7 CONCLUSÃO - DBD PUC-Rio

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CONCLUSÃO
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CONCLUSÃO
As análises químicas e físico-químicas das águas subterrâneas dos
municípios do Estado do Rio de Janeiro relacionados mostram que a composição
química destas águas resulta não só da evolução geoquímica natural das águas ao
longo do seu percurso através dos aqüíferos como também da ação antropogênica
como o uso de fertilizantes agrícolas e, adicionalmente, das condições de
perfuração e manutenção dos poços.
Em geral, as águas analisadas apresentam baixa mineralização devido ao
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pouco tempo de residência nos meios em que percolam, o que pode ser constatado
pelos valores de condutividade elétrica, e grau de dureza variando entre mole e
dura.
As análises dos íons maiores nas águas subterrâneas dos municípios
estudados indicam que estas pertencem a três tipos hidroquímicos dominantes:
águas bicarbonatadas sódicas, águas bicarbonatadas cálcicas e, em menor
proporção, águas cloretadas sódicas. Nota-se também, na maioria dos casos,
concentrações de cálcio maiores que a do magnésio, concentrações de sódio
maiores que a de potássio e alternância de predomínio entre as concentrações de
sódio e cálcio.
Como as águas apresentam baixa mineralização sua classificação como
mineral se dá através da presença de constituintes menores como o fluoreto e o
lítio ou, ainda, pela radioatividade na fonte. Municípios da região litorânea são
caracterizados por águas de elevada mineralização, com elevadas concentrações
de cloreto e alto teor de ferro, este último indicando a presença de um ambiente
redutor. Municípios da região noroeste do estado possuem águas mais duras
definidas como mineral devido a vários fatores simultâneos como fluoreto e
alcalinidade.
A base de dados gerada no presente trabalho pode ser utilizada, como
exemplificado, para fins de construção de mapas temáticos que podem auxiliar na
tomada de decisão, por parte de indivíduos do público, quanto ao eventual
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aproveitamento comercial de fontes de água subterrânea existentes em suas
propriedades. Foram construídos, como exemplo, dois mapas, um envolvendo
fluoreto e outro envolvendo condutividade. Utilizando estes dois mapas, é
possível, notar, por exemplo, que as águas das regiões do Médio Paraíba e Serrana
tem alta probabilidade de serem classificadas como fluoretada e de serem águas
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como uma baixa concentração de sais dissolvidos.
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