UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE TECNOLOGIA ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA NAVAL E OCEÂNICA Relatório de Projeto Final Análise da Estrutura na Região da Cremalheira do Acoplamento do Conjunto Articulado Empurrador - Barcaça (Barcaça) Mariana Barbosa de Abreu Moreira DRE: 101122961 Orientador: Profo Paulo Roberto Moraya ÍNDICE 1. 2. 3. 4. Introdução................................................................................................................. 2 Características Principais.......................................................................................... 4 Sistema de Acoplamento. ......................................................................................... 4 Modelo de Elementos Finitos ................................................................................... 6 4.1 Introdução a Teoria de elementos Finitos......................................................... 7 4.2 Considerações a respeito da malha e das condições de contorno..................... 7 4.3 Descrição do modelo ........................................................................................ 8 4.4 Sistema de coordenadas Adotado ..................................................................... 9 4.5 Unidades ........................................................................................................... 9 4.6 Material............................................................................................................. 9 4.7 Condições de Contorno .................................................................................... 9 4.8 Condições de Carregamento........................................................................... 10 4.8.1 Carregamento Referente ao Pino de Acoplamento Principal ................. 10 4.8.2 Carregamento Referente ao Pino de Acoplamento Auxiliar .................. 13 4.8.3 Carga de pressão..................................................................................... 14 5. Critérios Adotados.................................................................................................. 15 5.1 Critérios de Escoamento................................................................................. 15 6. Resultados da Análise Estrutural de tensão e deformação ..................................... 16 7. Conclusão ............................................................................................................... 17 8. Estudos Futuros ...................................................................................................... 17 9. Referências ............................................................................................................. 18 Anexo I: Condições de Contorno ................................................................................... 19 Anexo II: Condições de Carregamento - Pino de Acoplamento Principal. .................... 20 Anexo III: Condições de Carregamento - Pino de Acoplamento Auxiliar..................... 32 Anexo IV: Condições de Carregamento – Carga de Pressão. ........................................ 34 Anexo V: Plotagem dos Resultados da Análise Estrutural de tensão e deformação...... 35 Anexo VI: Propriedades Seccionais. .............................................................................. 61 1 1. INTRODUÇÃO Os primeiros comboios oceânicos surgiram no início do século XIX, representando uma alternativa capaz de competir economicamente com as demais formas de transporte empregadas no mercado de granéis. Entende-se por comboios o conjunto de uma ou mais barcaças acopladas entre si cuja força propulsiva é gerada por outra embarcação. Durante quase um século, essas barcaças foram propelidas por rebocadores, sendo conectas a eles através de amarras em catenária, que se estendiam da popa do rebocador à proa da barcaça. Figura 1.1: Conjunto rebocador-barcaça conectado por amarras em catenária. No entanto, nesse tipo de acoplamento, a embarcação responsável pela propulsão do conjunto não atua como um estabilizador direcional para o comboio, sendo assim não exerce grande controle sobre os movimentos da barcaça. Esta se desloca lateralmente sem restrições aumentando a dificuldade de ser manter a continuidade do curso. Existem registros de inúmeros acidentes envolvendo o conjunto rebocador – barcaça cujas conseqüências envolvem até o afundamento de rebocadores [ref. 9]. A fim de solucionar e superar esses problemas, a conexão entre a barcaça e o rebocador evoluiu para um sistema de amarras laterais. Com isso, a idéia de utilizar empurradores como provedores de força propulsiva o surgiu naturalmente em seguida. Figura 1.2: Conjunto rebocador-barcaça conectado por amarras laterais. O acoplamento entre o empurrador e a barcaça pode ser realizado por meio de diversos sistemas, dentre os quais destaca-se o sistema de pinos de acoplamento. No sistema de pinos de acoplamento, o casco da barcaça apresenta na região da popa uma reentrância com a forma semelhante à geometria da proa do empurrador, na qual este se encaixa, e pinos cuja função é garantir um acoplamento definitivo são instalados a bordo do empurrador. 2 Figura 1.3: Conjunto articulado empurrador-barcaça conectado através de pinos de acoplamento. Esse tipo de conexão permitiu a diminuição do tempo gasto durante o acoplamento e o desacoplamento das embarcações e o aumento da velocidade de serviço em relação às barcaças propelidas por rebocadores. Deve-se enfatizar que a eficácia operacional do conjunto empurrador–barcaça é tão superior a do comboio rebocado por meio de cabos de reboque, que os seus custos adicionais são recuperados em curto prazo. Um exemplo dessa eficiência seria o caso em que dois empurradores, considerados como uma praça de máquinas capazes de servir duas ou mais barcaças, operam em conjunto com quatro barcaças. Um dos empurradores entrega uma barcaça em um determinado porto “A” para ser carregada e recebe imediatamente a seguir outra carregada para ser levada para o porto “B” para ser descarregada; enquanto o outro empurrador realiza o trajeto inverso, entrega uma barcaça no porto “B” para ser descarregada e recebe a outra descarregada para ser levada para o porto “A” para ser carregada. Figura 1.4: Dois empurradores operando em conjunto com quatro barcaças, duas delas em trânsito e as outras duas fundeadas em portos diferentes, uma carregando e a outra descarregando. 3 O presente trabalho propõe uma análise da estrutura da popa de uma barcaça na região da cremalheira de acoplamento do conjunto articulado empurrador-barcaça quando esta sofre exclusivamente a ação de cargas provenientes do sistema de acoplamento e cargas de pressão do mar local. Essa conexão é realizada utilizando um pino de acoplamento principal que se conecta na cremalheira e um pino de acoplamento auxiliar, cujas finalidades são definidas mais adiante. Esta verificação é feita através da modelação dos elementos primários e secundários da estrutura da popa da barcaça, utilizando o programa MSC-Nastran, quando a embarcação é submetida a forças provenientes do sistema de conexão do empurrador (pino de acoplamento e pino de acoplamento auxiliar-freio para conexão). 2. CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS Os dados a seguir são referentes à barcaça de um comboio empurrador–barcaça. Comprimento entre perpendiculares = 116, 39 m; Comprimento total = 122,20 m; Boca moldada = 22,00 m; Pontal moldado = 6,00 m; Calado de projeto = 5,00 m; Coeficiente de Bloco = 0,775. 3. SISTEMA DE ACOPLAMENTO. A conexão empurrador-barcaça é feita através de um sistema com dois pinos articulados: o pino de acoplamento auxiliar e o pino de acoplamento principal. O pino de acoplamento auxiliar é instalado no empurrador e exerce a função de freio (ver Figura 3.4). Ao ser acionado, aplica uma força perpendicular ao costado da barcaça fazendo com que as duas embarcações passem a ter os mesmos movimentos, facilitando, assim, a conexão do pino de acoplamento principal do conjunto empurrador–barcaça. Logo após o acoplamento principal o pino de acoplamento auxiliar é recolhido (ver Figura 3.1). O pino de acoplamento principal também é instalado a bordo do empurrador e se conecta a uma estrutura dentada de aço fundido, instalada em uma reentrância no casco da barcaça situada na popa, que se estende verticalmente ao longo do costado. Esta estrutura é denominada cremalheira (ver Figura 3.2) e sua finalidade é permitir que o acoplamento ocorra em calados variados de acordo com a condição de carregamento. O pino de acoplamento principal permite rotação entorno de seu eixo axial, logo ocorre um movimento relativo de arfagem (pitch) entre as duas embarcações. 4 Figura 3.1: Esquema do arranjo do pino de acoplamento auxiliar (freio) e principal. Figura 3.2: Esquema representativo da cremalheira. 5 Figura 3.3: Vista superior do pino de acoplamento principal e cremalheira. Figura 3.4: Vista superior do pino de acoplamento auxiliar. 4. MODELO DE ELEMENTOS FINITOS Na maioria dos problemas práticos de engenharia, as soluções analíticas das relações que regem seus modelos matemáticos não estão disponíveis ou são difíceis de serem estabelecidas. Por essa razão, métodos numéricos e recursos computacionais são ferramentas essenciais e poderosas para solucionar essas dificuldades, não somente no campo da construção naval, mas como também no projeto da maioria dos produtos industriais. Como a teoria de vigas tem sua solução analítica restrita a estruturas e carregamentos simples, o método mais difundido para a resolução de problemas estruturais mais complexos é o método dos elementos finitos. 6 4.1 INTRODUÇÃO A TEORIA DE ELEMENTOS FINITOS. No método dos elementos finitos, um corpo é dividido em pequenos elementos. Cada elemento é considerado como sendo um modelo matemático. A resolução de todos os modelos matemáticos permite a obtenção de uma solução final para o problema a ser resolvido. Figura 4.1: Discretização de estruturas contínuas – Método dos Elementos Finitos. O objetivo da análise por elementos finitos é aproximar por meio de elementos discretos o comportamento de uma estrutura contínua sujeita a carregamentos e restrições quaisquer, ou seja, o comportamento da estrutura é obtido considerando o comportamento coletivo dos elementos discretos. Logo, um resultado teoricamente contínuo é alcançado com uma aproximação de valores discretos. Existem duas diferentes abordagens para a análise de estruturas por meio de elementos finitos: o método do carregamento e o método dos deslocamentos. Em ambos, as condições de equilíbrio (Σ F = 0 e Σ M = 0), relações de carregamento-deformação e tensão-deformação são empregadas para gerar um sistema de equações que represente o comportamento da estrutura. As incógnitas dos sistemas de equações são as componentes das forças que agem nos elementos no método do carregamento, e os deslocamentos desses elementos no método dos deslocamentos. Os dois métodos podem ser utilizados para solucionar problemas estruturais. O programa MSC-Nastran utiliza o método dos deslocamentos. 4.2 CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DA MALHA E DAS CONDIÇÕES DE CONTORNO. Como mencionado anteriormente, as estruturas modeladas através do método de elementos finitos são divididas em pequenos elementos para que seja possível a simulação de seu comportamento quando submetida a um determinado esforço. A esses pequenos elementos são atribuídas propriedades, como espessuras, coerentes com a região da estrutura modelada a que pertencem. Esses elementos fazem a ligação entre nós. O conjunto dos elementos e dos nós formam a malha do modelo de elementos finitos. 7 Essa malha deve ser cuidadosamente elaborada de forma a garantir a correspondência entre o alvo da análise e o modelo gerado. Nas regiões de interesse, deve-se garantir que o tamanho da malha seja suficientemente pequeno para que não ocorram distorções nos resultados encontrados pelo método de elementos finitos. O mesmo cuidado exigido na geração da malha se faz necessário durante a aplicação das condições de contorno nos nós, a fim de que seja possível assegurar que o modelo é capaz de reproduzir da forma mais adequada as reais restrições das estruturas. 4.3 DESCRIÇÃO DO MODELO A geometria do modelo estende-se: Verticalmente: da linha de base até o convés do tombadilho, englobando toda a estrutura interna existente, a cremalheira e o recesso para suportar o pino de acoplamento auxiliar (freio); Transversalmente: da linha de centro até o costado. Como a barcaça possui simetria em relação ao plano diametral, apenas um dos bordos da embarcação é representado, neste caso bombordo. Todos os elementos transversais são representados; Longitudinalmente: do espelho de popa até a antepara transversal localizada na caverna 15. A vista global do modelo é apresentada na figura 4.2. A estrutura do modelo utiliza elementos de placa para representar os chapeamentos e a alma das componentes estruturais principais e elementos de viga para as vigas longitudinais secundárias e os flanges dos elementos estruturais principais. As propriedades e a listagem das características seccionais dos elementos integrantes do modelo são apresentadas no Anexo VI. Figura 4.2: Vista global do modelo da popa da barcaça. 8 4.4 SISTEMA DE COORDENADAS ADOTADO O eixo X do sistema adotado de coordenadas cresce de popa para proa, com a origem no espelho de popa, o eixo Y é orientado positivamente no sentido da linha de base para o convés principal; e o eixo-Z, eixo transversal, crescente da linha de centro para bombordo, com origem na linha de centro. 4.5 UNIDADES O conjunto de unidades utilizado durante a modelação é composto por unidades de comprimento em milímetros (mm); de força em newtons (N) e de tempo em segundos (s). 4.6 MATERIAL O material utilizado em todos os elementos de placa e reforçadores é aço carbono, com as seguintes características: Módulo de Young: E = 206000 N/mm2 Coeficiente de Poisson: ν = 0,3 Tensão Limite de Escoamento: σe = 235 N/mm2 Massa Específica: ρ = 77 e-6 N/mm3 4.7 CONDIÇÕES DE CONTORNO O modelo encontra-se totalmente engastado nos nós localizados na antepara transversal localizada na caverna 15, isto porque a antepara é considerada como um elemento com grande rigidez, e os nós localizados na linha de centro tiveram seus deslocamentos longitudinal e transversal restritos, assim como a rotação no plano do convés do tombadilho (rotação em torno do eixo vertical). No programa MSC-Nastran, as condições de contorno são definidas como: 1 – Restrição ao deslocamento na direção do eixo X 2– Restrição ao deslocamento na direção do eixo Y 3– Restrição ao deslocamento na direção do eixo Z 4 – Restrição à rotação em relação ao eixo X 5– Restrição à rotação em relação ao eixo Y 6– Restrição à rotação em relação ao eixo Z 9 A seguir um resumo das condições de contorno empregadas no modelo de elementos finitos é apresentado. Condição de Contorno Linha de Centro 1, 2, 6 Caverna 15 1, 2, 3, 4, 5, 6 Tabela 4.1: Quadro resumo das condições de contorno aplicadas As condições de contorno são mostradas na figura A.1.1, anexo I. 4.8 CONDIÇÕES DE CARREGAMENTO Para que a integridade da estrutura da popa da barcaça na região da cremalheira seja garantida, esta deve resistir ao carregamento máximo suportado pelo sistema de acoplamento em cada uma das condições de operação definidas adiante. Tanto os valores das componentes do carregamento resultante atuante no sistema de acoplamento quanto às condições de operação a serem analisadas foram fornecidos pelo fabricante Taisei Engineering Consultants. 4.8.1 CARREGAMENTO REFERENTE AO PINO DE ACOPLAMENTO PRINCIPAL O equipamento de acoplamento principal transmite cargas aplicadas na barcaça pelo empurrador, essas cargas concentradas foram distribuídas nos nós da superfície de contato entre o equipamento de acoplamento e a cremalheira, considerando que a posição de cada condição de carregamento muda conforme o calado. Atentamos para o fato de que o modelo proposto não tem como finalidade uma análise da cremalheira, mas sim da estrutura da popa na região de conexão. Para representar a situação em que o conjunto articulado empurrador–barcaça desloca-se para vante, a carga é distribuída na superfície frontal da cremalheira, e no caso de manobras em que esse conjunto move-se para ré, a superfície posterior do fundido é utilizada para fazer a distribuição da carga. Os movimentos verticais do comboio devido à incidência de ondas são simulados distribuindo a carga proveniente do empurrador nas superfícies superior e inferior da cremalheira, quando são consideradas as hipóteses do movimento vertical ter sentido positivo e negativo, respectivamente. Então, como o fabricante fornece três condições de operação a serem analisadas: condição normal, condição barcaça sobrecarregada e condição empurrador sobrecarregado, e duas combinações de cargas, e considerando dois sentidos para o movimento longitudinal e os dois sentidos para o movimento vertical; vinte e quatro condições de carregamento são analisadas nesta etapa. 10 1 – Condição Normal: Tanto a barcaça quanto o empurrador operam nos seus calados de operação. 2 – Condição Barcaça Sobrecarregada: Nesse caso, a barcaça encontra-se no seu calado máximo e o empurrador está na condição de operação. 3 – Condição Empurrador Sobrecarregado: O empurrador esta no seu calado máximo e a barcaça no seu calado de operação. 1 Calado do Empurrador na região do acoplamento (m) Calado da Barcaça na região do acoplamento (m) Deslocamento Barcaça (t) 2 3 4,0 4,0 4,6 5,0 5,1 5,0 9784,47 10089,0 9784,47 Tabela 4.2: Condições de operação fornecidas pelo fabricante do sistema de conexão. Carregamento do Fabricante 1 Carregamento do Fabricante 2 Condições de Operação 1 2 3 Longitudinal (t) Transversal (t) Vertical (t) Longitudinal (t) Transversal (t) Vertical (t) 353 330 152 214 170 435 361 339 145 223 173 430 453 373 133 243 173 430 Tabela 4.3: Condições de carga fornecidas pelo fabricante do sistema de conexão para o pino de acoplamento principal. Todas as cargas fornecidas pelo fabricante foram obtidas através da análise dos movimentos do conjunto articulado empurrador-barcaça para a condição do mar do Norte, já que o comboio deve ser capaz de navegar em qualquer estado de mar sendo que o mar do Norte é considerado a condição crítica. Nesta análise foram empregados programas computacionais desenvolvidos pelo próprio fabricante do sistema de acoplamento. Em seguida, o fabricante realizou ensaios em tanque de prova e os resultados obtidos em ambos os testes foram comparados. Os resultados alcançados através do programa desenvolvido pelo fabricante revelaram-se mais conservadores e foram estes os fornecidos. A esses carregamentos são adicionadas cargas de pressão do mar, calculadas no item [4.3.8], e o peso das estruturas. 11 Condições de Carregamento Carregamento Operação Sentido do Movimento Longitudinal Sentido do Movimento Vertical 1 1 1 Vante Para cima 2 1 1 Ré Para cima 3 1 1 Vante Para baixo 4 1 1 Ré Para baixo 5 1 2 Vante Para cima 6 1 2 Ré Para cima 7 1 2 Vante Para baixo 8 1 2 Ré Para baixo 9 1 3 Vante Para cima 10 1 3 Ré Para cima 11 1 3 Vante Para baixo 12 1 3 Ré Para baixo 13 2 1 Vante Para cima 14 2 1 Ré Para cima 15 2 1 Vante Para baixo 16 2 1 Ré Para baixo 17 2 2 Vante Para cima 18 2 2 Ré Para cima 19 2 2 Vante Para baixo 20 2 2 Ré Para baixo 21 2 3 Vante Para cima 22 2 3 Ré Para cima 23 2 3 Vante Para baixo 24 2 3 Ré Para baixo Tabela 4.4: Combinações de carregamento para o pino de acoplamento principal. As condições de carregamento referente ao pino de acoplamento principal são mostradas nas figuras do anexo II. 12 4.8.2 CARREGAMENTO REFERENTE AO PINO DE ACOPLAMENTO AUXILIAR O equipamento de acoplamento auxiliar, o freio, também transmite as cargas aplicadas na barcaça pelo empurrador, dessa forma as cargas concentradas também foram distribuídas nos nós da superfície de contato entre o equipamento de acoplamento auxiliar e a barcaça, levando em consideração as mesmas observações feitas no item anterior para os diferentes sentidos dos movimentos longitudinais e verticais. O freio é empregado apenas no início do acoplamento entre a barcaça e o empurrador, sendo retirado de operação quando o pino de acoplamento principal conecta-se definitivamente a cremalheira. Toda essa manobra de acoplamento utilizando o pino de acoplamento auxiliar ocorre com as embarcações em seus calados de projeto. Sendo assim, a condição normal é o único caso de operação analisado. As cargas de pressão do mar e o peso das estruturas também são adicionados às cargas fornecidas pelo fabricante do sistema de acoplamento nesse caso. As condições de carregamento referente ao pino de acoplamento auxiliar são mostradas nas figuras do anexo III. Condição de Operação 1 Longitudinal (t) Transversal (t) Vertical (t) 65 65 35 Carregamento do Fabricante Tabela 4.5: Condições de carga fornecidas pelo fabricante do sistema de conexão para o pino de acoplamento auxiliar. Condições de Carregamento Sentido do Movimento Longitudinal Sentido do Movimento Vertical 25 Vante Para cima 26 Ré Para cima 27 Vante Para baixo 28 Ré Para baixo Tabela 4.6: Combinações de carregamento para o pino de acoplamento auxiliar. 13 4.8.3 CARGA DE PRESSÃO A carga de pressão do mar atuante na popa do casco da barcaça foi calculada pela formulação do GL Rules parte 1, seção 4, capítulo 1, itens B.2 & B.3, uma vez que esta possui expressões mais específicas para este cálculo. Para elementos com carregamento localizado até a linha d’água: z⎞ ⎛ ps = 10(T − z ) + p0 cF ⎜1 + ⎟ ⎝ T⎠ Para elementos com carregamento localizado acima da linha d’água: 20 p s = p0 c F 10 + z − T Fundo (z = 0m): pB = 10T + p0 cF Onde: p0 = 2.1(C B + 0,7 )c0 cL f f = 1,0 cL = 1,0 1.5 ⎡ ⎛ 300 − L ⎞ ⎤ c0 = ⎢10.75 − ⎜ ⎟ ⎥ cRW ⎝ 100 ⎠ ⎥⎦ ⎢⎣ cRW = 0,75 cF = 1,0 cD = 1,0 1, 5 ⎡ ⎛ 300 − 113,62 ⎞ ⎤ c0 = ⎢10,75 − ⎜ ⎟ ⎥ 0,75 = 6,154 100 ⎠ ⎥⎦ ⎝ ⎢⎣ p = 2,1(0,77 + 0,7 )6,154 * 1,0 * 1,0 = 18,997 kN 0 pB = 10 * 5,0 + 18,997 * 1,0 = 68,997 kN Calado (z = 5,0 m): [ m2 m2 ] 1, 5 ⎡ ⎛ 300 − 113,62 ⎞ ⎤ c0 = ⎢10,75 − ⎜ ⎟ ⎥ 0,75 = 6,154 100 ⎝ ⎠ ⎥⎦ ⎢⎣ p0 = 2,1(0,77 + 0,7 )6,154 * 1,0 *1,0 = 18,997 kN m2 ⎛ 5,0 ⎞ ps = 10(5,0 − 5,0 ) + 18,997 * 1,0⎜1 + ⎟ = 37,994 kN 2 m 5 , 0 ⎝ ⎠ 14 Pontal (z = 6m) p0 = 2,1(0,77 + 0,7 )6,154 * 1,0 *1,0 = 18,997 kN ` m2 20 20 F / l = p0 * cF * = 18,154 *1,0 * = 34,54 N mm 10 + z − T 10 + 6,0 − 5,0 As condições de carregamento referentes à carga de pressão são mostradas nas figuras do anexo IV. 5. CRITÉRIOS ADOTADOS 5.1 CRITÉRIOS DE ESCOAMENTO O critério de escoamento adotado está de acordo com o “ABS Rules for Building and Classing Steel Barges for Offshore Service”, seção 1, item 1.27. Esse critério foi selecionado tendo em vista a prática adquirida com a constante manipulação da regra da ABS. F = Fy/ FS Onde: Fy = tensão de escoamento do material. = 235 N/mm2 para aço comum. FS = fator de segurança. = 1,25 para as tensões normal e combinada. = 1,88 para tensão cisalhante. Então, Tensão Normal σ = 188 N/mm2 Tensão Cisalhante τ = 125 N/mm2 Tensão Combinada σc = σ x2 + σ y2 − σ xσ y + 3τ xy2 = 188 N/mm2 15 6. RESULTADOS DA ANÁLISE ESTRUTURAL DE TENSÃO E DEFORMAÇÃO Os resultados são apresentados em N/mm2 (tensão) e em mm (deflexão). São plotados os resultados de tensão normal, tensão cisalhante e tensão combinada para as trinta e duas condições de carregamento supracitadas (anexo V). As escalas presentes nas plotagens dos resultados obtidos pelo programa MSCNastran mostram os valores máximos e mínimos encontrados no modelo através da envoltória de todos os casos considerados. A tabela a seguir resume os valores de tensões obtidos através da análise do modelo de elementos finitos. Tensão normal Tensão normal Tensão de Tensão na direção X do na direção Y do Cisalhamento Combinada elemento elemento Máximo Mínimo Máximo Mínimo Máximo Mínimo Máximo Mínimo 1.100 AV espelho de 99,59 popa. -96,95 167,00 -141,80 50,90 -55,34 177,40 9,97 1.720 AV espelho de 152,00 popa. -127,60 167,00 -144,30 60,19 -63,21 162,10 14,24 Espelho de 43,66 popa. -59,26 53,58 -59,72 26,53 -28,68 67,16 7,53 Cavernas 1 85,13 a 14. -81,53 51,95 -89,30 25,99 -33,86 94,28 0,87 Convés principal. -100,6 129,80 -140,80 59,77 -55,52 161,80 1,21 -167,00 61,72 -120,40 66,21 -80,29 178,10 4,97 150,6 Convés do 63,27 tombadilho. L10 60,69 -33,71 63,47 -81,15 25,28 -28,30 88,33 2,05 L06 68,68 -94,56 73,18 -55,29 33,54 -36,88 102,00 3,55 L08 91,59 -167,00 103,60 -83,45 102,10 -75,16 188,00 0,33 Casco 145,2 -167,00 129,50 -167,00 90,78 -75,74 173,90 0,00013 Tabela 6.1: Resultados das tensões obtidos no modelo de elementos finitos. 16 7. CONCLUSÃO Com esta definição de malha, conseguiu-se uma boa precisão nas regiões mais complexas sem, no entanto, inviabilizar a análise sob o ponto de vista do processamento dos dados, poupando-se tempo e capacidade computacional. A partir dos resultados desta análise pode-se concluir que a estrutura projetada foi bem dimensionada para suportar os diversos carregamentos citados, apresentando níveis de tensões aceitáveis pelo critério adotado (ABS Rules for Building and Classing Steel Barges for Offshore Service – Allowable Stresses). 8. ESTUDOS FUTUROS Neste trabalho, apenas as tensões existentes na estrutura da popa da barcaça na região da cremalheira são analisadas. Em uma próxima etapa, é aconselhável uma verificação da carga crítica de flambagem e de fadiga na vizinhança do acoplamento. 17 9. REFERÊNCIAS 1 – ABS Rules for Building and Classing Steel Barges for Offshore Service, seção 1, item 1.27 2 – ABS Rules 2001, parte 5 – “Specific Vessel Types” 3 – GL Rules 1998 – “Rules for Classification and Construction” 4 – Desenho Projemar 1D25-001 – Rev. A – “Estrutural da Popa” 5 – Desenho Projemar 1D25-001 – Rev. A – “Estudo do Acoplamento” 6 – Desenho Aker Promar FC-M3M200-2 – “Coupler Mounting o Board” 7 – Desenho Aker Promar FC-M3M100-3 – “Coupler General Arrangement” 8 – “Articouple and Triofix Sea – Going Pusher Barge Systems”, T. Yamagushi. 9 – “Integrated Tug – Barge Units for Ocean Transportations of LNG”, Daniel D. Withers. 10 – “Design of an Articulated Tug and Barge to Shuttle Crude Oil on the Bohai Gulf, China”, Joseph P. Fischer. 11 – “The Articulated Tug – Barge – A Case Stugy”, Douglas M. Wolff. 12 – “The Development of an Integrated Tug – Barge Concept”, Edmund L. Hukill. 13 – “Low Cost Alternative For OPA 90: The Articulated Tug Barge”, J. F. Zeller. 14 – “ A Tug & Barge System for Sea and River Service”, Henk H. Valkhof. 15 – Documento Projemar PP717 – NA – 1D006 – A - 001 18 ANEXO I: CONDIÇÕES DE CONTORNO Figura A.1.1: Condições de Contorno. Linha de Centro: nós com os deslocamentos longitudinais e transversais restritos, assim como a ra rotação em relação ao eixo vertical (1, 2, 6). Caverna 15: nós totalmente apoiados (1, 2, 3, 4, 5, 6). 19 ANEXO II: CONDIÇÕES DE CARREGAMENTO - PINO DE ACOPLAMENTO PRINCIPAL. Figura A.2.1 – Condição de Carregamento 1. Figura A.2.2 – Condição de Carregamento 2. 20 Figura A.2.3 – Condição de Carregamento 3. Figura A.2.4 – Condição de Carregamento 4. 21 Figura A.2.5 – Condição de Carregamento 5. Figura A.2.6 – Condição de Carregamento 6. 22 Figura A.2.7 – Condição de Carregamento 7. Figura A.2.8 – Condição de Carregamento 8. 23 Figura A.2.9 – Condição de Carregamento 9. Figura A.2.10 – Condição de Carregamento 10. 24 Figura A.2.11 – Condição de Carregamento 11. Figura A.2.12 – Condição de Carregamento 12. 25 Figura A.2.13 – Condição de Carregamento 13. Figura A.2.14 – Condição de Carregamento 14. 26 Figura A.2.15 – Condição de Carregamento 15. Figura A.2.16 – Condição de Carregamento 16. 27 Figura A.2.17 – Condição de Carregamento 17. Figura A.2.18 – Condição de Carregamento 18. 28 Figura A.2.19 – Condição de Carregamento 19. Figura A.2.20 – Condição de Carregamento 20. 29 Figura A.2.21 – Condição de Carregamento 21. Figura A.2.22 – Condição de Carregamento 22. 30 Figura A.2.23 – Condição de Carregamento 23. Figura A.2.24 – Condição de Carregamento 24. 31 ANEXO III: CONDIÇÕES DE CARREGAMENTO - PINO DE ACOPLAMENTO AUXILIAR. Figura A.3.1 – Condição de Carregamento 25. Figura A.3.2 – Condição de Carregamento 26. 32 Figura A.3.3 – Condição de Carregamento 27. Figura A.3.4 – Condição de Carregamento 28. 33 ANEXO IV: CONDIÇÕES DE CARREGAMENTO – CARGA DE PRESSÃO. Figura A.4.1 – Carga de Pressão. Figura A.4.2 – Carga de Pressão. 34 ANEXO V: PLOTAGEM DOS RESULTADOS DA ANÁLISE ESTRUTURAL DE TENSÃO E DEFORMAÇÃO. Figura A.5.1 Figura A.5.2 35 Figura A.5.3 Figura A.5.4 36 Figura A.5.5 Figura A.5.6 37 Figura A.5.7 38 Figura A.5.8– Seção 1,100mm AV do Espelho de Popa – Tensão normal na direção X do elemento Figura A.5.9 - Seção 1,100mm AV do Espelho de Popa – Tensão normal na direção Y do elemento 39 Figura A.5.10 - Seção 1,100mm AV do Espelho de Popa – Tensão Cisalhante Figura A.5.11 - Seção 1,100mm AV do Espelho de Popa – Tensão Combinada 40 Figura A.5.12 – Seção 1,720mm AV do Espelho de Popa – Tensão normal na direção X do elemento Figura A.5.13 – Seção 1,720mm AV do Espelho de Popa – Tensão normal na direção Y do elemento 41 Figura A.5.14 – Seção 1,720mm AV do Espelho de Popa – Tensão Cisalhante Figura A.5.15 – Seção 1,720mm AV do Espelho de Popa – Tensão Combinada 42 Figura A.5.16 – Espelho de Popa - Tensão normal na direção X do elemento Figura A.5.17 – Espelho de Popa - Tensão normal na direção Y do elemento 43 Figura A.5.18 – Espelho de Popa – Tensão Cisalhante Figura A.5.19 - – Espelho de Popa - Tensão Combinada 44 Figura A.5.20 - Cavernas 1 a 14 - Tensão normal na direção X do elemento Figura A.5.21 - Cavernas 1 a 14 - Tensão normal na direção Y do elemento 45 Figura A.5.22 - Cavernas 1 a 14 - Tensão Cisalhante Figura A.5.23 - Cavernas 1 a 14 – Tensão Combinada 46 Figura A.5.24 – Convés Principal - Tensão normal na direção X do elemento Figura A.5.25 – Convés Principal - Tensão normal na direção Y do elemento 47 Figura A.5.26 – Convés Principal - Tensão Cisalhante Figura A.5.27 - – Convés Principal - Tensão Combinada 48 Figura A.5.28 – Convés do Tombadilho - Tensão normal na direção X do elemento Figura A.5.29 – Convés do Tombadilho - Tensão normal na direção Y do elemento 49 Figura A.5.30 – Convés do Tombadilho – Tensão Cisalhante Figura A.5.31 – Convés do Tombadilho - Tensão Combinada 50 Figura A.5.32– Seção L10 - Tensão normal na direção X do elemento Figura A.5.33 – Seção L10 - Tensão normal na direção Y do elemento 51 Figura A.5.34 – Seção L10 - Tensão Cisalhante Figura 35 – Seção L10 - Tensão Combinada 52 Figura A.5.36 – Seção L6 – Tensão normal na direção X do elemento Figura A.5.37 – Seção L6 – Tensão normal na direção Y do elemento 53 Figura A.5.38 – Seção L6 – Tensão Cisalhante Figura A.5.39 – Seção L6 – Tensão Combinada 54 Figura A.5.40– Seção L8 – Tensão normal na direção X do elemento Figura A.5.41 - Seção L8 – Tensão normal na direção Y do elemento 55 Figura A.5.42 - Seção L8 – Tensão Cisalhante Figura A.5.43 - Seção L8 – Tensão Combinada 56 Figura A.5.44 - Casco – Tensão normal na direção X do elemento Figura A.5.45 - Casco – Tensão normal na direção X do elemento 57 Figura A.5.46 - Casco – Tensão normal na direção Y do elemento Figura A.5.47 - Casco – Tensão normal na direção Y do elemento 58 Figura A.5.48 - Casco – Tensão Cisalhante Figura A.5.49 - Casco – Tensão Cisalhante 59 Figura A.5.50 - Casco – Tensão Combinada Figura A.5.51 - Casco – Tensão Combinada 60 ANEXO VI: PROPRIEDADES SECCIONAIS. Property 1 - Espessura 9.5 mm Type PLATE Color 24 Layer 1 #Elem 1138 Bending Matl 0 TrShear Matl 0 Thickness 9.5 Top Fiber 0. NS Mass/Area 0. 12I/T**3 0. Property 2 - Espessura 11 mm Type PLATE Color 22 Layer 1 #Elem 6797 Bending Matl 0 TrShear Matl 0 Thickness 11. Top Fiber 0. NS Mass/Area 0. 12I/T**3 0. Property 3 - Espessura 12.5 mm Type PLATE Color 57 Layer 1 #Elem 24213 Bending Matl 0 TrShear Matl 0 Thickness 12.5 Top Fiber 0. NS Mass/Area 0. 12I/T**3 0. Property 4 - Espessura 14 mm ->12.5 Type PLATE Color 57 Layer 1 #Elem 930 Bending Matl 0 TrShear Matl 0 Thickness 12.5 Top Fiber 0. NS Mass/Area 0. 12I/T**3 0. Property 5 - Espessura 16 mm ->12.5 Type PLATE Color 57 Layer 1 #Elem 8071 Bending Matl 0 TrShear Matl 0 Thickness 12.5 Top Fiber 0. NS Mass/Area 0. 12I/T**3 0. Property 6 - Espessura 19mm Type PLATE Color 67 Layer 1 #Elem 364 Bending Matl 0 TrShear Matl 0 Thickness 19. Top Fiber 0. NS Mass/Area 0. 12I/T**3 0. Property 7 - Espessura 25 mm ->12.5 Type PLATE Color 57 Layer 1 #Elem 9143 Bending Matl 0 TrShear Matl 0 Thickness 12.5 Top Fiber 0. NS Mass/Area 0. 12I/T**3 0. Property 8 - HP 120 X 7 Type BEAM Color 53 Layer 1 #Elem 1074 SHAPE - General Section End A Area 1052.06 ShearAr, K1 723.642 199.837 I1 1490000. I2 26907.3 96393. NS Mass/Len 0. Warp Const 0. 26744.6 Perimeter 0. Neutral Axis Off A: Y 70.6971 Z 0. Neutral Axis Off B: Y 70.6971 Z 0. Recover Stresses At: Y 119.505 Z -15.5361 Recover Stresses At: Y 120. Z 5.6334 Material 1 CouplingMatl 0 Bot Fiber 0. Tshear/T 0. Material 1 CouplingMatl 0 Bot Fiber 0. Tshear/T 0. Material 1 CouplingMatl 0 Bot Fiber 0. Tshear/T 0. Material 1 CouplingMatl 0 Bot Fiber 0. Tshear/T 0. Material 1 CouplingMatl 0 Bot Fiber 0. Tshear/T 0. Material 1 CouplingMatl 0 Bot Fiber 0. Tshear/T 0. Material 1 CouplingMatl 0 Bot Fiber 0. Tshear/T 0. Material 1 ShearAr, K2 I12 J 61 Property 9 - HP 180 X 10 Type BEAM #Elem 1600 SHAPE - General Section End A Area 2245.23 405.707 I1 7170000. 450000. NS Mass/Len 0. 116061. Perimeter 0. Neutral Axis Off A: Y Neutral Axis Off B: Y Recover Stresses At: Y Recover Stresses At: Y Property 10 - HP 260 X 12 Type BEAM #Elem 261 SHAPE - General Section End A Area 4131.25 668.925 I1 27700000. 1910000. NS Mass/Len 0. 413029. Perimeter 0. Neutral Axis Off A: Y Neutral Axis Off B: Y Recover Stresses At: Y Recover Stresses At: Y Property 11 - B 75 x 11 Type BEAM #Elem 129 SHAPE - Rectangular Bar Height 75. Top Thick 0. End A Area 825. 703.577 I1 386719. NS Mass/Len 0. 30265.8 Perimeter 0. Neutral Axis Off A: Y Neutral Axis Off B: Y Recover Stresses At: Y Recover Stresses At: Y Recover Stresses At: Y Recover Stresses At: Y Property 12 - B 100 x 11 Type BEAM #Elem 473 SHAPE - Rectangular Bar Height 100. Top Thick 0. End A Area 1100. 938.703 I1 916667. NS Mass/Len 0. 41396.3 Perimeter 0. Color 59 Layer 1 ShearAr, K1 1548.99 I2 120109. Material 1 ShearAr, K2 I12 - Warp Const 0. 105.886 105.886 179.307 180. Z Z Z Z Color 120 J 0. 0. -22.9838 8.0534 Layer 1 ShearAr, K1 2694.54 I2 489973. Material 1 ShearAr, K2 I12 Warp Const 0. -158.1 -158.1 -260. -259.78 Z Z Z Z Color 110 0. 0. 11.245 -28.9013 Layer 1 Width 11. Bot Thick 0. ShearAr, K1 701.036 I2 8318.75 Warp Const 0. 0. 0. -37.5 -37.5 37.5 37.5 Z Z Z Z Z Z Color 34 J Material 1 Width,Bottom 0. Thick 0. ShearAr, K2 I12 0. J 0. 0. 5.5 -5.5 -5.5 5.5 Layer 1 Width 11. Bot Thick 0. ShearAr, K1 934.694 I2 11091.7 Warp Const 0. Material 1 Width,Bottom 0. Thick 0. ShearAr, K2 I12 0. J 62 Neutral Axis Off A: Y 0. Z 0. Neutral Axis Off B: Y 0. Z 0. Recover Stresses At: Y -50. Z 5.5 Recover Stresses At: Y -50. Z -5.5 Recover Stresses At: Y 50. Z -5.5 Recover Stresses At: Y 50. Z 5.5 Property 13 - B 150 x 12.5 Type BEAM Color 145 Layer 1 #Elem 1072 SHAPE - Rectangular Bar Height 150. Width 12.5 Top Thick 0. Bot Thick 0. End A Area 1875. ShearAr, K1 1593.21 1603.57 I1 3520000. I2 24414.1 NS Mass/Len 0. Warp Const 0. 92857.8 Perimeter 0. Neutral Axis Off A: Y 0. Z 0. Neutral Axis Off B: Y 0. Z 0. Recover Stresses At: Y -75. Z 6.25 Recover Stresses At: Y -75. Z -6.25 Recover Stresses At: Y 75. Z -6.25 Recover Stresses At: Y 75. Z 6.25 Property 14 - B 200 x 12.5 Type BEAM Color 110 Layer 30 #Elem 708 SHAPE - Rectangular Bar Height 200. Width 12.5 Top Thick 0. Bot Thick 0. End A Area 2500. ShearAr, K1 2124.26 2141.42 I1 8330000. I2 32552.1 NS Mass/Len 0. Warp Const 0. 125653. Perimeter 0. Neutral Axis Off A: Y 0. Z 0. Neutral Axis Off B: Y 0. Z 0. Recover Stresses At: Y -100. Z 6.25 Recover Stresses At: Y -100. Z -6.25 Recover Stresses At: Y 100. Z -6.25 Recover Stresses At: Y 100. Z 6.25 Property 15 - Espessura 12.5/2 Type PLATE Color 110 Layer 80 #Elem 1008 Bending Matl 0 TrShear Matl 0 Thickness 6.25 Top Fiber 0. NS Mass/Area 0. 12I/T**3 0. Property 16 - Espessura 50mm Type PLATE Color 121 Layer 40 #Elem 678 Bending Matl 0 TrShear Matl 0 Thickness 50. Top Fiber 0. NS Mass/Area 0. 12I/T**3 0. Property 17 - Espessura 75 mm Type PLATE Color 4 Layer 40 #Elem 0 Bending Matl 0 TrShear Matl 0 Thickness 75. Top Fiber 0. NS Mass/Area 0. 12I/T**3 0. Property 18 - t_16 mm Material 1 Width,Bottom 0. Thick 0. ShearAr, K2 I12 0. J Material 1 Width,Bottom 0. Thick 0. ShearAr, K2 I12 0. J Material 1 CouplingMatl 0 Bot Fiber 0. Tshear/T 0. Material 1 CouplingMatl 0 Bot Fiber 0. Tshear/T 0. Material 1 CouplingMatl 0 Bot Fiber 0. Tshear/T 0. 63 Type PLATE #Elem 3365 Bending Matl 0 Thickness 16. NS Mass/Area 0. Color 110 Layer 3 TrShear Matl 0 Top Fiber 0. 12I/T**3 0. Material 1 CouplingMatl 0 Bot Fiber 0. Tshear/T 0. 64