Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA

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Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA
Instituto Nacional de Meteorologia – INMET
Coordenação Geral de Agrometeorologia
Endereço: Eixo Monumental - VIA S1
Fone: + 55 61 344.9955/ Fax:+ 55 61 343-1487
BRASÍLIA / DF - CEP: 70680-900 - BRASIL
Http://www.inmet.Ggv.br
Data:
28/03/2003
Prognóstico para o Trimestre ( Maio, Junho e Julho de 2003).
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), órgão do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA), com base nas informações de análise e prognósticos
climáticos, fornecidos por modelos numéricos de médio e longo prazo dos principais
Centros Meteorológicos Mundiais e análise dos mapas de padrões máximos e mínimos
de precipitação (Método dos Decis), apresenta este Prognóstico sobre as condições
meteorológicas que poderão ocorrer no período de maio a julho de 2003, em todo o País,
bem como suas principais características. O mapa a seguir (Fig. 01) mostra o Prognóstico
de Precipitação das Regiões do Brasil para o trimestre maio, junho e julho de 2003.
Prognóstico Trimestral-Instituto Nacional de Meteorologia - INMET
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Prognóstico Trimestral-Instituto Nacional de Meteorologia - INMET
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As anomalias do nível do mar (ANM), no Oceano Pacífico Equatorial continuam
apresentando diminuição e o rápido enfraquecimento do Fenômeno “El Niño” (Fig.02). Os
modelos acoplados oceano-atmosfera da evolução das temperaturas do Oceano Pacífico,
indicam o término do “El Niño” nos próximos meses. No Oceano Atlântico Tropical (Norte
e Sul), as águas estão até 1ºC mais quentes, esse padrão indica condições favoráveis de
chuvas no leste e norte da Região Nordeste.
Fig. 02 – Anomalias do nível do mar
Prognóstico Trimestral-Instituto Nacional de Meteorologia - INMET
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Climatologicamente, a estação é caracterizada pela redução das chuvas nas Regiões
Sudeste e Centro-Oeste, sul das Regiões Norte e Nordeste, com formação de nevoeiros
nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Na Região Nordeste, há uma redução nas
chuvas no semi-árido e aumento gradativo nas chuvas no leste da Região. Caracteriza-se
pelo declínio nas temperaturas em grande parte do Brasil, com ocorrência das primeiras
FRIAGENS no sul da Região Norte e no Mato Grosso e ocorrências de GEADAS nas
Regiões Sul e Sudeste e no Mato Grosso do Sul, e de NEVE nas áreas serranas e no
planalto da Região Sul.
As condições meteorológicas nesta estação dependem da evolução dos seguintes
sistemas:
• As frentes frias e as massas de ar polar atuam com maior freqüência e intensidade,
ocasionando declínio de temperatura nas Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e nos
Estados da Bahia, Acre, Rondônia e sul do Amazonas;
• A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) continua atuando nas proximidades da
linha do Equador, ocasionando um aumento na precipitação no litoral da Região Norte
e, no início da estação, no norte da Região Nordeste;
• As Ondas de Leste contribuem para o aumento da precipitação na faixa litorânea que
vai do leste do Rio Grande do Norte até Salvador.
REGIÃO NORTE
Chuva
O trimestre é caracterizado por irregularidades na distribuição das chuvas intensas
e freqüentes, com trovoadas isoladas que continuam a ocorrer em grande parte da região
no início de maio, com diminuição gradativa dos totais pluviométricos de Norte para Sul,
devido à atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), e linhas de
Instabilidades.
Em maio, os máximos de precipitação oscilam de 360mm a 460mm no Amapá, Ilha
do Marajó, litoral do Pará, norte de Roraima e extremo norte do Amazonas; os mínimos,
inferiores a 10mm, ocorrem no sudeste do Tocantins. Em junho, os máximos de
precipitação variam de 420mm a 480mm em Roraima e Norte Amazonense; os mínimos,
inferiores a 10mm, ocorrem no sul do Pará, Rondônia e Tocantins. Em julho os máximos
de precipitação oscilam entre 300mm e 360mm no norte de Roraima e noroeste do
Amazonas e os mínimos inferiores a 10mm no Tocantins e sudeste do Pará.
Prevê-se que os totais pluviométricos deverão ocorrer ligeiramente acima dos
padrões climatológicos em grande parte do sul e centro da Região e ligeiramente
abaixo dos padrões climatológicos no Amapá. As demais áreas apresentarão
valores dentro dos padrões. (Fig. 01).
Prognóstico Trimestral-Instituto Nacional de Meteorologia - INMET
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Temperatura
O trimestre é caracterizado pela ocorrência de temperaturas altas em toda a região,
com exceção dos estados do Acre, Rondônia e sul do Amazonas e do Pará, que nos
meses de junho e julho ocorrem decréscimo das temperaturas devido à influência das
massas de ar frio. Em maio, as máximas oscilam entre 30ºC e 35ºC em toda a Região e
as mínimas de 18ºC a 21ºC no Acre, Rondônia, sudoeste do Amazonas, sul do Pará e do
Tocantins. Em junho, as máximas acima de 33ºC ocorrem no Tocantins e extremo sul do
Pará e as mínimas oscilam de 18ºC a 21ºC no sul do Amazonas, do Pará, Acre e
Tocantins, podendo atingir temperaturas de até 12ºC no Acre, Rondônia e sul do
Amazonas em conseqüência do fenômeno conhecido como FRIAGENS. Em julho, as
máximas entre 33ºC e 36ºC ocorrem no Tocantins e no sul do Pará e as mínimas
inferiores a 18ºC ocorrem no sul do Pará, centro e sul do Tocantins e leste do Acre.
Prevê-se que as temperaturas ficarão dentro dos padrões climatológicos em toda
a Região.
REGIÃO NORDESTE
Chuva
A costa leste do Nordeste apresenta neste trimestre o período mais chuvoso do ano,
provocado pelas Perturbações de Leste, as quais quando associadas às frentes frias
oriundas do sul, são responsáveis por pancadas de chuvas, às vezes intensas no período
de 24 horas, principalmente no litoral entre Natal e Salvador. Ainda em maio, observamse chuvas no norte do Maranhão e parte do semi-árido da Região, com significativa
redução nos meses seguintes.
Em maio, os valores máximos de precipitação oscilam entre 240mm e 400mm no norte
do Maranhão e leste dos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e
Alagoas e no litoral do Piauí e de Sergipe; valores inferiores a 10mm ocorrem no sudeste
do Maranhão, sul do Piauí, sudoeste de Pernambuco, oeste e noroeste da Bahia. Em
junho, os valores máximos entre 240mm e 400mm, ocorrem no leste do Rio Grande do
Norte, da Paraíba, de Pernambuco e litoral de Alagoas; valores inferiores a 10mm
ocorrem no Piauí, sudoeste do Ceará, oeste de Pernambuco e centro e oeste da Bahia.
Em julho, os valores máximos oscilam entre 300mm e 420mm no litoral da Paraíba, de
Pernambuco e de Alagoas; valores inferiores a 10mm ocorrem no Piauí, centro e sul do
Maranhão, sul e oeste do Ceará, sudoeste do Rio Grande do Norte, oeste de
Pernambuco, centro e oeste da Bahia.
Prevê-se chuvas ligeiramente acima dos padrões climatológicos no extremo
norte do Maranhão, do Piauí, do Ceará, do Rio Grande do Norte e na costa leste da
região. Dentro dos padrões nas demais áreas. (Fig. 01).
Prognóstico Trimestral-Instituto Nacional de Meteorologia - INMET
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Temperatura
O trimestre é caracterizado pela diminuição das temperaturas mínimas em toda a
Região com declínio mais acentuado nos meses de junho e julho. Em maio, os valores
máximos acima de 33ºC, ocorrem no centro do Piauí, centro e sudoeste do Ceará e oeste
do Rio Grande do Norte e Pernambuco. Em junho, os máximos acima de 33ºC ocorrem
no centro e norte do Piauí e oeste dos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte e
Pernambuco; os valores mínimos ocorrem entre 15ºC e 18ºC, nas regiões serranas dos
Estados do Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Bahia, podendo chegar até 12ºC em
localidades isoladas nas regiões serranas da Bahia. Em julho os valores máximos acima
de 33º C ocorrem no sudoeste do Maranhão, centro e norte do Piauí, sul e oeste do
Ceará, oeste do Rio Grande do Norte e Pernambuco. Os valores mínimos ocorrem entre
15ºC e 18 ºC nas regiões serranas do Piauí, Ceará, Paraíba e Pernambuco, podendo
atingir 10ºC em áreas isoladas na s regiões serranas da Bahia.
Prevê-se que as temperaturas ficarão dentro dos padrões climatológicos em toda
a Região.
REGIÃO CENTRO-OESTE
Chuva
Climatologicamente o trimestre é caracterizado pela redução das chuvas e início da
estiagem em toda região.
Em maio, os máximos de precipitação de 120mm a 180mm ocorrem no sul e centro do
Mato Grosso do Sul; os mínimos de 20mm a 40mm ocorrem no centro e norte de Goiás e
centro do Mato Grosso. Em junho, as maiores precipitações, entre 60mm a 120mm
ocorrem no sul e centro do Mato Grosso do Sul, e os mínimos, abaixo de 20mm, em
grande parte da Região. Em julho, os valores máximos oscilam entre 60mm a 120mm no
extremo sul do Mato Grosso do Sul; os valores mínimos abaixo de 20mm nas demais
áreas da região.
Prevê-se que o regime pluviométrico ficará dentro dos padrões climatológicos.
(Fig. 01).
Temperatura
No trimestre, devido à presença de massas de ar frio, as temperaturas diminuem
gradativamente em toda Região, com ocorrência de geadas no extremo sul do Mato
Grosso do Sul. Em maio e junho, as máximas variam de 29ºC a 32ºC no oeste e norte
de Goiás e no Mato Grosso e de 25ºC a 27ºC no Distrito Federal. As mínimas variam de
12ºC a 15ºC no sul dos Estados de Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. Em
julho, as máximas variam de 33°C a 36°C no norte do Mato Grosso e as mínimas entre
Prognóstico Trimestral-Instituto Nacional de Meteorologia - INMET
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12°C e 15°C no centro e sudeste do Mato Grosso, sudoeste e leste de Goiás, Distrito
Federal e maior parte do Mato Grosso do sul.
Prevê-se que as temperaturas ficarão dentro dos padrões climatológicos.
REGIÃO SUDESTE
Chuva
O trimestre é caracterizado pela redução das chuvas em toda a Região.
Em maio, os máximos oscilam de 120mm a 180mm no sudeste de São Paulo e os
mínimos, inferiores a 10mm, ocorrem no norte e noroeste de Minas Gerais. Para junho,
os valores máximos oscilam de 120mm a 180mm no sudeste de São Paulo e os mínimos,
abaixo de 10mm, concentram-se em Minas Gerais, extremo norte de São Paulo e oeste
do Espírito Santo. Em julho os padrões máximos oscilam entre 60mm e 120mm no sul e
sudeste de São Paulo sul e leste do Rio de Janeiro e leste e norte do Espírito Santo; os
mínimos, inferiores a 20mm ocorrem no estado de Minas Gerais, centro, norte e oeste de
São Paulo e oeste do Espírito Santo.
Prevê-se para o período chuvas ligeiramente acima dos padrões climatológicos
no norte do Espírito Santo e dentro dos padrões normais nas demais áreas da
região (Fig. 01).
Temperatura
As massas de ar frio começam a ter uma incidência maior na Região, provocando
declínio de temperaturas e ocorrência de nevoeiros e geadas nas regiões serranas.
Eventualmente as temperaturas poderão atingir valores próximos de 0ºC nas regiões
serranas de São Paulo e Rio de janeiro.
Em maio, as máximas variam de 30°C a 33°C no norte de Minas Gerais; os valores
mínimos de 9ºC a 12ºC no sul de Minas Gerais. Em junho, as máximas variam de 27°C a
30°C no noroeste de São Paulo, oeste, norte e nordeste de Minas Gerais e norte do
Espírito Santo e Rio de Janeiro. As mínimas oscilam de 6°C a 9°C nas regiões serranas
de São Paulo e Minas Gerais. Em julho, as máximas oscilam entre 27ºC e 30ºC no norte
e leste de Minas Gerais, norte e sul do Espírito Santo e norte do Rio de Janeiro; os
mínimos entre 9ºC e 12ºC nas regiões serranas de Minas Gerais e de São Paulo.
Prevê-se que as temperaturas ficarão dentro dos padrões climatológicos,
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REGIÃO SUL
Chuva
Neste período o regime pluviométrico é influenciado principalmente por sistemas
frontais. Devido à passagem rápida desses sistemas, associados a baixas pressões,
podem ocorrer rajadas de ventos fortes, seguidas logo após pelos ventos “Minuano”. É
comum ocorrerem Veranicos (4 a 7 dias) com temperaturas elevadas, ausência de
chuvas e ventos muito fracos. A partir de junho, as precipitações diminuem no norte do
Paraná.
Em maio, os máximos de precipitação variam de 240mm a 300mm no oeste de
Santa Catarina e os mínimos variam de 40mm a 80mm no extremo sudeste e nordeste do
Rio Grande do Sul, nordeste de Santa Catarina, centro e nordeste do Paraná. Em junho,
os máximos de precipitação variam de 180mm a 240mm no centro, norte e noroeste do
Rio Grande do Sul, centro e oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná, e os
mínimos variam de 20mm a 40mm no norte do Paraná. Em julho, os máximos de
precipitação variam de 180mm a 240mm na serra do sudeste, centro e norte do Rio
Grande do Sul e os mínimos variam de 10mm a 20mm no extremo norte do Paraná.
Prevê-se que a precipitação ficará dentro dos padrões climatológicos em toda a
Região (Fig. 01)
Temperatura
As temperaturas continuam declinando, devido à maior freqüência de massas de
ar frio. Em maio, as temperaturas são mais baixas, com formação de geadas freqüentes e
ocasionalmente ocorre neve nas áreas acima de 800m de altitude. A partir de junho, a
entrada das massas de ar frio são mais freqüentes e intensas, causando a formação de
geadas em quase toda a Região e neve nas áreas mais altas com temperaturas mínimas
atingindo valores abaixo de zero. A formação de nevoeiros é freqüente durante a
madrugada e início da manhã, principalmente nas regiões de planaltos, serras e vales.
Em maio, as temperaturas máximas oscilam de 24ºC a 27ºC no oeste, noroeste e
litoral do Paraná e as temperaturas mínimas variam de 6ºC a 9ºC no extremo nordeste do
Rio Grande do Sul e no planalto sul de Santa Catarina. Em junho e julho, as temperaturas
máximas oscilam de 24ºC a 27ºC no noroeste do Paraná e as temperaturas mínimas
variam de 6ºC a 9ºC na campanha, serra e planalto do Rio Grande do Sul, planalto de
Santa Catarina e centro-sul do Paraná.
Prevê-se que as temperaturas ficarão dentro dos padrões climatológicos em toda a
Região.
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