Ministério da Agricultura e do Abastecimento – MA Instituto Nacional

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Ministério da Agricultura e do Abastecimento – MA
Instituto Nacional de Meteorologia – INMET
Coordenação Geral de Agrometeorologia
Endereço: Eixo Monumental - VIA S1
Fone:+ 55 61 344.9944 / Fax:+ 55 61 343-1487
BRASÍLIA / DF - CEP: 70610-400 - BRASIL
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Data:
18/06/2001
PROGNÓSTICO DE INVERNO (Julho - Agosto e Setembro- 2001).
O prognóstico climático do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), órgão do
Ministério da Agricultura e do Abastecimento, para o inverno astronômico, cujo período
começa no dia 21 de junho às 04h38min e vai até o dia 22 de setembro às 20h03min
(horário oficial de Brasília), tem por base as informações de análise e prognósticos
climáticos fornecidos por modelos numéricos de médio e longo prazo dos principais
Centros Meteorológicos Mundiais e análise dos mapas de padrões máximos e mínimos
de precipitação (método dos decis).
As anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) do Oceano Pacífico
Tropical em maio ficaram próximas da neutralidade. É muito provável que essas
condições prevaleçam durante o inverno no hemisfério sul. Nos últimos dois anos,
observou-se uma expansão gradual das áreas de anomalias positivas de temperaturas
subsuperficiais no Pacífico Central e das áreas de anomalias de temperatura
subsuperficiais negativas no Pacífico Oriental (Fig. 1). Esse comportamento caracteriza
a fase madura dos episódios frios (La Niña). Acompanhando essa evolução observouse uma expansão para leste de águas mais quentes, debilitando a magnitude das
anomalias negativas (Fig. 2). A previsão a longo prazo indica condições próximas ou
ligeiramente acima do normal das temperaturas nas águas do Pacífico Tropical até o
final de 2001 e início de 2002.
É bom frisar que, em anos neutros, sem anomalias de temperatura nas águas do
Pacífico Tropical (sem El Niño ou La Niña), tem-se observado no Brasil grande
irregularidade no comportamento climático.
Climatologicamente, o período é caracterizado pela redução das chuvas nas
regiões Sudeste, Centro-Oeste e grande parte da região Norte, com o pico da onda
de CHEIAS nos afluentes da margem esquerda do rio Amazonas. Na costa leste da
região Nordeste, continua a estação chuvosa, diminuindo a partir de agosto. Outra
característica da estação é o declínio nas temperaturas. Nas regiões Sul, Sudeste e
parte do Centro-Oeste, há ocorrência de GEADAS, queda de NEVE na região Sul e
as FRIAGENS no Mato Grosso e sudoeste da região Norte. A partir de julho, diminui a
umidade relativa do ar no estado de Goiás e no Distrito Federal, atingindo valores
inferiores a 15% nos meses de julho e agosto. As condições climáticas favorecem a
proliferação de QUEIMADAS nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e sul da região
Norte.
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REGIÃO NORTE
Chuva
A característica predominante no período é o decréscimo gradativo dos totais
pluviométricos em grande parte da região, de norte para sul, com exceção do estado
de Roraima, onde ocorre incremento dos totais pluviométricos mensais. No litoral e
nordeste do Pará, o fenômeno das brisas favorecem a instabilidade formando
aglomerados de nuvens responsáveis pelas chuvas.
Em julho, os índices pluviométricos máximos mensais, entre 180 e 360mm,
ocorrem no extremo norte de Roraima e noroeste do Amazonas; os menores valores
de precipitação, inferiores a 20 mm, ocorrem nos estados de Rondônia, Tocantins, sul
do Pará e do Amazonas. O mês de agosto apresenta os máximos de precipitação em
Roraima e noroeste do Amazonas com valores oscilando de 180 a 300mm, e os
mínimos no sudeste do Pará e Tocantins com valores inferiores a 10mm. Em setembro,
as chuvas diminuem consideravelmente de oeste para leste da região e os menores
valores de precipitação, inferiores a 30mm, ocorrem no sudeste e litoral do Pará e
estado do Amapá; os índices máximos ocorrem entre 180 e 300mm no noroeste do
Amazonas.
Prevê-se que os totais pluviométricos mensais ocorrerão ligeiramente
abaixo do padrão climatológico na foz do Rio Amazonas, Amapá e nordeste do
Pará e acima do referido padrão no leste do Amazonas e oeste do Pará; as
demais áreas apresentarão valores próximos dos padrões.
Temperatura
As temperaturas máximas oscilam entre 32 e 36°C e as mínimas entre 18 e
24ºC, atingindo valores entre 15 e 18°C no sul do Pará, Tocantins, Rondônia e Acre.
Devido às massas de ar frio que atingem o sul da região no período (FRIAGEM), as
temperaturas sofrem declínio com mínimas podendo atingir valores próximos a 12°C.
Prevê-se que as temperaturas sofrerão elevação gradual com registro de
máximas ocasionalmente com valores superiores aos padrões climatológicos.
REGIÃO NORDESTE
Chuva
O inverno caracteriza-se pela continuidade das chuvas até a primeira quinzena
de agosto no leste da região, entre Natal e Salvador, ocasionadas ainda pelas
perturbações de Leste, que são responsáveis pelas maiores precipitações em 24
horas, quando associadas às frentes frias oriundas do sul. Em meados de agosto, as
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chuvas diminuem consideravelmente no leste da região e, no semi-árido, persistem as
condições de estiagem.
Em julho, os índices máximos variam de 300 a 460mm no litoral da Paraíba e de
Pernambuco; os menores valores ocorrem no Piauí, centro e sul do Maranhão, sul e
oeste do Ceará, sudoeste do Rio Grande do Norte, oeste de Pernambuco e centro–
oeste da Bahia, com valores inferiores a 10mm. Em agosto, os valores máximos
oscilam entre 120 e 240mm no leste dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco e Alagoas; valores inferiores a 10mm ocorrem no Piauí, centro, sul e leste
do Maranhão, centro, sul e oeste do Ceará, oeste dos estados do Rio Grande do Norte,
Paraíba e Pernambuco e centro–oeste da Bahia. Os valores máximos de precipitação,
em setembro, oscilam entre 60 e 160mm em Alagoas, Sergipe e leste dos estados do
Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia; valores inferiores a 10mm em
grande parte do Maranhão, no Piauí e Ceará, centro e oeste do Rio Grande do Norte,
da Paraíba, de Pernambuco e da Bahia.
Para a estação, prevê-se condições de chuva ligeiramente abaixo dos
padrões climáticos na costa leste da região e dentro dos padrões nas demais
áreas.
Temperatura
O período é caracterizado pela diminuição das temperaturas mínimas em toda a
região.
Em julho e agosto, os valores máximos de temperatura variam de 33 a 39ºC no
centro, sul e leste do Maranhão, centro, norte e oeste do Piauí, centro, sul e oeste do
Ceará, oeste do Rio Grande do Norte, da Paraíba e de Pernambuco, e oeste e
noroeste da Bahia; os mínimos, entre 12 e 15ºC, no extremo sul do Piauí, centro e sul
da Paraíba e de Pernambuco, noroeste e sul da Bahia. Em setembro, os máximos,
entre 33 e 39ºC, ocorrem em grande parte do Maranhão, centro e norte do Piauí,
centro e sul do Ceará e oeste dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco e Bahia; os mínimos, entre 12 e 15ºC, no centro e sul da Paraíba e
centro de Pernambuco. Nas regiões serranas, as mínimas ocorrem entre 09 e 12ºC. No
leste da região, os valores máximos oscilam entre 24 a 30ºC no período.
Prevê-se que as temperaturas fiquem dentro dos padrões climáticos em
toda a região.
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REGIÃO CENTRO-OESTE
Chuva
Climatologicamente é o período mais seco do ano nos estados de Mato Grosso,
Goiás e no Distrito Federal. Os menores valores de chuvas ocorrem em grande parte
dos estados de Goiás e Mato Grosso, enquanto que os maiores ocorrem no Mato
Grosso do Sul.
Em julho, os valores máximos de precipitação, de 60 a 120mm, ocorrem no
extremo sul do Mato Grosso do Sul e os mínimos, inferiores a 10mm, no centro e norte
do Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal. Para o mês de agosto, os valores máximos
variam de 60 a 120mm no sul do Mato Grosso do Sul e os mínimos, abaixo de 20mm,
no Distrito Federal e centro e norte de Goiás e Mato Grosso. No mês de setembro, as
chuvas intensificam-se na região com valores máximos de 120 a 180mm no extremo
sul do Mato Grosso do Sul e os valores mínimos de 20 a 60mm no centro-norte do
Mato Grosso.
Prevê-se que o regime pluviométrico poderá ficar ligeiramente acima dos
padrões climatológicos, no Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal e dentro do
padrão no Mato Grosso do Sul. O início do período chuvoso poderá ser
antecipado para o final de agosto e começo de setembro.
Temperatura
As temperaturas máximas ficam entre 27 e 35ºC, exceto no Distrito Federal que
oscilam de 24 a 27ºC. As temperaturas mínimas variam entre 12 e 17ºC. O fenômeno
da FRIAGEM é mais freqüente no estado de Mato Grosso no mês de julho. Os maiores
declínios de temperaturas ocorrem no sul do Mato Grosso do Sul e de Goiás, com
valores abaixo de 8ºC, quando ocorre entrada de massas de ar frio na região.
É previsto que as temperaturas fiquem ligeiramente acima dos padrões
climatológicos.
REGIÃO SUDESTE
Chuva
Nesse período, permanecem as condições de estiagem em quase toda a
região. Devido à circulação marítima, ocasionada pela passagem das massas de ar
frio, ocorrem chuvas fracas e contínuas na faixa leste dos estados de São Paulo, Rio
de Janeiro, Espírito Santo e sul e sudeste de Minas Gerais. Esses sistemas ocasionam
rajadas de vento, por vezes fortes, em toda a região.
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O padrão climatológico indica que, nos meses de julho e agosto, os maiores
índices de chuva oscilam de 60 a 120mm no sul e sudeste de São Paulo, sul e leste do
Rio de Janeiro e leste do Espírito Santo. Os menores índices ocorrem abaixo de 20mm
em Minas Gerais e centro, norte e oeste de São Paulo. Para o mês de setembro, os
maiores índices oscilam de 60 a 120mm no centro, norte e oeste de São Paulo,
Triângulo, sul e sudeste de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Os menores
índices abaixo de 20mm, verificam-se no norte e parte do leste de Minas Gerais.
Prevê-se, para o período, índices pluviométricos ligeiramente acima do
padrão climatológico no Triângulo e noroeste de Minas Gerais e, no restante da
região, os totais poderão acompanhar o padrão. Há possibilidade de que o início
do período chuvoso, em Minas Gerais, seja antecipado para o final de agosto e
princípio de setembro.
Temperatura
As massas de ar frio continuam intensas nos meses de julho e agosto,
favorecendo acentuado declínio nas temperaturas. Nessa época, as condições
meteorológicas são predominantemente de dias ensolarados com maior incidência de
nevoeiros e formação de geadas em julho, principalmente nas regiões serranas. Há
possibilidade de ocorrência de veranicos, período de 4 a 7 dias sem chuva e
temperaturas elevadas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, durante a estação.
O padrão climatológico indica que, para os meses de julho e agosto, as máximas
variam de 25 a 29°C no Triângulo Mineiro e norte dos estados de Minas Gerais e
Espírito Santo; na região serrana de São Paulo, oscilam de 15 a 18°C e nas demais
áreas variam de 21 a 27°C. As mínimas para as regiões serranas oscilam de 6 a 12°C,
atingindo valores entre 3 e 5°C nas serras de São Paulo e Minas Gerais e entre 12 e
18°C no restante da região. Com a chegada de massas de ar frio, as temperaturas
ocasionalmente atingem valores abaixo de zero grau nas regiões serranas. Em
setembro, as temperaturas máximas variam de 30 a 33°C no Triângulo e norte de
Minas Gerais e noroeste de São Paulo; nas regiões serranas, de 18 a 24°C e nas
demais áreas variam de 24 a 30°C. Eventualmente nos estados do Espírito Santo e Rio
de Janeiro, as máximas atingem valores superiores a 36ºC; as mínimas nas regiões
serranas variam de 6 a 9°C e no restante da região de 12 a 18°C.
A tendência para a estação é de temperaturas próximas aos padrões
climatológicos em São Paulo e sul de Minas Gerais e, no restante da região, as
temperaturas tendem a ficar ligeiramente acima dos padrões.
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REGIÃO SUL
Chuva
Nesses meses, o regime pluviométrico é influenciado principalmente por
sistemas frontais. A passagem rápida desses sistemas, associados a baixas pressões,
provocam ventanias com rajadas de ventos fortes, seguidos pelo vento Minuano (vento
de sul e sudoeste, de moderado a forte). No período, é comum a ocorrência de
veranicos, com duração de 4 a 7 dias e caracterizado por temperaturas elevadas e
ausência de chuvas.
No mês de julho, os valores mínimos de precipitação, entre 10 e 40mm,
encontram-se no norte do Paraná e os máximos no centro e norte do Rio Grande do
Sul com valores entre 180 e 240mm. Em agosto, os mínimos de precipitação oscilam
entre 10 e 20mm no norte do Paraná e os máximos entre 180 e 240mm no norte do Rio
Grande do Sul e sul de Santa Catarina. No mês de setembro, os mínimos de
precipitação oscilam entre 40 e 80mm no noroeste do Paraná e os máximos, entre 180
e 240mm, no centro e no norte do Rio Grande do Sul, em grande parte de Santa
Catarina e no sul do Paraná.
Prevê-se que a precipitação ficará dentro dos padrões climatológicos no
Paraná e ligeiramente acima dos padrões no Rio Grande do Sul e em Santa
Catarina.
Temperatura
Nesse período, as temperaturas continuam em declínio devido à maior
freqüência de massas de ar frio que atingem a região. A formação de nevoeiros é
freqüente durante a madrugada e início da manhã, principalmente nas regiões de
planaltos, serras e vales.
Em julho, as temperaturas mínimas variam entre 6 e 9ºC na campanha, serra e
planalto do Rio Grande do Sul, planalto de Santa Catarina e centro e sul do Paraná; as
temperaturas máximas oscilam entre 24 e 27°C no norte do Paraná. Em agosto, as
temperaturas mínimas variam entre 6 e 9ºC no planalto do Rio Grande do Sul, planalto
sul de Santa Catarina e região central do Paraná; as temperaturas máximas oscilam
entre 24 e 27ºC no norte e oeste do Paraná. No mês de setembro, as temperaturas
mínimas oscilam entre 9 e 12ºC no sudoeste, centro e nordeste do Rio Grande do Sul,
centro dos estados de Santa Catarina e Paraná e as temperaturas máximas oscilam
entre 27 e 30ºC no noroeste do Paraná.
As temperaturas poderão ficar ligeiramente acima dos padrões
climatológicos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina e dentro dos padrões
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no Paraná. Na região, a ocorrência de neve e de geada poderá ter sua intensidade
diminuída nesse inverno.
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