From the SelectedWorks of Jorge Amaro Bastos Alves August, 2010 Aula 4C - Ideologias e Políticas Econômicas Jorge Amaro Bastos Alves, Faculdade de Campina Grande do Sul Available at: http://works.bepress.com/jorgeab_alves/18/ FA C S U L FACULDADE DE CAMPINA GRANDE DO SUL Disciplina: Macroeconomia Aula 4C – Ideologias e Políticas Econômicas Prof. MSc Jorge Amaro Bastos Alves Economista [email protected] www.works.bepress.com/jorgeab_alves As políticas econômicas e os grupos de instrumentos de que estas se utilizam para o atingimento de determinados fins, podem ser divididos em quatro grandes grupos: política fiscal política cambial política monetária Política de rendas De maneira geral, podem-se classificar as políticas econômicas em três tipos, segundo os objetivos governamentais: 1) Estruturais; 2) De estabilização conjuntural; 3) De expansão. POLÍTICA ESTRUTURAL Voltada para a modificação da estrutura econômica do país (podendo chegar até a mesmo a alterar a forma de propriedade vigente), regulando o funcionamento do mercado (proibição de monopólios e trustes) ou criando empresas públicas, regulamentando os conflitos trabalhistas, alternado a distribuição de renda ou nacionalizando empresas estrangeiras. POLÍTICA DE ESTABILIZAÇÃO CONJUNTURAL Visa à superação de desequilíbrios ocasionais. Pode envolver tanto uma luta contra a depressão como o combate à inflação ou à escassez de determinados produtos. POLÍTICA DE EXPANSÃO Visa a manutenção ou a aceleração do desenvolvimento econômico. Nesse caso, podem ocorrer reformulações estruturais e medidas de combate à inflação, proteção alfandegária e maior rigor na política cambial contra a concorrência estrangeira. Cada uma dessas modalidades apóia-se numa corrente ou mais de pensamento econômico e liga-se a critérios políticos e ideológicos. Políticas Ortodoxas Sob esse ponto de vista , para um país crescer é necessário acabar com a inflação e assim possibilitar o crescimento econômico. Não age diretamente sobre os preços, mas indiretamente, através de políticas fiscais e monetárias contracionistas, o governo deve reduzir os gastos para controlar a demanda global. Tais políticas, contudo, podem trazer conseqüências recessivas, e nem sempre controlar de fato a inflação. Políticas Heterodoxas É a política necessária quando o mercado é imperfeito ou a crise muito grave. No combate à inflação, implica agir diretamente sobre os preços através de política de rendas e de acordos sociais, que, no limite, significam congelamento de preços, o uso de uma âncora cambial (congelamento do câmbio), e reforma monetária. (Bresser-Pereira) O controle inflacionário dá-se por meio de medidas como a regulação de preços, salários, contratos e câmbio. A idéia principal desta teoria é que, o sistema não tende de forma automática ao pleno emprego dos recursos, isto é, o pleno emprego é uma possibilidade. O governo pode estimular o crescimento econômico através do aumento dos gastos públicos (não financiados pelo aumento dos impostos). Ortodoxia x Heterodoxia Ortodoxia e heterodoxia são dois pólos cuja combinação equilibrada, com o uso das soluções heterodoxas de forma supletiva ao invés de sistemática, é a solução indicada para a maioria dos casos reais, já que os mercados jamais funcionam tão bem quanto seria necessário. É a única alternativa possível para o Brasil, dada a indexação informal da economia. Bresser-Pereira Teoria Estruturalista (Cepal) • Associados aos heterodoxos estão os denominados Estruturalistas, que acreditam que o Estado tem papel importante na economia, além do social. • O Estado passa a ser não apenas promotor do crescimento econômico, mas também do desenvolvimento econômico. • A CEPAL notabilizou-se basicamente por três grandes idéias: • a divisão do mundo em centro e periferia; • a teoria da deterioração dos termos de intercâmbio; • a defesa da industrialização pela via da substituição das importações. “Como fenômeno específico que é, o subdesenvolvimento requer um esforço de teorização autônomo” Celso Furtado Vídeo O Longo Amanhecer (Celso Furtado)