- Renata Belizário Nutricionista

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TERAPIA NUTRICIONAL EM
CARDIO E PNEUMOLOGIA
Renata Belizário Diniz
Nutricionista - CRN 13319
Especialista em Paciente Crítico Cardiopulmonar
INTRODUÇÃO
• Formação: Universidade Estadual do Ceará
• Residente Multiprofissional no Cuidado ao Paciente
Cardiopulmonar
• Escola de Saúde Pública do Ceará
• Dois anos de formação prática – 7h às 19h
• Tempo de atuação Unidade I e H: 2 meses/cada
• Unidade I, UTI Coronariana e Transplante Cardíaco
• Unidade H, Unidade J e UTI Respiratória
UNIDADE I - Perfil
• Miocardiopatia
•
•
•
•
Periparto
Chagásica
Isquêmica
Outras
• Transplantados Cardíacos
• DAC em geral
• Nível Socioeconômico: baixo a média alta
• Nº de leitos: 28
UNIDADE I – Padrão Alimentar
• Pontos positivos:
• Renda para comprar alimentos de qualidade e em quantidade
suficiente
• Noção básica de alimentação saudável
• Pontos negativos:
• Alimentação hipercalórica, hiperglicídica (alto consumo de
açúcares simples) e hiperlipídica (alto consumo de gord.
saturadas).
UNIDADE H – Perfil
• CA de pulmão, DPOC, Fibrose pulmonar, Derrame
pleural, HAP, TEP, PNM, Bronquiectasia, Pneumotórax,
Empiema Pleural....
• Transplante Pulmonar
• Nível Socioeconômico: baixo
• Nº de leitos: 30
UNIDADE H – Padrão Alimentar
• Pontos positivos:
• Maior aceitação da dieta básica
• Pontos negativos:
• Sem renda para comprar alimentos de qualidade e em qtd
suficiente
• Baixa escolaridade  menor empoderamento sobre
alimentação saudável
• Pacientes com alto risco nutricional  alcoolismo, tabagismo,
moradores de rua
• Menor aceitação de suplementos
UNIDADE H e I – Padrão Alimentar
• Outras situações:
• Pacientes com uso de prótese → Alimentação Pastosa → Restrição
Hídrica.
• Transplantados: esquema próprio de alimentação → advindos de
outras unidades/hospital
• Disfagias
• Medo de voltar a se alimentar de alimentos sólidos
• Desnutrição Severa
ROTINA
• Preenchimento do Mapa de Distribuição de Dietas: admissão
e alta hospitalar
• Verificar prescrição médica
• Visita ao leito: investigação sobre aceitação alimentar, apetite,
função renal e intestinal → adequações
• Re-pesagem de pacientes → baixo, médio e alto risco
(Questionário de Triagem de Risco de Desnutrição) –
adaptado do Malnutrition Screening Tool
Admissão
• Quadro/Mapa: nome do paciente, data de admissão,
diagnóstico clínico e número do prontuário.
• Estudo do prontuário: anamnese médica, evolução dos
profissionais:
• Edema, ascite, caquexia, apetite etc., comorbidades, restrições
alimentares, procedência, exames bioquímicos.
• Localização do Questionário de Triagem de Risco e
Desnutrição
• Preencher em 72h e programa próxima avaliação nutricional
Admissão
Adaptação do MALNUTRITION SCREENING TOOL
• Baixo risco de desnutrição: reavaliação e registro quinzenal
• Médio e Alto risco de desnutrição: reavaliação e registro semanal
Admissão
• Peso e altura: aferidos pela enfermagem → localizados na
capa do prontuário
• Peso e altura: realizados pela Nutricionista/Acadêmico de Nutrição
• Cálculo do IMC
• Dimensionar peso: edema, ascite, anasarca, membros
amputados
PLANEJAMENTO ALIMENTAR
• Prescrição do Plano Alimentar:
• Avaliação da dieta prescrita pelo médico
• Prescrição do plano alimentar no Mapa de Distribuição de
Dietas
• Avaliar: consistência, volume (RH), preferências alimentares,
dentição, autonomia, consciência, drogas vasoativas,
funcionamento do TGI e renal
• Investigar: intolerâncias, alergias ou aversões
PLANEJAMENTO ALIMENTAR
• Necessidades Energéticas:
• Harris-Benedict*
• OBS: DCV – Consumptivas: F.I. 1,3
• Macro e micronutrientes:
• Recomendações para doenças pulmonares, cardiopatias,
diabetes, hipertensão, dislipidemia...
• Programa de cálculo:
• Tabela TACO, Guilheme Franco ou Método de Equivalentes
• *OBS: Pacientes transplantados
• *Residência + Nutricionistas: Manual de Dietas Hospitalares
TIPOS DE DIETA
DIETA
Zero
Liquida Restrita - 300mL
Liquida Completa (caldo) - 500mL
Sopa - 500mL
Sopa Liquidificada - 500mL
Descrição
SIMB
Z
LR
Lc
S
Sl
Caldo de legumes coado
Caldo
Sopa
Sopa passada no liquidificador
Sopa liquidificada suplementada com azeite
Sopa Liquidificada Suplementada - 300mL
de oliva (5mL) e módulo de proteína (1
Sls
medida - 6,5g)
Arroz mole, purês/suflês, frango
Pastosa de bandeja
Pb
desfiado/carne moída/peixe cozido
Pastosa de bandeja diabetes
Pastosa de bandeja renal
Branda
Arroz mole, purês/suflês (jerimun, chuchu e
cenoura, macaxeira) , frango desfiado/carne Pbd
moída/peixe cozido - SEM BATATA INGLESA
Arroz mole, purês/suflês, frango
desfiado/carne moída/peixe cozida Pbr
Porcionamento menor opção proteica, sem
carne bovina
Arroz, macarrão, legumes cozidos,
B
carne/peixe ou frango
EVOLUÇÃO EM PRONTUÁRIO
“Pcte, 27 anos, sexo M, 15º DIH por MCPD. Peso: 47kg, E:
1,48m, IMC: 18,6kg/m², perda de massa muscular em região
intercostal, perda da bola gordurosa de Bichat, desnutrição leve
segundo CB.
Dieta Prescrita por VO consistência branda. GET: 2068kcal/d.
Plano alimentar oferecido alcançando 119% de adequação
calórica e hiperproteico (1,39ptn/Kg peso).
Paciente refere náuseas, eliminações fisiológicas, boa aceitação da
dieta.”
• Realizada a cada intervenção: avaliação nutricional,
mudança de dieta, intercorrências...
ALTA HOSPITALAR
• Manual próprio
• Desenvolvido pelo setor de Nutrição do Hospital de Messejana
• Recomendações consensuais
• Constante atualização
• Dividido em grupos alimentares
• Capa: nome, idade, último peso, altura, IMC, diagnóstico
nutricional e faixa de peso ideal.
• Realizado com o paciente e acompanhante
TRANSPLANTE
• Avaliação Subjetiva Global
• Dobras cutâneas:
• PCT, PCB, PCSI, PCSE
• Circunferências:
• CB
• Esquema alimentar próprio:
• Preparações em ambiente separado
• Adoçante, hipossódica, desnatado...
TRANSPLANTE
• Procedência: interior ou outros estados
• Boas condições socioeconômicas
• Imunossupressão: DLP, DM | Horários definidos
• Hipossódica, hipolipídica, sem açúcares simples
• Crianças e Adolescentes?
• Sobrevida
• “Eterna rejeição”  maior frequencia de internamento hospitalar
DIETOTERPIA: Pré-transplante
• Procedência: interior ou outros estados
• Boas condições socioeconômicas
• Imunossupressão: DLP, DM | Horários definidos
• Hipossódica, hipolipídica, sem açúcares simples
• Crianças e Adolescentes?
• Sobrevida
• “Eterna rejeição”  maior frequencia de internamento hospitalar
DIETOTERAPIA: Pré-transplante
• Necessidades energéticas aumentadas: 30 a 50% GEB
• GET (fator injúria de acordo com a doença de base)
• Excesso de peso: 20 – 25 kcal/kg/dia
• Eutróficos: 25 a 30 kcal/kg/dia
• Caquéticos: >30 kcal/kg/dia (associado a suplementos
nutricionais
DIETOTERAPIA: Pré-transplante
• Macronutrientes
• CHO
• 50 a 55% VCT
• Priorizando carboidratos complexos e integrais
• Moderando a ingestão de carboidratos refinados (açúcares)
DIETOTERAPIA: Pré-transplante
• Macronutrientes
• LIP
• 25 a 35% VCT
• Priorizando gorduras mono e poliinsaturadas
• Gorduras saturadas: < 10% VCT
•
- Dislipidemia: < 7% VCT
• Gorduras Trans: < 1%
• Colesterol: < 300mg/dia
•
- Dislipidemia: < 200mg/dia
DIETOTERAPIA: Pré-transplante
• Macronutrientes
• Proteínas
• Eutrofia
•
- 0,8 a 1,2g/kg/dia
• Excesso de peso*
•
- 1,5 a 2,5g/kg/dia (peso ideal/ajustado)
• Caquexia
•
- 1,5 a 2,0g/kg/dia (peso ideal/ajustado)
• Acompanhamento da função renal
DIETOTERAPIA: Pré-transplante
• Sal
DIETOTERAPIA: Pré-transplante
• Ingestão hídrica
DIETOTERAPIA: Pós-transplante
• GET: de acordo com o FI para trauma
• Paciente Crítico
• 20 a 25kcal/kg/dia
• Paciente Estável
• 25 a 30kcal/kg/dia
• > 30kcal/kg/dia (Favorecer o balanço nitrogenado
positivo)
DIETOTERAPIA: Pós-transplante
• Proteínas
• 1,2 a 2,0g/kg/dia
• Dieta hiperproteica
• Durante o 1º mês
• Uso de altas doses de imunossupressores (tratamento
da rejeição aguda)
• Sal: 2,0g/dia
CASO CLÍNICO
• Paciente
• M.H.S., masculino, 44 anos
• Pedreiro, Ocara/CE, ex-tabagista
 Diagnóstico Inicial (18/01/2014)
• Neoplasia de brônquios e pulmão
• Queixa principal
• Dor pleurítica E, perda de peso
CASO CLÍNICO
• Diagnóstico Atual
• Carcinoma não pequenas células
• Crescimento sólido
• Pouco diferenciado
• Carcinoma de não pequenas células
• Principal causa de morte entre fumantes
• Diagnosticado tardiamente: mal prognóstico
CASO CLÍNICO
• Evolução
• Cuidados paliativos: metástase região lombo-sacral
• Restrito ao leito
• Dores em MMII
• TTO CRIO diariamente
CASO CLÍNICO
• Avaliação Nutricional (17/07/14)
• P: 52,8 kg
• PI: 58 kg
• A: 1,63 m
• Classificação: Eutrofia (IMC) e Déficit Moderado (CB)*
• Exame físico: emagrecido em MMII e MMSS, dentes ausentes,
cáries.
CASO CLÍNICO
• Estimativas Energéticas
• Harris-Benedict: 1887,6 kcal
• FA: 1,2 (acamado)
• FI: 1,2 (câncer)
• Objetivo Nutricional
• Manter estado nutricional adequado
• Minimizar o catabolismo protéico
• Manter o equilíbrio ácido-básico, hidroeletrolítico, de minerais e
vitaminas
CASO CLÍNICO
• Dietoterapia
• Geral suplementada: Forticare - EPA
• Hipercalórica, hiperprotéica, normoglicídica e normolipídica
• Evolução Nutricional
• Boa aceitação da dieta
• Evacuações presentes e normais
• Sem efeitos colaterais da radioterapia
CASO CLÍNICO
• Dieta
• Geral suplementada: Forticare - EPA
• Hipercalórica, hiperprotéica, normoglicídica e normolipídica
• Evolução Nutricional
• Boa aceitação da dieta
• Evacuações presentes e normais
• Sem efeitos colaterais da radioterapia
CASO CLÍNICO
• Dieta
• Geral suplementada: Forticare - EPA
• Hipercalórica, hiperprotéica, normoglicídica e normolipídica
Inibir a carcinogênese, retardar o
crescimento
de tumores e aumentar a
• Evolução
Nutricional
• Boa aceitaçãoda
da dieta
eficácia
radioterapia e de várias
• Evacuações presentes e normais
drogas
quimioterápicas
• Sem efeitos colaterais da radioterapia
Renata Belizário Diniz
[email protected]
www.renatabelizario.com.br
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