________________________________ OS DESAFIOS PARA A INSERÇÃO E ACOLHIMENTO DOS FAMILIARES DOS USUÁRIOS NOS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS) ALVES, Pedro Henrique Melo Alves1; SILVA, Fabiana Laranjeira da2; RODRIGUES, João Victor da Silva3; LOPES, Jaqueline Cordeiro4; PEDROZA, Robervam de Moura5 1234 Acadêmico em enfermagem pelo IFPE- Campus Pesqueira 5 Mestre em Saúde da Família pela UFRN e docente do Curso de Graduação em Enfermagem IFPE – Campus Pesqueira ______________________________________________________________________ INTRODUÇÃO: A reforma psiquiátrica é representada por um movimento substitutivo ao modelo manicomial, que adota uma perspectiva de cuidado pautado no modelo biologicista e excludente, que não considera a participação dos familiares no cuidado ao portador de transtornos mentais quando os mesmos eram internados nos hospitais psiquiátricos. No entanto, na transição do modelo manicomial para o modelo psicossocial surgem os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), enquanto integrante da rede, e a família é reconhecida como protagonista, tanto na construção de políticas públicas de saúde mental, como também no cuidado e acompanhamento de seus parentes. Diante do exposto, o estudo objetiva apresentar as dificuldades para inserir e acolher os familiares dos usuários dos Centros de Atenção Psicossocial. METODOLOGIA: Na construção do presente estudo foi realizado uma revisão bibliográfica através dos artigos publicados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) no período de 2009-2014, a partir dos descritores: atenção psicossocial, acolhimento, família. Inicialmente foram levantados 24 artigos, mas destes, somente 14 artigos atenderam os pré-requisitos estabelecidos pela pesquisa. As buscas ocorreram no período de maio e junho do ano de 2015. RESULTADOS: A família quando procura os serviços dos CAPS sua expectativa é de encontrar um profissional que tire todas as suas dúvidas ofereça uma escuta qualificada, e que trace um caminho, na tentativa de amenizar e promover uma relação saudável entre familiar-paciente, mas a execução desta prática encontra-se em construção devido a influência do paradigma biomédico existente nestes serviços, uma outra atividade relevante desenvolvida pelo CAPS visando essa perspectiva são os a atividade terapêutica do grupos familiares,onde ocorre uma interação tanto entre as famílias com troca de experiências e vivências, como entre os profissionais, na tentativa de amenizar o sofrimento familiar em relação a sobrecarga física e psicológica. CONCLUSÃO:Para que haja a inserção da família no CAPS, fazse necessária repensar o modelo de gestão do cuidado e dos serviços, tornando-se essencial o investimento da sistematização em larga escala numa política de educação permanente capaz de desconstruir paradigmas no que tange a saúde mental e que interferem na execução do acolhimento e na construção de vínculos, de forma a promover a interação entre equipe, familiares e usuários, resgatando assim a sua autonomia e cidadania. Descritores: Acolhimento; Atenção Psicossocial; Família. _____________________________________________________________________ Introdução Em meados da década de 70, iniciaram no Brasil movimentos em prol da Reforma Psiquiátrica, onde ganhou força a partir da 1° Conferência Nacional em Saúde Mental (CNSM), ocorrida em 1987, na qual foram discutidos os modelos da atenção psiquiátrica brasileira (Arantes, 2008), tendo como enfoque o modelo hospitalocêntrico, onde para Borba et. al (2012) este modelo pode ser caracterizado pela super lotação dos manicômios e o tratamento pautado nos maus tratos e (des) cuidados as pessoas com transtornos mentais. O modelo psicossocial foi amplamente discutido no ano de 1992 na 2° CNSM, onde tem como um dos pontos principais: manter as pessoas com transtornos mentais na comunidade respeitando-as como cidadãs . Esta conferência teve a participação tanto dos profissionais de saúde como dos pacientes e seus familiares Com a mudança do modelo hospitalocêntrico para o modelo psicossocial, fez-se necessário também os profissionais em saúde mental modificarem suas condutas em relação a acompanhamento do paciente com transtorno mental, pois segundo Lavall (2009) A atenção psicossocial centra seu olhar no sujeito, observando as suas relações no cotidiano, para que dessa forma o profissional, auxilie no processo de reinserção do paciente com transtorno mental na sociedade, facilitando assim a construção de estratégias para a execução do acolhimento nos âmbitos da atenção a saúde mental As duas conferências, segundo Arrantes (2008) viabilizaram a construção da lei 10.126, onde dispõe sobre a proteção e os direitos as pessoas com transtornos mentais, favorecendo assim a construção de serviços que atendessem a demanda no que tange a saúde mental. Dentre estes serviços encontram-se os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), regulamentados pela portaria 336/02, do dia 19 de fevereiro de 2002, tendo um importante papel de caráter substitutivo para com os hospitais psiquiátricos. Os CAPS também buscam integrar a pessoa com sofrimento psíquico no meio social e cultural. (LAVALL, 2009). No ano de 2011, foi instituída a portaria 3.088, que dispõe das Redes de Atenção Psicossocial (RAPs), onde deve contemplar as pessoas com sofrimento e transtorno mental O acolhimento além de ser uma das diretrizes estabelecidas na Política Nacional de Humanização (PNH), é considerado uma das ações primárias a ser desenvolvida no âmbito da saúde, (BRASIL, 2007) principalmente nos centros de atenção psicossocial, onde o profissional deve oferecer uma escuta qualificada e a partir da mesma traçar um caminho resolutivo para a principal queixa do paciente. Segundo Borba et.al (2012) quando os Centros de Atenção Psicossocial, a partir do modelo psicossocial, integraram a família no tratamento dos pacientes com transtornos mentais, foi considerado um grande avanço no processo de construção de políticas públicas de saúde mental, pois a família acompanha e luta para o bem estar, físico, mental, social, de seu parente cabendo aos profissionais do CAPS acolher os familiares, na tentativa de confortar e viabilizar a construção de uma relação amigável e saudável entre os mesmos. Para a inserção da família no âmbito da saúde mental os CAPS tem autonomia para desenvolver atividades como: atendimento individual, grupo de famílias, visita domiciliar e a elaboração de oficias terapêuticas, pois estes convívios viabilizam tanto a construção como o fortalecimento de vínculos entre o profissional e o paciente. (CAMATTA, 2009) O presente estudo tem como objetivo de identificar os principais desafios enfrentados frente ao acolhimento e inserção dos familiares de usuários nos Centros de Atenção Psicossocial. METODOLOGIA O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura de caráter exploratório e quali-quantitativo onde, segundo Lakatos (2011), o estudo qualitativo analisa e interpreta os mais profundos aspectos, fornecendo uma análise mais detalhada. A dimensão quantitativa do trabalho urge a partir do levantamento dos trabalhos pesquisados que atenderam os seus objetivos. Foram pesquisadas as publicações nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde – BVS, Scientific Electronic Library Online (Scielo), Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PEPSIC )publicadas no período de 2009 - 2014 em português. Para a busca dos trabalhos, foram utilizados os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS) que foram: acolhimento, atenção psicossocial e família. A pesquisa foi realizada no período de maio-junho de 2015, tendo como critérios de inclusão estudos que envolvessem o acolhimento aos familiares dos pacientes com transtornos mentais nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Após esta etapa, os trabalhos encontrados foram catalogados em tabela, segundo ano de publicação, título, autor e base eletrônica encontrada. RESULTADOS E DISCUSSÕES Ao término da pesquisa, foram encontrados 24 artigos que abordaram o tema Saúde Mental e Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), no entanto somente 14 trabalhos atenderam os requisitos estabelecidos para a pesquisa, sendo os demais desconsiderados.Os trabalhos encontrados serão apresentados na tabela a seguir: Ano de Título Autor publicação 2012 Base eletrônica Assistência em saúde mental sustentada no BORBA, Scielo modelo psicossocial: narrativas de familiares e Letícia de pessoas com transtorno mental Oliveira. 2009 Trabalho da equipe de um centro de atenção CAMATTA, psicossocial na perspectiva da família. Scielo Márcio Wagner 2011 Avaliação de um centro de atenção psicossocial: CAMATTA, o olhar da família Scielo Márcio Wagner 2014 A reforma psiquiátrica e o papel da família no COLLET, restabelecimento de um sujeito psicótico 2011 Mayara Avaliação da atenção prestada aos familiares em DUARTE, um centro de atenção psicossocial. PEPSIC Scielo Maria de Lourdes Custódio 2009 Enfermeiro e familiar de usuário de centro de FERREIRA, Biblioteca Atenção psicossocial: necessidade de saúde Vinicius expressa Moniz Virtual em Saúde. 2009 Avaliação de família:rede de apoio social na LAVALL, Biblioteca atenção em saúde mental Virtual em Eliane. Saúde. 2009 Reforma Psiquiátrica e Inclusão Social: um MACIEL, Estudo com Familiares de Doentes Mentais Scielo Silvana Carneiro 2009 Familiares de portadores de transtorno mental: MORENO, Scielo vivenciando o cuidado em um centro de atenção Vânia psicossocial 2011 2009 Usuários de um Centro de Atenção Psicossocial NOGAOKA, e sua vivência com a doença mental R Ana Paula Conceito de integralidade na atenção em saúde NASI, Cintia mental no contexto da reforma psiquiátrica Scielo Biblioteca Virtual em Saúde 2012 Grupo de familiares de um centro de atenção RIBEIRO, Biblioteca psicossocial: experiências de seus usuários. Virtual em Julia Portella Saúde 2009 Avaliação de um centro de atenção Psicossocial brasileiro Scielo SCHNEIDER, Joaquim Fernando 2011 A família em saúde mental: subsídios para o SILVA, Kely Vanessa cuidado clínico de enfermagem. Gomes da Scielo Segundo Silva (2011) a família é um grupo social que vem se mantendo como uma instituição social permanente, fazendo da mesma uma fonte potencial de apoio, corroborando assim com o estudo Carvalho (2003) que considera a família um grupo social fundamental para a sociedade, onde não se limita apenas as questões de sobrevivência, mas também a família prima pela a proteção e a socialização dos indivíduos na sociedade, a partir da formação cultural e social que a mesma trabalha com o indivíduo ao longo do tempo. No período que antecede o movimento da reforma psiquiátrica, a família segundo Moreno (2009) no âmbito dos hospitais psiquiátricos não tinham acesso aos parentes internados, pois o modelo de atenção vigente àquela época concebiam negativamente a participação da família no processo de reabilitação do portador de transtorno mental, estando, portanto, a família excluída do processo. A partir desta perspectiva, a reforma psiquiátrica segundo Maciel et. al (2009) surgiu para questionar não só as instituições em saúde mental mas também a prática médica em si, no sentido não somente de humanizar a assistência, mas sobretudo, contribuir para o processo de reabilitação e reinserção social do indivíduo com transtorno mental. No que tange o processo de desinstitucionalização, segundo Rosa (2011) apud Collet (2014), muitas transformações vem ocorrendo, destacando o papel dos familiares no tratamento e acompanhamento do parente com transtorno mental hospitalizados ou não, onde proporcionou para o doente e seu familiar a autonomia frente ao acompanhamento do portador de transtorno mental em todo o processo de tratamento. Porém uma das dificuldades encontradas no modelo psicossocial levantadas tanto por Moreno (2009) como para Maciel (2009) é a sobrecarga imposta ao familiarcuidador, onde o mesmo encontra-se sozinho pensa muito em largar tudo, pois muitas vezes o cuidado é considerado um fardo, pois o paciente tem prejuízos no contexto da sua autonomia em virtude do agravamento da doença, gerando assim uma maior responsabilidade para o seu familiar. Outra dificuldade encontrada pelos familiares são quando surgem os episódios de crise, constituindo sofrimento para o familiar/cuidador, muitas vezes acompanhadas de agressividade, resultando em instabilidade familiar e social. Geralmente o familiar/cuidador, consideram as atividades do dia-a-dia estressante, desanimador e entristecedor, sentimentos estes oriundos de uma sobrecarga subjetiva, sendo não raramente necessário um acompanhamento aos familiares dos pacientes Collet (2014). Segundo Schneider (2009) Os profissionais em saúde mental expressam dificuldades no que tange o processo de inserção da família no contexto do serviço nos CAPS, corroborando com o estudo de Camatta (2011) o qual percebe uma incipiente participação da família nos CAPS, onde os familiares relatam desconhecerem a dinâmica de trabalho dos CAPS. Nos estudos levantados por Ferreira (2009), Duarte (2011) e Ribeiro (2012), os grupos de família estão profundamente relacionados à situação de vida de cada um, através da troca de experiência e de conhecimentos, na tentativa de amenizar um sofrimento psíquico do paciente e promover o bem-estar do mesmo. No desenvolvimento dessas atividades faz-se necessário a presença de um coordenador, onde na maioria das vezes é o enfermeiro juntamente com uma equipe multiprofissional que administra com todo o arsenal terapêutico necessário com o desenvolvimento de alternativas, para enfrentamento coerente frente à ansiedade, fantasia, frustração, raiva, medo e outros sentimentos provenientes do usuário e seu familiar. Outra dificuldade apontada tanto por Schneider (2009) como Nasi (2009) é a dificuldade de desenvolver as atividades no CAPS numa perspectiva interdisciplinar, com os pacientes juntamente com seus familiares, promovendo atividades terapêuticas, tais como reuniões, tendo como objetivo a interação entre os mesmos. A estratégia do trabalho em grupo busca atender, integralmente, ao familiar, trabalhando as manifestações decorrentes da doença (RIBEIRO, 2012; BORBA, 2012). De acordo com Silva (2011), as propostas a serem trabalhadas com as famílias, devem-se ser consideradas as metodologias que estimulem a prática da solidariedade, onde funcionem como facilitadoras para o enfrentamento de certas situações frente ao sofrimento psíquico, um espaço onde a ética seja seu valor fundamental. Para Camatta (2009) O ato de acolher, em relação às equipes de saúde mental, envolve uma escuta qualificada, considerando as necessidades que emergem da história de vida e da situação existencional da população que buscam o serviço, seja em sofrimento psíquico, seja o seu familiar, ou ambos. Portanto o acolhimento é marcado pela escuta atenta de todos os que procuram o serviço, possibilitando a construção e fortalecimento de vínculos, compromissos e credibilidade mútua entre os envolvidos. Segundo Mello (1998) apud Duarte (2011) O acolhimento está intimamente ligado ao processo de trabalho em saúde de modo que contemple com atendimento a todos os que procuram os serviços de assistência à saúde, assumindo uma postura acolhedora, de escuta e de dar respostas coerentes à necessidade de cada sujeito pois a partir do momento em que o familiar chega ao serviço à procura de ajuda, deseja ser orientado, pois ele sozinho não consegue encontrar uma saída para suas angústias e problemas encontrados na convivência com a pessoa em sofrimento mental. Na proposta da política da saúde mental, sobretudo no CAPS, para a satisfação do usuário e familiares, a comunicação ocupa lugar de destaque, pois através dela, ocorre troca de informações, explicação sobre a patologia e o tratamento, pois a adoção de uma boa estratégia de comunicação faz com que tanto a família como o paciente sentirem-se cuidados (RIBEIRO, 2012). De acordo com Duarte (2011) a atenção em saúde está atrelada ao cuidado humanizado integral, ao acolhimento e à criação de vínculo. Se todas essas premissas forem adotadas pelos profissionais em saúde, onde melhoraria a qualidade dos serviços de saúde, satisfazendo assim os usuários e familiares. CONCLUSÃO Diante do exposto, percebe-se a relevância do papel dos Centros de Atenção Psicossocial, em relação ao suporte que os mesmos dão aos pacientes e aos familiares, pois quando a família tem expectativas de um acompanhamento eficaz do seu familiar com transtorno mental, a mesma procura o serviço de saúde mental tanto para tratar e acompanhar seu familiar doente quanto para buscar orientações, com o objetivo de sanar as dúvidas, criando assim um ambiente de confiança mútua capaz de possibilitar a construção de vínculos. Entretanto para que o CAPS atenda as expectativas dos usuários e dos seus familiares, propõe-se conceber uma visão integral dos indivíduos, mediante o envolvimento dos profissionais em saúde mental. Para tal, esses profissionais devem estar aptos para prestar um atendimento com qualidade, humanizado e que valorize o sujeito como um ser biopsicossocial, uma vez que esse perfil auxiliará na ruptura de paradigmas biomédicos existentes nestes ambientes que interferem na qualidade do acompanhamento e na execução do acolhimento. O desenvolvimento desta pesquisa foi de grande relevância, que possibilitou a percepção dos entraves para que os profissionais em saúde mental possam proporcionar uma atenção em conformidade com os princípios da reforma psiquiátrica, superando a lógica dos manicômios e da opressão. Com uma proposta de cuidado pautada no diálogo, acolhimento, construção de vínculos, além de dar condições para a reinserção social do paciente com transtorno mental, vale salientar que a reforma psiquiátrica tendo como suporte o movimento sanitarista, que lutou para a efetivação e construção do Sistema Único de Saúde (SUS). Destacamos que ambos os movimentos possuem objetivos comuns, configurando um sistema de saúde universal, conforme os princípios do SUS. Portanto para que haja a inserção da família nos Centros de Atenção Psicossocial é fundamental o papel e a decisão política da gestão dos serviços de saúde mental, promovendo uma política de educação permanente dos profissionais capaz de desconstruir paradigmas que interferem na execução do acolhimento e na construção de vínculos entre profissional-paciente e família. Portanto, os Centros de Atenção Psicossocial CAPS constituem espaços privilegiados para proporcionar o acolhimento da demanda das pessoas com transtorno mental, além de trabalhar os familiares no sentido de proporcionar a coresponsabilização para com o cuidado do paciente com transtornos mais severos e persistentes, na perspectiva de contribuir para um cuidado integral e resolutivo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 1. ARRANTES, E. C, STEFANELLI, M.C; FAKUDO, I.M.K; Evolução histórica da enfermagem em saúde mental e psiquiátrica. In STEFANELLI, M. C (org); Enfermagem Psiquiátrica e suas dimensões assistenciais. Monale. Brueri, São Paulo. 2008 2. BORBA, L. O. GUIMARÃES, A.N; MAZZA, V.A; MAFTUM, M.A.; Assistência em saúde mental sustentada no modelo psicossocial: narrativas de familiares e pessoas com transtorno mental Rev Esc Enferm USP v. 48 n. 6, São Paulo. 2012 3. BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Saúde. 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