Fundamentos da Corrosão

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MODULO 10: CORROSÃO
FUNDAMENTOS
AVALIAÇÃO DA INTEGRAÇÃO E
REABILITAÇÃO DE DUTOS
Denise Souza de Freitas
Engª de Corrosão, Ph.D.
Definição de Corrosão
“DETERIORAÇÃO DE UM MATERIAL PELA AÇÃO QUÍMICA OU
ELETROQUÍMICA DO MEIO AMBIENTE ASSOCIADA, OU NÃO,
A ESFORÇOS MECÂNICOS”
Mecanismos de deterioração
diferentes para cada tipo de
material
Cerâmicos
Polímeros
Metais
O que é corrosão?
Definição 1
Processo inverso da metalurgia extrativa, em que o metal
retorna ao seu estado original.
Minério
Metalurgia
Para muitos metais, isso é verdade: Fe, Al, Zn...
Mas e o ouro? Como é encontrado na natureza ?
O que é corrosão?
Definição 2
Destruição ou inutilização de um material metálico
pela interação química ou eletroquímica com o meio
O que é corrosão?
Definição 3
Transformação de um metal em um íon metálico
pela sua interação química ou eletroquímica com o
meio em que se encontra
Conceito mais amplo !!! O que é corrosão? METAL
Meio de
exposição
Fe
Zn
Al
METAL
CORROÍDO
Fe2+
Zn2+
Al3+
Custos
diretos:
Ø  substituição de peças
Ø  custos e manutenção dos
processos de proteção
Ø  deterioração de equipamentos
indiretos:
Ø  paralização para limpeza ou
reposição de peças
Ø  perda de produtos
Ø  contaminação de produtos
Ø  perda de eficiência de
equipamentos
Ø  acidentes
A importância do estudo da corrosão
Prevenir, no âmbito social,
• acidentes (perda de vidas ou invalidez): queda de pontes e aviões,
explosão de caldeiras, vazamento de oleodutos, desabamentos de
estruturas metálicas, etc.
• insalubridade: causada por vazamentos de produtos tóxicos (líquido
ou gás)
• defesa do consumidor: produtos de consumo com durabilidade e
desempenho comprometidos pela ação da corrosão
PROTEGER A SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE !!!
Corrosão
Reação de um metal com seu meio ambiente
¨  Corrosão eletroquímica
¤  reação
¨ 
com água (com íons dissolvidos)
Oxidação direta, à altas temperaturas
¤  reação
com oxigênio à alta temperatura
¤  reação com outros gases
Meios Corrosivos
Atmosfera (ex: sais, poeira, umidade, gases: CO, CO2,
SO2, H2S)
¨  Água (ex: presença de micro-organismos e chuva
ácida)
¨  Solo (ex: acidez)
¨  Produtos químicos (ex: transporte e armazenamento
de ácidos)
¨ 
Relações inadequadas metal/meio
A intensidade do processo corrosivo
depende da relação material/meio
Metal
Aço-Carbono
Aço Inoxidável
Alumínio
Magnésio
Cobre
Titânio
Prata
Ouro
Platina
Meio
Água do Mar
HCl, H2S, SO3
HCl, NaOH, SO3
HNO3
HCl, NH3
H2SO4, H2O2 conc, SO3
HCl concentrado
FeCl3
HNO3 fumegante
Características dos produtos de corrosão
Produtos solúveis: corrosão (estado ativo)
Produtos insolúveis: passivação (estado passivo)
(possibilidade de corrosão localizada)
•  Não protetor
O produto de corrosão sólido mas não protetor.
- aço-carbono (óxidos: Fe2O3 ou FeO; hidróxidos: Fe(OH)2 ou Fe(OH)3)
•  Protetor
Barreira que impede o contato entre o metal e o ambiente que o cerca
-  óxido de cromo (Cr2O3), sobre aço inoxidável
-  óxido de alumínio (Al2O3) que, além de protetor, confere aspecto
decorativo.
Fenômeno Denominação Corrói com produtos de corrosão solúveis no meio Estado a>vo Corrói com produtos de corrosão insolúveis e compactos Estado passivo Corrói com produtos de corrosão insolúveis não compactos Estado a>vo Não corrói Estado imune Classificação da corrosão
Classificação
primária
Quanto à
morfologia
Quanto à
fenomenologia
•  Oxidação Direta
•  Corrosão eletroquímica
•  Uniforme
•  Localizada
•  Seletiva Inter/transgranular
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
Galvânica
Aeração diferencial
Corrosão-erosão
Corrosão fadiga
Corrosão sob tensão
Corrosão atmosférica
Corrosão microbiológica
Ataque pelo hidrogênio
Oxidação direta ou corrosão eletroquímica?
Oxidação direta ou química ou à altas
temperaturas
Reação direta entre metal e meio corrosivo
Caso comum: reação em altas temperaturas
Ex: METAL + OXIGÊNIO (gases) è ÓXIDO DO METAL
Exemplos:
Fe + ½ O2 è FeO
3Fe + 2O2 è Fe3O4
2Fe + 3/2 O2 è Fe2O3
T= 1000°C
T= 600 °C
T= 400 °C
Corrosão eletroquímica ou aquosa
•  processo corrosivo está associado a reações
anódicas (oxidação) e catódicas (redução) na
interface metal/meio.
•  A corrosão ocorre em diferentes formas, ou
aspectos morfológicos, devido às características
do metal, processo de fabricação, fatores
ambientais, meios, etc...
Reações anódicas e catódicas
Ø Reação de Oxirredução
•  Numa reação de oxirredução sempre há perda e
ganho simultâneos de elétrons.
•  Os elétrons que são perdidos por um átomo, íon ou
composto químico são imediatamente recebidos por
outros.
A perda de elétrons é chamada de oxidação.
O ganho de elétrons é chamado de redução.
Eletroquímica
• E studo das reações químicas que envolvem
transferência de elétrons entre um condutor elétrico
(eletrodo) e um iônico (eletrólito).
• Ocorre transformação de energia química em
elétrica.
• O processo de transferência de elétrons pode ser
espontâneo (ex: pilhas) ou induzido por corrente
externa (ex: células eletrolíticas).
Potencial de eletrodo
potencial
do eletrodo
ddp
eletrodo
Cada eletrodo imerso em um meio
gera um potencial eletroquímico na
interface material/meio
Metal
+ -
-
-
-
-
-
-
-
+
+
+
Eletrólito
+
+
+
+
Metal
Eletrólito
Potencial eletroquímico
¨ 
Potencial de eletrodo
¤  Mostra
a tendência de uma reação ocorrer: perda ou
ganho de elétrons
¨ 
Potencial do eletrodo padrão
¤  Diferença
de potencial em uma solução 1M de seus
íons, com relação ao eletrodo normal de hidrogênio
M/Mn+ (1M) ou M;Mn+ (1M)
Séries
eletroquímicas
• São ordenadas pelo potencial
padrão de equilíbrio
• Não prevê a formação de
produtos de corrosão protetores
Referência padrão
• Não pode ser usado para ligas
K+
Ba2+
Na+
Mg2+
Al3+
Mn2+
Zn2+
Cr3+
Fe2+
Ni2+
Sn2+
Pb2+
2H+, H2 padrão
Cu2+
Cu+
Ag+
Pd2+
Pt2+
O2 + 4H+ + 4e = 2H2O
Au3+
Au+
-2,925
-2,90
-2,71
-2,37
-1,66
-1,18
-0,763
-0,71
-0,441
-0,250
-0,14
-0,13
0,000
+0,337
+0,522
+0,799
+0,987
+1,20
+1,229
+1,498
+1,69
E se a concentração do meio não for 1M?
Equação de Nernst
Relaciona o potencial gerado nas concentrações das espécies
envolvidas nas reações ao potencial padrão:
E = E0 + 0,0591 / n log [produtos] / [reagentes]
E0 = E padrão → tabelas (para diversas reações)
n = número de elétrons transferidos na reação de corrosão
Ø  Determinação do potencial em soluções diferentes de 1M
E se a reação for irreversível?
Fe → Fe2+ + 2e
Oxidação
H2O + 1/2 O2 + 2e → 2OH-
Redução
Fe2+ +2 OH- → Fe(OH)2
2Fe(OH)2 + H2O + 1/2 O2 → 2Fe(OH)3
Produtos sólidos
• não fica Fe2+ em solução → não se atinge o equilíbrio
A equação de Nernst não
é aplicada
Corrosão é um processo
irreversível
Potencial de um metal
O potencial real de um metal em uma solução é irreversível.
Depende de diversos fatores, tais como: formação de películas,
impurezas na solução, agitação do meio, temperatura e interação
material/meio.
Potencial de corrosão
ou de circuito aberto
Como obter o potencial de corrosão (eletroquímico)
no caso de reações irreversíveis?
medidas experimentais
Eletrodos de Referência
Eletrodo de
referência
Metal
+
+
+
+
+
+
+
+
Eletrólito
Eletrodos de Prata-Cloreto de prata
Calomelano Saturado – ECS saturado
Fio de
Ag
Solução de
KCl
Recobrimento
de Ag
Membrana
porosa
Solução saturada
de KCl
Hg
Cristais de KCl
Membrana porosa
Hg2Cl2 (s) + Hg
Eletrodos de referência vs. Eletrodo padrão
DIFERENÇA DE
POTENCIAL PARA O
ELETRODO DE REFERÊNCIA ELETRODO DE
REFERÊNCIA DE
HIDRODÊNIO à 25ºC (V)
Hg, Hg2Cl2/KCl (sat)
0,318
Ag, AgCl/KCl (sat)
0,242
Cu, CuSO4/CuSO4 (sat)
0,197
Séries Galvânicas
able 1
eaction
Standard emf series
o
Galvanic Series in Seawater
o
E at 25 C ,
(V vs NHE)
3+
↑
u-­‐A• uSão ordenadas
+1.498
pela
2+
-­‐Pt
+1.2 Noble or
observação
do
metal
em
+
g-­‐A g
+0.799 cathodic
g-­‐Hserviço
g22+
+0.788
2+
u-­‐C u
+0.337
• +Prevêem a formação
0.000
2-­‐H
de produtos de corrosão
2+
Table 2
-­‐Ni
-­‐0.250
2+
e-­‐F• 
ePode ser utilizada
-­‐0.440 para
r-­‐Cligas
r3+
-­‐0.744
2+
n-­‐Z n
-­‐0.763
3+
-­‐A l
-­‐1.662 Active or
• 
É
2+diferente para cada
g-­‐M g
-­‐2.363
anodic
+
↓
ambiente -­‐2.714
a-­‐Nmeio
a
ter de Bethune and L oud
Platinum
Gold
Silver
18-­‐8 M o stainless steel (passive)
Nickel (passive)
C upronickels (60-­‐90 C u, 40-­‐10 Ni)
C opper
Nickel (active)
18-­‐8 M o stainless steel (active)
Steel or iron
2024 aluminium (4.5 C u, 1.5 M g, 0.6 M n)
C admium
C ommercially pure aluminium (1100)
Zinc
Magnesium and magnesium alloys
from I NCO test results
O que ocorre quando dois metais diferentes em
solução são conectados?
Célula eletroquímica/pilha
Características básicas:
Ø  presença de anodo, catodo, eletrólito (condutor iônico) e
condutor elétrico
Ø  transferência espontânea de elétrons
A reação química em uma célula eletroquímica (ou pilha) é
representada por duas meias-reações que descrevem as
mudanças nos dois eletrodos. Cada meia-reação corresponde à
ddp na interface de seu eletrodo.
Conectando a Platina ao Zinco
elétrons
Zn
Zinco e platina não
conectados, nenhuma
reação
Pt
HCl
Se o zinco e a platina
conectados, a corrente
flui e hidrogênio é
formado na platina
Pilhas galvânicas
E quando há somente um eletrodo?
ü Como pode haver corrosão em um metal sem contato com
outros metais?
ü  Que reações podem ocorrer?
ü  Por que surgem regiões anódicas e catódicas?
• Deformações da superfície metálica
• Composições variáveis
• Defeitos cristalinos
• Gradiente de temperatura
• Gradiente de concentração
• Regiões ativas ou passivas
Por exemplo, em um aço
MEIO AQUOSO
Fe2+
H+
GRÃO
CATÓDICO
GRÃO
ANÓDICO
2eESTRUTURA DE AÇO
H+
Outros tipos de pilhas galvânicas
ativa-passiva: rompimento da camada de passivação (ex: íon Cl-)
Anodo: regiões com substrato exposto.
de ação local: presença de impurezas em metal ou liga. Ex: Fe em Zn
comercial. Anodo: zinco.
de temperatura: eletrodos de mesmo material submetidos à diferentes
temperaturas. Anodo: eletrodo em maior temperatura.
de concentração iônica: contato entre metal e soluções de diferentes
concentrações. Anodo: eletrodo em contato com solução de menor
concentração (verificado pela equação de Nernst).
de aeração diferencial: formação de pilha de concentração com relação
ao teor de oxigênio. Anodo: eletrodo em contato com a solução menos
aerada (análogo à pilha de concentração iônica).
Efeito do Potencial
¨ 
Reações de corrosão que não estão em equilíbrio geram fluxo de
corrente
Reações eletroquímicas implicam em transferência de carga
¨ 
Lei de Faraday:
¨ 
Assim, é de esperar que quando a corrente fluir, o potencial mude.
¨ 
Onde:
Q = carga da ionização de mols de um material
M = massa de um composto
F = Cte de Faraday = 96.494 coulumbs por mol
z = número de eletrons transferido na reação
m = massa molar
Velocidade da Corrosão
Cinética da corrosão
¤  Refere-se
a taxa (ou velocidade) das reações de
corrosão
¨ 
Teoria do Potencial misto:
¤  O
potencial de corrosão (Ecorr) é a soma de todas as
correntes anódicas e catódicas no eletrodo for zero
¨ 
Polarização
¤  É
a mudança do potencial que é causado pela
passagem de corrente
Potencial Eletroquímico E(V)
Corrosão do zinco em ácido
Zn → Zn2+ + 2eTaxa da reação
Ecorr
2H+ + 2e- → H2
icorr
Densidade de Corrente (i)
Resistência de Polarização
Se existe resistência entre o anodo e o catodo em
uma célula, então a corrente que flui através desta
resistência causa uma queda no potencial e é
governada pela lei de Ohm:
V = RI
Este conceito é importante para revestimentos e
soluções muito resistivas
¨ 
Passivação
¨ 
¨ 
Quando um filme passivo é formado, isto causa uma
significativa queda na corrente devido a resistência
do filme e seu efeito como barreira para a difusão
de íons
Este efeito é observado na curva anódica
Potential do Eletrodo
Passivação
A taxa de corrosão será
fortemente afetada pela
curva catódica
log |densidade de corrente|
Termodinâmica da Corrosão
¨ 
¨ 
¨ 
Um metal reage espontaneamente quando é
convertido de um estado a outro com liberação de
energia. Isto é devido à força termodinâmica da
reação
ex. Corrosão do metal
Se energia for necessária para que esta conversão
ocorra, então a reação não é espontânea
A estabilidade do metal em contato com uma solução
depende de fatores como potencial, pH e a
temperatura do sistema. O Diagrama de Pourbaix
mostra o estado de estabilidade de um metal
Efeito do pH na Taxa da Reação
¨ 
¨ 
¨ 
¨ 
Considerando a reação de formação do hidrogênio:
2H+ + 2e- → H2
A concentração de H+ íons vai influenciar a taxa de
reação
Quando a concentração H+ aumenta (ex: a solução
torna-se mais ácida), a taxa da reação aumenta
Da mesma forma, o potencial vai influenciar a
reação - mais negativo o potencial mais rápida a
reação
Efeito do pH e potential na taxa de
formação do hidrogênio
Devagar
Potential
Rápida
pH
Equação de Nernst
[
RT
produtos]
E = E0
l og
[reagentes]
nF
Potencial
O Diagrama de Pourbaix (E-pH)
2.0
1.6
1.2
0.8
0.4
0.0
-0.4
-0.8
-1.2
-1.6
O2 é estavel
H2O é estavel
H2 é estavel
0
7
pH
14
Zn(OH)2
Corrosion
Zn2+
stable
solid
stable
Corrosion
2.0
1.6
1.2
0.8
0.4
0.0
-0.4
-0.8
-1.2
-1.6
Passivity
Potencial
Diagrama de Pourbaix para o Zinco
ZnO22stable in
solution
in solution
Imunidade
Zn metal stable
0
7
14
Diagrama de Pourbaix para o Ferro
Potencial
Diagrama de Pourbaix para o
Ouro
2.0
1.6 C
Passividade
C
1.2
0.8
0.4
O ouro é um metal estável
0.0
Imunidade
-0.4
-0.8
-1.2
-1.6
0
7
14
Limitações do Diagrama de Pourbaix
O diagrama nos diz que o que pode acontecer, não
o que irá acontecer
¨  Não dá informações sobre a taxa da reação
¨  Só pode ser usado para metais puros em soluções
simples, não para ligas
¨ 
TIPOS DE CORROSÃO
MORFOLOGIA
Classificação da corrosão
Classificação
primária
Quanto à
morfologia
Quanto à
fenomenologia
•  Oxidação Direta
•  Corrosão eletroquímica
•  Uniforme
•  Localizada
•  Seletiva Inter/transgranular
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
Galvânica
Aeração diferencial
Corrosão-erosão
Corrosão fadiga
Corrosão sob tensão
Corrosão atmosférica
Corrosão microbiológica
Ataque pelo hidrogênio
Corrosão Uniforme
Componentes de uma torre de destilação
atmosférica de uma refinaria de
petróleo. Tanto o aço carbono quanto o
monel sofreram intensa corrosão.
Cupom para avaliação
da morfologia da
corrosão
Pites
Corrosão localizada
Alvéolos
Corrosão localizada alveolar em
espelho de trocador de calor após a
falha no revestimento epóxi (aço
carbono/água do mar)
Pites em aço inoxidável
Cl-
Cl-
O2
e
Cr3+ Cr3+
O2
e
Dentro do pite a hidrólise do Cr3- abaixa o pH e quebra o filme
passivo. A redução catódica do oxigênio continua fora do pite.
2Cr3- + 6H2O → Cr2O3 + 6H-
Obs: A presença de Cl- é importante para que o pH fique próximo 1 no interior do pite
(forma HCl). Entretanto, as inclusões intrínseca do material tem papel fundamental. O
mecanismo ainda não é totalmente determinado.
Corrosão por aeração diferencial
Crevice/Frestas
Anodo: Metal → Metal 2+ + elétron
Catodo: O2 + 2H2O + elétron → 4OHM+Cl- → MOH↓ + H+Cl-
Corrosão por Aeração Diferencial
Corrosão na Linha D’Água
Anodo
(região menos aerada)
Catodo
(região mais aerada)
Curva catódica: O2
Curva anódica: Fe
Corrosão por Depósitos
Depósitos de óxido de ferro devido à
presença de bicarbonato de ferro na água
Tubo com incrustação
Tubos de trocador de calor com depósitos
Biocorrosão
Principais grupos relacionadas com corrosão
• Redutoras de sulfato
• Produtoras de ácidos
• Depositadoras de metal
• Formadoras de limo
Biocorrosão
Corrosão Galvânica
Características
básicas:
• Contato entre dois
materiais com
diferentes potenciais;
• Eletrólito onde a
corrente iônica é
transportada;
•  Contato elétrico para
o transporte de
corrente
Fatores Importantes:
• Área relativa entre o catodo e anodo
• Diferença de potencial entre o anodo e catodo
• Efeito da polarização no anodo porque alguns
podem formar filme passivo
Corrosão galvânica
Qual o melhor?
Parafuso de bronze em uma estrutura de aço
Um pequeno parafuso de
bronze - catodo, causará
pequena corrosão no aço. O
parafuso estará protegido pelo
aço.
Parafuso de aço em estrutura de bronze
Um pequeno parafuso de
aço - anodo, sofrerá uma
grande corrosão devido
ao contato com o bronze.
Corrosão Galvânica
Trocado de calor: tubos de aço
inoxidável (catodo) e
separadores de aço-carbono
(anodo)
Após limpeza
Falhas sob Solicitações Mecânicas
Corrosão sob Tensão
Fratura que ocorre nos materiais metálicos
quando sujeitos à tensões em meios
corrosivos
Corrosão por Fadiga
Residuais e/ou
aplicadas. Estáticas
ou cíclicas
É uma forma de falha que ocorre em
estruturas sujeitas à tensão dinâmica e
flutuante em meios corrosivos
Corrosão sob tensão
METAL
MEIO
Ligas de alumínio
Soluções com cloretos (NaCl-H2O2, NaCl, água
do mar etc); vapor d’água.
Ligas de cobre
Soluções de amônia, amina e vapor d’água.
Inconel
Soluções de NaOH.
Ligas de magnésio
Soluções de NaCl-K2CrO4 e água destilada.
Ligas de níquel
Hidróxidos concentrados aquecidos e ácido
fluorídrico.
Aços ao carbono
Hidróxidos concentrados aquecidos e ácido
fluorídrico; nitratos; ácidos mistos (H2SO4HNO3); soluções de HCN; soluções de H2S;
aminas e água do mar.
Aços baixa liga
Idem acima adicionando-se soluções com
cloretos.
Aços inoxidáveis austeníticos
Soluções com cloretos; hidróxidos
concentrados aquecidos e ácidos
politiônicos.
Aços inoxidáveis ferríticos
Soluções com cloretos.
Ligas de titânio
Soluções com cloretos; álcool metílico-HCl;
N2O4 e ácido nítrico fumegante.
Corrosão sob Tensão
Tubo de latão em meio contendo amônia
Micrografia apresentando aspecto
intergranular, 100X
Corrosão sob Tensão
Aço inoxidável em meio contendo cloreto
Corrosão Inter/trangranular
Intergranular
Transrgranular
Corrosão por Fadiga
Alumínio apresentando estrias
devido à fadiga
É possível observar vales, a olho nu,
concêntricos de formato circular ou semicircular
Corrosão-Fadiga
ASM Metals Handbook, vol 12
Trincas paralelas entre si perpendicular ao
plano de fratura
Trincas paralelas entre si e ao plano de fratura sugerem tenção cíclica e a presença de
pites indicam falha por corrosão-fadiga
Corrosão por Fadiga
Implante de cabeça de fêmur rompida após 38 meses de utilização
por corrosão-fadiga
Tubo de forno em aço 6” e liga 5% Cr com fadiga
térmica. Nota-se as trincas paralelas e a intensa
descamação
Fragilização pelo Hidrogênio
O BÁSICO
Mecanismo
Associados
com o
Hidrogênio
em Aço
Entra como hidrogênio atômico na rede
cristalina do metal
¨  Fragiliza o metal
¨  Mais solúvel em regiões de estresse
¨  Pode levar à:
¨ 
¤  HIC
(Hydrogen Induced Cracking) ou
Fragilização por hidrogênio
¤  SCC – Corrosão sob Tensão
Penetração do hidrogênio atômico
H+ + e-
Had
H2
Hab
Empolamento em chapa ¾ pol em
AISI 516 G 60 em uma região de
dupla laminação
Vários empolamentos em linha em
aço A 106 10 pol
Grande empolamento ocorrido entre a chapa do
berço e o costado do vaso, devido a falta de furo
para alívio de gases de soldagem. Durante a
operação do equipamento ocorreu a formação de
hidrogênio molecular entre estas chapas
Empolamento em costado de torre regeneradora
de MEA, já rompido e com as bordas corroídas,
aço A 285 G C.
Efeito do Escoamento de Fluido
CORROSÃO POR EROSÃO
n  Corrosão acelerada pelo impacto de partículas sólidas
n  As partículas podem ser metal removido ou o óxido removido - permite que o
metal corroa mais rapidamente
IMPINGIMENTO
n  A taxa de corrosão aumenta devido ao impacto da turbulência na superfície
do metal
n  Os produtos de corrosão são removidos permitindo que o metal corroa
ativamente
CAVITAÇÃO
n  Escoamento de alta velocidade levando a queda de pressão abaixo de zero
em alguns pontos
n  Bolhas de vapor são formadas nestas regiões no líquido
n  Quando a pressão aumenta novamente as bolhas de vapor implodem
criando choque intenso que remove o metal ou o óxido da superfície
Cavitação
Corrosão por Erosão
a
Impelidor de bomba em aço
inoxidável austenítico
Impingimento
Tubos de trocador de
calor. Falha localizada na
região de entrada de
líquido
Corrosão por impingimento em parafuso de açocarbono por ação de água em alta velocidade
Efeito do
Escoamento
de Fluido
Corrosão Seletiva
Remoção preferencial de um ou mais elementos de
liga
Dezincificação
Micrografia mostrando o aspecto poroso
do tubo de latão que sofreu
dezincificação
Corrosão seletiva do latão. Espelho e tubos do
trocador de calor
Corrosão Seletiva
Grafítica
Camada de grafite
Impelidor de bomba de água de ferro fundido (2,7 a 4,0%C)
A ferrita foi corroída e sobrou o grafite (carbono) geralmente ocorre em água salgada
Sensitização das juntas soldadas
Quando no limite dos grãos carboneto de
cromo é precipitado, então é dito que o aço
está sensitizado
n  A sensitização geralmente ocorre na zonas
superaquecidas durante a soldagem e a
corrosão resultante é chamada sensitização
da junta soldada.
n 
Sensitização das juntas soldadas
- INOXIDÁVEIS
C
C
Cr Cr
Cr Cr
C
C
• Aço inoxidável aquecido a uma temperatura de 650°C, carbonetos de
Cr são formados na região entre os grãos.
•  Isto ocorre devido à alta taxa de difusão do carbono que pode
difundir a longas distâncias para formar um precipitado.
•  Entretanto, a difusão do cromo é pequena, difundindo apenas curtas
distâncias, na região do limite dos grãos.
•  Se no limite dos grãos a concentração do Cr diminuir (abaixo de 9%),
então esta região não será mais passiva, e corrosão nos limites dos
grãos irá ocorrer.
Avaliação da Zona Termicamente
Afetada
Após o ensaio
Foto
Macro
Varredura
Microscópio
digital
100x
Varredura
100x
após limpeza
B
C
A
A
B
C
Região
ZTA solda
200x
(A)
A
B
C
Região
ZTA
200x
(B)
A
B
C
Região
MB
200x
(C)
Corrosão Atmosférica
Corrosão atmosférica de em linha de
instrumento. Condição de condensação
constante de água sobre a superfície metálica
Corrosão Atmosférica
Classificação da atmosfera
Ø  De
acordo com o grau de umidade:
- seca: lenta oxidação do metal (ex: tarnishing)
- úmida (UR < 100%): filmes finos de eletrólito. Velocidade
depende da UR.
-  molhada (UR ≅ 100%): deposição de chuva ou névoa na
superfície metálica.
Ø  De
acordo com o ambiente:
- industrial: S + umidade ⇒ H2SO4
- marinha: Cl-  rural: menos agressivo
-  urbana: CO2
Corrosão atmosférica
Ambiente x produtos de corrosão
Ø  UR
Ø  Tempo de permanência da película
Ø  O2, SO2, NaCl, NOx, etc
Ø  Temperatura
Ø  Direção e velocidade dos ventos
α-FeOOH (goethita)
γ-FeOOH (lepidocrocita)
β-FeOOH (akaganeita)
δ-FeOOH
Fe3O4 (magnetita)
Fe(OH)2
Cl- e SO42- solúveis: baixa
concentração)
Corrosão atmosférica
Formação de microclima:
(a) Canhão localizado no forte a uma distância vertical da
linha d’água de aproximadamente 50 m.
(b)  Canhão próximo à praia
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