Prova_Kamila Braga_MS7,0

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Universidade de Brasília
Instituto de Ciências Sociais
Departamento de Antropologia
Teoria Antropológica 1 – Turma B
Henyo Trindade Baretto Filho
Kamila Braga Rodrigues – 140147683
3ª AVALIAÇÃO – PROVA
Grupo 1, questão 2: [2,1. Malgrado tocar na maioria dos pontos principais – não todos –
a resposta ainda é claudicante e apresenta algumas consistências significativas. Ver
comentários marginais.]
De acordo com Radcliffe Brown, a estrutura social é o que conduz a vida
material das sociedades e suas relações sociais, ou seja, é aquilo que existe de concreto
e é observável. A estrutura abarca tudo que sustenta uma sociedade através de ações,
sendo o que o autor considera como realidade, sendo assim uma ferramenta que une
todos os indivíduos e permite a existência de uma vida social, não apenas uma relação
social entre dois indivíduos, mas sim toda uma rede que interliga e influencia essas
relações. A função vem com a visão de unidade na sociedade, na qual várias pessoas
desempenham seu papel para a manutenção e sobrevivência dela. A analogia que o
autor usa para pensar o conceito de função é comparar o organismo animal com a vida
social, enxergando esta como um organismo também, que possui suas funções para se
manter existindo e funcionando. A partir dessa noção de função como “ato de
funcionamento”, estabelece que isso é uma hipótese de trabalho porque não podemos
tratar esse estudo de forma dogmática e nem considerar com absolutas certezas a
existência de função em tudo, mas apenas enxergar uma possibilidade nisso. Além
disso, aponta que um mesmo costume social pode ter diferentes funções em cada
sociedade e, assim, não podemos igualá-los de forma precipitada. A hipótese vem no
sentido interrogatório e investigativo da sociedade, pelo qual a partir de estudos
comparados em diversos povos poderemos encontrar algumas premissas, enxergando os
limites e os alcances de cada tipo de metodologia antropológica. Já as relações sociais
são as interações que acontecem entre as pessoas inseridas em uma sociedade, sendo
elas submetidas a uma estrutura. É possível deduzir, a partir das argumentações do
autor, que a sociedade humana possui instituições específicas similares, mas que se
manifestam de diferentes formas através de diferentes povos. Podemos notar uma base
comum entre todas elas se buscarmos compreender o fato e não explicá-lo, ou buscar
sua origem. As instituições sociais estão presentes, segundo Radcliffe Brown, na parte
geral da humanidade, tendo seus costumes como evidências para estudar isso. Relaciona
esses conceitos com uma certa função social, na qual os indivíduos representam papeis
específicos que nutrem essas instituições e permitem a existência de uma sociedade com
suas estruturas.
Grupo 2, questão 2: [2,1. Tocou no ponto principal, mas não o desenvolveu
satisfatoriamente e ainda incorreu em algumas inconsistências.]
Frazer e muitos etnólogos enxergam as semelhanças de costumes entre
sociedades diferentes como uma evidência da conexão histórica passada delas. Radcliffe
Brown irá contra argumentar essa metodologia, se atendo a uma metodologia que
compara os hábitos não como uma forma de particulariza-los e criar uma linha histórica,
mas sim de perceber leis gerais na sociedade humana. Para Radcliffe, a Antropologia
Social irá se utilizar do método comparativo para compreender os fenômenos sociais,
criando uma relação entre eles e visando generalizações que não se fixam no particular,
mas sim no geral, e, além disso, a define como conteúdo interno da Sociologia
Comparada. Este autor busca compreender uma similaridade entre diversas
manifestações habituais de diferentes sociedades e criar uma teoria em cima das
semelhanças que compõem as vísceras desses hábitos. Ele busca introduzir uma
compreensão da influência do geral no particular, entendendo esses hábitos não como
algo isolado, mas como algo necessário e consequente à uma estrutura social humana.
Grupo 3, questão 5: [2,8. Permaneceu no aspecto genérico da formulação, quando
deveria ter tratado de dimensões mais substantivas do argumento de ambos: as noções
durkheimiana de “homem dual”, de estado de efervescência social que fazem os
indivíduos irem além de si e de que a sociedade só se realizar por meio dos indivíduos
deveriam ter sido mencionadas.]
A escola francesa de sociologia, especificamente Durkheim e Mauss vão definir
o indivíduo como elemento inserido em uma sociedade que é exterior à ele e suas
vontades, estando sempre em constante relação a favor da harmonia. Acredita-se na
existência de categorias criadas pelo todo, a qual os indivíduos estão submetidos. A
coletividade irá sobressair ao individual, delineando, assim, toda a vida humana. A
cooperação entre vários indivíduos é responsável pela gênese das representações
coletivas, tendo como exemplo o surgimento de uma moral coletiva. Ao ocupar um
determinado espaço na vida social, a pessoa irá agir conforme o seu papel para manter
aquela sociedade em mais perfeito funcionamento, admitindo a sua categoria e sendo
impossível a desvinculação entre o indivíduo e a sociedade.
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